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DAIEI Motion Picture Company Apresenta
A Rua Da Vergonha
Produção de: Masaichi Nagata
Roteiro: Masashige Nakamura
Baseada na novela de: Yoshiko Shibaki
Diretor de Fotografia: Kazuo Miyagawa
Direção de Arte: Hiroshi Mizutani
Música: Toshiro Mayuzumi
Elenco:
Machiko Kyo
Ayako Wakao
Michiyo Kogure
Aiko Mimasu
Kenji Sahara
Direção de Kenji Mizoguchi
Diga-me quando ele vem
Sim
Está fazendo frio toma isto.
Obrigado
A verdade é que nosso oficío é muito dificíl.
Vejo que hoje não está de muito bom humor.
Sempre fizemos o que disse o governo, absolutamente sempre
e em nenhum ano deixamos de pagar os impostos.
E assim nos agradecem, com o que custa manter isto.
E tê-lo em condições.
Quando acabo a guerra, nos pediram para staisfazer os americanos.
Até reformamos o local.
E agora veja você, nos tratam como se fossemos demônios.
E discutem leis contra a prostituição.
- Malditos funcionários... - Não te falta razão.
Mas o governo recebe muitas e fortes pressões.
Olha, Miyazaki, sou a quinta geração a frente deste local.
Temos 300 anos de historia.
Se um local dura tanto, é porque é imprescindivel para as pessoas.
- Senhora. - O que?
- Olá, Eiku. Está com algum problema?
- Não, que nada, senhor.
Ultimamente, sou uma irmã de caridade.
É sério.
Agora trabalho de guía. Já não sigo no negócio.
É assim que eu gosto.
Assim se vive mais tranquilo, isso sim.
- Senhor, me acompanha? - Sim.
- Olá. - Olá, bom dia.
E a vocês, o que parece a lei que proíbe a prostituição?
Muito boa. Para mim, muito boa.
Parece-lhe boa porque você tem um noivo,
mas, o que será das garotas que não tem ninguém que as mantenha
,sem um local certo?
Imagino que o governo subvencionará
Imagino que o governo subvencionará
que lhes dê um emprego a todas vocês.
Sim? E com o que vão me pagar, poderie viver sobre um piso firme?
- Não acredito. - Então poderia viver com meu filho.
Aceitaria esse emprego. O que seja antes de tornar-me noiva.
Você é jovem ainda, Yumeko.
Antigamente, as meninas refinadas sabiam escrever poemas,
conheciam a cerimônia do chá, o ikebana,
também sabiam caligrafia
e pareciam esposas de príncipes e governadores.
Quantas besteiras.
- Bom dia. - Olá.
- Tem muito trabalho? - Sim, porém não tenho vontade.
- Lhe compreendo. - Sim.
Hoje vem visitar o bairro uma alta autoridade: Um deputado.
Devo ser amavel e respeitoso com ele.
- Lhe acompanho, senhor. - Vamos.
- Bom dia, senhor. - Que tenha um bom dia.
- Bom dia. Olá, Shiomi.
- Já estão prontos? - Sim.
Não esperava que, sendo o dono, se ocupasse disto.
Ando muito apertado para pagar um moço.
- Sendo mulherengo. Isso era esperado. - Pare de brincadeira.
Diga as garotas que esta noite pretendam chamar muito a atenção
Sim. Adeus.
- Diga-me, quanto te devo? - Quando for na loja, você me paga.
- Adeus. - Senhora.
Dê-me.
- Bom dia. - Bom dia. Espere, cobrarei agora.
Deixe-me ver, era a capa e...
Sim, 6.000 yenes.
- Toma, é justo. - Perfeito. Gracias.
Senhora, guarde isto.
- Do Sr. Aoki, não? - Sim
Antes, o Sr. Shiomi e outros comerciantes vinham divertir-se.
Os tempos mudaram. E há poucos clientes.
- Yasumi. - Sim?
- Pretenda explorar o que puder. - Concerteza, senhora.
Yasumi?
- Obrigado pelo presente do outro dia. - Não há de que. Você merece tudo.
Olhe...
- Não é muito, mas é para você. - Que alegria.
- Você está livre está noite? - Não, tenho trabalho.
Acontece que meu irmão esta doente
e agora devo ir para Ogikubo para lhe visitar.
Verdade?
Vai, compra alguma comida e que ele melhore.
- Não, não posso aceitar. - Guarde.
Bem, se insiste... Muito obrigado.
- Yasumi... - Até logo.
Yasumi, não me faça sofrer mais. Quando vai me responder?
O que?
- Para nós começar-mos uma familia? - Não te atrai?
É que eu não me vejo.
Ah, Claro.
É a estrela numero um deste local.
Porque irias casar com um representante de algodão?
O que você disse? - Não me vejo porque é uma proposta muito boa.
Escuta, tenho todo o nescessário para montar nosso lugar.
Só está me faltando você. Que é que ha?
Por acaso não quer?
Não é isso
É só porque as garotas que trabalham nisso
estão presas pelo dinheiro.
- Você deve dinheiro? - Sim.
150.000 yenes.
Eu não lhe disse antes
porque estava segura de que quando soubesse, se afastaria de mim.
150.000...
Eu pagarei.
Ei, céu, fica aqui esta noite.
- Não posso. Tenho trabalho. - Vamos.
- Não. - Vai.
- Tenho que ir. - Por favor.
- Que está fazendo? - Não vá. Sem você me sinto sozinha.
Yasumi.
- O que quer? - Será rápido.
Sinto muito.Você poderia me emprestar uns 200 yenes?
Estou sem maquilagem.
Obrigado. No dia do pagamento, te devolvo com 10%.
Olá, bonitão.
Você, bonitão. Porque você não fica um tempinho para jogar comigo?
- Me larga. - O que você tem! Viado!
É aqui.
Olha o que trago. É muito bonita.
Digna deste estabelecimento.
Espera aquí.
Sou a nova vênus.
Porque não fica um momento? Sou a nova.
- Você vai gostar. Anda. - Solta, me deixe em paz.
- De onde você saiu? - Das baixesas.
Oh, Senhor....
Mickey, anda, venha.
- Senhores, é esta. - Não é nada mal.
É um tesouro. Creio que eu ganhei uma copa.
Nem sonhes. De onde você tirou ela?
Pois... É uma história triste.
O pai de Mickey tem uma fábrica em Kobe, mas lhe trata mal.
Um dia se cansou de tudo e saiu pelo mundo afora.
Quando a pobre chegou a Sannomiya, saiu com americanos,
mas se aproveitaram dela.
E, claro, acabou afundando-se na marginalidade
- E então... - Já basta.
- Ei, levante-se - De frente
- O que me diz? - Não está mal.
- Um corpaço. - É uma brincalhona.
Boa noite. Que frio que está fazendo hoje.
- Como está seu marido? - Segue igual.
tenha cuidado. Uma gripe muito forte está assolando, não vá pega-la.
Obrigado.
É uma pequena tortura ter um marido.
Yorie, teu noivo é sapateiro, não é verdade?
Ultimamente não tem vindo me ver porque tenho tido pouco trabalho.
Isso é o de menos.
Se ele souber que você tem uma divida de 12.000 yenes,
mesmo seu sapateiro vai ficar descalço.
Yumeko, me dá inveja. Seu filho está crescendo.
- Só te faltamdois anos de paciência. - Não, me falta muito.
inclusive necessita de meus cuidados.
Bonitão! Porque não fica um tempinho?
A divisão é 40-60. E eu cobro, no fim do mês.
- Isto é para você. - Sim. Obrigado.
- Sinto ter chegado tarde. - Tranquila, precisa começar a se acostumar.
Sério, Hanae, que não se repita.
Isto não é um clube social de milionárias.
- Eu sinto muito. - Por isso prefiro que vivam aqui.
É uma mulher notável.
- Anda, vem comigo. - Outro dia, tesouro.
- Olá, garotos. - Olá, vamos ficar juntos?
Venha vamos tomar um drink...
E aquele ali? Olá, gatinho!
- Ei, garoto, venha com a gente. - Bonitão, vamos nos divertir.
Olá, gatão. Fica um pouquinho.
Anda, anime-se.
Gracinha, fica um pouco comigo. - Você verá o bem que lhe faço.
Venha...
Bonitão! Anda, venha aqui!
Não seja besta, não resista
Por Favor!
Você, venha. vamos nos divertir.
Te darei tudo que quiser. Você vai se encantar!
- É a aldeia dos sonhos? - Sim. E eu sou seu sonho. Vamos.
Estou procurando a Sra. Kadowaki, acredito que está aqui.
- Kadowaki? Que é essa? - É minha mãe.
- Por Deus. - Procura a senhora Kadowaki?
Você é o filho de Yumeko?
Veja, é mais bonito do que eu acreditava. Hanae.
- Volte em breve. - Olhe é o filho de Yumeko.
Sim?
Espera um momento, vou busca-la.
Yumeko?
- Estou aqui. - Seu filho está aqui.
Eu já sei, mas não quero que ele me veja com este aspecto. Diga-lhe que não estou.
- Mas ele veio lhe ver. - Por favor.
Tudo bem.
- Que coisinha mais bonita. - Vamos.
Sabe que fiquei me sentindo só o dia inteiro?
- Vamos, fica um pouquinho mais. - Bom, não sei.
- Não lhe entendo. - Muito obrigado.
Porque não queria vê-lo?
Não tem porque se envergonhar diante de seu filho.
Tudo o que faz é só por ele.
Se te dedica neste trabalho, é por ele.
Graças a dívida que contraiu ele cresceu sem problemas.
Estou segura de que se tivesse lhe visto,
entenderia o esforça que tem feito.
Porque terá vindo me ver, do povoadoaté aqui?
- Talvez precise de dinheiro. - Tem cara de bom garoto.
Sim.
- Cada dia se parece mais com meu falecido marido.
Gostaria tanto de lhe comprar uma roupanova
Sim, devo ganhar dinheiro.
- Bonitão, venha comigo. - Olá, gato.
Olá, gatão. Me dá um cigarro?
Venha, entre comigo.
Estou lhe dizendo que não. Para, me solte.
- Você é tonto... - Adeus, idiota.
- Garotinho, venha. - Não.
Estou dizendo que não. Solta-me de uma vez.
Pior pra você.
Quanto tempo que não lhe vejo! Que alegria
Sempre que te vejo me diz o mesmo.
Já sabes que a Aldeia dos Sonhos é como minha casa quando viajo.
Prepare-me um saquê. E sobe com isto.
Opa, eu não esperava ouvir o sotaque do oeste em Yoshiwara.
- Você é de Osaka? - Não, sou de Kobe.
- ¿Eres de Osaka? - No, soy de Kobe.
De Kobe?
Opa, Fantástico. Kobe é uma cidade muito bonita.
Eu vou a Kobe algumas vezes por mês.
- Quando você chegou? - Hoje mesmo.
De modo que você é nova. Uma bebida?
Uma bebida.
Que este brinde seja o inicio de algo grande.
De algo grande? Como o que, por exemplo?
Isso depende de você? Você é uma boa garota?
Como se chama?
- Mickey. - Como o dos desenhos animados?
- Carinho, vamos ao meu quarto. - A noite é uma criança.
Não me ponha pressa, todavia não tenho pressa.
Venha, que eu sei do que você gosta.
- Anda, vamos ao meu quarto. - Calma, estou tomando uma bebida.
- Não se faça de besta. Vamos. - Olha como é forte.
Vamos.
- Ainda trabalhando? - Caramba, que fim de ano frio?
Anda, venha descansar. Amanhã será outro dia.
Eu sei, mas acho que ficarei um pouquinho mais.
Tchau
- Vá com cuidado. - Até amanhã.
- Olá, meu amor. - O bebê chorava muito.
Não queria perturbar os vizinhos.
O que aconteceu? Porque estava chorando tanto meu bebê?
- Diga-me, já jantou? - Ainda não.
Não tinha vontade de cozinhar, mas tem o arroz de meio-deia.
Bom.
Vamos comer algo naquele restaurante?
- Boa noite - Dois macarrões.
- Dois macarrões. - Ouvi
- Está com o rosto corado.
- A febre voltou a subir? - Sim.
Não é de se estranhar, faz dias que não toma a medicação.
Sim. Acredito que o antibiotico já não me faz efeito.
Na verdade, não sei se vale a pena que eu o tome.
Amanhã mesmo irei comprar.
Custava quase 300 yenes, não?
Deixa pra lá. Não gaste dinheiro.
Mas é a única possibilidade de que se cure dessa doença.
Já que não temos dinheiro para interna-lo no hospital.
Preciso que você se cure, amor.
Lhes trouxe o macarrão.
- Sabe a mulher do Yamada? - Do Yamada?
Sim, mulher. Aquele que despediram comigo, Yamada.
Ah, sim, aquela jovem bonita?
Também tem tuberculose.
E a internaram no sanatório de Kiyoshi.
Dizem que não ficará muito.
Hoje, Yumeko, uma companheira,
recebeu a visita de seu filho.
Ficou muito nervosa.
Mas se via que era um bom rapaz.
Nosso filho também será um homem.
Sim, querido, já que está com a gente, não nos mataremos.
Em breve começará a chamar-me mamãe.
As coisas vão se resolver e não desejaremos estar mortos.
Concerteza
Estão delicioso. Neste restaurante cozinham bem.
Há várias legislaturas,
a proibição da prostituição se vê freada
cada vez que se discute na assembleia nacional,
é um tema polêmico.
Agora, depois das ferias a lei chega de novo a assembléia.
Formou-se uma comissão para discutir o novo projeto de lei.
Existem os que apoiam a proibição da prostituição
e quem ao contrario, prefira regular a prática...
gosto desta
- Bem vindo senhor. - Olá, Senhor.
Por ser começo de ano, não é grande coisa.
Nem sequer Yasumi ganha muito. Mickey tem mais gastos que lucros.
Sim, ela ganha muito, mas tudo que ganha ele gasta.
- Bem vindo. - Olá.
- E então o parlamento? - Não sei porque me aborreço em ir.
Quanta bobagem. A oposição estava muito alterada.
Gritavam que os donos desses locais são deliquentes
e que o governo deveria deixar de nos proteger.
- Essa gentinha não nos representa. - E o senhor Awai, o deputado?
Nada, nem abriu a boca, como se lá não estivesse.
É um ingrato... Nas eleições lhe ajudamos muito.
- Não há nenhuma lei. - Tem razão.
Senhor, olha.
- Olha que bonito? - Quanto custa?
6.000 yenes, mas pode pagar a prazo. Hoje preciso de 1.000.
- Otane. Que venham todas. - Obrigado.
- Até que me dê, eu fico com ele. - Que cruel...
- Senhora, me dê algum. Estou sem dinheiro. - Outra vez?
- Todo dia é a mesma coisa. - A vida é muito cara. Só 1.000.
Escuta, você chegou a um mês e já tem uma grande divida.
Não quero que me deva mais.
- Então, vou embora. - Pode faze-lo, assim que paguar.
Toma.
- É muito compreensivo. - Está seguro do que faz?
- Mais um. - Vê?
Bom, não tem nada não. Tem que cuidar das meninas.
Estão todas? Bem.
Eu tenho que falar com vocês uma coisa muito séria.
Se trata da nova lei contra a prostituição.
- Vocês já ouviram falar. - Sim.
Dizem que a lei é para proteger-nos mas não é verdade.
Vocês ficaram com a pior parte: Se pegarem clientes, serão presas.
Ou seja, não poderão ganhar a vida.
Hanae, o que me diz?
Como manterá seu marido doente e o seu bebê?
A você, Yumeko, Já não sobrava muito.
Yasumi, como aumentará sua poupança?
E você, Yorie, Trabalhará no campo?
Mickey, de onde vai tirar dinheiro?
Espero que vocês entendam:
Só os donos dos locais, se preocupam com vocês.
Aqui vocês tem o seus trabalhos assegurados
e podem ganhar bem a vida sem que pensem em suicidar-se.
De certo modo, nós cumprimos uma função social com vocês
já que o governo as tem esquecido.
Essa chatice de direitos humanos
é uma mentira de funcionários inuteis
que possuem uma colocação e um salario assegurados.
Que diabos sabem eles de suas vidas?
Porque que os políticos se metem nisto?
O corpo é meu, nada me proíbe que eu o venda.
Bom, trabalharemos livres,
assim a senhora não ficará com tudo.
- Cale-se. - Você está louca
Será possivél...
Bom, já sabe que em nenhum lugar estará tão bem como aqui.
A proibição seria um desastre,
assim, há que extremar a discrição.
Atuar com inteligência, Concordam?
Bem, garotas, ao trabalho. Vão preparando o local, vamos.
Mickey, um cliente.
Quem será? Foder ao meio dia.....
Tem gente pra tudo.
Que corpão você tem.
Parece um cavalo de corrida.
Amanhã tenho que voltar. Ficamos esta noite?
- Não tens que ver Yorie? - Já é muito grande.
Pensei que não estava.
A senhora me disse que você havia ido ao povoado.
Agora vai dar uma de gigôlo? - Mas, no que você acreditou?
- Não jogue comigo. - Venha, não se aborreça.
- Tire a roupa e tome banho comigo. - Imbecil!
- São todos uns canalhas! - Que esta fazendo?
- Agora você vai ver! - Vou te afogar sua puta!
- Eu sou puta, e você? - Sou o cliente.
- Maldito! - Quieta!
- Está como uma doida!
- Agora verá imbecil! - histérica!
Olhe, Mickey, conheces a norma básica do nosso ofício.
- Como pôde saltar-la. - Norma? Que norma?
- Não sei do que está falando? - Sim você sabe.
Pior que rouber dinheiro é roubar um cliente habitual de uma companheira.
- É horrível. - Que besteira.
Habituais ou não são uns porcos
Se se importa tanto, prende-lhe como um cachorro e vigio-o.
Claro, Mickey tem razão.
Me surpreendeu. Faça o que for, não me moverei daqui.
Aliás, o cliente escolhe a mulher.
E se tem peixe fresco, quem vai se conformar com outra?
O cliente é livre e leva o melhor.
Olhe-se no espelho e entendera.
Vamos, ânimo, Yorie.
Vamos, tomaremos o chá juntas. Nós trouxemos alguns doces.
Vamos, venha. As três sem clientes.
A senhora está com um mal-humor...
Yorie, vamos. Mickey fez isso sem querer.
- Venha tomar o chá com agente. - Não é por causa de Mickey.
É que eu já estou farta deste emprego.
Sou do povo e muito pouco sofisticada por isso tenho poucos clientes fixos.
E a cada dia tenho mais dívidas.
Se eu pudesse ir...
Ah, se eu pudesse largar isso.
e casar em seguida com meu noivo.
Olhem, vejam o que tenho.
O que é tudo isso?
Vai montar uma tenda?
Eu comprei essas coisas, pensando em quando fosse viver com meu noivo.
Yorie, Você tem muita vontade de casar?
Sim.
Pois veja isto, Saiu no jornal de ontem.
Esta falando de uma lei que anula as dividas das prostitutas com seus donos.
Entendeu? Se decidir ir agora, tuas dívidas desaparecem.
- Não poderam obrigar-lhe a trabalhar. - É verdade?
Claro
Ou seja, teria que preparar sua bagagem agora mesmo.
Poderíamos levar para minha casa.
Boa ideia. Anda, anime-se
Já imagino a cara que fará a senhora.
E vocês? Não poderiam ter problemas se me ajudarem?
Fique tranquila, a gente se vira.
- É genial, que felicidade. - Desculpe o atraso.
Graças a você, hoje comeremos decentemente.
Eu não vejo diferença: Casar-se é como vender-se,
só que a gente se vende por periodos mais curtos.
- Toma, Yorie. - Não diga besteiras.
- Me alegro muito. - Graças.
Me alegro de ver-los.
Que você seja muito feliz. E faça-o te respeitar.
Yorie, não sabe a alegria que me dá.
Com os anos, as que trabalham nestes locais, acabam podres.
Olhe, seja uma boa esposa
e cuide bem do seu marido.
E aconteça o que acontecer, não volte. Não regresse para esse antro.
Você me entendeu, Yorie? Não se esqueça.
Já basta. Se não for bem, já sabe onde estamos.
Não diga isso.
De qualquer jeito não volte nunca.
Yorie. Toma.
Digamos que é meu presente de casamento.
- Que diabos é? - Um bilhete de trem sem data.
quando cansar, pode usa-lo para voltar. Ok?
- Mas... - Deixa Yorie, não lhe dê atenção.
Idiota
Toma. Este é meu presente.
- O que é? - Umas tigelas para casa.
Mas vê-se que são antigas.
Toma, é meu presente.
É lindo.
As mulheres honradas levantam cedo. Assim não perderá hora
Toma, Yorie. Aqui tem o meu presente.
Uma caderneta de poupança. Tenho 500 yenes depositados.
Com este selo, te deixaram sacar.
Olhe, isso sim é um presente. Veja se aprende a poupar como ela.
Você deveria aprender.
Poxa, eu não esparava, obrigado.
Yumeko, que presente lindo. São lidas essas tigelas.
Obrigado. quando meu marido morreu, decidi guarda-los de recordação.
Nos casamos faz 20 anos, na mansão Tetsuma, é bonito.
então me entregaram um jogo como este e me deram muitas ilusões.
Muito obrigado.
Eu era uma garota muito jovem.
Sou uma donzela
que vem da Manchuria
Uma rosa fresca
com a pele de marfim.
Hoje o sol
arde em meu coração
e convida-me ao altar
Meu noivo me espera
para fazer-me sua mulher.
Estou muito feliz. Nunca havia me sentido tão feliz.
São tão boas que me travam a vontade de ir.
Que inveja me da.
Eu também fui muito feliz em outros tempos.
Oxalá pudesse ver o meu filho.
O carro já está aqui. Anda, vamos.
Sim, venha.
Ajude-me.
Anime-se.
Olhe, lembranças ao noivo. Mande-nos uma foto.
Que ele não te veja muito sexy, ou adivinhará de onde vem.
-Adeus. - Seja feliz!!!
Esperemos que dê certo.
Boa tarde.
Este é o mal dos povoados:
O próximo ônibus só passara dentro de uma hora.
Pouco prático.
- Poderia me servir um macarão? - Sim.
Você se importa se eu usar seu espelho?
Não.
Díga-me, Você vai a que povoado?
Que importa isso? O que mais quer saber?
Sabe? Embora eles não estejam dispostos,
os profissionais que se distinguem são é afastado.
- Boa Noite. - Olá.
Quanto tempo que não nos vemos.
Diga-me como está seu marido?
Doente, como sempre, Me dá muito trabalho.
Sorte que você, A esposa de noso falecido filho
nos permite entrar em sua casa.
Mas claro, que coisas disse.
- Anda, entra. - Sim.
Já vejo que continua tão bonita e muito bem de saúde como sempre.
A Suichi também continua vivendo bem em Toquio?
A verdade é que o trabalho
é melhor na cidade que no campo.
Trabalha em um fábrica de brinquedos e ganha bastante dinheiro.
Meu filho não está aqui?
- Como? não foi te ver? - Faz muito tempo que ele foi?
Pois, quase um mês.
Nos disse que ia para Tóquio ver a mãe.
E faz duas semanas que nos mandou uma carta.
Que estranho que não tenha ido te ver.
- Ainda tem o postal? - Sim, está no escritorio.
Bom dia Que?
Você é o dono da fábrica? Encantada.
Sou e mãe de Kadowaki, trabalha para você.
Sim, é Suichi Kadowaki. Sim.
Obrigado por dar trabalho para o meu filho. Muito obrigado, senhor.
Sim, Sim. Embora seja um menino, E recém chegado do campo.
Obrigado de todo coração por sua compreensão. Obrigado, senhor.
Obrigado.
-Tente voltar em breve - Sim, embora tenha muito trabalho.
Ah, isso soa como uma desculpa.
Não será que tem alguma na minha frente?
Não que eu saiba. A minha mulher e filhos, eu perdi durante a guerra.
de modo que estou sozinho e aborrecido.
- É muito dura a vida de um viúvo. - Eu não sabia, sinto muito.
Olhe, da próxima vez que vier, farei o papel de sua esposa.
- Quero ver se é verdade. - Já está pronto.
Não!
Levanta.
Idiota. O que é que pretende?
Você não passa de um covarde. É para isto que eu trabalho naquele antro?
É para isto que tenho que vender meu corpo?
todos os seus sacríficios e todos os trabalhos são inuteis.
Não temos nenhum futuro.
Não temos sobrevido até agora?
Olhe, somos honrados. Não temos roubado nada.
E ninguém pode acusar-nos de sermos pessoas más.
Mas sem vender meu corpo não poderíamos viver.
Não poderíamos comprar nem o leite para o bebê.
Merda de país civilizado!
Não vou me render. Eu não penso em desistir.
Penso em seguir adiante.
Embora seja uma prostituta, que a duras penas sobrevive,
sei que tenho futuro.
Tenho futuro!
Que porcaria, que desastre.
Com tanta conversa sobre a prostituição, o negócio tem ido pro buraco.
Os clientes se afastaram e as jovens não querem dedicar-se ao ofício.
E, ainda como se isto fosse pouco, nos obrigam a fechar ás 23:00.
Como vai funcionar o negócio?
Toma, Yasumi, continua sendo a melhor.
As demais, pouca coisa.
Yumeko, deve se esforçar mais se quer mandar dinheiro pro seu filho.
Mickey, esta semana não cobra. E você aumentou sua divida.
Senhor, faça algo.
- Ola, Hanae, sabes que horas são? - Lamento muito o atraso.
- Não esatava doente? - Não, não é isso.
Toma, o pagamento de 5 días, 1.200 yenes.
Imagino que vai me pedir um emprestimo, não?
Cuide-se, não quero vê-la nem magra e nem com o rosto aflito.
Você é nossa mercadoria.
Eu me cuidarei.
Mickey.
Me deve 1.500. Onde estão?
Não tenho nada.
Me pagará com este anel.
Você aceita? Me custou só 1.000 yenes.
- Você fez um bom negócio. - Porca.
Poderias ir ao seu povoado com meu dinheiro. 2.000 yenes.
Olha, eu sinto muito. Hoje só posso dar-te isto..
Se não, eu não poderia viver. Obrigado.
Sempre esta se queixando.
Te devolvo o que me emprestou pra comprar remédios.
Assim eu gosto. Se precisar de novo...
e te interessar...
50 yenes, não?
- Ola. O chefe está? - Ola.
- O Senhor Nomura, da associação. - Bem.
- Ola. - Não quero saber de nada
nem de deputados, nem de jornalistas.
Não, o dono da loja de camas fugiu.
- Fugiu? - Sim, devia dinheiro a muitos de nós.
- E a vocês? - 30.000 yenes para renovar as mercadorias.
- Vamos. - Canalha...
Fomos enganados.
Boa tarde.
Olá.
- Boa tarde. - Ola.
Quem é essa garota?
Esta? Uma datilografa de nossa seção, muito eficiente.
- Logo se vê que é muito exagerada. - Coisa de garotas modernas.
- Como se chama? - Para que quer saber seu nome?
Yasuhara.
Vou saudá-la.
Diga, é a senhorita Yasuhara, não?
Eu sou a esposa do Sr. Kaneda.
Meu marido disse que é uma datilografa muito eficiente.
Trata-se de um pormenor.
É um chefe muito amavél e muito considerado no trabalho.
Me surprende. Eu o tenho por um cabeça dura.
Não, nada disso. E, se me permitem...
Aoki.
150.000 yenes.
Muitissimo obrigado.
Nunca esquecerei. É muito generoso...
Obrigado, de verdade.
Tenho tanta sorte de ter te conhecido...
Yasumi, agora pode largar essa vida. Se quiser, venha hoje mesmo pra minha casa.
É que...
Não, não posso te dizer.
O que foi? Por um acaso tem mais dívidas?
A verdade é que sai do hospital a dois dias.
Me internaram por um problema de rins.
- Serio? - Sim.
- E por isso deve mais? - Eu sinto.
Yasumi, eu sou um assalariado, e tenho um salario mediano.
De onde posso tirar?
Está noite eu volto ao trabalho.
Virá me ver?
Esta aborrecido
Bem, a verdade é que não posso te pedir mais.
Nossa relação tem sido tão romântica...
De quanto precisas?
100.000 yenes.
100.000 yenes...
- Boa noite. - Ola.
- Um leite por favor. - Sim.
- O melhor, 200 yenes. - Tome, te devo 100.
- Não posso vender fiado sempre. - Olá.
- Boa noite. - Eu vou lhe pagar.
- Tens cremes estrageiros? - Sim.
- Este? - Sim.
Deixe eu ver...
Este.
Aqui esta.
Também vou levar. Coloque na conta.
Mickey, olhe aqui, quer?
Desde o mês passado, me deves 1.600 yenes.
Já sei. Venha me ver quando fechar.
Te pagarei com meus serviços. Adeus.
Yorie?
É você? Yorie...
Como tem passado?
Vem comigo.
Boa noite.
Está muito magra.
Que má sorte tenho.
- Não está se entendendo com seu marido? - Olha, já esta aqui?
Antes do que pensei.
Como pude ser tão ingênua? Quando cheguei ali, eu entendi.
Ele não estava apaixonado por mim, me queria só para trabalhar.
Um trabalhador tem um salário,
mas eu lhe saia de graça.
A noite que cheguei, levei horas costurando solas.
E como se isso fosse pouco,
"faz a comida, lava a roupa..." Estava destroçada.
Mas eu já sabia.
- O casamento comporta trabalho. - Sim.
Tem que ser tonta para não se dar conta.
Sim, fui uma tonta.
Sua familia é muito pobre.
Vivem com muitas privações. Não pôde nem me comprar um quimono.
Conosco, embora o trabalho seja duro,
pelo menos cobramos por ele.
Tenho saudades do trabalho.
Eu lhe compreendo.Custa abandonar os bons costumens.
Me perdoa?
Queria um trabalho decente, busquei em todas partes.
Mas foi um esforço inutil, pagam uma miseria.
- Uns 5.000 yenes, não? - Sim.
E também fui a oficina de emprego.
Me disseran que, sendo mulher, se queria um bom salário,
fosse ao bairro vermelho buscar.
- Eles tem razão. - Tranquila.
Te acompanharei para pedir perdão a senhora.
Yasumi, toma.
Os lucros do bar deste mês.
São uns tacanhos. Isto tem me custado cobrar.
Dá-me, obrigado.
Toma, para ti.
- Um monte de dinheiro. - Eu guardarei.
Olhe, aí não estara seguro.
Aqui, me escute.
Amanhã, vai ao banco deposita-lo. Esta noite, dorme nisto.
Boa ideia.
Todo esse dinheiro é seu?
Eu, em economia, sou muito desastrada, e sempre serei pobre.
Sabe? As pessoas falam muito mal de ti, dizem que é uma aproveitadora.
Não me importa, o que falam de mim.
Parece mentira que sendo tão jovem tenhas já tanto dinheiro.
Não é tão estranho.
Só busco dinheiro.
200.000 yenes para pagar a fiança de meu pai.
Está preso, mas é inocente.
Eu vendi minha juventude por dinheiro. Porque não iria aproveitar?
O que acontece é que não quero ser pobre.
O dinheiro é a unica coisa que busco.
Mickey.
Mickey.
Já é hora de comer?
- Comerei mais tarde. - Não se trata disso.
Eiku esta aqui com alguém que quer te ver.
Que jeito de começar o dia...
Outro "raro" que gosta de "fazer" antes de comer...
Vai.
E "madurinho" demais.
Papai.
Está aqui para me buscar?
Já causou bastante dano.
Os rumores correm como rastros de polvora.
Todos sabem que esta neste bairro.
Venha, traga sua bagagem.
- Não quer? - Não.
Sua mãe sempre falava de você.
Mamãe está aborrecida?
- Morreu. - O que?
O que disse?
Sua mãe morreu na primavera passada
e até a ultima hora se preocupou com você.
Está morta?
- Esse é o seu pai? - Sim.
Leve o ábaco, calcula o que nos deve e acrescenta 10%.
Eu tenho esperança de que não se vá.
Mickey é maior de idade.
- Veio porque quis, não a sequestrei. - Embora seja seu pai,
me aborrece que venha busca-la agora com todos os problema que nós temos,
o quitar das dívidas não basta.
- Bobo, 70.000 yenes. - Tatsuko...
Michiko, a razão pela qual vim te ver,
é o mais que provável casamento de sua irmã.
Veja, um cliente meu
lhe ofereceu um casamento muito interessante.
A verdade,
suas correrias por Sannomiya eram toleraveis,
mas se souberem que está neste bairro,
Concerteza o casamento se anulará.
Seu irmão não foi admitido no corpo diplomático,
e é preciso contrata-lo na nossa empresa.
Já.
- E por isso lhe interessa que eu volte. - Sim.
Nossa familia tem um grande nome em Kobe.
As pessoas me respeitem. Sou um empresário bem considerado.
Estou farto de conversinhas.
Se voltar para casa não se meterão mais conosco.
E de qualquer jeito, faz pouco que voltei a casar-me e...
O que?
Já casou de novo?
Mamãe morreu não faz nem um ano e você já...
Quem é?
Aquela garota de Gion ou sua amante do bairro Soemon?
- Te sobram candidatas, né? - O que acontece é que não entende.
A esposa é o eixo central de uma familia,
e para um homem de negocios uma esposa é imprescindivel,
do contrario não tem credibilidade.
Eixo da familia? Imprescindivel para um homem de negocios?
Se é assim, porque tratava tão mal a mamãe?
Você sempre com suas amantes e mamãe sempre chorando.
Porque não pensava assim quando ela estava viva?
Ela lhe pediu fidelidade de joelhos.
Depois de tantas aventuras, agora se preocupa com rumores?
Sabe? Não tenho feito mais do que seguir seu exemplo.
Papai, você sempre fez o que te deu vontade.
De modo que, deixe-me em paz não pode criticar-me.
Se minha irmã ficar sem seu noivo, que culpa tenho eu?
A culpa será tua.
Agora, papai, você começa a sofrer. Sofre!
Quero que sofra muito, assim entederá o que sofreu mamãe.
Deixa de representar o papel de bom pai.
Sabe? Tenho uma ideia.
No fim das contas, é um canalha e concerteza conheces este bairro, não?
Não faça esta cara. Compra o corpo da filha de um empresário.
1.500 yenes por uma trepada. Assim será um autêntico canalha.
- Não se esquecerás na sua vida. - Não, solte-me!
Venha.
Está louca. Louca.
Não quer?
Nesse caso, vá embora daqui. Vai, deixe-me.
Mas eu não volto.
Por nada no mundo voltaria. Por nada no mundo!
Senhor podemos conversar?
Que asco! ¡Parece uma novela do radio!
Tomarei uma ducha e sairei para assistir um filme de Marilyn Monroe.
Sim, a Aldeia Dos Sonhos? Sim, um momento.
- Yumeko. É para você. - Para mim?
- Parece que é um garoto. - Vá lá, não brinque comigo.
Diga? Sou Yumeko.
Céu, olhe, e se você vier me ver?
Suichi. É Suichi?
Porque me chama tanto? O que quer de mim?
Vai me criar problemas. Não quero que me chame mais.
Não diga isso. Porque veio a Toquio sem me consultar?
Errado.
Ei, Suichi, preciso conversar com você urgentemente.
Há algo que preciso consultar-te. Onde esta?
Não posso dizer-lhe por telefone.
Vamos, temos que nos ver, por favor.
Que chata que você é. Está bem.
Se quer me ver, amanhã a tarde ao lado da fábrica.
Sim, as 15:00.
Meninas, meu filho me ligou.
Estavamos conversando e ele quer que nos vejamos amanhã.
- Sim? - Ele encontrou uma casa,
e quer que eu vá viver com ele.
- Que sorte ter tido um filho. - Me alegro muito.
Mamãe!
Estou aqui! Venha, o que queria?
Suichi!
Que alegria em te ver. Que alegria.
Sabe filho? Estava sinceramente preocupada com você.
Que susto não tomei quando não te vi em casa com seus avós.
Mas agora, me alegro que tenha decidido começar a trabalhar.
- Se não trabalho não posso viver. - Tem toda razão.
Olhe...
Cresceu muito.
É um homem. Me custa acreditar que seja o menino que usava fraldas.
Você gosta do trabalho?
- Quando te pagam por mês? - Um salário de aprendiz.
Mas não me queixo, me basta para poder viver.
quero ser eletricista e estou estudando a noite.
Sim?
Não sabia.
Quer ser eletricista é? Eletricista...
Sim você está pronto. Assim logo poderemos viver juntos.
Em meu trabalho estamos vivendo uma crise terrivel.
Eu não vejo muito futuro.
E, de todo jeito, eu já não tenho idade.
Escute, se me chamas, me criara problemas.
Por que? Só ligo e digo que sou sua mãe.
E a telefonista da fábrica me atende amavelmente.
No povoado, todo mundo sabia onde trabalhava.
Já...
Eu morria de vergonha, por isso fui embora.
- Tudo isso já passou. Esqueça. - Cale-se. Não tem vergonha?
Maldita seja!
O que está pensando? Como pode insultar sua mãe?
Queria que ao meu filho não faltasse nada.
Por isso dediquei-me a este oficio. Como pode criticar-me?
- Pois não espere nada de mim. - Como?
Escute, Suichi.
Meu oficio já não tem nenhum futuro.
O governo proibirá a prostituição.
Como vou sobreviver? Só tenho a ti neste mundo.
Levei anos desejando viver contigo.
Você é tudo pra mim, sim.
De modo que não se aborreça comigo, certo?
Veja, já não existe para mim.
Não quero mais te ver.
Prefiro não ter mãe do que ter você.
Suichi.
Como pode dizer algo tão cruel a tua propria mãe?
- solte-me! - Suichi!
Cachorra!
Suichi!
Suichi!
Suichi!
Suichi!
- Anda, bonitão, entra. - Aqui está o que pediram.
Já chegaram. Traz isso aqui, eu convido a todas.
- Verdade? - Muito obrigado.
Yumeko, Mickey nos convida, não vem?
Muito obrigado.
Garotas, desde que encontrou o filho Yumeko esta muito triste.
- Que filho mais cruell. - Todo mundo é egoísta.
As pessoas enchem a boca para falar de sua familia,
mas conforme for, nos dão um bom adeus.
Tudo se faz por interesse.
Pega esse. Sobrou um, come.
Vamos garota.
Anda, come.
Muito obrigado.
Que gostoso.
É o melhor que eu comi na minha vida.
Estava morta de fome. Diga-me, de onde você vem?
Da ilha de Kyusho. De Ishuka.
O que? De Kyusho? E porque veio parar aqui?
Meu pai trabalhava na mina,
mas teve um acidente.
Pobrezinha, tão jovem, e já vai ter que aceitar clientes.
Todas nós passamos por isso, e ela tem uma vantagem:
A primeira noite cobrará muito por ser virgem.
Olá, Yorie, amor.
Entre!
- E Yumeko? - Ali a tens. Olha, Yumeko.
Yumeko, que há, paixão? Diga-me...
Vamos, outra depressão? Eu lhe curarei.
Anda, vamos.
De tanto estar no campo, usava poucos cosméticos.
Quero que seja minha, amor. Não se alegra de me ver?
Não fique triste, quer dinheiro? Tenho tanto que...
Sou a esposa de Osamu Kadowaki. Sim.
Sou uma donzela
que vem da Manchuria
Uma rosa fresca
com a pele de marfim.
Hoje, o sol,
arde já em meu peito
e me chama...
Yumeko.
Senhor! Senhor!
Senhor!
Senhora!
Yumeko!
Suichi. Suichi. Suichi.
- Suichi! - Cuidado, Yumeko.
- Cuidado. Filho... - Yumeko.
- Desta fez ficou louca - Otane, avisa o médico, a Miyasaki.
Aparta. Aparta.
Vou ao meu casamento
em carroça de flores,
para entregar-me
ao dono do meu amor
Sou feliz
e ir sem medo
- Que está acontecendo? - Nada de importante.
Nada?
Viver sempre feliz
sei que meu amor...
- Já saldou todas suas dividas? - Sim, todas.
Fico muito feliz.
Nós vamos sair em lua de mel. Vá preparar-se.
- Você é muito precipitado. - Olhe, já tenho os bilhetes.
Iremos a Beppu, a um balneario.
- Aoki. - O que é?
Me casar contigo não daria certo.
Porque?
Porque vendi meu corpo a muitos homens.
Mais cedo ou mais tarde, isso te faria sentir-se desconfortavel.
- Vamos, não sou tão ciumento. - De qualquer jeito, eu não vou.
Yasumi, você me enganou.
Eu te consegui o dinheiro porque me disse que casaria comigo.
Olhe, eu te pedi
para sair deste negocio e deste mundo tão humilhante
Perdeu a cabeça por uma puta. Fique tranquilo, não é o primeiro.
Ou seja, você nunca teve a inteção de se casar comigo.
- Me enganou. - Vamos lá, me bate.
É um homem de negocios, não?
Tal como vende seus produtos, eu vendo meu corpo.
Não é tão diferente.
Você negociou mal. A culpa não é minha.
Eu peguei o dinheiro de meus chefes, os roubei.
Sem você, tudo era o mesmo, por isso tirei dinheiro da loja.
Então fugiram.
Por favor, venha comigo.
Por favor, venha comigo. Vem, eu te suplico.
Ah, se eu soubesse, não teria aceitado.
Olhe.
Devolva-me. Esse dinheiro vale mais que minha vida, por favor.
Para mim também é importante.
Se me queres de verdade, esqueça do dinheiro.
Devolva-me. se eu recupera-lo, não me denunciarão.
Por favor...
Solte-me. Como vou querer-te se é um idiota?
Não quero mais lhe ver.
Senhora!
Senhor! Senhor!
Não!
Não!
Yasumi! Pegue-o!
Yasumi!
- Otane, rápido, chama o médico. - Que não escape!
Yasumi, me ouve? Yasumi!
Yasumi!
Yasumi! Yasumi! Yasumi!
Adeus.
Venham me ver. Os espero. Adeus.
Uma enlouquece e a outra tentam matar.
Venha, temos que fechar. Que noite.
<i>Política: Novamente a lei contra a prostituição foi rejeitada.</i>
<i>Após vários meses de debate, hoje a lei foi rejeitada.</i>
Agora, seu lugar de nascimento.
- Boa noite. - Ola.
- Mino, provincia de Shimane. - Sim.
- Ola. - Boa noite.
Obrigado por seus serviços.
Esta noite, descanse, amanhã poderá trabalhar.
- Obrigado doutor. - Obrigado.
- Obrigado por sua visita. - Levaram a Yumeko?
- Faz pouco tempo. - Não merecia acabar em um manicômio.
- Pobrezinha. - Procuraremos esse individuo.
- Bom Obrigado - Obrigado pelo seu trabalho.
- Otane. - Sim?
- Olhe em cima e cuide de Yasumi. - Sim.
<i>Após muita controvérsia, as mulheres no país</i>
<i>veêm pela quarta vez em pouco tempo,</i>
<i> esta lei não alcançar o referendo parlamentar.</i>
- Tá vendo? Não aprovaram. - Os cidadãos não permitiram.
É verdade.
<i>Mas a polêmica segue na cidade,</i>
<i>e os partidários da lei podem tentar de novo sua aprovação..</i>
Anda, prepara-me um saquê. E convida a todas para um sushi.
Boa ideia, agora.
- Estamos lhes convidando para um sushi. - Não vê? Acabou como eu disse.
Hanae, seu trabalho seguirá dando de comer a você, seu marido e seu filho.
Yorie, não terá que trabalhar em uma fábrica.
Mickey, se precisar de dinheiro, nos lhe emprestaremos.
Os donos dos locais
cumprimos uma função social que o governo esquece.
Somente nós pensamos em vocês.
Os do parlamento e o ajuntamento desconhecem todos seus problemas.
Somos seus únicos aliados. Está claro?
A partir de amanhã, trabalharão com plena dedicação, Hein, garotas?
- Sim. - Srta. Hanae, venha.
- Eu? - Sim.
- Vamos, e o sushi? - Sim.
Shizuko, chama Matsunoya. Cinco refeições.
- Anda, bebe um pouco. - Obrigado.
Carinho, te disse que não viesse aqui.
- O dono da casa nos despejou. - Não...
Vamos ter que dormir em um campo. Tenho medo que o menino adoeça.
Meus deus, isso é terrivel.
Sim. Ficaremos no parque de atrações.
Amor.
Espera, irei contigo.
Falarei com meus chefes.
- Me darão dinheiro para o aluguel. - Verdade?
Olá, bem-vindos a minha loja.
Lhe agradeço muitissimo pelas flores. Obrigado.
Não tem importância. Como conseguiu montar uma loja tão grande?
- Sente-se. - Tem jeito pra negociar.
- Todos me ajudaram. - Você é uma vitoriosa.
Estou orgulhoso de você. Os deputados deveriam ver seus progressos.
- Vamos, não exagere. - Senhora.
- E a roupa de cama? - Em seguida.
- Por estas capas de almofada. - Sim.
- Em seguida trago tudo. - Sim, sim.
Não tem um quimono mais bonito pra esta garota?
- Que te parece este? - Não me entusiasma.
Uma garota que estreia deve levar um quimono chamativo.
Senhora, Boa Tarde.
Muito obrigado por me dar um presente de iniciação.
- De nada. Que tal o negocio? - Graças a deus, vai a frente.
- A propósito, obrigado pelo pedido. -Travesseiros e roupas de cama.
- Sim. - Quanto é? Faça-me um desconto.
Agora. São 7.000 yenes.
- Mas já me pagará quando vier. - Bom.
Lhe trouxe uma prenda. Quero que as prove.
Muito obrigado.
Tenho um futon de inverno, para consertar. Otane.
Sim? Obrigado pela sua confiaça. Ande, vá com ela.
Sim.
Senhora, já sabe que tem minha loja a disposição.
- Concordo, tenha sucesso. - Obrigado, senhora.
Aqui está, toma. Mickey.
Olá. eu abri uma tenda de roupa de cama.
Meninas, me tens a vossa disposição.
E de qualquer jeito, se necessitarem,
também posso emprestar dinheiro.
Que descaração. Aruina o dono e depois assume.
E logo fica com a loja.
Aoki estava louco por ela, mas não acredito que durma tranquila,
ela enganou muita gente.
Se não os engana, lhes enganam.
Se não agir como ela, nem em 100 anos sairá desta vida.
É muito inteligente.
- Até logo. - Este é o colchão de Yumeko.
Estão jogando fora para espantar a má sorte.
O que estara fazendo Yumeko?
Esta sonhando.
A pele das mocinhas se ressalta com a maquilagem, é?
O que você acha?
Vestida com roupa elegante, ganharás muito dinheiro.
Olhe, Shizuko, você já não é uma criança.
Você sabe o que é a coisa.
Se faço com que inicie, é, sobretudo, para seu bem.
Sua mãe, que esta no povoado,
quer que mande dinheiro.
Necessita dele para viver, e você não quer que ela passe mal.
Por isso começará a se vender.
Ganhará muito dinheiro.
As garotas jovens cobram mais.
E a primeira noite, por ser virgem, mais ainda.
Já vai? Venha, fica
Que bonita que você é. Olha o que eu tenho aqui.
Toma.
Não tem outra saída?
De verdade, não tem outra?
Ei, faça-o, mas faça-o em grande estilo.
Muitas garotas decentes perdem a virgindade com um canalha e de graça.
Eu te ensinarei. Anime-se, venha.
você, gatinho, não vá embora, que nos divertiremos.
Gostosona.
Vem, Vem.
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