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Pesquisa sobre a Hediona Parte 4 de 5 : pesquisa científica e desafios
Graças a seu poder de exaltação e difusão das notas,
a Hediona é largamente utilizada na indústria da perfumaria.
Para melhor compreender as implicações da pesquisa neste setor,
marco uma entrevista com Christian Margot, na sede da empresa Firmenich de Genebra.
Este doutor em química orgânica
adora desenhar estruturas moleculares no grande quadro-*** que reina em seu escritório.
Comecei há muito tempo, tempo demais para que eu pudesse lhe dizer quando.
Primeiro, fazendo novas moléculas para a perfumaria e agora eu faço principalmente medidas de atividade,
saber como se percebe as moléculas, e também entender como funciona a percepção.
A descoberta da Hediona deve-se a um antigo colega, Edouard Demole,
que a encontrou no jasmim por volta de 1960.
A Hediona é uma molécula interessante
porque es análoga a una hormona que permite a las plantas defenderse contra las cochinillas.
E para nós, bem, a Hediona é uma molécula mágica,
acrescenta-se como um pó de perlimpimpim a um perfume
e imediatamente ele se torna mais natural, fica muito mais vibrante.
Mesmo os narizes pouco treinados como o meu percebem que ele é melhor quando tem Hediona.
A especialidade de Christian Margot, é a percepção dos odores pelo nosso cérebro.
E mesmo se todo mundo concorda em dizer que a Hediona exalta os odorantes aos quais está associada,
ainda é muito difícil medir cientificamente o seu efeito.
Os modernos métodos de investigação nos permitem ver dentro do cérebro,
nos imãs, das máquinas de imagiologia cerebral.
Pode-se ver o que se passa quando os odores
nos estimulam mas a resolução não é suficientemente boa
para que se possa fazer diferença entre a Hediona e uma outra molécula do jasmim.
Existe ainda um mistério.
É muito difícil notar a Hediona justamente porque a primeira vez que se sente ela é um pouco vaga,
é fraca, é preciso tentar em uma mistura para saber que ela tem um efeito prodigioso.
Porque não se pode antecipar isso, digamos, com uma simples inalação do produto.
Isto, isto leva muito tempo.
Os desafios da pesquisa residem na descoberta de novas moléculas
que teriam a mesma capacidade da Hediona em revelar as misturas,
mas em gamas de diferentes aromas.
A Hediona é especialmente ativa com certas notas, as notas de agrumes.
E pode ser que seja interessante encontrar uma nova Hediona que será talvez mais específica em outros meios.
Mas é também uma questão de exclusividade.
Visto que não se pode patentear um perfume, ele é imitado com muita facilidade.
É a razão pela qual os grandes industriais tem grande interesse em criar moléculas
que serão os únicos a poder utilizar.
A Hediona ainda não terminou de nos entregar os seus segredos.
Portanto, eu permaneço em Genebra para prosseguir minha missão.