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O texto complementar lido para resenha do ciclo 1 tem como título MODELOS DE APRENDIZAGEM
EM AMBIENTES VIRTUAIS, por Manuel Meirinhos e António Osório, os dois autores são portugueses.
Esse artigo traz uma reflexão sobre os modelos de aprendizagem em um ambiente virtual e a
função exercida pelos formadores (docentes) e formandos (alunos) no mesmo, e destaca ainda
o estabelecimento de uma nova relação didática colaborativa de grupo.
Os autores se embasam no conceito de Marcotte (2003), de comunidade virtual, definido por
ele como qualquer grupo que interage através da Internet, e em cinco modelos mais relevantes
de comunidades virtuais existentes atualmente, os de Garrison et al., 2000, Salmon, 2000;
Henri e Basque, 2003; Murphy, 2004; e Faerber, 2002.
Bem, depois de explicado detalhadamente cada um dos modelos, percebeu-se aspectos em comum
entre eles: 1) a base teórica é a construtivista e/ou socioconstrutivista; 2) o papel do formador
é visto como fundamental, pois este exerce uma função social, organizacional, pedagógica
e técnica, atendendo às necessidades individuais e coletivas do grupo; 3) o formando precisa
desenvolver algumas habilidades para ter o êxito esperado em um ambiente virtual de
estudo, por exemplo, ser mais autônomo, pois possui um papel mais ativo no seu próprio
processo de construção do conhecimento do que numa formação presencial e passa a ser
responsável também pela aprendizagem dos outros e não somente pela sua própria; 4)
e o principal objetivo de todos esses modelos é atingir a colaboração entre os participantes
da comunidade, fazer com que estes (com) partilhem suas experiências e usem as dos outros, trabalhando
de forma conjunta e a partir daí possam criar, com a intervenção do formador, um novo conhecimento.
É também necessário ressaltar que há um período para adaptação, e a motivação
e socialização com o grupo também é fundamental, já que em todos os modelos, a construção
do conhecimento se dá de forma ***íncrona. Finalmente, os autores concluem que o ambiente
co¬¬¬laborativo de aprendizagem talvez seja o maior diferencial dos sistemas tradicionais
de formação presencial e mesmo da formação à distância convencional. E que apesar dessa
tecnologia colaborativa com a introdução do elemento grupo, poder aumentar consideravelmente
o espaço e o tempo cognitivo e, modificar, assim, as relações entre os seres humanos,
ela ainda é uma área com pouca pesquisa e pouco discutida, assim como também é recente
a discussão dos níveis de letramento e alfabetização, segundo o texto base de Magda Soares (1998).
E lembrando que Soares afirma que o letramento de uma pessoa pode se desenvolver de forma
individual ou em grupo, observamos aqui cada vez mais o surgimento e discussão do que
possa ser um novo conceito para letramento, o letramento colaborativo, que pode estar
presente não só no ensino presencial tradicional como também nos ambientes virtuais, o chamado
letramento colaborativo digital.