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Em 2009, o governador Sérgio Cabral, com inestimável apoio
dos secretários Alexandre Cardoso e Joaquim Levy,
assinou o decreto de cessão à Academia Brasileira de Ciências
do magnífico imóvel à rua da Alfândega, número 42
próximo à igreja da Candelária e do CCBB,
que abrigava a Secretaria de Fazenda do Estado,
exemplo de utilização cuidadosa de um patrimônio da cidade.
A obra foi executada por Lambert Riedlinger,
que chegara ao Brasil em 1911 trazendo como novidade
o uso do concreto armado
e responsável por uma série de magníficas obras no Rio,
como os hotéis Glória e Copacabana Palace e o edifício A Noite.
Hoje a Academia faz estudos importantes sobre saúde,
doenças negligenciadas, por exemplo,
sobre águas no país
sobre a Amazônia
sobre o clima e assim por diante.
São estudos importantes que oferecem opções ao governo
de políticas públicas.
Mas não é só isso, nós vamos buscar os talentos jovens,
promovemos os talentos jovens,
nós temos jovens que são Acadêmicos, não de forma permanente,
mas por um período de 5 anos.
Então, isso refresca a Academia.
Nós temos 125 jovens brilhantes que hoje frequentam a Academia
e participam de suas atividades.
Nós temos agora uma nova missão, que é a de reformar esse prédio
para que a Academia continue
fazendo tudo o que é necessário para o bem-estar da sociedade.
Esse prédio vai ser a casa da sociedade brasileira.
O grande hall no térreo será destinado a eventos solenes e culturais,
conforme necessidade da ocasião, com apoio e facilidades de serviços.
O projeto contempla acesso a pessoas com necessidades especiais
em todos os pavimentos.
O subsolo abriga uma casa-forte com portas Panzer,
que será destinada a exposições temporárias.
O primeiro andar, com acesso independente, será destinado a
um centro de convenções com auditório e salas multiuso.
Não há dúvida de que a Academia tem que prestar atenção
na integração com a indústria.
Nós estamos promovendo há dois ou três anos.
É necessário que a nossa indústria tenha pesquisa e desenvolvimento
dentro das instalações no país,
seja ela nacional, multinacional ou estrangeira.
Ao mesmo tempo é necessário absolutamente uma ciência básica forte,
muito representativa para a nossa formação de competência.
Então, temos que encontrar esse caminho que projete o país no exterior,
a importância grande que ele já tem, e também, sobretudo, sirva a nossa sociedade.
Então, senhor governador, eu queria lançar, se o senhor me permite,
uma comissão que vá arrecadar fundos para a reforma desse belíssimo prédio.
Vou lançar uma comissão para obter recursos e quem vai comandá-la:
o senhor governador Sérgio Cabral.
Muito obrigado!
Na condição de presidente da comissão de captação de recursos
é que me pronuncio.
A entrega desse prédio à Academia Brasileira de Ciências está dentro desse contexto.
Eu já proponho aqui, doutor Jacob, o que eu fiz no Theatro Municipal.
O Theatro Municipal estava às vésperas de fazer 100 anos,
e aquele teatro depauperado, aquele teatro com vazamento,
barata, estofado rasgado,
uma coisa horrorosa... um prédio daquele lindíssimo,
e não faltava um ano e meio para fazer 100 anos.
Então, eu chamei, pedi para Adriana Rattes, a secretária de Cultura,
pedi para a Carla Camurati, diretora do Theatro Municipal,
escolherem o pior lugar do Theatro Municipal,
e lá fiz um café da manhã com grandes empresários.
Disse a eles, ao presidente da Eletrobras, da Petrobras,
da Fundação Roberto Marinho, Vale, Embratel,
enfim, todo mundo lá... Coca-Cola...
Eu disse: "Vocês gostam desse teatro?" "Claro, governador!"
"Vocês frequentam?" "Claro, governador!"
"Não estão envergonhados, não?"
Enfim, rodamos o chapéu e deu tudo certo.
Quem foi ao Theatro Municipal depois do restauro sabe o que está acontecendo lá.
e vamos entregar, se Deus quiser, a Sala Cecília Meireles.
Então, eu já me coloco à disposição, vamos usar a lei Rouanet,
vamos usar a lei do ICMS.
Por mim, eu repassava direto os recursos ao senhor
e à Academia Brasileira de Ciências, mas como não posso fazer isso,
vamos usar as leis de incentivo, e por acaso a lei de incentivo do ICMS
é de minha autoria e do deputado Carlos Minc.
Então vamos usá-la para realizar essa captação
e não tenho dúvida de que não vão faltar empresas com espírito cívico para ajudar.
O Rio de Janeiro vive um momento fantástico
de investimentos públicos e privados
e dentro dessa perspectiva, a ciência.
Então, nada mais justo que a Academia Brasileira de Ciências
ganhe um prédio dessa relevância, dessa beleza
do autor do Hotel Glória, do autor do Copacabana Palace
Portanto, contem conosco na captação de recursos.
A minha meta é no meu governo!
Eu quero inaugurar esse prédio no meu governo!
Então,vamos suar a camisa, vamos produzir umas
gotinhas nas cabeças dos patrocinadores...
A sede da Academia Brasileira de Ciências é uma sede
de grandes cabeças da ciência no Brasil, mas extremamente acanhada.
É bom que se diga, não está presente aqui, mas quero ressaltar
a importância que o Joaquim Levy
e que o Renato (Villela) tiveram nisso.
Hoje, governador, o senhor está transformando o sonho da Academia do Brasil.
Não há nenhum pesquisador, não há nenhum professor,
que não esteja presente nessa sala agradecendo
ao carinho que o senhor teve com a ciência brasileira.
Então, nós estamos cumprindo a história da ciência, respeitando a história.
Há quase 100 anos que a Academia está no Rio e vai continuar.