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Não tinha um acesso a nada, nem no emprego...
Muitos disseram assim:
quem vai dar emprego para um ***?
Essa relação do Brasil
deixou uma dívida muito grande
com o povo ***, com o cidadão ***, que
nunca deixou de dar a sua contribuição.
Desde o início da formação desse país,
desde o início da colonização,
a gente não precisava ser excluído.
Porque a gente estava contribuindo
na construção desta nação.
Esta dívida precisava ser resgatada.
E o Bolsa família contribuiu com essa mudança,
garantindo renda
a mais de 10 milhões de famílias
autodeclaradas pretas ou pardas,
73% do total dos beneficiários.
Quando caiu o primeiro dinheirinho foi uma alegria!
Comprei as compras para os meus filhos,
o que já facilitou muito.
Compramos trouxa,
cheguei aqui já fui comprar uma roupinha.
E já foi muito bom!
Quando eu pego essa Bolsa Família
a primeira coisa que eu entro é só no mercado,
para comprar as coisas
para não faltar nada para os meus filhos.
O Bolsa Família muda vidas também no meio rural,
onde a exclusão social era antiga e persistente.
Eu vou contar para o senhor, foi sofrido.
Eu trabalhava para usineiro.
O que eu ganhava do dia
não dava nem para comer à noite.
Entre as famílias beneficiadas
pelo Programa de Fomento
do Plano Brasil Sem Miséria,
78% são formadas por pretos e pardos.
De um ano para cá, através desse benefício,
está bom demais!
Em vista do que eu já passei?
Antigamente nós éramos trabalhadores.
Hoje não somos mais não,
nós já vamos dizendo, já somos é patroa.
Todo mundo está empolgado com o trabalho,
todo mundo tá querendo mais!
Outro caminho para esta mudança
é o Pronatec Brasil Sem Miséria,
onde eles são quase dois terços dos matriculados.
Fiz o curso todo
para alcançar o certificado.
Hoje estou lá dentro do Polo Naval,
estou trabalhando.
Me sinto construtivo,
eu estou somando dentro da sociedade.
Com mais oportunidades,
os negros agora também são empreendedores.
Os negros inscritos
no Cadastro Único para Programas do Governo Federal
são responsáveis por 78%
das operações de microcrédito produtivo orientado
do Programa Crescer.
Um futuro novo
começa a ser construído pelas próprias mãos.
Pretendo ampliar a minha cozinha,
porque eu trabalho com cocadas,
colocar cerâmica na parede, revestimento,
e investir
para que eu possa trabalhar e progredir.
Eu me sinto uma pessoa animada e determinada,
que vai dar certo, isso eu tenho certeza.
Que o Brasil cresça mesmo,
e a gente mudando a nossa história.
As políticas públicas
também abriram o caminho da educação
aos pretos e pardos.
O jovem ***
nem sempre tem acesso à universidade direto.
Mas ele tendo uma formação profissional,
ele já consegue se estabelecer
dentro da sociedade
e a sociedade passa a ter um novo olhar
para este jovem.
Em dez anos,
o percentual de negros entre 18 e 24 anos
no ensino superior mais que triplicou
e hoje,
eles são mais da metade dos bolsistas do ProUni.
Eu fiz o ENEM,
tive uma excelente nota,
aí foi lançado o programa ProUni.
Esse ProUni veio na hora certa.
Porque a gente que é muito pobre
é muito difícil as coisas para a gente.
Quando eu consegui a bolsa,
foi a realização de um sonho.
A gente conseguiu vencer,
é uma vitória muito grande!
Eu me sinto orgulhosa de olhar na minha Carteira de Trabalho
e de ver lá: Faxineira e Assessora Jurídica.
Estamos nos construindo
como país de um povo novo
e multirracial.
Um país em que nunca mais seja aceito
que cor da pele e pobreza
sejam sinônimos.
Um país de todos!
A gente não tem que ter preconceito,
não tem que ter vergonha.
Então temos que ter atitude.
Para atrás não pode vir. Tem que ir para frente!