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Mundo sem guerras e sem violência
Marcha mundial pela Paz e Não-violência
Paz, força e alegria!
A primeira marcha mundial pela paz e não-violência
Amigos, a primeira Marcha Mundial foi possível.
Nos apaixonamos por uma palavra
A mais bela de todas
A única que descreve algo que não há: Paz
A marcha pela paz e não-violência
Um percurso que passará por mais de cem países,
6 continentes, com a participação direta de milhões de pessoas.
Apaixone-se você também pelas palavras mais bonitas do mundo.
Marche conosco.
vê-se que era necessário realizar uma ação de caráter mundial,
que tratasse de transmitir a necessidade e o sentimento
da maioria das pessoas do planeta.
O percurso da marcha é formado com base em iniciativas.
Na realidade, começamos a conectar com amigos humanistas
de outras organizações em diversos países
e, através da sintonia que se produz frente à idéia de realizar esta ação,
vai se desenhando um percurso, que em um primeiro momento tinha poucos países.
Isso vai se ampliando e, para que tivesse realmente caráter universal,
tinha que passar pelos cinco continentes.
Paz, paz, paz
Paz para o mundo
Esperança, fé e caridade, essas são as palavras mágicas
Então, abra seu coração
E deixe a paz começar
Paz, paz, paz, paz
Algumas outras “pazes”
Paz em sua mente
Um pedaço de bolo
Um pedaço de pizza
Um pedaço de torta
Um pedaço de mim
Um pedaço de ti
Um e um, dois
Juntos construímos um mundo novo
Não importa se você está à altura
Sirva-se, você vai perder o brilho
O que entra, sai,
Do outro lado, não há nenhuma dúvida
O que você não conhece não lhe fará mal
Não é o caso, mas isso é o que lhe disseram
Constrói com tijolos e você terá uma casa de tijolo
Constrói com medo e você consegue o que tem aqui
Queremos uma solução nova
Queremos paz na Terra
Queremos uma direção nova
Queremos paz na Terra
Queremos uma solução nova
Queremos paz na Terra
Queremos uma direção nova
Queremos paz na Terra
Queremos viver em um mundo onde ninguém tenha fome
Onde fale antes de discutir
Queremos os mesmos direitos para mulheres e homossexuais
Para os ateus e os que rezam
Que saibam que você sabe
Que saibam que você sente
Que saibam que você está vivo
Que saibam de você
Marcha mundial pela Paz e Não-violência.
A experiência em Esmirna foi um ponto muito importante
e muito surpreendente para todos nós,
porque a proposta da Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência
produziu uma espécie de fenômeno de aglutinação
de grupos que tinham dificuldade em participar,
embora houvesse muitos temas em comum.
Grupos de direitos humanos, grupos de esquerdas,
grupos curdos que procuram a paz,
procuram um reconhecimento social…
Havia muitas organizações, 40 ou 50 associações.
Era a primeira vez que esses grupos se uniam para fazer algo juntos.
Foi uma manifestação no centro de Esmirna
com um grande dispositivo policial, enorme.
Felizmente, não houve nenhum incidente.
Foi tudo totalmente pacífico e acredito que tanto os participantes
quanto os organizadores puderam facilitar que as pessoas pudessem se expressar.
mas você vê o mesmo olhar, vê a mesma vontade de transformar o mundo,
vê as mesmas aspirações,
e tudo isso que parece que é o importante,
se a pessoa reza para um deus ou reza para outro, se come um tipo de comida ou outra,
se se veste de uma maneira ou de outra,
tudo isso perde importância.
Então, para mim pessoalmente
mudou completamente minha visão do mundo,
porque é como se a gente já não pudesse se sentir sozinho.
Do Amazonas nos chega o suspiro
que alimenta o filho
que vive no Chalbi
E na Namíbia
escuta-se o ronco
inquieto e adormecido
do Nevado del Ruiz
Enquanto hoje o Pampa abraça Berlim,
o Coliseu acorda em Nova York
que possa comunicar e abrir as portas à reconciliação
e começar uma nova história de convivência pacífica
entre palestinos e judeus.
Vimos uma pequena escola
e é uma experiência que nos deixou a todos emocionados,
onde crianças israelenses e palestinas vivem juntas,
estudam juntas e descobriram que “shalom” e “salam”
(que querem dizer paz nas duas línguas, nos dois idiomas) é possível.
E temos certeza de que algum dia celebraremos
a eliminação dessa fronteira, essa que temos aqui atrás.
Quando planejamos a Marcha Mundial,
queríamos ir percorrendo os lugares simbólicos
onde tinha havido conflitos na História.
Evidentemente, a guerra da Coreia marcou
toda uma etapa das relações entre Oriente e Ocidente
A Marcha Mundial ter recebido autorização para entrar na zona livre,
na zona desmilitarizada, foi um símbolo,
que além disso foi muito acolhido pela imprensa,
pelos meios de comunicação.
E aí também demos o sinal e falamos que, em breve,
estaríamos no muro de Berlim,
que esperamos que essa fronteira que hoje é intransitável
também desapareça, assim como caiu o muro de Berlim,
Que em um país como a Argentina, que tem 2.780.000 quilômetros quadrados,
não haja trens funcionando, há já pelo menos vinte anos,
realmente me parece que é absurdo
e é contraproducente para toda uma sociedade.
Quando fiquei sabendo da proposta de que um trem chegasse a Punta de Vacas,
levando pessoas da Argentina participando da Marcha Mundial,
eu acredito que a felicidade que eu senti é compartilhada com muitas pessoas.
De fato, quando vejo as imagens das pessoas festejando ao lado das vias do trem
e pedindo aos gritos que o trem volte às vias da Argentina,
realmente você se dá conta da importância que tem para todo um sistema,
não apenas econômico, mas também social.
Mais de 10.000 famílias ficaram na rua
quando fecharam as ferrovias argentinas,
porque Menem as privatizou há mais de 16 anos,
com o apoio do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
Uma marcha percorre o mundo.
Com a clara intenção de criar consciência
diante da perigosa situação mundial que atravessamos,
marcada pela elevada probabilidade de conflito nuclear,
pelo armamentismo
e pela violenta ocupação militar de territórios.
Essa proposta de mobilização social
é impulsionada pelo Movimento Humanista e seus organismos.
O urgente é criar consciência da paz, da paz e do desarmamento.
Mas também é necessário despertar a consciência da não-violência ativa,
que permita rejeitar não só a violência física,
mas também toda forma de violência econômica, racial, religiosa e de gênero.
Certamente, aspiramos a que essa nova sensibilidade
possa se instalar e comover as estruturas sociais,
abrindo caminho para a futura nação humana universal.
A história que pessoalmente mais me afetou
foi um encontro surpresa com um ex-dirigente do M-19,
o grupo colombiano M-19,
que uma vez tomou meu pai como refém
em Bogotá, em 1984, durante dois meses.
Nós pudemos então conversar,
perguntei a ele o que sentia
ao se encontrar com a filha de um ex-refém de seu grupo.
Penso que é incrível,
é pouco dizer, encontrá-la aqui, em paz.
Então, sinto o dever de lhe pedir perdão,
de ser perdoado por você,
já que aquele foi um período muito complicado da vida de nosso país…
Nós ainda não solucionamos toda a situação na Colômbia,
mas compreendemos que a paz é o caminho.
A via… a via para solucionar os problemas.
É o mais importante para mim.
Muito obrigado.
E isso me emocionou, porque me pediu perdão
e algo se liberou verdadeiramente em meu interior,
não somente para mim, mas para minha família
e certamente para muitas, muitas, muitas, muitas pessoas,
pois recebi umas cem mensagens depois dessa reconciliação,
Bom, demos um sinal importante em nível mundial.
Unir a paz e a não-violência e realmente avançar
para que a não-violência toque o coração do ser humano.
Porque às vezes a dificuldade de mudar o mundo, a dificuldade de fazer algo,
é porque a gente não é capaz imaginar.
Você pode fazer tudo aquilo que é capaz de imaginar.
Mas se não for capaz de imaginá-lo, não poderá fazê-lo.
Acredito que o mundo é mudado pelas imagens de futuro.
E sinto que a Marcha Mundial esteve colocando
imagens muito reais, muito concretas, nas pessoas.
Nação humana universal.
Cada um de nós neste momento
somos embaixadores dessa grande nação planetária.
Com a Marcha, temos essa grande oportunidade de começá-la verdadeiramente.
Acabou-se a Marcha, mas começa o processo de humanização.
Terminou o que é propriamente a Marcha,
mas o momento para as ações começarem a se concretizar é agora.
Não vamos ver isso no próximo ano, mas veremos dentro de alguns anos …