Tip:
Highlight text to annotate it
X
Tradutor: Fers Gruendling Revisor: Eduardo Fernandes
Em Nova Iorque, eu sou chefe de desenvolvimento
de uma empresa sem fins lucrativos chamada Robin Hood.
Quando não estou combatendo a pobreza, estou combatendo incêndios
como capitão assistente de um grupo de bombeiros voluntários.
Em nossa cidade,
onde os voluntários complementam bombeiros altamente treinados,
temos que chegar ao local do incêndio muito cedo
para conseguir participar de qualquer coisa.
Eu me lembro do meu primeiro incêndio.
Eu era o segundo voluntário no local,
então havia uma boa chance de que eu entraria.
Mas ainda foi uma corrida com os outros voluntários
para chegar ao capitão responsável
para descobrir quais seriam nossas tarefas.
Quando eu encontrei o capitão,
ele estava envolvido em uma conversa
com a proprietária,
que certamente estava tendo um dos piores dias de sua vida.
Era madrugada,
ela estava parada do lado de fora na chuva,
sob um guarda-chuva, de pijama, descalça,
enquanto sua casa estava em chamas.
O outro voluntário que havia chegado antes de mim,
vamos chamá-lo de Lex Luthor,
(Risos)
chegou primeiro ao capitão
e foi chamado para entrar
e salvar o cachorro da dona da casa.
O cão! Fui tomado pelo ciúme.
Aqui estava um advogado ou gerente financeiro
que, pelo resto da vida, poderia contar
que entrou em um prédio em chamas
para salvar uma criatura viva,
só porque ele chegou cinco segundos antes.
Bem, eu era o próximo.
O capitão me chamou.
Ele disse: "Bezos, eu preciso que você entre na casa.
Eu preciso que você vá ao andar de cima, passe pelo fogo,
e preciso que você pegue um par de sapatos para esta mulher."
(Risos)
Eu juro.
Então, não era exatamente o que eu estava esperando,
mas eu fui.
Subi as escadas, corredor, passei pelos bombeiros 'de verdade',
que haviam praticamente terminado de apagar o fogo a essa altura,
entrei no quarto para pegar um par de sapatos.
Agora, sei o que estão pensando,
mas eu não sou um herói.
(Risos)
Eu carreguei a minha carga para baixo
onde eu encontrei o meu inimigo
e o precioso cão na porta da frente.
Levamos nossos tesouros para a proprietária,
e, sem dúvida alguma,
o tesouro dele recebeu muito mais atenção do que o meu.
Algumas semanas depois,
o departamento recebeu uma carta da proprietária
agradecendo a coragem exercida
ao salvar sua casa.
O ato de bondade que mencionou acima de todos os outros:
alguém até havia pego um par de sapatos.
(Risos)
Tanto em minha vocação na Robin Hood
quanto na minha ocupação como um bombeiro voluntário,
sou testemunha de atos de generosidade e bondade
em uma escala monumental,
mas também sou testemunha de atos de graça e coragem
a nível individual.
E sabem o que eu aprendi?
Todos eles são importantes.
Então, ao olhar para este auditório
para pessoas que já atingiram
ou que irão atingir
níveis notáveis de sucesso,
eu ofereço um lembrete:
não espere.
Não espere até fazer o seu primeiro milhão
para fazer a diferença na vida de alguém.
Se você tem algo para dar,
dê agora.
Sirva comida aos desprovidos, limpe um parque local,
seja um mentor.
Não é todo dia que temos a chance
para salvar a vida de alguém,
mas cada dia nos oferece uma oportunidade de afetar uma vida.
Assim, entre no jogo. Salve os sapatos.
Obrigado.
(Aplausos)
Bruno Giussani: Mark, Mark, volte.
(Aplausos)
Mark Bezos: Obrigado.