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Mais e mais de nós percebem que não há Deus
ainda assim a religião continua a nos dominar.
Penso que a ideia de santos e pecadores, céu e inferno
ainda molda o nosso pensar.
Quero dar a vocês uma alternativa científica.
Esta serie não é sobre se Deus existe ou não.
Ela explora questões mais desafiadoras.
Questionarei o que acontece na medida em que avançamos
e deixamos a religião para trás
O que nos guiará e inspirará em um mundo livre de todos os deuses?
Como é possível a um ateu dar sentido à vida?
Como podemos encarar a morte sem o conforto de uma vida no além?
E como devemos pensar sobre o certo e o errado?
Tenho que acreditar que há um plano
e que Deus irá alcançar algo através disso.
Creio que Jesus é uma babysitter gratuita.
É como: "se eu não estou te observando, Jesus está".
Então, você acha que nós, no ocidente, somos por demais materialistas?
Penso que sim.
Este filme é sobre pecado.
Mesmo nos dias de hoje, a maioria de nós ainda carrega
a noção de pecado para diferenciar o certo do errado.
Pessoas me perguntam:
"Se abandonar a religião, não significaria que tudo é permitido?"
"Por que não cair em tentação, luxúria e ganância?"
"Por que não estuprar, roubar?"
Explorarei o poder que a visão religiosa do pecado
tem sobre nossa vida, por que é inútil,
e mostrar como podemos usar razão e ciência
para encontrar uma melhor forma de sermos bons.
Carros foram incendiados e lojas saqueadas.
Se não acreditarmos que Deus tudo vê, abandonamos a moralidade.
É o que as pessoas me dizem.
Eles estão certos?
Eis Londres em 2011.
Nas últimas duas noites tem havido tumultos,
janelas forçadas, saques
É difícil saber por que.
Não parece haver nada muito bem articulado,
motivação política, motivação religiosa.
Parece ser apenas uma certa anarquia em causa própria.
Saqueando para si mesma.
Suponho que nos mostra como são frágeis os elos da sociedade,
como podem ser facilmente quebrados.
De certa maneira, é um pouco assustador.
Antes de ver o que a razão pode nos dizer sobre isso,
Quero explorar a questão da moral religiosa.
Para entender o desafio enfrentado por ateus como eu,
você precisa encontrar alguém como Ray Lewis.
Boa noite, rapazes. -Boa noite, sr.
Como vão vocês?
Newham, leste de Londres.
Em uma área devastada por drogas e violência,
trabalhadores jovens estão combatendo com uma abordagem de amor,
inspirados na fé cristã.
Quem nos guiará hoje em graça antes da seia?
Muito bem, Moisés. Desca aqui na frente, filho.
Inclinemos nossas cabeças em oração.
Deus abençoe o alimento que comemos hoje.
alguns tumultos que vimos em diferentes partes da Inglaterra
revelam que estamos em grave estado de crise.
Penso que o que estava acontecendo era o senso de que ...
"Francamente, por que não?"
O que há que me impede de me envolver naquilo?
É com isso que trabalhamos, contra aquele pano de fundo.
Temos de trabalhar algo no qual os rapazes saibam aonde estão.
A disciplina aqui é mais rígida do que em escolas regulares?
Sim, sim.
E você é ensinado sobre coisas tais como o que é certo e errado?
Sim.
O que você aprende sobre isso?
Liderança? Sim?
Somos ensinados sobre aspectos de liderança, que são tolerância, coragem, determinação.
entusiasmo, iniciativa, integridade, conhecimento, perseverança.
Muito bom. Perseverança? Muito bom.
Penso que este país, apesar das riquezas
está moralmente falido.
Estava conversando com um jovem outro dia desses e ele disse:
"Estou aqui há 18 meses,"
"e estou percebendo que não tenho que mentir e roubar."
Ele percebeu que não tem de fazê-lo.
Sim.
Sim. Ele tem 14 anos. Eu disse, "O que quer dizer?"
Ele disse, "Bem, toda vez que alguém me pergunta algo,
nunca me dei conta de dizer a verdade."
"cresci numa cultura onde todos mentem,"
"todo mundo mente e trapacei. Todos enganam."
Ray Lewis tem um poderoso argumento para as regras claras de religião.
Para ele, Deus e uma vida no além
incutem um senso de responsabilidade nesta vida.
Acredito que há um espírito no homem e na mulher
que vai além, e portanto
em algum ponto deverá haver um acerto de contas.
Veja, é o que escolhi acreditar.
Não vou discutir a ciência disso.
Mas o que te digo é que eu realmente acredito
que haverá um ponto no qual
teremos de prestar contas pelas vidas que nos foram dadas.
Penso que não há evidência alguma de que sobrevivamos à morte.
Portanto, esta vida é o que temos, e devemos realmente redobrar nossos esforços
não apenas para nós mesmos, certo ? - Sim.
mas para outras pessoas. Tentar fazer do mundo um lugar melhor,
porque é o único mundo do qual dispomos.
Fico imaginando se você rejeitou ou não as armadilhas,
as besteiras da religião,
ao invés de olhar o que há por detrás.
Porque, para mim, enxergar além desta vida
Dá a esta vida um maior senso de foco.
Penso que isto é o que a religião traz, dá
e glorifica.
E sem isso, Richard,
resta apenas masturbação intelectual, não?
Nem todos nós temos o seu intelecto e sua genialidade cientifica,
Então, como é que vamos chegar ao ponto em que podemos resolver tudo
à moda antiga ?
Não tenho ilusões. Quero dizer, é muito, muito difícil.
Minha solução não seria do tipo religiosa.
você tenta educar pessoas,
o que para mim você faz de forma brilhante.
Poderíamos sentar juntos e conversar e dizer
"Eu não gostaria de viver no tipo de sociedade..."
Mas, Richard, eu te ouço, mas sem religião você não perde força?
O que me motiva neste trabalho é um sentido do espírito.
Martin Luther King falava em força da alma.
Gandhi estava muito mais inclinado ao sentido espiritual de Deus, caso queira.
Se você não tem isso, como é que vai acontecer? Não há poder.
Este é um desafio.
Não há dúvida de que Ray Lewis está sendo muito eficiente.
Posso ver valor em invocar a autoridade de Deus,
e grandes líderes como Martin Luther King e Gandhi
que também tinham religião. Mas há um problema.
Esta abordagem é sobre persuadir as crianças que elas serão
levadas em conta no pós-vida.
Mas não há nenhuma evidência disso
e quanto mais pensamos nisso, mais implausível se parece.
E ainda, desejamos mesmo tirar nossa moral
diretamente do rígido livro de regras de uma antiga tribo do deserto?
Lembra-se do Rei Salomão?
Bem, nunca o encontrei pessoalmente.
Ele foi um dos mais sábios reis
que jamais caminhou pela face da Terra,
mas sua sabedoria não veio da noite para o dia.
Ele teve de ser humilde e curvar-se ao Deus vivo e verdadeiro.
As pessoas me dizem que, se não há Deus, não há moralidade.
É verdade que ao longo da história humana
a religião proferiu regras simples sobre o que é bom e ruim.
Mas é um sistema de crenças preso a uma visão de mundo da Idade do Bronze
obsecado com sexo e policiamento da pureza da tribo.
Antes de definir a visão racional de moralidade
quero explicar os problemas com os antigos códigos morais religiosos.
Aqui vamos nós. Entendendo o inimigo - Estamos diante de três inimigos:
O mundo, o diabo e a carne. Passarei rapidamente pelo mundo e o diabo.
Vamos gastar a maior parte de nosso tempo lidando com a carne.
O que não queremos é ficar presos em: "Oh, o diabo me fez fazer isso"
Queremos apenas ver como o diabo interage e, especificamente,
como Jesus estabeleceu o modelo de algumas contramedidas
Essa é a batalha de todo homem, um ministério cristão
que faz centenas de seminários através de América todo ano
Aqui, eles adaptam antigas escrituras
para tentar combater as modernas tentações masculinas como pornografia da internet.
O pecado nos oferece a oportunidade de atender a uma necessidade legítima de forma ilegítima.
Vamos falar sobre o corpo por um minuto e sobre masturbação.
Se você continuar a fazê-lo, você vai ser perpetuamente bloqueado
nessa luta com a sua integridade ***.
Isso faz sentido?
Perguntas ?
O cristianismo sempre foi particularmente crítico
a respeito do que as pessoas fazem dentro do quarto.
Mas será que realmente queremos rotular pensamentos corriqueiros como pecado?
"Eu não mereço minha família", é a mensagem de vergonha que eles ouviriam.
Estes estão em uma lista de provavelmente 40 ou 50 mensagens diferentes sobre vergonha
que podem escolher, ou escrever as suas próprias.
Alguns meses atrás, tivemos um cara aqui
cuja vergonha era "Eu sou um idiota @$%&*# ."
Essa não estava na lista?
Essa não.
Você não está sendo muito duro para com vocês mesmos?
Não, penso que não.
Minha história está cheia de pornografia, masturbação e casos on-line,
que eventualmente ficaram de fora.
Cheguei realmente ao ponto de estar sendo suicida.
Odiava meu comportamento, odiava a mim mesmo.
Rezava para Deus um zilhão de vezes para que Ele aparecesse, e nada.
É como se Ele estivesse calado.
Eu não estava a ponto de dizer a minha esposa ou qualquer dos meus amigos.
Minha esposa iria se divorciar de mim e meus amigos, me repudiar, pensava.
Cheguei ao ponto em que a única maneira para que isso acabasse para mim era me matando.
Tive esse momento, no banho
caí no chão do chuveiro
nessa poça de lágrimas, vômito e sabão
sob o peso da realidade da minha vida, que não podia consertá-la.
Clamei a Deus em rendição
"Voce tem que endireitar isto."
Foi quando tudo mudou para mim.
Esta é minha esposa, Shelly, e meu filho Truman
alguns anos atrás em caminhas no vale.
Quando penso em como foi esse dia
ou penso sobre aquele outro dia ali,
a última coisa que quero fazer é enganar aquela mulher.
A última coisa que quero fazer é dizer a esse menino
"Ei, seu pai era um adúltero e então ele endireitou-se na vida.
"e então ele naufragou novamente."
Não quero ter essa conversa.
Jason, sem dúvida, tem objetivos louváveis, mas essa pregação funciona?
Será que religiosos resistem às tentações melhor que outros?
Em 2011, o psicólogo Darrel Ray procurou envidências.
Por meio de um levantamento online,
ele interrogou mais de 14 mil pessoas que deixaram suas igrejas
a respeito de suas vidas sexuais antes e depois da religião.
Fizemos 4 perguntas: - quando começou a se masturbar ?
- quando começou a praticar sexo oral ? - quando começou a acariciar ?
- quando começou a ter intercurso ?
Comparamos essas pessoas que foram criadas de forma mais religiosa
com aquelas criadas de forma menos religiosa.
Tivemos milhares de pessoas em ambos os grupos,
e o que descobrimos é que quase não há diferença.
Vimos uma pequena alteração na pornografia.
Para os religiosos, quanto mais velhos, mais fazem uso de pornografia
de fato eles excedem os não-religiosos em 5 a 10%
no uso de pornografia.
Seja você religioso ou não, a biologia acontece.
Você vai começar a se masturbar,
começar a fazer sexo. Mas qual a diferença ? Culpa.
Os religiosos sentem muita culpa pelo sexo pré-matrimonial que fazem
ou pela masturbação que começaram.
Eles não sabem o que fazer com isto.
Então, não há efetivamente diferença no comportamento ***
que religiosos e não-religiosos desfrutam.
A diferença é a culpa que sentem. -Exato.
Religiosos pregam contra pornografia, contra masturbação,
contra sexo pré-matrimonial e isso não causa bem algum.
O maior uso de pornografia nos EUA está em Utah e Mississipi.
É contra estas coisas que as igrejas pregam
Ainda assim, seus membros estão fazendo mais uso disso do que os seculares.
Quando faço minhas palestras sobre sexo, frequentemente pergunto:
"Quantos de vocês se masturbam?"
Obtenho em resposta pessoas de mãos levantadas por todo lugar, talvez 80 ou 90%.
Alguns levantam ambas as mãos!
Se faço a mesma pergunta em um grupo religioso,
ninguém levantará a mão,
porém sabemos que em algum lugar nas vizinhanças
95% dos homens e 70 a 75% das mulheres se masturbam.
Se ninguém está levantando a mão, isso mostra que estão mentindo.
Religiosos mentem.
Minha própria avó viveu 83 anos
foi para o túmulo negando que tivesse divorciado
porque suas crenças religiosas diziam
que divorciados estão condenados e amaldiçoados.
Então ela nunca o admitiu.
Todos sabíamos que sim, mas este é o poder da religião
manter reféns por toda uma vida. Isto é muita dor.
Então, o fato estraordinário é,
a religião não somente falha em impedir que pessoas pequem
ela também os força a viver uma mentira.
O exemplo mais poderoso disso encontrei em Paris
Aqui podemos ver para que serve a tradição religiosa,
na medida em que as mentiras espiralizam-se em hipocrisia.
A algumas centenas de metros das descoladas boutiques da Champs Elysee
O cirurgião plástico Dr. Marc Abecassis
pode encobrir os pecados do passado.
Ele se especializou em reparar a membrana himem na *** das mulheres.
Para todos os efeitos, ele transforma as mulheres que tiveram relações sexuais
de volta a virgens novamente.
Você pode se perguntar como cirurgião, isso é correto?
Estou no caminho certo ao fazer isso?
Estas são perguntas que fazemos muito aos pacientes.
Você estará sendo sincera assim, sra? -Realmente.
Você não está construindo um casamento ou uma relação em uma mentira ?
quanto mais pergunto, mais obtenho as mesmas respostas
apenas me dizem: "Dr Abecassis, quem você pensa que é?
"Talvez eu não venha a ser uma virgem de fato,
"mas eu quero me reabilitar. Quero ter de volta minha integridade."
"Isso é a pureza que devolvo à pessoa que devo amar"
"ou com quem deva me casar"
Mas essa reconstrução do himem
é apenas simbólica de algo que não está lá.
É uma mentira.
É mentira para você.
Dr Abecassis executa cerca de quatro dessas cirurgias toda semana
e a procura está aumentando.
A maioria dos pacientes é de muçulmanas argelinas e para muitas,
tristemente, isto não é uma opção de luxo mas uma cruel necessidade.
Te dizem: "Meu irmão vai me matar".
Há essa situação ruim em que ficarão
se não apresentarem uma membrana intacta.
Quer dizer, se não sangrarem.
Elas sabem hoje mais e mais que não são obrigadas a sangrar,
mas sabem que se houver uma resistência
durante a relação, as coisas ficarão bem.
O marido sentirá que há algo.
Para sua segurança esta paciente pediu anonimato.
Não corro risco de morte.
Penso que não porque, afinal de contas, tenho uma familia que permanece bastante humana,
mas corro risco de ser posta de lado e julgada.
Na sociedade do norte da África, não se lava roupa suja em público
Fé religiosa supostamente nos faz puro
mas essa mulher está presa entre dois pecados
vergonha pública e decepção privada.
Penso que diante de Deus devo estar só.
Diante da minha comunidade, minha imagem também pode manchar a minha família.
Não estou só. Entendo o que digo?
quer dizer, não será apenas eu que será julgada
Julgarão meu pais, avós, tios e tias.
Quando olhei em volta para onde eu estava vivendo, uma sociedade cheia de mentiras,
não me sinto tão culpada.
Não é apenas que a velha noção de pecado não é mais relevante
Vimos que que ela entra em conflito com a realidade,
cria culpa e uma sociedade cheia de mentiras.
Além disso, quero deixar Deus para trás
e explorar o que a ciência pode nos dizer sobre a verdadeira origem da moralidade.
Alguns acham que se nos livrarmos de Deus
e de todos os valores religiosos, tudo que sobra é anarquia.
Mas quero mostrar que há ordem sem religião.
Vejamos as raízes da moralidade com um olhar Darwinista.
Uma coisa que temos de fazer é nos livrar da ideia
de que desejo *** é inerentemente pecaminoso.
Esses impulsos são universais,
e todos os mamíferos encontraram meios de lidar com eles.
O que é aquela coisa engraçada quevejo sob o braço, ali?
Esse caroço que você pode ver aqui é são as glândulas braquiais
e é onde ele marcará com cheiro.
assim, a fêmea pode cheirar que ele é um macho bom e apropriado.
No Parque de vida selvagem Cotswold os pesquisadores cuidam
de uma rara e ameaçada especie,
o "grande lêmure do bambu", para acasalarem-se com sucesso.
mas para fazê-lo, têm que observar atentamente
os rituais de cortejo do lêmure.
Ele está sendo bonzinho agora,
ele está dando a ela as chamadas, que são o início
da exibição do namorodo, sua chamada de que ele o fará.
A cauda esta se contorcendo e tudo mais,
ela se torna mais e mais interessada no seu comportamento.
Talvez pensemos em moralidade de um modo completamente errado.
Observando animais, vemos que não são um grupo de ideais elevados,
mas um sistema prático que permite aos animais
se entenderem, reproduzirem e sobreviver.
Jamie, uma vez fui perguntado por um advogado quando soube
que eu era zoólogo, se os animais têm senso de leis.
E disse: "bem, não exatamente leis,"
mas como muitas sociedades humanas que não têm advogados
e policiais, há costumes e tabus,
e regras que eles seguem.
Sim, eu diria que certamente sim.
Sempre há uma ordem na alimentação,
ao dominante caberia a melhor parte da comida e comeria primeiro.
Isso não significa que os demais não tentarão chegar lá primeiro.
É muito semelhante à sociedade humana,
porém, se forem vistos, retornarão à fila.
Geralmente é o maior macho que irá procriar.
Crítico para o sucesso genético de qualquer animal
são os costumes em torno do sexo,
e à violência e à competição que o sexo pode desencadear.
364 dias por ano, as fêmeas são o chefe.
O macho é bem descontraído e fica fora do caminho
Cuida de si e apenas tenta evitar problemas, em geral.
Mas, em um dia por ano, às vezes mais,
aquelas fêmeas tornam-se sexualmente receptivas e as coisas mudam
tornam-se muito, muito sem-lei para os machos,
é se ha mais de um macho que procrie,
há realmente luta até a morte.
Então, eles lutam até a morte naquele exato dia? -podem fazê-lo.
Em geral, um animal fica seriamente ferido,
Fazem guerra de fedor, o que é bem interessante,
no qual levantam suas caudas contra o outro,
balançam-nas um contra o outro para intimidar o outro macho
e fazem algo chamado de "luta de golpe",
no qual vão passar correndo próximo do outro,
e é até mesmo difícil ver que se tocaram
mas ocorrerão terriveis lesões de golpes.
Assim como cavaleiros medievais em seus cavalos, correndo e passando uns pelos outros
Muito parecido com isso, sim.
Então, de uma sociedade muito coerente pela maior parte do ano
tudo se desmorona quando o sexo é a preocupação.
Isto não é o que chamaríamos de moralidade, mas os costumes e tabus
que vemos aqui ajudam-nos a entender algo sobre o sexo.
O sexo é, em face disso, uma forma bizarra de passar os genes adiante
uma vez que necessita juntar-se com outro indivíduo
cada qual contribuindo com exatamente a metade dos gens para cada prole.
Muitos animais dedicam uma energia enorme a fim exibir seus atributos
para os futuros companheiros, sinalizando que estão em forma e saudáveis.
Eles anunciam ao carregarem uma plumagem vívida
chifres enormes ou um rabo descomunal
Você pode pensar nisso como "ostentação" da natureza.
Humanos também o fazem, por vezes com mais rodeios.
Danças como o tango, por exemplo, são rituais de acasalamento na forma humana.
O darwinismo é mesmo um tipo de ramo da economia.
Você poderia pensar que os dois sexos estão em igualdade,
que ambos tem a mesma quantidade de ganho em um encontro
Não exatamente.
Os ativos que a fêmea de mamífero traz para a barganha são seu ventre,
tempo em prol do bebê lá dentro e leite para alimentá-lo.
O macho em geral provê proteção e alimento. Até aí, tudo bem.
Mas o macho e a fêmea tem interesses genéticos muito diferentes,
e é onde fica mais interessante.
O macho tem mais a ganhar, se conseguir
convencer várias fêmeas a namorar com ele
e deixando a cada uma cuidar de si mesma.
A fêmea tem mais a ganhar se persuadir um único macho
a ser fiel e confiável para com ela,
e prover plenamente sustento para sua prole.
É uma luta econômica constante entre os sexos
o que torna o namoro tão importante.
Há muito em jogo
o macho tenta garantir que a fêmea seja fiel
para que ele não crie o filho de outro macho
e não perpetue os genes de outro.
A fêmea precisa ser fiel, ou pelo menos aparentar ser
caso contrário, o macho a abandonará
e a obrigará a bancar a prole sozinha
Então, uma característica que se mostra
no namoro animal é o que nós, humanos, chamaríamos de ciúme.
Fêmeas tenderão a ser recatadas e anunciar
a sua fidelidade para com o macho
Machos, por outro lado, tenderão a entrar como companheiros de guarda
digamos, colocando um braço ao redor da mulher em um encontro social
Assim, a ciência da evolução mostra que não precisamos de religião
para haver ordem e até mesmo cortesia em relacionamentos.
Não é apenas o vale-tudo e o sexo nas ruas.
Isso foi tentado no passado, com estranhos resultados.
Bem, penso que o que está acontecendo San Francisco é a única
coisa significativa que está ocorrendo neste país
e possivelmente no mundo.
Nos anos 60, a área da baía de São Francisco
estava na coração do experimento hippie conhecido como "amor livre"
Lembro-me bem porque eu estava ali
Bem, esta é a Telegraph Avenue, que ficava lotada
com ambulantes vendendo miçangas, tapetes, drogas entre outros.
Não vejo nenhum sinal daquelas atividades hoje em dia.
talvez apenas porque
são apenas 9h da manhã.
Talvez ainda não tenham se levantado.
Vivi aqui no final dos anos 60
eu era calouro na Universidade da California
e foi uma época de grande agitação política,
era o tempo da guerra do Vietnam.
Havia gás lacrimogêneo, tumulto, polícia,
a Guarda Nacional e cassetetes.
Uma parte da rebelião contra as autoridades
veio tentar jogar fora as restrições sexuais.
Timidez e vigias de namoro ficavam de fora.
A cultura *** era bastante livre, e um tanto chocante.
Lembro-me certa vez, caminhando exatamente nesta rua,
havia um jovem andando à minha frente, um tipo hippie,
e toda jovem que veio em sua direção,
ele simplesmente aproximava-se e acariciava seu peito.
e então apenas seguia andando. Uma delas nem ligou.
Em outra ocasião, vi uma jovem na Telegraph Avenue completamente nua.
Isso ficou nítido na minha memória.
Definitivamente aconteceu.
Mas aquela cultura dos anos 60 de deixar tudo de fora não perdurou.
Fico intrigado por que motivo tudo o que restou hoje são turistas,
ambulantes grisalhos e agulhas sujas no parque.
Talvez a resposta esteja, mais uma vez,
em compreender nossa evolução como espécie.
A ciência sugere que as regras desenvolvidas na corte do namoro
e no sexo estão ligadas e profundamente enraizadas a emoções e reações
que são difíceis de descartar da noite para o dia.
Essa foi a reação que eu tive.
Estes são caranguejos usados para tempero.
O homem agredindo meus sentidos é o psicólogo David Pizarro.
Ah meu Deus! Isso me faz querer vomitar.
Ele estuda a ciência da aversão.
Esta é do filme "Trainspotting" (no Brasil, "Sem Limites" - N. do T.)
Apropriadamente intitulado como o pior banheiro da Escócia.
Isso é horrivel.
OK, te mostrei uma pequena parte
Pude ver a repugnância no seu rosto.
Mas e se eu fosse, digamos, apresentá-lo a algo como isto
e te pedisse para segurá-lo e talvez...
não te pedirei para colocar na boca, mas...
Bem, eu meio que posso te dizer que é brincadeira
Isso realmente não me preocupa tanto assim, quero dizer, eu posso ver ...
Você pode confiar que eu não iria por fezes de verdade
e, como se vê, isso é de sabão.
É sabão. Então, agora que me contou
não me importaria de lavar as mãos com esse.
Agora te mostrarei outras imagens.
São diferentes das primeiras que te mostrei,
você verá imediatamente por que.
Oh, Deus. Sim. Sim.
David Pizarro me mostra
uma imagem gráfica de três homens idosos
envolvidos em sexo homossexual
Ugh!
Meu Deus!
Agora estou olhando para um ato *** degradante envolvendo vômito.
Deixarei de lado estes porque são de fato
tão repugnantes que eu me sinto mal em ter de mostrá-los
Essas duas eram imagens de natureza ***
e, como se vê, o domínio do sexo
é um dos que somos facilmente enojados.
A reação "Argh" é uma emoção
que quase certamente nos toma para ajudar-nos a sobreviver
para nos fazer recuar de potenciais doenças
Mas o que é fascinante é a forma como nojo parece ter sido
aproveitado para reforçar nosso senso de julgamento e desaprovação moral
Continuei achando que as respostas a perguntas tais como:
"Quanto nojo você sentiria se entrasse em um banheiro público
e se deparasse com um sanitário sem a descarga dada"
foram consistentemente correlacionadas com a orientação política.
Quanto maior a chance de você ficar enojado no cotidiano,
maior a chance de ter posturas,
no âmbito *** especialmente,
que são contrarias a crenças morais. Por exemplo,
o comportamento de dois homens fazendo sexo.
Sim, deixe-me fazer uma pergunta sobre isso,
porque eu tive uma reação de repulsa bastante forte
a algumas das coisas que você mostrou,
mas a diferença importante é que eu não tento impor
minhas próprias aversões sobre o que outras pessoas estão autorizadas a fazer.
Não é da minha conta o que as pessoas fazem na privacidade.
esta é a diferença crucial.
Mas é um pensamento muito comum em códigos morais mundo afora,
que muitas coisas estão erradas por força de seu ser de alguma forma impuro.
Eu acho que a verdadeira resposta aqui vem do fato de que
agora podemos de fato ver o que é prejudicial e o que não é
e podemos decidir por colocar as nossas repulsas para descansar
quando se trata de fazer julgamentos morais.
E uma das coisas que eu peço aos meus alunos é,
que imaginem duas pessoas muito, muito feias fazendo sexo.
É repulsivo.
Mas você já pensou em tornar ilegal a pessoas feias ter relações sexuais?
Bem, claro que não.
Bem, talvez seja um caso em que seríamos capazes de dizer
Sabe de uma coisa, estou enojado com o que você está fazendo,
mas isso não tem nada a ver com
se você deve ser preso por isso.
Este é o ponto-chave
Temos instintos que protegeram nossos ancestrais primitivos
Por causa disso, ainda podemos encontrar coisas emocionalmente repelentes.
Mas evoluímos também um senso de razão
que freia nossa tendência de projetar nossa repulsa nos outros.
Em nosso mundo pos-religião
podemos olhar racionalmente ao que antes fora chamado "comportamento pecaminoso".
Podemos pesar danos e benefícios reais e moderar nossos instintos.
Desta forma, sociedades avançadas como a nossa podem seguir em frente
mudando o limite pelo que é considerado certo ou errado.
Provavelmente a mudança principal ao longo da minha vida
é a mudança de atitude em relação aos gays.
Na primeira vez em que entrei para o Parlamento em 1979, comecei a fazer campanha
não por igualdade de direitos -
não ousaríamos fazer uso de palavras como "direitos iguais" -
mas comecei fazendo campanha por medidas de respeito aos homossexuais.
Pensava, se tiver muita sorte, talvez tenhamos a idade de concentimento
reduzida de 21 para 18 lá pela época da minha morte.
Pensei que teria sorte se
pudesse fazer os policiais pararem de importunar os gays
a fim de escolher as pessoas em banheiros públicos e depois processá-los.
Essas coisas pareciam mudar tão lentamente e então, de repente,
como numa avalanche, tudo mudou
e muito antes do fim da minha vida.
Não posso crer na velocidade daquilo que parecia ser realmente imutável
A repugnância pública da homossexualidade mudou para um "estou nem aí".
Sim.
Matthew Parris acredita que é nossa capacidade de racionalizar
que está por detrás da crescente tolerância.
Em nossa cultura, o avanço da ciência,
O avanço do conhecimento científico, médico e psicológico,
a compreensão de que as coisas não têm raízes no pecado
demônios ou diabo,
mas enrraizados em profundos aspectos internos de nós mesmos...
os mecanismos da nossa mente.
Então, culpar é muito menos importante nisso,
e é claro, doenças também foram atribuídas ao pecado às vezes.
não é uma questão de pecado nem de culpa.
E penso que essa atitudes
vêm mudando ao longo de 200 anos,
e a mudança acelerou no último século.
Parece ser uma bela estória
mas Matthew Parris tem preocupações.
..estão se tornando... bem, como dizer,
..mais liberais, tolerantes.
O que você e eu acharíamos como melhor.
Estamos realmente nos tornando melhores.
porém, um certo medo me assombra
e a outros no movimento de liberação gay
se as coisas podem mudar tão rapidamente a nosso favor,
como mudaram, poderíamos, como num "estilo 3º Reich"
ver mudanças muito rápidas no modo contrário? -Um recuo
O quão pouco escoradas, talvez, estejam essas coisas. -Sim
Há um certo sentimento de ódio a banqueiros, pessoas ricas
a plutocratas, neste momento. Eu poderia imaginar um pequeno "inverno",
uma "era do gelo" para os mais ricos em uma sociedade vindoura
na medida em que a sociedade ocidental afunda
e as pessoas buscam alguém para culpar
assim como os judeus "tomaram na cabeça", por assim dizer, no entreguerras.
Entendo o que Matthew Parris quer dizer,
Porém, sou mais otimista a respeito da natureza humana.
Digo, agora que deixamos a religião para trás,
Estamos ficando melhores, com melhor moral e mais gentis
Se você quiser entender o que torna um ser humano bom,
observe-os com um animal de estimação.
'Tiko é um lobo, ou ele pensa que é um lobo.
Seus ancestrais não tão distantes eram lobos.
Bom cão, Tiko.
Ele adora dar uma caminhada porque ele vê o que aconteceu durante a noite
ele pode dizer a partir dos cheiros que ficaram.
Vem, Tiko.
Ele para em cada esquina, cada poste
é como se fosse para ele ler o jornal, eu acho.
Vamos.
É um mundo muito diferente para se estar, um mundo de cães.
e antropomorfizamos,
nos colocamos na posição do cão,
projetamos-nos para dentro do corpo do cão
e pensamos que sabemos o que é ser um cão, quando não.
Nos iludimos.
Mas isso é parte do que acontece quando amamos um cão.
Tiko, você gosta de ir à escola de cães?
Gosta? E você brinca com o Figgy?
E com o Denis? Brinca?
O que estou fazendo com meu cão?
Você brinca com o Watson?
Estou criando empatia.
Estou fazendo um "salto imaginário" para ver o mundo
da perspectiva de um cão.
Pata. Bom menino.
Os humanos são extraordinariamente bons em se identificar com outros seres humanos
e outras espécies
e isso causa um profundo efeito moral.
Quando vemos um cachorro ou uma pessoa sofrendo, nós sofremos também
Nós sofremos indiretamente, é uma emoção muito poderosa.
Se eu vir o sofrimento do Tiko, se ele estiver doente, com dor,
Sinto-me arrasado.
É exatamente como se fosse meu próprio filho, eu suponho.
Tiko, patinha.
A empatia é importante para a moralidade
porque talvez o princípio mais fundamental da moralidade,
a regra de ouro, envolve colocar-se na posição do outro.
Faça o que você gostaria de receber.
O que você acharia se fosse tratado assim?
Não precisamos de Deus nos dizendo a regra.
A ciência mostra que nós, humanos, somos feitos para ter empatia
Os cientistas agora podem escanear quais partes do cérebro registam
dor indireta ou prazer.
Podem rastrar a forma como hormônios do tipo oxitocina,
que estimulam compaixão e carinho,
atuam sobre os sistemas de emoção no cérebro.
A ciência do cérebro nos ajuda a entender por que achamos uma má ideia roubar,
por que odeiamos ver alguém chutar um cachorro.
Podemos rastrear as substâncias químicas no cérebro que recompensam a bondade
Podemos ver o que se passa no cérebro quando sentimos pelos outros.
A bondade é natural para nós.
Bondade está em nossa fisiologia.
Então, você pode perguntar, com razão,
se os seres humanos têm essa capacidade inata para o bem, por que dá errado?
Por que ainda fazemos coisas más?
Talvez haja uma resposta científica para isso, também.
Voltemos para aquelas emoções primitivas
que nos ajudaram a sobreviver.
Há a empatia, há a gentileza, o carinho,
há tudo isso,
mas você também tem a indignação, a crueldade, o medo.
Todos são evoluções para proteger você e sua família.
A neuroscientista Kathleen Taylor estudou o que acontece
quando as pessoas decidem que outros não estão incluídos em sua tribo.
Ela chama de "outroização".
Os outros são comumente classificados como feras ou subumanos.
Você não está apenas dizendo "é meu inimigo", você está na verdade dizendo
que é menos do que pessoa humana, eu não vou dar a essa pessoa
o mesmo status moral como eu daria a meu próximo e querido.
Aqueles que realizaram a solução final na Alemanha nazista
só poderiam ter feito isso, provavelmente, por "outroização" dos judeus?
Sim, porque uma das coisas que ele faz é suprimir a empatia.
Assim, por exemplo, os grupos que estavam cometendo as piores
atrocidades na frente oriental na Segunda Guerra Mundial,
eles não estavam apenas se esquecendo da moralidade como um todo
mas apenas se envolvendo em crueldade
Sua crueldade era muito segmentada e muito dirigida
e as pessoas que fazem parte do grupo escapam da crueldade como um todo
E as pessoas que não fazem parte daquele grupo
são os que carregam o fardo.
Mas, mesmo nos tempos de horror, há momentos
que devem ser apreciados, onde a empatia irrompe.
Há um exemplo interessante na SS de um homem que está ajudando
a colocar algumas crianças judias.
Seus pais já haviam sido mortos
e ele fala sobre como ele estava fazendo aquilo
e ele teve que tomar a mão de uma pequena menina
e ele não podia fazer isso. Sua empatia voltou.
Ela o dominou. Então ele, com muita ideologia,
forte pressão do grupo dizendo que aquelas pessoas não são humanas,
você não vai tratá-los como humanos, mas é óbvio que
se os sinais são suficientemente poderoso, se você quiser,
pode sumir, pode ser revertida.
Ele estava por conta própria por lapso de tempo, com essa menina,
e de repente ele era um pai ...
Ele percebeu que era humano. -Sim.
Se quisermos construir uma moral não religiosa,
uma coisa que veementemente devemos evitar é demonizar
um outro grupo de seres humanos, ou tratá-lo como desigual.
Independentemente de qualquer outra coisa, isso leva a um colapso da empatia.
O que precisamos fazer é expandir o círculo daqueles
a quem sentimos empatia.
Derrubar as barreiras que nos separam,
o tribalhismo de religiões, classes, raças e ideologias.
Nossa compreensão científica de empatia
e a memória de como erramos no passado, podem ajudar.
E a boa notícia é que já começamos a fezê-lo
Há 200 anos atrás, era normal, aceitável, manter escravos.
Hoje em dia seria considerado selvagem.
O mesmo com o racismo.
Eu fui criado em África colonial inglesa,
e lembro-me claramente da atitude paternalista da época.
"Africanos são como crianças, não podem tomar conta de si"
"temos de fazê-lo por eles".
Hoje, tal atitude seria impensável.
Nossa capacidade de empatia, juntamente com
uma sociedade mais racional e tolerante, creio,
nos tornam mais éticos do que nunca.
E ainda, se você acreditar em alguns moralistas e alguns jornais,
a sociedade está caminhando para o inferno.
Está mesmo?
O psicólogo Steven Pinker analisou os números em detalhe,
incluindo dados do Ministério do Interior britânico e da Secretaria de Justiça dos EUA,
e descobriu que com o declínio da religião,
estamos nos tornando cada vez mais civilizados.
Eu não tinha idéia de que, digamos, nos últimos 40 anos,
a taxa de estupro havia diminuído em 80%.
80% ! - 80% nos EUA.
A taxa de violência doméstica tanto no Reino Unido como nos EUA ...
Essa cifra de estupro é ainda mais surpreendente
porque, presumivelmente, a taxa de denúncias subiu. -Exato, sim.
O abuso infantil diminuiu, atitudes em relação às minorias raciais,
atitudes em relação a homossexuais, o trato de animais em laboratórios.
No entanto, a percepção dessas coisas tem ido em outra direção,
todo mundo pensa que o abuso infantil subiu.
Pode ser pela crescente preocupação
pois pensamos que é mais prevalente do que nunca,
e nós conseguimos colocá-lo para baixo, porque as pessoas se preocupam com isso,
tomaram medidas para minimizá-la e as medidas foram claramente um sucesso.
E há muitos avanços positivos que tomamos como algo normal
porque são não-eventos, eles são cães que não latem.
Um exemplo seria o desaparecimento de uma guerra entre nações desenvolvidas.
Mesmo nos países em desenvolvimento,
nos quais pensamos como uma buraco infernal devastado por guerras,
os números mostram que o número de guerras e o número de mortes
em guerras caiu em todo o mundo nos últimos 20 anos,
desde o fim da guerra fria.
As mortes são menores em números absolutos.
Em um mundo de 7 bilhões de pessoas
menos gente está morrendo em guerras que em qualquer época.
Estamos nos subestimando? Você acha que, de fato, estamos melhores moralmente?
Não sei se estamos nos tornando mais morais biologicamente,
mas há algo em sociedades com liberdade de expressão,
de questionamento aberto, com debate racional,
com acúmulo de evidências,
que tenderá a nos levar na direção da moral.
Em particular, a corrente que chamamos de humanismo,
que soa quase banal, chata e adoçada nos dias de hoje,
simplesmente porque tornou-se nossa segunda natureza,
mas penso que é uma idéia radical na história humana.
Um cínico sobre a natureza humana diria que a moral religiosa
é uma maneira eficaz de manter as pessoas na linha.
A ameaça do inferno, a recompensa do céu.
Mas as regras dos livros sagrados estão desatualizadas e são muitas vezes bárbaras.
A ciência mostra que somos regidos por regras ocultas bastante lógicas
e costumes, e sentidos altamente evoluídos
que os seres humanos têm, de razão e empatia.
Mais importante, vivemos agora em uma era racional
e podemos agora ver onde erramos na história,
e evitar o tribalismo que divide e nos prejudica.
Isto, certamente é progresso
Vivemos no que pode ser o mundo mais pacífico,
civilizado jamais existente.
Temos a oportunidade de desenvolver uma nova moralidade,
e que é uma parte emocionante do que significa ser humano.
Tradução e Legendas: Daniel Bergson
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