Tip:
Highlight text to annotate it
X
Verso, em Niterói, fumando na escuridão
que nem no som do Celso Blues Boy na canção.
Então homenageio gente que eu admiro;
Chico Buarque, Van Gogh, Robert de Niro,
Francisco França (Chico Science), Mauro Mateus (Sabotage).
Nobres e plebeus que foram ao encontro de deus
a eles que eu me refiro.
Acidente estúpido ou um tiro
me tiraram os amigos, neles me inspiro.
Desencanto repentino.
Caminhos do Destino, caminhos do divino.
Se liga no relato, mulato;
Não queimo mais a casa para me livrar do rato
e de nenhum cretino.
Tipo de gente que se aproxima
pela forma da batida e da rima.
Taças para o alto, mãos para cima.
Meninas e meninos, é ferimento leve para firma
Eu afirmo a cara do diabo em contato imediato
com a sola do meu sapato quando eu rimo.
Se você me trai
e vem dizer que é meu amigo,
eu corro atrás,
eu instigo e investigo.
Se você pensa em me passar a perna
e não tem noção do perigo,
logo mais não serei eu quem
vai acertar as contas contigo.
Narrador incansável, brasileiro contente,
nem melhor, nem pior, apenas diferente.
O olho da serpente, me protege porque enxerga na frente
e o respeito te conserva os dentes.
Inimigo oculto, camuflado no tumulto
ou alguém que te chama de "irmão", um insulto,
agoniza no meio da confusão que protagoniza,
não desmoraliza a previsão.
Reação em cadeia, produto do meio, veio
mostrar a que veio e a coisa ficou feia.
Exemplo desse tempo, sem mané motivo fútil,
aproveito minha passagem de maneira útil.
Ligo minhas antenas, não apenas pra
me desligar de espíritos dignos de pena.
O parasita que transita em cena,
Baixo Gávea, Savassi, Vila Madalena
Fotogênico no meu papel higiênico
descarga ralo abaixo com seu jogo cênico.
Jogo cênico.