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É Dia dos Namorados, e, como economista, não existe nada que eu ame mais que o livre mercado.
Existem três princípios econômicos que são ilustrados no Dia dos Namorados: a importância
do livre mercado e da criação de riqueza, a lógica do presente dado e sinalizado, e o que se vê
e o que não se vê. Quando nós pensamos no Dia dos Namorados, uma
das coisas que temos que perceber é que a nossa habilidade de apreciar e aproveitar o feriado é o
resultado direto da riqueza criada pelo livre mercado. Antes da chegada do livre mercado
nos anos 1700 e 1800, somente as pessoas mais ricas da sociedade, as elites, poderiam imaginar
tais coisas como dar presentes e gastar seu tempo livre com suas pessoas
queridas. Mas, com a chegada dos mercados,
o cidadão mediano acumulou riqueza suficiente em poupança para que ele pudesse participar de atividades
de lazer, tais como sair para jantar, ir ao cinema, ou tirar férias com sua
pessoa amada. Além disso, o cidadão mediano pode comprar presentes e, portanto,
sinalizar seu afeto às pessoas que aprecia.
A troca de presentes no Dia dos Namorados serve como uma ilustração perfeita do conceito econômico
de sinalização. A sinalização envolve uma pessoa provendo informação à outra que não
possui tal informação. Para prover uma ilustração sobre a importância da sinalização, considere
o caso onde duas pessoas acabaram de começaram a namorar. O garoto está pensando em qual presente dar
à garota. Por um lado, o garoto poderia dar à garota dinheiro. Ela então poderia usar o
dinheiro para comprar algo que ela gosta. Mas esse sinal seria inútil. Em outras
palavras, pelo simples ato de dar dinheiro à garota, ele não revela nenhuma informação real
sobre o quanto gosta dela. Por outro lado, ele poderia presenteá-la com
o ursinho que tem chamado a atenção dela na loja por várias semanas. Pela
compra desse presente, o que o garoto realmente faz é revelar que ele prestou atenção ao que a garota
gosta e que saiu de sua zona de conforto, não somente por meio da atenção concedida, mas pela compra do objeto
que ela valoriza tanto. Fazendo isso, ele enviou um sinal que ele realmente
se importa com o que ela valoriza e gosta.
Outro conceito econômico ilustrado pelo Dia dos Namorados é a noção do que se vê e o que não se vê.
Muitos especialistas indicam que o Dia dos Namorados é de certa forma estimulante para a economia,
porque as pessoas estão gastando grandes quantias de dinheiro por causa do Dia dos Namorados. E é
verdade que as pessoas gastam quantias significativas de dinheiro em coisas como flores, chocolates,
jantares, cinema com sua esposa ou namorada. Mas
o que isso negligencia é que as pessoas iriam gastar tal dinheiro de outra forma. Ou alternativamente,
talvez eles teriam poupado dinheiro, e essa poupança poderia então ser usada por outras pessoas
em empreendimentos produtivos. Então, quando falamos do Dia dos Namorados, os especialistas
estão errados em pensar que, de alguma forma, os gastos do Dia dos Namorados estimulam a economia. A forma correta
de pensar sobre o Dia dos Namorados é a oportunidade de encontrar um presente que tenha significado
para a pessoa com que você se preocupa. E, fazendo isso, você pode expressar seu carinho
por ela.