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Nós temos na escola de Marselha alguns brasileiros que vem estudar em nossa escola
eles vem a França, ou a Europa talvez, por que sentem que aqui
a questão do projeto, o design, não é centrado como questão chave dos estudos
então, eu sei que eles apreciam em Marselha
o fato que projetos do Estúdio de Design são o ponto focal
e todas as aulas tentam construir conhecimento para ajudar o designer de certa forma
o Brasil está sendo pioneiro e liderando o caminho em excelentes sistemas de ventilação natural
e regulação para ventilação natural
regulação para energia solar
regulação para um design climático realmente bom
e no ocidente nós os saudamos e eu estou aqui, realmente
para aprender como redesenhar edifícios ventilados naturalmente
por que, é claro, nós percebemos no ocidente, onde nós temos que pagar por energia com preços de mercado
que nós não podemos manter nossos edifícios funcionando
precariedade energética na Europa, no Reino Unido é muito alta
na Escócia, onde eu vivo, 35% das pessoas vivem em precariedade energética
eles tem dificuldades em pagar sua energia, aquecimento e resfriamento
então nós temos que reaprender a conectar edifícios a natureza
e aqui em Natal se tem alguns dos melhores professores nesse campo
acho que há um intenso interesse, no período imediato ao pós-guerra no Brasil
e especificamente em duas áreas
uma seria no Brasil que mencionei previamente
que seria os assentamentos informais
onde um grande número de arquitetos e urbanistas americanos e ingleses
tentaram entender socialmente e economicamente
e ao mesmo tempo propor vários tipos de soluções
para as formas físicas e sociais dos assentamentos informais
em segundo lugar, o interesse se focou muito
no momento em que a construção de Brasília foi iniciada
e Brasília se tornou modelo para alguns
de um modernismo progressista e utópico
e para outros a total fantasia e mazelas
que esse modernismo utópico pode trazer
aqui, se tem a disposição para desenhar objetos com volumes fortes
gestos, que de acordo com a história também, Oscar Niemeyer, por exemplo
dá referência para esse tipo de posição como arquiteto
mas nem todo mundo é Oscar Niemeyer
então eu tenho medo que desta forma a produção de arquitetura, a produção no Brasil
possa se tornar uma coleção de objetos
mais do que uma relação entre o edifício e a cidade, por exemplo
esta é uma tendência também na Europa e em todo o mundo
esta adoração do edifício por si só
eu acho que existe um interesse sério
- como se tem ao redor do mundo agora -
em um modernismo que não seja só dos anos 30 e 40
mas também um modernismo dos anos 50, 60 e 70
e o Brasil tem, eu acho, alguns dos objetos mais exemplares
de um modernismo que ocorre depois do auge do modernismo branco dos anos 30 e 40
e um modernismo além e ao redor de Niemeyer
um modernismo que inclui, eu acho, muitos trabalhos extraordinários
liderados por trabalhos como os de Artigas (Vilanova), e outros arquitetos dos anos 60 e 70
que nós chamaríamos, do meu ponto de vista britânico de objetos de um brutalismo tardio
na internet está ascendendo um tipo de arquitetura
que se pode ver na "American Reviews"
com casas agradáveis, grandes balanços e coisas do tipo
e no fim é algo que se pode vender em qualquer lugar
então isto me parece estar na produção internacional, global - o que eu vi
então eu gostaria de ficar mais e procurar mais e encontrar produção mais interessante
mais específica, mais inteligente, com contextualização e por ai vai