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Os eventos mostrados neste filme são todos verdadeiros.
Os nomes são nomes reais de pessoas e organizações reais.
3 JULHO 1984 17.30 HORA DE ESTE
Frank! Está na hora de ir para casa. O que me dizes?
Tenho mais uma hora de trabalho. O miúdo vai ficar e mostro-lhe tudo.
Fechas tudo por mim? Fim de semana do 4 de Julho, amigo. Tenho que ir.
Sim. Bom 4 de Julho e vejo-te no domingo, no churrasco.
Podes crer. Vou estar lá.
Miúdo, quero dizer-te algo e isto é verdadeiro.
Não importa o que aconteça, não o nomeies com o meu nome.
Tem calma, Frank!
O Burt é um brincalhão. Freddy, segue-me e aprende alguma coisa.
Recebemos uma encomenda da Faculdade de Medicina de St Louis.
Querem dois esqueletos femininos adultos com dentes bons. Dois AFDB.
Certo, anda cá à secção A. A de adulto, vês?
Isto está dividido em duas secções.
- M de macho e F de? - Fémea.
Bom rapaz. Agora o DB.
Podes pensar que isso quer dizer "Duros Bastante", mas não.
- Dentes Bons. - Muito bem.
Agora vai buscar plástico bolha e põe-o no fundo da caixa.
Faz uma bela caminha para esta senhorita.
Está bem?
Óptimo. Queremos que fique confortável. Ajuda-me a metê-la lá. Agarra as pernas.
Está bem.
Agora vai buscar aquelas bolas de espuma.
Espalha-as à volta dela.
Não poupes. O tio Burt paga por isto. Mais, Freddy, mais.
Certo, está bom. Agora espalha-as à volta dela.
Isso. Estás a fazer bem. Vais ter futuro no ramo dos armazéns.
Frank, onde arranjamos estes esqueletos?
- Da India. - India?
Um tratado internacional. Todos esqueletos vêm da India.
- Não brinques. Porquê? - Como raioe é que eu sei?
O importante, onde arranjam todos os esqueletos com os dentes bons?
Vou fazer uma pergunta séria. Quantas pessoas que conheces morrem
com um belo e perfeito par de dentolas na sua boca?
Ninguém em quem eu consiga pensar.
Deve haver uma quinta de esqueletos na India.
Jesus...
Vamos, miúdo. Segue o teu tio.
Cá vamos nós. Não tenho que te dizer para que é isto.
Temos aqui aparelhos prostéticos por todo o lado.
Olha aqui para baixo. Cadeiras de rodas.
Freddy, eis algo que não vês muitas vezes. És um privilegiado.
São cães divididos. Sim, para escolas veterinárias.
- Encomendam muitos destes. - Isso é mesmo estranho.
Não brinques. Estás a aprender.
Aqui, Freddy, é onde nós guardamos os corpos frescos.
Vendemo-los às faculdades médicas e ao exército para *** balisticos.
Bem, diz olá.
Normalmente temos um inventário maior
mas vamos receber uma entrega na segunda.
Quantos corpos costuma haver ali dentro?
Bem, não queremos stock a mais. É como na restauração.
Não queres que o teu inventário perca a sua frescura.
Vou fazer o seguinte. Ensinar-te a preencher os formulários de envio.
Parece vivo.
- Vamos festejar esta noite ou quê? - Sim, vamos.
Bem, onde?
- Não sei. - Podiamos ir para o parque.
A bófia disse que nos matava se voltassemos ao parque.
- Não quero morrer esta noite. - Eu gosto da morte.
Gosto da morte com sexo. E tu, Casey? Também gostas?
- Sim, vai-te lixar e morre. - Onde vamos festejar, Tina?
Malta, vou encontrar-me com o Freddy quando ele sair do trabalho.
- Onde te vais encontrar com ele? - No seu armazém de provisões médicas.
Não! Ele tem um emprego? Mas que idiota!
Merda! Porque não disseste logo? Porque não vamos buscar o Freddy?
O Freddy sabe sempre onde festejar.
- Frank? - Sim, miúdo?
Qual foi a coisa mais estranha que tu já viste aqui?
Miúdo, já vi coisas estranhas virem para cá e sairem de cá,
mas a coisa mais estranha que eu já vi bate todas essas.
Sim? E qual foi?
Deixa-me fazer-te uma pergunta, miúdo.
Já viste aquele filme A noite dos mortos vivos?
Sim. Aquele em que os corpos comiam pessoas. O que tem ele?
Sabias que aquele filme foi baseado num caso verídico?
- Estás a brincar comigo, certo? - Nunca estive mais sério na vida.
Não é possivel. Ele mostrava zombies a tomar conta do mundo.
Bem, eles mudaram as coisas. O que aconteceu realmente
em 1969, em Pittsburgh no hospital,
foi o derrame de um químico que foi todo parar à morgue,
e que fez os cadáveres saltarem como se estivessem vivos.
- Que químico? - Era chamado trioxina 245.
Era algo para pulverizar marijuana ou algo assim,
que a companhia química Darrow estava a desenvolver para o exército.
Disseram ao tipo que fez o filme que se contasse a história real,
iriam processá-lo. Por isso ele modificou todos os factos.
Então o que aconteceu afinal?
Bem, eles encerraram tudo.
O exército retirou todo o resíduo contaminado e os cadáveres de lá.
E mantiveram tudo em segredo!
Então e como é que tu sabes sobre isso tudo?
Um típico engano do exército.
O departamento de transporte cruzou as ordens.
Enviaram todos os cadáveres para cá,
em vez de para a companhia química Darrow.
Olá.
Olá, amor.
Não, vou para casa em uma hora. Mantem o assado quente, sim?
Sim, claro. Tambem te amo, querida.
Sim. Beijinho, beijinho.
Queres vê-los?
- Vê-los? - Os cadáveres.
- Do que estás a falar? - Eles estão na cave.
Não.
- Anda. - Nem pensar.
Cuidado com o terceiro degrau. Está partido.
- Eles deixaram aqui os corpos? - Bem, sabes como é o exército.
E eles têm aqui estado todo este tempo?
14 anos, pelo que sei.
Não brinques.
Aqui estão eles.
Estes corpos aqui?
Merda... Olha para isto.
- Dizes que esta coisa estava viva? - Foi o que eles disseram.
Deus! Estas coisas não têm fugas, pois não?
Fugas? Não. Foram feitas pelos Engenheiros do Exército dos USA.
Raios!
Olá, amor. Como foi o teu dia?
- O normal. Uma porcaria. - Lamento muito.
- O que há para jantar? - O teu favorito. Costeleta de borrego.
Comi-as ao almoço.
Sim, sou eu, a verificar a Estação 3, às 16:00... Às 16:01 horas.
Estarei em casa toda a noite. Certo.
É enervante viver perto daquele equipamento a toda a hora.
Têm que me conseguir contactar, 24 horas por dia, onde eu estiver.
- Os microondas afectam o meu forno. - Quando os acharmos pode ser retirado.
- Mas quando os vão achar? - Cristo, Ethel! Eu não sei!
Talvez nós nunca os iremos encontrar.
Já falamos disto antes. Eles podem estar em qualquer lugar.
19.30 HORAS, HORA DE LESTE
- Onde raios é que vamos? - Festejar.
- Vamos buscar o Freddy. - O que faz o Freddy nestes dias?
- Ele arranjou um emprego. - Não brinques! Que emprego?
- É um fiel de armazém. - Parece ser um emprego de merda.
Não é o Presidente dos USA, mas pelo menos ele pode comprar coisas.
- Talvez ele compre algo para mim. - Ele não gosta da tua cena, Suicidio.
Porque só apareces quando precisas de uma boleia?
Porque és um filho da mãe assustador.
- Achas que sou assustador? - Meu Deus!
Meu, mas que lugar horrivel e feio.
Eu gosto dele. É uma afirmação.
- Anda. Vamos buscar o sacana. - Não.
- Isso pode assustar o chefe dele. - Bem, isso não é smpático.
O que pensa ele que nós somos? Esquisitos ou algo assim?
- A que horas sai o Freddy? - Às 22:00.
- Não vou esperar duas horas. - Podiamos conduzir por aí.
Não tenho gasolina. Queres comprar gasolina, idiota?
- Eu estava a brincar. - Podiamos ir ali para dentro.
Para aquele cemitério?
Vamos fazer isso.
O que queres fazer, Scuz? Virar algumas lápides?
Só quero ver o cemitério. Nunca vi um antes.
- Não foste a nenhum funeral? - Nunca conheci ninguém que morresse.
Isto não é uma boa ideia.
- O que é isso? - Tochas de sinalização, tótó.
- O que queres fazer com elas? - Divertir-me.
Para que são as tochas?
Este sitio está uma confusão.
- Parece a tua casa, Scuz. - Eu ouvi isso.
Frank!
Estás bem, miúdo?
Eu não sei. Não me sinto bem.
Cristo, mas que fedor.
- Que raios aconteceu ao corpo? - Deve ter derretido.
Fecha o raio dessa coisa.
Cristo, nunca tinha cheirado nada como isso antes.
Acho que vou ficar doente.
Acho melhor não dizer nada ao Burt sobre isto. Iriamos parecer estúpidos.
Ainda cheiro essa coisa. Deve estar no meu nariz e em todo lado.
Sim, é melhor espalhar um pouco de desodorizante por aqui.
O que foi isso?
- Parece ser um cão. - Um cão?
Espera. Escuta, escuta.
- Ouviste isto? - Que raios se passa aqui?
O que se passa com ele?
Merda!
O que vamos fazer?
Vamos matá-lo! Eu vou matá-lo!
O que estás a fazer? Pára!
Jesus! Jesus!
- Estás maluco? O que se passa? - É o cadáver, o cadáver.
- Merda. O que faz ele aqui? - Não sei. Parece chateado.
- O que vamos fazer? - Fechá-lo ali.
Jesus!
Rápido! Jesus Cristo!
Temos que pensar, que pensar! Vamos, filho. Entra ali.
- Estamos a enlouquecer? - Não, é aquela coisa do tanque.
- O químico está por todo o lado. - Idiota estúpido!
- Cuidado se gostas deste trabalho! - Gostar deste trabalho?
- Bem, pensa! Pensa! - Temos que avisar a policia.
Não, não. Sabes o que a policia iria fazer a esta empresa?
- Quem quer saber da empresa? - Pensa na nossa reputação.
Pensa! Pensa!
E o número que estava no tanque? É para ligar numa emergência.
Não, é do Exército! Não queres aqui o raio do exército. Pensa!
- O que vamos fazer? - O que vamos fazer?
Temos que chamar o chefe.
Burt? É o Frank.
Temos um pequeno problema.
Alguma vez tiveste a fantasia... sobre seres morto?
Nunca.
Já pensaste alguma vez nos diversos modos de morrer, sabes, violentamente,
e perguntar-te qual seria a maneira mais horrivel de morrer?
Tento não pensar muito nisso.
Bem, para mim,
a pior seria um bando de velhos
estar à minha volta e começarem a morder e a comerem-me viva.
Estou a ver.
Primeiro, iriam rasgar as minhas roupas.
Vamos virar a luz para ali. A Trash vai tirar a roupa de novo.
É a Trash. Força, miúda.
Estás pedrada com alguma coisa?
Fizeram o quê? Abriram-no? Grande estúpido! Seu idiota!
Não te disse sempre para não te aproximares do raio dos tanques?
O que vamos fazer, Burt?
Vou ser processado pela companhia química Darrow
e investigado pelo governo.
Posso até perder o negócio. Ou ir para a prisão, raios!
Por outro lado, se destruirmos todas as evidências que temos,
- podemos ficar calados... - Isso! Vamos fazer isso, Burt!
Sim, certo. É o que nós vamos fazer.
Uma questão, Frank. O tipo que está a gritar, é mesmo um cadáver?
Porque não abres a porta e descobres?
Está tudo bem. Acredito na tua palavra nisto.
Se ele é um corpo reanimado temos que... temos que o matar.
- Como matamos algo já morto? - E eu sei, Fred? Deixa-me pensar.
Não é uma má questão, Burt.
Naquele filme, destruiam o cérebro para os matarem.
Os cérebros, claro!
Que usam os médicos para partir cabeças?
Berbequins cirúrgicos.
Segura isto, Frank. Escutem os dois. Freddy, abre aquela porta.
Tu ficas aqui, Frank, e quando ele sair, dá-lhe com o machado.
Jesus!
Como faço-o parar de gemer? O que se passa contigo, Frank?
Fred, anda cá. Fica perto da porta. Vai correr bem, filho.
Acho que não consigo fazer isto, Burt.
- É melhor. Tu meteste-nos nisto. - Jesus!
Certo, Freddy. 22, certo.
Sê corajoso, Frank, raios.
Quatro, esquerda.
10, direita.
Solta-o, Frank!
Vou a caminho, Frank. Aguenta!
Que raios se está a passar, Burt?
- O cérebro, o cérebro! - Acertei no raio do cérebro.
Então faz outra coisa, por amor de Deus!
Segura-o, Frank.
Não aguento mais isto!
- Merda! - Mantem-o embaixo.
O que vais fazer?
- Sê um homem, Frank. Sê um homem. - Não aguento isto, filho da mãe!
Rápido!
- Eu apanho-o! Eu apanho-o! - Apanhei-o!
- Arranja uma corda! - Onde raios há uma corda?
- Segura-o em baixo! - Segura o filho da mãe.
Cristo! Não está a morrer.
Pensei que tinhas dito se destruissemos o cerébro que morria!
- Isso funcionava no filme! - Mas não funciona aqui.
Queres dizer que o filme mentiu? Jesus!
- Como o vamos matar? - Talvez não consigas. Talvez não morra.
Então vamos destrui-lo por completo até não restar nada.
- Àcido! - Que tipo de ácido dissolve um corpo?
Ácido sulfúrico, talvez. Não, água régia. É mais forte.
Mas e se ela não dissolver tudo, como os ossos?
Merda.
O que vamos fazer?
Burt! Para onde vais?
Por vezes Ernie Kaltenbrunner trabalha até mais tarde.
Quem é o Ernie Kaltenbrunner?
O embalsamador da morgue do outro lado da estrada.
- Que raios fará ele por nós? - Tem a luz acesa. Ele está lá.
O Ernie tem um crematório, Frank.
Um crematório, que bom! Achas que o convences a usá-lo nisto?
Conheço o Ernie há 25 anos. Pode fazê-lo por amizade, não sei.
Que raios lhe vais dizer? Podes confiar no bastardo?
Acho que não temos outra escolha, Frank.
Como vamos... Como vamos levar esta coisa até lá?
Dá-me a serra dos ossos.
21:16 HORA DE LESTE
Porque não vestes as roupas? O espectáculo acabou.
O que se passa? Isto deixa-te nervosa?
Estou quente.
- Sim, tu estás quente. - Baza, chorão.
Ninguém me entende, sabias?
Arrisco o meu rabo por vocês e o que recebo em troca?
"Tu és assustador."
Vai-te lixar, meu. Vão-se lixar todos!
Eu gosto disso, assustador.
Tenho algo para dizer. Do que achas que trata isto?
Achas que isto é só um fato? Isto é um modo de vida!
Sim!
O que se passa contigo? Mostra algum respeito pelos mortos, sim?
- Aquele é o Freddy? - Onde?
- A entrar naquele edificio. - Não. Aquele não é o Freddy.
Como é que sabes?
Porque iria o Freddy entrar numa mortuária?
O que me dizes, Ernie?
Ernie.
- Tem calma. - Desculpa. Não te ouvi.
Sacas depressa.
- A trabalhar até tarde esta noite. - Sim, isso mesmo, tipo...
Que horas são? Queres um café?
- Não, obrigado. Eu estou bem. - Eu quero. Preciso de um.
O que... O que estás a fazer, Ernie?
- A amolecer o rigor mortis. - Sim?
Anda cá.
Anda. Sabes, o rigor mortis começa no cérebro,
e espalha-se pelos orgão internos e finalmente passa aos músculos.
Ele... descontrai passado algum tempo,
mas... podes fazê-lo manualmente ao flectir os musculos.
- Olha para isto. - Não achas isso nos livros, amigo.
O negócio do embalsamento é passado de boca a boca.
Isso é fascinante, Ernie. Isso é mesmo algo.
Bem, ele está morto agora.
E eu estou estoirado.
Amigo...
Há quanto tempo somos amigos, Ernie? Há quanto tempo?
25 anos, mais ou menos.
Se eu te pedisse um favor, podias mantê-lo em segredo?
Claro. O que é?
Preciso de ajuda, Ernie, de uma grande ajuda, na verdade.
Podes contar comigo. O que se passa?
Tenho aqui uns homens meus. Importaste que...
Burt, não. Burt, isso é ilegal.
Podes trazê-lo, por favor?
Fred, podes pô-lo ali. Ali mesmo.
Muito bem, o que é isso?
- Ali mesmo, por favor. - Aqui?
Eu tenho de...
Que raios há nesses sacos?
Doninhas com raiva.
- Que fazes com doninhas raivosas? - Estava a tentar explicar-te, Ernie.
Elas faziam parte de uma encomenda. Mas não eram para vir com raiva,
- mas sabes que estas coisas acontecem. - Não, não sei. Como acontecem?
Bem... Cuidado, Ernie, não sejas mordido.
- Temo-las e precisamos de ajuda. - Como?
- Temos que nos livrar delas. - Porque não ligar ao abrigo animal?
Se isto se souber, é mau para o negócio. Muito mau... raiva.
Acho que não. Quero dizer, e depois?
Não tens uma loja de animais. Uns animais de laboratório com raiva.
Vão. Rapazes, levem-nas para o charco.
Não posso simplesmente fazer isso. Tens que... tens que confiar em mim.
- Que raios queres que eu faça? - Tu tens um crematório.
- Queres queimá-los? - Sim, estava a pensar nisso.
- Isso é cruel. - Não consigo pensar em mais nada.
Tu... não podes queimar animais vivos. É demasiado horrível.
Pelo menos mata-os antes. Leva-os para fora e acaba com sua miséria.
Acho que isso não irá funcionar, Ernie.
- Não entendo o que se passa. - Porque não?
- Juras manter um segredo, Ernie? - Nesta altura já não sei.
Não, tens que jurar. Jura ou eu não... não te posso contar.
Muito bem. Eu juro.
Óptimo.
Não há doninhas nos sacos.
Não, não estou a brincar. Olha.
Tira-me isso! Tira-me isso!
Tira-me isso! Tira-me isso!
Eu sinto muito, Ernie.
Ernie, temos um... temos que te contar uma história longa.
Óptimo. Que festa.
- A Trash e o Suicídio? - Devem estar a curtir algures.
Nem sequer penses nisso, Chuck.
Deus. Quando é que são 22:00?
Se quiseres ir podemos ir os dois para outro lado.
Gostarias mesmo de o fazer comigo, não gostarias?
Digo, uma miúda como tu e um tipo como eu...
- Vai estrangular uma galinha. - Casey. Eu só estava a brincar.
- Boa. Aqui está o nosso amigo. - Vai te lixar, masturbador!
O meu relógio parou. Que horas são?
- Quase 22:00. - Raios!
É melhor achar o Freddy. Ele deve estar a sair.
- Vai lá. Nós esperamos por ti. - Não vás a lado nenhum, sim?
Vamos, Freddy. Onde estás?
Francamente, Burt, acho que te precipitaste ao cortar o corpo.
Podes ter razão, mas eu fi-lo. O que vamos fazer, Ernie?
Se vos deixar usar o forno o que ganho com isso?
O que queres?
Bem... pelo que vejo, este é mesmo um favor enorme.
Ernie, está bem. O que tu quiseres, eu faço. Prometo.
Sinto muito por isso.
Muito bem, vamos lá tratar do vosso problema.
Sim, senhor. Vais ficar a dever-me bem esta.
Amigo, vais livrar-te de tudo, não vais?
Vai tudo.
- E os ossos, Ernie? - Ossos não são um problema.
A coisa mais dificil de queimar é o coração.
- O coração? Porquê? - Porque é um músculo rijo.
Sim, mas, Ernie, não queremos que o coração fique cá.
- Aumento o calor para o coração. - E as metades do cão?
As metades de cão têm que desaparecer também.
Mas dá-me uma ajuda. Esta trapalhada é tua.
Que grande favor. Eu conseguia operar o raio desta coisa.
Tens certeza que isto se vai livrar de tudo? Não restará nada?
- Nada, só um monte de cinzas. - Nós nem queremos cinza, Ernie.
Então aumento a temperatura e queimamos também as cinzas.
De pó para pó.
- O rádio! - De volta para o carro, raios.
Freddy! Alguém!
Põe a capota!
- Fecha o raio da janela, meu! - Não tenho janelas, parti-as.
- A minha pele está a arder! - A minha também. Raios!
- É esta chuva. É tipo chuva ácida. - Suicidio, liga o carro.
Está toda em mim. Alguém dá-me uma toalha?
Não temos toalhas.
- Vá, meu, liga o carro! - Estou a tentar!
- Vamos, arranca. - Suicidio, liga o carro!
- Estou a tentar. - Raios!
O que será que há nesta chuva?
Olha só. Ela cai como se fosse um soldado bebâdo.
- O coração foi-se, Ernie? - Ardeu por completo.
- Tens a certeza? - Sim, foi-se pela chaminé.
Raios, era o que precisávamos. Estamos livres, Frank. Conseguimos.
Salvaste-nos, amigo, e eu fico a dever-te uma. Raios!
Sim, pois ficaste.
Vamos para o armazém, limpar tudo e podemos ir-nos embora, Frank.
Dá-me só um segundo para descansar. Recupero o fôlego e vamos.
Frank, não sei quanto a ti mas eu estou mesmo mal.
O que se passa, Fred?
Sinto-me mesmo mal. Estou mesmo doente.
- Também me sinto mal, Burt. - Mal, como?
Sinto que a minha cabeça está prestes a explodir.
E... e quero vomitar. E estou com fraquezas.
Também eu. E arrepios. É aquela coisa, Burt. Aquilo que inalamos.
Do que estás a falar, Frank?
Quando o tanque partiu, saiu um gás. Directo às nossas caras.
Nós respiramo-lo.
Ele fez-nos apagar. Ficamos inconscientes por um tempo.
Cristo! Ernie...
- Não deviamos ir a um doutor? - Sim, Burt. Preciso dum médico.
Vou levar estes tipos já para as urgências.
Vamos, Frank. Vocês vão ficar bem.
Frank! Frank!
O que se passa?
Tira-o da chuva.
Vou ligar à minha esposa. Depois vou para o hospital.
Senta-te. Tu estás doente.
Frank, tem calma, tem calma. Vou chamar uma ambulância.
Paramédicos. Paramédicos.
Olá, sim. Podem mandar cá uns paramédicos imediatamente?
Para a funerária Resurreição, no 21702 da East Central.
Diga-lhes para irem direitos à sala de embalsamamento.
Veneno...
Temos aqui dois homens envenenados.
Não, não sabemos com que tipo de veneno.
Está bem.
Muito obrigado. Adeus.
Burt, eles vêm a caminho.
- Este carro não arranca. - Maldição.
Ouviram alguma coisa?
- Ouvimos o quê? - Alguma coisa.
- Não, não ouço nada. - O teto está a pingar.
- Há um rasgão. Raios! - Não faças isso!
- Desculpa. Sinto muito. - Merda, Scuz!
Olá!
Freddy?
Alguém?
Freddy! Estás aqui?
Está aqui alguém?
Quem está aí?
Cérebros!
Cérebros!
Tenho que sair daqui. Vamos ter com a Tina e o Freddy.
- Podes crer. - Boa ideia!
Cérebros vivos.
Deus! A minha pele está mesmo a arder!
- Tina! - Sim! Deus! Ajudem-me!
- É a Tina. - Porque está ela a gritar?
Por aquela porta!
Cuidado com o raio do degrau!
Mas que raios!
Cérebros!
Mais cérebros.
Onde raios é que vão? Ajudem a barricar a porta! Idiotas!
São eles.
- Quem tomou o veneno? - Ali mesmo.
Ponha a lingua para fora.
- O que é que vocês tomaram? - Algum quimico industrial.
- Uma coisa de um tanque. - De que tanque? Onde?
Bem, não temos a certeza.
Conseguem descobrir? As vidas dos vossos amigos dependem disso.
Tenho que fazer uns telefonemas, mas apenas amanhã. Lamento.
Vamos verificar os sinais vitais.
Pode dar-me o estetoscópio? Não ouço nada no meu.
- Tem certeza que está bom? - O que quer dizer?
Bem, também não consigo ouvir nada com este.
O que quer dizer? O que se passa? O que se passa?
Está tudo bem. Só precisamos de verificar umas coisas.
- Nenhuma pressão sanguinea. - Nenhuma pulsação.
- O que querem dizer? - Tem calma, tem calma.
- Quanto tens? - 21.
- 21 quê? - 21ºC.
- Bem, o que é isso? - A temperatura ambiente.
Chega aqui um segundo. Quero falar contigo.
O que estão a dizer? O que estão a dizer?
- O que era aquilo ali em baixo? - O Suicídio está lá em baixo.
Nem pensar, meu. Ele foi-se. Aquilo comeu a cabeça dele. Jesus!
Não ouço nada ali embaixo, tu ouves?
- Temos que chamar alguém. - Quem?
- A policia. - A policia ia logo prender-nos.
- Vamos sair daqui, sim? - Temos que chamar alguém.
Esperem. Onde está o Freddy?
Raios! Teremos que nadar para chegar até ali.
- Que raios foi isso? - Olhem! Os mortos!
Esperem, pessoal!
Não tens pulsação, a pressão sanguinea está a zero,
não tens resposta na pupila, não tens reflexos.
A tua temperatura é de 21ºC.
- O que quer isso dizer? - Bem, é um puzzle,
porque tecnicamente tu não estás vivo.
Excepto que estás consciente, por isso não sabemos o que é.
- Estão a dizer que estamos mortos? - Não se precipitem nas conclusões.
Obviamente não quis dizer que vocês estavam mortos.
Pessoas mortas não andam por aí, nem falam.
- O que foi, Ernie? - A porta de entrada.
- Que raios estão a fazer? - Eu vou descobrir.
Vamos buscar umas macas. Esperem, não demoramos.
- Abram a porta! - Abram a porta, por favor!
- Abram a porta! - Rápido!
- Parados ou morrem! - Não dispares, meu!
Estão malucos? Estão pedrados?
Ninguém tomou droga. Deixem-nos entrar.
Certo, entrem. Mas nada de movimentos.
Tem que trancar tudo e chamar a policia! Eles estão ali fora!
- Quem está ali fora? - Não ouvem isso?
Cala-te e escuta, meu!
- O que é isso? - Pessoas mortas aos gritos.
Elas sairam da terra e andam atrás de nós.
Sairam da terra?
Os nossos amigos foram para o outro lado e estão ali fora.
Cérebros! Cérebros!
Cérebros!
Onde está a Trash?
- Ela não foi com eles? - Pensei que ela estava connosco!
- Ouviste isto? - Ouvi o quê?
Jesus Cristo!
- O que é aquilo? - Parecem pessoas aos gritos.
Trata das macas. Vou ao rádio para comunicar isto.
Jerry?
Cérebros! Cérebros!
- Que tipo de problema? - Bem, olhe para isto.
Que raios se está a passar?
Senhor, o cemitério está cheio de pessoas que sairam da terra.
- O que quer dizer? - Sim. Sairam da terra.
- São horrivéis e gritam. - Gritam?
Sim. E há um deles naquele armazém do outro lado...
Que armazém?
- O de fornecimentos médicos - Merda! Merda! Maldição!
Burt, acho que... acho que as coisas estão a descontrolar-se.
- Há centenas dessas coisas. - Centenas?
- A policia. Vamos chamar a policia. - Sim, não digas.
Telefone? Onde está o raio do telefone?
Ali! Está ali um no escritório.
Olá, operadora. Passe à policia. Isto é uma emergência.
Traz um martelo e pregos! Casey!
Silêncio! Vamos tentar sair daqui, Ernie.
- Tens um carro? - Tenho um carro.
- Traz as chaves e vamos embora. - A embreagem está estragada.
Vamos usar a ambulância.
Freddy!
- Ernie, os paramédicos? - Vou chamá-los. Liga o motor.
Meu Deus, Freddy, o que é que eles te fizeram?
Deus!
Que disparos foram esses, Ernie?
- Deus! - Mas que raios?
Aquilo... Aquilo... Aquilo...
"Aquilo" o quê? O que é "aquilo"?
Eles estão à volta do carro.
Horrivéis. Estão ali fora. Eles...
Os paramédicos estão mortos, e não temos carro. Nós...
Burt, nós temos que... temos que chamar a policia.
Baixa-o, baixa-a.
Baixa-o, devagar.
Não... não está a funcionar. Não está a funcionar.
Vamos.
O que se passa? Morto.
Ajuda-me.
Tens um martelo e pregos?
- Como mais podem entrar aqui? - As janelas da capela.
Resgate 7, Resgate 7, respondam. Daqui fala da central. Câmbio.
Resgate 7. Daqui é a Central. Escutam? Câmbio.
Respondam, central.
Enviem mais paramedicos.
- Quantas mais janelas tens? - Não há mais janelas.
- A sala de embalsamamento tem grades. - Vamos voltar para lá.
Meu, os meus braços estão mortos.
Baixo o raio dessa coisa, Ernie, antes que magoes alguém. Jesus.
- Como estão eles? - Freddy, tu estás bem?
Está a doer.
O que fizeram ao Freddy? O que se passa com ele e este homem?
- Está na altura de contar tudo. - Não tenho que contar nada.
- Nós achamos que sim. - Conta-lhes, raios!
- Conta-nos! - Foi um quimico.
Infiltrou-se no solo do cemitério e fez os mortos voltar à vida.
- Que raio de quimico? - Não sei o que é, raios!
Foi encomendado pelos militares, acho eu.
Como é que raios isso se espalhou pelo cemitério?
Eu não sei. Eu apenas...
Estava guardado no armazém de produtos médicos, onde estiveram,
e esses dois génios abriram o raio do contentor
e deixaram sair o filho da mãe! Deixaram-no sair!
- É por isso que o Freddy está mal? - Eu respirei aquilo, Tina.
E... E o Frank também.
- O que é que isso te fez, Freddy? - Estou com frio.
- Meus músculos estão rígidos. - Rígidos?
- Rígidos como, Freddy? - Primeiro tive uma dor de cabeça.
Então o... meu estômago ficou com caímbras... com caímbras.
Agora os meus braços e as minhas pernas estão rígidas.
Vamos lá ver. Vamos lá ver...
Deus!
Levantem a camisa dele.
- O que estás a fazer, Ernie? - Já vão ver.
As nódoas de ele estar deitado...
Isso é sangue a coagular.
Calma, calma, calma!
Sabes,... parece que ele está com rigor mortis.
Rigor mortis? O que queres dizer com rigor mortis?
Deus...
Estás morto e vais transformar-te numa daquelas coisas ali de fora.
Não! Não!
- Solta-o! - Larga!
Caluda.
Ouviram isto?
- O que é isso? - Outra ambulânica paramédica.
- Cuidado! - Não vão para aí!
Maldição!
Eles vão matar todos os que chegarem.
Cuidado! Vou voltar a pregar esta tábua.
Isto apanhou-me!
Puxem-na! Puxem-na!
Cristo!
Raios, ele está morto! Merda! Merda!
O que fazemos com esta coisa? O que fazemos com isto?
- Espera aqui um segundo. - Vamos sair daqui.
- Ernie, o que estás a fazer? - Ernie!
Deixa-me levá-la! Eu levo-a! Podes largar isso agora.
Estás maluco?
Olha para isto. Sinto-me melhor agora. Melhor.
Tenho que sair daqui, Ernie.
Ernie, temos que sair daqui. Deixa isso.
O que estás a fazer? Maldição, Ernie!
Não entendo o que queres fazer com isso, Ernie.
- Quero examiná-la. - Assegura que está bem atado.
- Está bem atado. - Isso não se vai soltar, certo?
Não, não se vai soltar. Não são mais fortes do que os humanos.
- Não tenhas medo. - Eu acerto-lhe na cabeça.
Tens a certeza que esta coisa está bem atada?
- Consegues ouvir-me? - Sim.
- Porque comem pessoas? - Não pessoas. Cérebros.
- Cérebros apenas? - Sim.
- Porquê? - A dor.
- Que dor? - A dor de estar morto.
Dói muito estar morto.
Consigo sentir-me a apodrecer.
Comer cérebros, como é que isso te faz sentir?
Isso faz a dor ir embora.
Olha, meu. Que se lixe isto.
Tenho que falar contigo... Agora.
Vamos, temos que falar.
Vamos falar no corredor.
Meu, olha, como podemos matar estas coisas?
- Não podemos. - Que raios quer isso dizer?
Não os podes matar, já estão mortos. Não estão vivos, estão animados.
Podes cortá-los em pedaços, mas os pedaços continuarão atrás de ti.
Tudo que podes fazer é queimá-los, reduzi-los a cinzas,
assim não restará mais nada para vir atrás de ti.
- Como vais queimar essas coisas? - Há centenas dessas coisas.
Sim, essa... Essa é a questão.
Temos um 10-32 da EMS.
Desapareceram duas ambulâncias no distrito de East Piedmont.
Peço um 10-51, código 3.
Unidades disponíveis perto do bloco 20,000 East Central, respondam.
Achas que nos vêm resgatar?
É melhor que sim, meu. Só tenho isso a dizer.
Mas achas que eles vêm?
Chuck... Eu nunca gostei de ti.
Meu Deus, aperta-me bem.
Seria melhor conter o Frank e o Freddy. Entendem o que digo?
- Não. Contidos como? - Fechá-los numa sala algures,
para que se começarem a ficar estranhos não magoarem ninguém.
Seus bastardos! Porque não se fecham a vocês próprios?
Senhora, não estamos a propôr fazer-lhes nada.
Só os queremos fechar para depois pensarmos como vamos sair daqui.
Tina, é uma boa ideia.
- Onde os podemos pôr, Ernie? - Bem... na capela.
Muito bem, ajuda-me com o Frank, por favor.
Certo, deitem-nos devagar no tapete.
Cuidado com ele. Calma, Frank. Está tudo bem. Ouves-me, Frank?
Bolas... Ele desapareceu.
- Tina. - Freddy.
- Vamos deixá-los e sair daqui. - Não vou deixar o Freddy.
Temos que trancar a porta, sabes disso?
Eu vou ficar.
Está bem. Anda. Vamos, Ernie.
Central, Central, daqui Bravo 751. Nós estamos na funerária.
Vemos duas ambulâncias paramédicas no parque de estacionamento.
As portas dos veículos estão abertas.
Aguardem que nós investigamos. Câmbio.
Tenho um homem abatido.
Jesus!
- Parado! - Parado ou estoiro os teus miolos!
Este lugar.
Todos os que chegam são engolidos.
Enviem mais policias.
O que vamos fazer? Ficar aqui até que os corpos consigam entrar?
- Temos que sair daqui. - Temos que chegar aos carros.
- Há corpos perto deles. - Eu sei.
- O que estás a propôr? - Eu? Todos deviamos propôr algo.
O sotão lá em cima. Podiamos barricar-nos nele.
Só se pode entrar pela abertura e nós poderiamos pregá-la.
Tu deves estar maluco. Não vou para nenhum telhado.
Prefiro arriscar-me com os carros.
- Temos que os combater. - Que tal com isto?
- O que é isso? - Àcido nitríco. Destrói tudo.
Sim, mas não há muito, Ernie.
Doí mais do que tu consegues imaginar.
Freddy!
Finalmente consigo ver a única coisa...
a única coisa que me pode ajudar deste horrivel sofrimento.
O que é, Freddy?
Cérebros vivos!
Vamos.
Traz a rapariga!
Corre! Corre, Ernie!
Apanharam o Freddy, meu. Ele estava velho e feio, meu.
A cara dele estava toda lixada, meu.
Aquilo não é o Freddy.
Cérebros! Cérebros! Cérebros!
Cérebros!
Fá-la calar! Fá-la calar!
Merda! Ele está a tentar sair.
Traz o banco. Vamos.
Ernie! Ernie, fora do caminho!
Encosta-o contra isso. Está tudo bem.
- Não consigo. - Sim, consegues.
- Não podemos mais ficar aqui, meu. - Temos que correr até aos carros.
- Há zombies perto dos carros. - Temos que abrir caminho por eles.
Assim que estivermos no carro a conduzir, vamos ficar bem.
É um grande "que", meu.
Não consigo andar, quanto mais correr.
Como está o teu pé, Ernie?
Partido.
Spider e eu trazemos um dos carros até à porta...
O da policia. Ele ainda deve ter as chaves na ignição.
- O motor ainda está ligado. - Boa. Eu conduzo.
- Não, eu conduzo. - Vai-te lixar.
Quando chegarmos não quero ficar aqui demasiado tempo.
Jovem, fica aqui. Quando eu disser "agora", abre a porta.
Quando passarmos, fechas-a logo e trancas tudo.
Ernie, chega aqui à porta.
Burt...
Aquele favor que me devias...
Tem cuidado ali fora.
Muito bem. Preparem-se!
Agora!
Tens que te aproximar mais, meu.
- Temos que nos separar. - Não, não nos podemos separar!
Eles deixaram-nos! Os idiotas! Eles deixaram-nos!
Tiveram que o fazer.
O Burt irá enviar ajuda. Eu conheço-o.
Eles deixaram-nos.
Não os podemos deixar assim!
Eles entregaram o carro. Nós vamos enviar ajuda.
- Aqueles ali eram os meus amigos. - Eu disse que enviávamos ajuda.
- Covarde! - Vai-te lixar!
Segura-te, cá vamos nós!
- Que raios vamos fazer agora? - Achas um telefone. Chamar a policia.
- Mas que raios! - Jesus Cristo!
Merda!
De volta para o armazém!
Está bem!
- Por aqui, seu imbecil! - Aquele é o Spider.
Amigo.
- Onde estão todos? - Não sei.
- Quem é ele? - O dono deste sitio.
- Esse carro está lixado, meu. - Meu carro esstá ali. E o do Frank.
Já não está.
Tina!
Tina! Tina, onde estás?
Perdoa-me.
Cérebros!
Aéreo 3. Temos uma má situação. Temos dois agentes abatidos.
Acabamos de testemunhar ataques a nivel do solo.
- Helicopter! - Atenção, atenção. Fala a policia.
Esta área está sob bloqueio policial.
Todas as pessoas nesta área que se quiserem render
devem encaminhar-se de imediato para o perímetro.
Jesus! Parece que as merdas estão mesmo mal ali fora.
- Temos que dizer onde estamos. - Podes crer nisso.
Senhor! Senhor, não entre aí.
Sabe, há uma coisa aqui dentro. Ela estragou o telefone.
- Há outro telefone na cave. - A cave está lixada!
- O que queres dizer? - Outro desses corpos, meu.
Um mesmo feio, todo *** e viscoso.
Não quero saber o que está na cave. Precisamos desse telefone.
Cegá-los parece funcionar.
Merda. Espera um minuto, espera um minuto...
Spider, abre a porta.
Vou desligar todo este bloco.
Tina, foi errado da tua parte teres-me trancado.
Tive que me magoar para conseguir sair.
Mas eu perdôo-te, querida.
E sei que estás aqui porque consigo cheirar o teu cérebro.
- Por favor, vai-te embora! - Vou subir, Tina.
Vês? E agora fizeste-me magoar-me de novo.
Fizeste-me partir a mão por completo desta vez, Tina.
Mas não me importo, querida, porque eu te amo.
E tu vais deixar-me comer os teus miolos!
Abre a porta. Abre o raio da porta!
Cérebros!
Muito bem, vão. Entrem depressa ali.
Cuidado! O degrau caiu.
Jesus Cristo!
É o nosso amigo que foi apanhado pelo homem-alcatrão.
Passe-me à policia. É uma emergência, operadora!
Capitão, aqui.
Diga.
Tem que nos ajudar. Estamos dentro da vossa barreira e não podemos sair.
Primeiro, senhor, que raios se está a passar?
Perdi uma dúzia de homens bons e ninguém me disse nada.
As pessoas do cemitério estão loucas e comem-nos se nos apanham.
É como uma doença. Tipo raiva, mas mais rápida.
É por isso que nos têm que tirar daqui já. Por favor!
Não o consigo ouvir. Há por aqui muito barulho.
Que raios se está a passar?
Alto! Eu disse alto!
Cuidado! Eles são loucos!
- O quê? - O que foi?
Eles apanharam os policias.
Isso significa que estão a furar a barricada. Jesus Cristo!
O que está ele a fazer?
O que estás a fazer?
Olá.
Estou a ligar para o número que está no tanque.
- O seu nome, por favor? - Burt Wilson.
Fique em linha. A chamada será transferida.
Daqui fala do Comm-Q, Denver.
Denver, Wichita. Tenho uma prioridade CLY na 113. Quem manda?
O coronel Glover, em San Diego. Eu vou passar.
Sim.
Sim, capitão.
- Entendo. Muito bem... - Horace...
Passe a chamada por mim.
Sim, passe.
Sr. Wilson? De onde está a telefonar?
Entendo. E quando é que isso aconteceu?
E quando é que o tanque foi aberto?
Porque não ligou para o número imediatamente?
Entendo. Estou a entender. O que aconteceu a seguir?
Fez isso? E que efeito é que isso teve?
Entendo.
E depois o que é que fez?
E porque o fez?
Entendo.
A sério?
Quantos é que disse?
E quantos acres cobre esse cemitério, senhor?
Sim.
Entendo. Entendo.
Sim, entento. É claro.
Obrigado pela sua ajuda, sr. Wilson.
Vou passá-lo de novo ao capitão Turner agora.
Senhor, fala o coronel Glover.
Desculpe incomodá-lo a esta hora, senhor, mas temos um estatuto Q2.
Parece que achamos aquela carga de Ovos da Páscoa.
Sim, senhor. Tenho a certeza. Eles apareceram em Louisville.
Estou a ter a confirmação disso da esquadra de policia de Louisvillet.
Louisville, Kentucky, senhor.
Bem, senhor, seria boas noticias excepto que os ovos chocaram.
- O que estão a fazer, meu? - Espera um segundo, sim?
É estranho. Esse pessoal disse que estavam já à espera disto.
Aparentemente têm algum plano de contingência para isto.
- Bem, isso é óptimo. - Qual é esse plano?
Sargento Jefferson, da 42ª Artilharia Especial Móvel.
Sim, senhor. Bom dia também para si, senhor.
Sim, senhor. Sim. O que ordenar, senhor. Códigos, por favor, senhor.
Arquimedes. Cachorro. Ruibarbo. Nove. Zero. Nove. Entendido, senhor.
Curvatura, marcar 220.
Curvatura 220.
Alcance... a 134 milhas.
Alcance... a 134 milhas.
Escutem...
Estás a ouvir alguma coisa?
Tina...
5:01 DA MANHÃ, HORA DE LESTE
Um resultado espectacular, senhor. Muito próximo dos óptimos.
Bem, senhor, só foram destruidos 20 quarteirões.
Menos de quatro mil mortos, general.
Não se preocupe com os fogos, general. A chuva está a cuidar disso agora.
Houve queixas sobre ardor de pele, mas não se preocupe.
Uma pequena irritação, general. A chuva irá lavar tudo.
Isso mesmo, senhor. Tudo estará de volta ao normal pela manhã.
Sim, senhor. Sei que o presidente irá visitar Louisville amanhã.
Não, não queremos que isso aconteça, senhor.
Não, senhor. Isto não tem sido agradável para ninguém.
Obrigado, senhor. Boa noite, senhor.
Cérebros.
Vamos matá-lo! Eu vou matá-lo!
- Está por todo o lado! - Maldito idiota!
- Cuidado, se gostas deste trabalho. - Gostar deste trabalho?
Burt? Frank.
Temos aqui um pequeno problema.
Alguma vez fantasiaste... sobre ser morto?
Eu acertei o raio do cérebro.
- Como matamos algo já morto? - E eu sei, Fred? Deixa-me pensar.
Não é uma má pergunta, Burt.
Achas que isto é um fato? Isto é um modo de vida.
- Há centenas destes cabrões. - Centenas?
Cérebros.
Enviem mais polícias.
- Maldição! - As coisas estão descontroladas.
Tira-o! Tira-o!
- Isso funcionou no filme. - Mas não está a funcionar agora.
Queres dizer que o filme mentiu?
Não é uma má pergunta, Burt.