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Os astrônomos conseguiram pela primeira vez medir com precisão
o tamanho do remoto planeta anão Eris.
Isso foi feito quando ele passou em frente a uma estrela de brilho fraco,
usando o telescópio belga TRAPPIST no observatório La Silla do ESO,
junto com outros dois telescópios no Chile.
As novas observações mostram que Eris é quase um gêmeo perfeito de Plutão em tamanho.
Eris também parece ser extremamente reflexivo,
provavelmente porque seja coberto com uma fina camada de atmosfera congelada.
Este é o ESOcast!
Ciência de vanguarda e a vida nos bastidores do ESO, o European Southern Observatory,
Explorando a fronteira final com nosso apresentador, Dr. J, o Dr. Joe Liske.
Neste episódio, vamos conhecer as novas observações do distante planeta anão Eris,
enquanto ele passa diante de uma estrela ao longe
- um evento chamado ocultação -
e o que esses resultados revelaram.
Ocultações são como eclipses
- a estrela no fundo desaparece por trás do objeto e reaparece do outro lado.
Visto da Terra, o brilho da estrela de fundo subitamente diminui
e então aumenta com a mesma rapidez ao nível anterior.
Observando esses dois eventos,
os astrônomos podem medir o tamanho e a forma do objeto ocultante em primeiro plano.
Se a *** do objeto já é conhecida, sua densidade pode também ser determinada.
Ocultações de estrelas por objetos distantes de nosso Sistema Solar são muito difíceis de observar
por causa do tamanho diminuto desses objetos.
Mas as ocultações frequentemente são a única maneira de aprendermos mais sobre eles,
já que estão distantes demais e são pequenos demais para conseguirmos vê-los
senão como pálidos pontinhos de luz, mesmo usando telescópios poderosos.
A técnica da ocultação já permite aos astrônomos saber muito mais
sobre o planeta anão Eris.
Eris foi identificado como um objeto grande do Sistema Solar exterior em 2005.
Sua descoberta foi um dos fatores que levaram os astrônomos à criação de uma nova classe de objetos,
os chamados planetas anões,
e à reclassificação de Plutão de planeta para planeta anão em 2006.
Eris está neste momento três vezes mais longe do Sol do que Plutão,
e até agora imaginara-se que seria cerca de 25% maior.
Mas as novas observações mostraram que Eris de fato é quase exatamente do mesmo tamanho que Plutão,
com um diâmetro de cerca de 2.330 km.
Porque Eris tem uma lua, chamada Dysnomia,
os astrônomos também foram capazes de calcular a *** de Eris
através de cuidadoso estudo da órbita de sua lua.
Usando as novas medidas de diâmetro e ***, eles então calcularam a densidade de Eris,
que agora aparece como maior do que os astrônomos haviam imaginado.
Eris parece ser um corpo rochoso rodeado de uma espessa camada de gelo.
O planeta anão mostrou refletir quase toda a luz que recebe
- sua superfície é mais brilhante até do que a neve fresca da Terra.
Eris provavelmente é coberto por uma fina camada de atmosfera congelada
que provavelmente consiste de nitrogênio e metano congelados.
É provavelmente o resultado do congelamento da atmosfera de Eris
à medida que a órbita alongada do planeta anão o leva para longe do Sol.
Essas importantes novas observações, feitas com telescópios relativamente pequenos,
permitiram aos astrônomos medir as propriedades de Eris melhor do que nunca.
Foi um novo passo em direção ao entendimento dos misteriosos objetos
que jazem nas partes mais remotas do nosso Sistema Solar.
Eu sou D. J., despedindo-me do ESOcast.
Junte-se a mim da próxima vez para mais uma aventura cósmica.
O ESOcast é uma produção do ESO, o European Southern Observatory.
O ESO, o European Southern Observatory,
é a mais destacada organização intergovernamental de ciência e tecnologia em astronomia,
projetando, construindo e operando os mais avançados telescópios terrestres do mundo.
Transcrição: ESO. Tradução: Ricardo André Frantz
Agora que você já conhece o ESO,
"saia deste mundo" com o Hubble.
O Hubblecast destaca as mais recentes descobertas
do mais renomado e premiado observatório espacial,
O Hubble Space Telescope, da NASA/ESA.