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Inverno
Se deixarmos isto aqua até de manhã
Quê?
Acho sue rachou. Ta vendo a graxa no aro?
Olha.
Não pode ser!
-Então de onde é que é? -Não sei.
Bota ali!
Vira um pouco.
Assim...
Tudo bem...
-Não anda nessa chapa de ferro! -OK, não vou andar.
Você pode cair no fogo!
Não que eu dê a mínima, mas você vai acabar com o meu defumadouro!
-Ai meu deus! -Ai meu deus o quê?
-Ai meu deus, eu me esqueci do balde! -Vai pegar então…
Segura aqui rapidinho.
Vou botar um pedaço de pau aqui...
Pega uma linguiça, pessoal!
Aham...
Oi, Liviu! Chega aqui e come uma linguiça.
Deixa só eu tirar aqui.
Aqui, fresca e saborosa!
Que Deus te abençoe!
-Que seja pela paz do espírito do teu filho! -Que Deus te abençoe.
Bom dia, Senhora.
Oi, Liviu!
-Eu dei um pouco de linguiça para ele… -Bom para você.
-O que você fez? Onde é que você colocou elas? -Só para sentir o sabor...
-Ah! Bota aqui! -Espera! Tem mais…
-Cuidado! Vão esfarelar! -Aqui.
Ok.
Oh!
"Cuidado! Vão esfarelar"…
Pois é… Acabaram de ...
-Nem um cachorro comeria isso. -Ta bom!…
E o gato, sempre com a gente…
-Vem, vamos pegar todo logo! -Mas a gente não pode...
-Não pose? Nem com a corda?? -Não, não, deixa para lá.
Segura isso um segundinho. Vou subir!
-Ai, men deus! -Mas a luz não está lá!
Ta sim, desde a última vez. Sobe!
Tem certeza?
-Tenho, dá para ver! -Ah sim, dá para ver agora.
Vamos voltar para o moinho, Vamos girar aquela roda!
Aqui!
Peraí, pega isso primeiro!
Ai meu deus, ai meu deus!
-Cuidado, o balde ta quebrado! -Não, não está...
... Não quebra.
Ô velhote, cadê você?!
Ei!
Você subiu, então fica aí!
To ficando...
Por sue não ficaria? Eu que fiz você subir?
Ai, meu deus! Será que vai dar certo?!
Não te disse?
Segura daquele lado!
Não dá. Eu botei o outro aqui! Vai, manda ele aí!
Subindo...
Subindo com o guindaste!
Agora, afrouxa. Ok.
Vamos ver se eu desamarro agora… Ta apertado demais esse nó, velhote!
-Para o porco não fugir! -Certo...
-Esse trenó que a gente usou era da Ana. -É mesmo?
Era. eu fiz para ela quando ela era pequena.
Talvez agora a Ioana ande nele… a filha dela.
Ela podia. Mas eles quase não vêm aqui.
-Com certeza, eles têm outro trenó agora. -Quê?
-Com certeza, eles já compraram outro trenó. -É, um moderno. Um bobsleigh, de repente.
Isso...
Nós lhe damos glória, Senhor…
Que que você ta fazendo?
Deixa para cantar na igreja! Deixa eu te ajudar a se vestir!
Nós lhe damos glória, Senhor…
Vamos!
Nós lhe agradecemos...
e rezamos através de você…
Vamos! Quero te ver vestido!
E rezamos...
Rezamos...
Continua com isso!
Nós rezamos...
Toma...
Pronto!
Escuta… quantos anos passaram desde que nos casamos?
Ah… faz as contas aí.
53...
-9 de Fevereiro…Janeiro… -9 de Janeiro...
-1953… -Isso.
E agora estamos em 2008...
Então, esse mês a gente completa… 55 anos...
Meu deus, foram tantos!
-Que inverno foi aquele… -Lembra… Tinha neve até a sua cintura.
É...
Que inverno, querida!… Quando eu me lembro...
Como se nunca tivesse acontecido...
Lembra quando travaram o nosso trenó, antes do casamento?
-Ah, a tradição do "pitstop". -Isso.
-Mas você não deu nada para eles… -Deu sim… Com certeza.
-Ah, quando else chegaram no casement. -Isso, eu dei sim.
Que tradição, né!
Vou pegar o relógio. Para saber a hora de voltar.
Tantos anos passaram… Tempos bons, tempos ruins… Tristezas e alegrias...
Que é?
Tantos anos...
Não adianta ficar chorando aí...
Os amos passaram, nós envelhecemos...
Amanhã ou depois… vamos deixar de existir.
Os jovens vão tomar o nosso lugar.
Sempre foi assim.
-Deixa a manga, senão não vai ver o relógio… -É, verdade...
-Para eu poder ver o relógio… -Isso, talvez você tenha um encontro...
É… com a vovózinha.
Aham.
A vovózinha...
-Bem, eu tive meus encontros, não tive? -Claro que teve...
Mas foi muito tempo atrás...
Ir, você sempre vai… E depois volta…
Claro, você quer que eu volte para alimentar as vacas...
limpar o estábulo...
Senão, outro cara iria...
-Que cara? -Um mais jovem, mais esforçado.
Eu acho que você faz o seu trabalho bem o suficiente.
OK... Agora vamos achar algo que cheire bem.
Espera, tenho que limpar isso um pouco antes.
Pronto.
-Eu não te dei dinheiro. Você tem aí? -Aham, umas 4 moedas. É o suficiente.
Acho que não está funcionando. Que que está errado?
Não esse, o outro!
Guarda para você.
Para que eu precisaria disso?!
Usa quando...
Quando o quê?!
Ah, esse funciona, também.
Mas este é para as senhoritas...
-Ai, meu deus! Você sabe o que isso quer dizer… -Vou ficar com cheiro de mulher.
Essa é boa!
-Como você teve essa idéia?! -Ah! Ta pinicando.
-Você pôs no casaco de pele? -Aham!
Ótimo!
Vou ter umas velas.
Eu acho que já tenho a… Como é que é o nome?
-Eu tinha uns… Onde eu botei? -Aqui, acende essa grande.
-Que isso? -Acende essa no túmulo. Vai durar mais.
Uma vela!
-Bom dia, Vasile! -Bom dia, too Costica. Vou para o vale também.
Vem, então!
Vem, te dou uma carona.
Também te dou uma.
Daremos caronas um ao outro.
-Para a igreja… -Eu também, acho.
Vamos, Gheorghe, tamo subindo!
-É difícil escalar, não é? -É, um pouco.
É difícil.
Só Deus sabe quantas vezes o meu pai subiu essas escadas. Essas mesmas escadas.
Fazer o quê?! Pelo menos a gente fica em forma.
-É, verdade.
Luz da Luz, Deus Verdadeiro de um Deus Verdadeiro Unigênito, e não criado, de uma essência com o Pai
Deus Sagrado… Imortal Sagrado...
Abençoados sejam os de coração humilde...
pois deles serão os Reinos do Céu.
Abençoados sejam os que lamentam...
pois eles encontraram conforto.
Abençoados sejam aqueles que seguem as palavras divinas...
Eu vou colocar uns cabos aqui, um pouco de cabo
E fazer uns quadradinhos... E você bota isso no pote...
Para que você possa espremer a água quando for fazer o queijo.
-Ta vendo? -Eu to vendo. Bravo!
Este teu barbudo sabe das coisas, mas ele está muito fraco agora.
-Ele só está um pouco velhinho. -Precisa de força para isso?!
-Precisa de talento… -Sim, um pouco de caviar aqui em cima...
Mas a minha cabeça está velha e podre, quase inútil.
É...
Minha cabeça, minha pobre cabecinha...
Está boa do jeito que tá.
-Primeiro vou arrancar este pedaço. -Não acho que isso seja possível.
-Não? -Não.
Você não, mas eu sim!
-Mas once você arranjou isso? -Da máquina de lavar velha.
Eu arranquei de lá.
Olha o que eu achei!
Ah, você achou o seu caderno!
Achei o meu caderno. Estava procurando ele...
Onde estava?
-Quer ouvir? -Sim, claro.
"A vida é bela"
Quando você é jovem, sente que o mundo é tão claro.
Os anos se passam sem demora E você envelhece a cada dia.
Quando você é jovem, têm tudo: Amor, vida, poder: É uma alegria!
Você não percebe que tudo Está pendurado pelo fio mais delgado.
Você agora é jovem, belo e forte, E sabe como se virar.
Mais adiante, verá que tudo isso Te deixará com o Nada:
Suas mãos não ouvirão, seus olhos não enxergarão,
E você só terá uma pergunta amarga: "Estou vivendo sem razão de ser?"
É verão, os pássaros estão cantando E os grilos cantam ao relento,
Um ouvido parece surdo. Às vezes os dois.
É tão verdade...
As crianças crescem ao seu redor Cada uma mais esperta que a outra, também.
Elas tem casas, e começam a trabalhar, E os filhos delas roubam seus corações.
Seus netos são flores preciosas Que herdam a vida e vencem a destruição.
Pense o mundo deles, meu amigo, De agora até o rude fim.
Mesmo que você não tenha escolha E canse de suas vozes tilintantes,
Siga o seus pensamentos, velhos e sábios, Pois são eles suas próximas vidas.
E no fim das contas, meu amigo, se tudo isso Não trouxer uma felicidade perfeita,
Você pode gritar, é verdade: "Seja como for, a vida é bela!"
Bravo!
Está vendo?
-É verdade... -Não é tão velho assim...
É verdade mesmo!
-Nós continuamos a viver por nossos filhos. -É verdade, não é?
Você me descreveu bem no seu poema, ouvindo com um ouvido só...
Mas não é só você!
Surdo de uma orelha? Você ouve com uma orelha só, por acaso?
-Não, eu ouço com as duas. -Mas você ouve menos.
Meu ouvido está OK.
Eu também ouço bem, mas eu não consigo entender muito.
Não fica muito claro...
Quando ouço as notícias...
Eu só ouço... e entendo aquela senhorita...
...Gabriela. Vranceanu-Firea.
Eu entendo tudo o que ela diz.
Mas dos outros, não entendo nada.
-Olha como é bonito! -Não te disse...
Vou limpar novamente, depois de você colocar o cabo...
Vou deixar este copos aqui e levar os pretos lá para fora.
Vou ver se o cabo encaixa.
Se não encaixar, eu penso em outra coisa.
Verifica lá as vacas.
Vê se elas estão bem...
Certifique-se que o bezerro não vai chupar a mãe até secar.
Primavera
Sai daqui, seu gato feio!
Aqui.
-Você não canta para ela? -Que é?
-Você não canta para ela, como normalmente? -O quê?
Para a vaca, quando tirando leite, você não canta?
Não entendi.
Eu perguntei se você não canta mais, quando você tira leite da vaca.
-Cantar para ela? -É, para que ela possa te dar o leite dela.
Honramos ao Senhor, Deus...
Sentei por tantos dias em minha janela
Esperando você passar.
Mas você foi por algum outro percurso, Gheorghita,
Nossos caminhos não se cruzaram... Adeus!
Se tivesse vindo, eu teria lhe dito muitas,
Muitas coisas que tenho dentro de mim.
Colhi por você sentimentos plenos
Que teriam lhe feito mudar de idéia...
Da próxima vez que vier, acredite
Segure em minha cintura com amor,
Coloque minha cabeça em seu peito,
E me beije sem descanso!
Fomos uma vez jovens...
É bom lembrar das nossas canções da juventude.
-Nunca fomos jovens! -Claro que fomos!
Estávamos cansados de trabalhar.
Sim, estávamos, mas tínhamos coragem... força...
Enquanto agora, estou tecendo estes para o nosso funeral.
Nossa juventude era apenas nos domingos, quando íamos dançar. Nas festas.
-Mas tínhamos as danças, as festas... -Sim, estas eram boas.
-As garotas vinham com suas mães... -Pois é.
Nossas mães seguravam nossas jaquetas enquanto nós estávamos...
Hoje em dia, sabe, as garotas sentam nos bares, fumando cigarros...
Ninguém dá ouvidos à "mamãe" ou "papai" agora.
Na verdade, era melhor quando éramos jovens.
Para casa! Agora!
Para casa, seus patos feios! Ou então...
Todos estes programas de TV são um monte de mentira!
Eles querem que acreditemos que aquilo é tudo verdade!
Estão tentando nos enganar.
-Por que você assiste se não gosta? -Eu gosto, mas por que eles mentem?
Eu assisto por que eu gosto. É uma arte, feita por homens talentosos, sabe.
Do que você gosta nisso?
Não precisa acreditar em tudo que você vê.
Você falou para eu não começar estes carpetes. Não terminei eles?
-O quê? -Estes tapetes.
Você me disse "Não, não, não comece a tecer um novo, não vai terminar, não vai terminar"...
-Não queria que fizesse tanto esforço. -Mas é primavera, tem de tear mesmo...
É, mas você ta trabalhando dia e noite.
É.
Você trabalhou muito!
-Mas e se um de nós morresse? -O quê?
Se um de nós morresse, o que faria?
Se eu morrer, você guarda eles.
Não, eu distribuo eles no funeral.
Como você daria tanto esforço de mão beijada?!
Você trabalha tanto, e depois dá eles de graça no enterro?
É, mas assim as pessoas lembrariam de você.
Eles saberão que você fez algo de útil da sua vida, fez algo bonito com as suas mãos...
-É uma coisa boa. -Mas você ainda morre.
Tenha feito carpetes ou não, ainda assim você termina debaixo da terra.
É verdade, mas é melhor ser lembrado por algo que você fez.
As pessoas sairão do enterro com uma boa impressão.
Nós não morremos todos no mesmo dia, sabe...
É a vida.
-Você não pega o de baixo? -Pega o quê?
-O de baixo. -Eu não. Vou mover ele inteiro de uma só vez!
Certo...
A TV está na tomada...
Deixa... E pega este aqui com cuidado.
-E se este cair na minha cabeça? -Não vai cair.
Como é que você sabe?
-Você não pega aquele primeiro? -Não.
Este vai primeiro, e depois a outra parte vai direto no lugar certo.
Espera...
Eu espero que não caia.
Quando sai do convento, a freira-mãe me deu uma máquina de tear.
Era leve, não era gigante que nem essa.
Quem vê a gente carregando essa, pensa que a gente está carregando uma cruz.
Eles não sabiam o que nós estávamos fazendo...
Deixa para lá.
Pronto.
-Você viu, querida? -Vi.
Eu vi que você é o mais corajoso.
-Bem, eu vou botar algo... -Ah, fiquei tão cansado!
Ficou?
Você descansa na Páscoa.
Pega a mesa.
Vamos colocar no lugar.
Constantin, Constantin...
Os vizinhos vão gritar: "Sua casa está pegando fogo!"...
Ah, bobagem!
Oh, querido!
Está vendo, você disse que não devíamos limpar...
Eu não disse que não devíamos.
-É tão importante assim? -Eu disse que não devíamos ter feito isso agora.
Quando então? Depois da Páscoa?
Achei que a gente só daria uma arrumadinha...
ô, cachorro, o que você ta fazendo aqui? Mete o pé!
Por que só grama fresca?
Eu trouxe um pouco para as galinhas. Aqui!
-É o suficiente! Não gasta com as galinhas! -Pronto.
-Você deu muito para elas. -É.
Você está economizando?
Ta vendo, eu botei isso ali, então não suba no porão.
Lembra quando você me deixou no porão, esperando com o vime de vinho,
enquanto você contava histórias ao Vasile?
Mas, poxa! pelo menos você tinha alguém!
Quem você esperava que fosse te tirar de lá? Se não fosse o seu velho?
Você não era tão velho naquela época...
-Não era? -Você não era tão velho assim. Só um pouco...
Um pouco mais jovem?
Ah, querido!
Eu tenho barba cinza desde que me casei.
Escuta...
Como você pode não ter barba cinza aos 83 anos?
Mas... você tinha 83 anos quando me casei contigo?!
E eu ainda corto a grama, cavo buracos, e carrego coisas na minhas costas...
Eu cuido das nossas duas vacas fazendo esforço com as minhas costas...
E eu tenho 83 anos!
Bem, é bom que você consegue!
Poder não posso... Eu devo!
Temos netos, bisnetos, outro chegando...
Eles não precisam de leite?
-Nós também não precisamos de leite? -Sim. Com certeza.
-Não está muito doce? -Muito bom.
Eu botei um pouco de chocolate. Por isto está bom.
-Ah... café, com chocolate... açúcar... -Bem, uma pequena doçura...
Sim, mas e se o seu velho ficar com diabetes?
-Bem, de agora em diante... -Não importa, né. Eu posso morrer, certo?
Não, não, mas você não fica com diabetes nessa idade...
Não pode morrer, não sabe o quão caro são os enterros?!
-Nem pense em morrer! -São caros, mas...
Me joga em um poço e pronto.
Acha que eu faria isso?
Aí todo mundo falaria que eu vivi em vão.
Deus te abençoe.
Você também.
Ele está aqui faz duas horas.
Está voltando.
-As ervas estão atrapalhando o trabalho dele. -Bem, deixa ele fazer duas vezes.
Ele já está fazendo, não está vendo? Até aquele lugar.
Pergunta para ele, por favor, quanto vai me custar. Você ouve ele melhor. Eu...
Chega para tras!
Ele é talentoso!
Claro que é. Ele trabalhou na Alemanha, não notou?
É um mundo diferente, você não sabia?
210... 5 vezes 5, 25... 250!
-Bem feito, não acha? -Sim, muito bom.
Dá para sentir o arado que fiz no outono passado.
Te vejo no próximo outono...
Volta para o seu lugar.
Aqui, come.
Agora chega para trás e deixa eu limpar os seus excrementos.
Vem...
Boa menina!
Parece que vou ter de fazer uns tapetes...
... para nós dois.
-Espero que desta vez, sejam para nós, e não... -Espero que sejam...
-Para quem?! -Para mim!
Ah, olha você! Eu fiz eles e você quer eles para si mesmo?
Sim. Por que se eu morrer antes, Você saberá o que dar de presente.
Mas se você morrer, Deus sabe como vou me virar com eles.
Você dá o que eu tenho no meu quarto.
Certo...
Nós temos 52 tapetes. Precisamos de mais.
-Quantos?
-52.
Só isso?
-Precisamos de mais. -Sim, precisamos de mais.
A Sra. Nazaria finalmente contou para ele.
Esta máquina de tear é um dote que o meu padrasto me deu.
Um tesouro. Um verdadeiro tesouro!
Graças às suas mãos, que trabalham nele.
Pronto.
E o cérebro...
A vida passa tão rápido! Você fica feliz pelo que você deixou para trás.
Certo.
Nós... Nós temos 8 netos...
-E bisnetos. -Dois bisnetos...
Um terceiro a caminho...
Me sinto como... Como aquela história que contaram:
"Com um olho eu choro, com o outro, eu rio"
Um chora por aqueles que se foram,
o outro está feliz pelos que estão por vir...
É como as coisas são.
É a vida.
É a vida.
Pronto.
Aww...
Ai meu deus! O que você está...?!
-Eu não sei o que eu faria com uma barriga dessa! -O que você faria?
É uma barriga cara!
-É, com certeza. -Claro que é!
Veja estas mãos bonitas.
Como que elas não estão limpas se você é um padeiro?
Estamos fazendo pão doce, certo?
Esse avental mal cabe em você. Você parece um queijão.
Tenho vários, mas eles não cabem em você.
Uma vez eu tive um bom avental, quando eu era apicultor.
Tinha?
Claro que tinha.
Eu não lembro disso.
Eu tinha.
Minhas abelhas gostavam dele.
Elas gostavam de cores: branco, azul, verde...
Quando eu era criança, Eu adorava visitar meus avós.
-As crianças não se sentem mais assim. -Claro que sentem...
Se você enviá-los.
Agora eles estão ocupados aprendendo novos estilos de vida.
Pelo menos na escola, você acha que lhes ensinam sobre os velhos tempos?
-Na escola? -Sim.
Na escola, eles ensinam...
Como transar...
Como se proteger... este tipo de coisa.
É a educação de hoje em dia.
Graças a Deus eles não ensinam as mesmas coisas às vacas, ou então eles não reproduziriam...
Estou feliz que meus filhos e netos me amam.
E como não estaríamos?
Eles só tem um avô... e um bisavô.
-Um avô. -E bisavô.
Eles sempre perguntam "Como vai o vovô?"
"Como vai a vovó?"
Olha, esqueci o meu relógio...
Não posso alimentar as vacas sem o meu relógio.
Eu era novo quando me casei,
Você era jovem e estávamos com pressa.
Na noite de nosso casamento, Estava chovendo, uma tempestade,
Estava escuro, eu não enxergava a menina sentada ao meu lado.
E era uma empregada feia, Eu era jovem quando me casei.
Eu era jovem quando me casei...
E eu peguei o dote dela, E escondi a garota rapidamente.
Eu era jovem quando me casei...
O dote foi devorado por ratos, A garota que ficou na minha vida, não conto mentiras.
Era jovem quando me casei...
O dote foi devorado por ratos, A garota que ficou na minha vida, não conto mentiras.
Eu era jovem quando me casei...
Quando digo: "Vamos a um casamento!" Ela vai dormir e começa a roncar.
Eu era jovem quando me casei...
Quando digo "Vamos dançar!" Ela se esconde atrás do que encontrar
Eu era jovem quando me casei...
Quando procuro o creme de leite, está mofado por inteiro.
Eu era jovem quando me casei...
Aqui.
Quando procuro a sopa, Tem minhocas se contorcendo e nadando.
Eu era jovem quando me casei...
Venha me salvar dela, mamãe, Ela me devorará rapidinho!
Less, less this time.
Venha me salvar dela, mamãe, Ela me devorará rapidinho!
"Ontem a noite ela não me comeu por que eu tinha um machado ao meu lado" -Certo.
"Ontem a noite ela não me comeu por que eu tinha um machado ao meu lado".
Eu era jovem quando me casei...
Se eu cantasse isto, ela ficaria com raiva.
Não, eu só esqueci uma parte.
Eu era jovem quando me casei...
Você não era tão jovem quando se casou!
Você teve sua época!
-Não tão jovem, né? -Não jovem demais.
Eu não era tão jovem, mas arranjei uma garota jovem! -Sim, você se casou com uma jovem.
-Eu arranjei uma garota jovem...
Com dinheiro e uma máquina de tear.
Eu arranjei uma "teadora".
Bota este aqui.
Eu arranjei uma garota com uma máquina de tear,
E ela fica trabalhando de noite até... o amanhecer?
2, 4... 2, 4, 6, 8...
Acho que eles vão se encaixar bem no fogão.
Vou sentar por um minutinho.
-Até o cão canta agora?! -Ouça!...
OK... Vamos ouvir.
Ele está gostando.
Ai meu deus, que cão estúpido!
Sr. Costica!
Deve ser o carteiro.
-Sr. Costica! -Sim, sim, entra!
-Bom dia! -Oi! Estávamos esperando você.
-É? -Por quase um mês!...
Sempre ocupado, né?
Sim, estamos nos preparando para a Páscoa.
-Senta um pouco. -Senta.
-6, 8... 9... -Não tinha visto ainda estas notas novas.
10, 11...
50, 60, 70, 80, 90...
Espera! Vamos ver o que temos aqui.
Espero que não seja algo ruim.
Se fosse ruim, teria um adesivo nela. Um cartão de Páscoa?
Um convite de Lucian e Roxana, nossos filhos queridos.
-Você devia guardar um pouco deste dinheiro agora. -Vou começar a fazer um carpete...
-O quê?! Um convite?! -Olha! Do Lucian!
Lucian e Roxana.
-Quem são eles? Seus netos? -Sim, meu neto... Meu querido neto!
-Deixa eu ver a data. -Acho que é em Julho.
Mais uma pensão, e pronto!
-No dia 5 de Julho, certo? -Sim, dia 5.
-Vamos ver se conseguimos ir. -Nós vamos... Nem que engatinhando.
Tenho que correr com este carpete.
Você mudou a máquina de tear de lugar... Fica aqui no verão e dentro no inverno?
É bom aqui. Eu vejo melhor nessa luz.
Aqui ela também pode ver as vacas, as galinhas, o jardim todo.
E as águias quando elas atacam as nossas galinhas.
-Tchau! Feliz Páscoa! -Você também. Se cuida!
Eu te dei o seu jornal?
Não sei.
Não, eu não dei. Toma aqui.
Obrigado.
Saúde!
Tchau!
Vê se Vasile está em casa...
-Ah, isto não é bom. -Ai, coitada! É muito grande.
Não vai ficar.
Você tem de fazer um buraco pequeno. Você destruiu ele.
-Me ajude a vestir isto, por favor. -Claro, claro, agora mesmo.
-Aquelas eram muito boas... -Quais?
Aquelas velas, num tipo de vidro...
Dentro...
Entendeu, vovó?
Não sei.
Leva esta para a cova.
Esta.
-Olha! Ta vendo? -Ah, bom trabalho!
Pega um ovo. Para dizer ”Cristo está erguido!”.
Eles já tem vários ovos lá... Não vou carregar um ovo comigo.
-Para o túmulo? -Sim. É do tipo que dura mais.
-Quando eu voltar, devo te acordar? -Veremos. Vou acordar sozinha.
-E então diremos "Cristo está erguido!", ta? -Sim, então.
-E o que se diz agora? -Agora você diz "Boa noite"
-Boa noite, e me perdoe. -Que Deus te perdoe, velho...
Um carro está vindo. Vamos sair do caminho.
Nós sobrevivemos a este ano.
-Talvez a gente viva até o do ano que vem... -Só o Deus lá de cima que sabe.
Vivemos com esperança, né? Ninguém tem contrato com Deus.
Quando a Morte vier, ela te encontra.
-Não tem como se esconder da morte. -Não, ela te encontra em qualquer canto.
Minha vaca está doente, coitadinha.
-Por que? -Ela não ta conseguindo pisar no chão.
-Talvez ela tenha algum problema na pata. -Não tem nada. Eu chequei…
Venha receber a luz divina!
Cristo ressuscitou...
Destruindo, morte a morte...
Ah, Mãe de Deus, rogai por nós...
-A gente errou. -"Rogai por nós" é dito duas vezes. Só então que vem isso...
É, é por isso.
Nos conduza, por favor, do "Rogai por nós"…
"Ilumine-nos, São João, e reze por nós"…
Bem, algo assim...
-Não vai dormir um pouco? -O quê?
Você não vai dormir?
-O quê? -Você não vai dormir?
Ah, sim. Até o sol nascer...
Que bom.
-Pelo menos uma hora ou duas. -Eu esqueci de ver a hora.
Deve ser umas quatro horas.
Quatro, é?
Isso...
Foi bom?
Foi, sim. Mas depois do serviço foi melhor. Poucos ficaram.
Você cantou?
Claro.
Foi muito bom.
-Devia ter muita gente. -Tinha sim.
As pessoas vieram da cidade, sabe?
Verão
-Ah, você é bonito demais! -Sério?
-Você me ama mesmo tanto assim? -Não tenha dúvidas.
Você lembra quanta chorou quando eu nos casamos.
Não lembro de nada assim não.
Você devia estar arrependida. Tenho certeza
Você podia ter se casado com um homem mais jovem, não um velho como eu.
-Você nem era tão velho assim naquela época! -Não, eu não era. Mas não fiquei?
-Mas eu também não me tornei uma vovó?! -Pego o meu chapéu?
Não sei...
Acho que não vou a lugar nenhum, por que não estou achando os meus sapatos.
Bem, não venha então… Eu os vi em algum canto por aqui.
Ai meu deus, eu botei eles no fogão!
-Onde eles estavam? -No fogão!
Eu devo realmente ter enlouquecido. Eu procurei tanto...
Agora veste o calcanhar.
-Pronto. Bota o outro. -Eu botei o outro.
-Você só tem um pé? -É, só um. Vamos!
Bota o pedaço de pau e tranca a porta, Poderíamos sair e não ter mais medo.
-Deus nos ajude! -Bota o pedaço de pau lá, para as pessoas saberem que não estamos em casa.
-"Sentimos muito, saímos para a igreja". -Você pede perdão para quem?
Que Deus perdoe a todos nós. Que você também seja perdoada.
-Oi! Feliz dia do nome, para vocês dois! -Obrigado.
Os Sociais-Democratas...
"Vote Ion Munteanu, presidente do Conselho do Condado"
"O melhor para a maioria!"... Deus nos ajude!
Este caminho parece melhor...
-Eles trouxeram as pedras lá do rio. -Oi, Feliz Dia do Nome!
Obrigado, Deus te abençoe.
-Nós tínhamos um pântano de verdade aqui. -Felizmente, eles trouxeram estas pedras.
Sim, eles fizeram um ótimo trabalho.
Você virá nos visitar, né?
-Não sei… -E por quê você não sabe?
Um presente sem uma visita?!…
-É uma cerveja? -Em casa, você vai saber.
Que Deus lhe dê saúde para que você possa ser feliz com os vivos.
Que Deus lhe dê forças… Esqueci o que eu queria dizer. Eu sempre esqueço.
Todo Constantin e toda Elena arranja um avental!
É bom em casa. Você pode botar no em volta do pescoço…
Ah, sim!
Vida longa ao prefeito e aos liberais democratas!
O que temos aqui? Veja!
Ah, esta é do tipo que estoura.
-Espera, tem mais uma coisa aqui. -Não tem mais nada.
Tem sim!
Ai, meu deus!
É um tipo de cerveja...
Pepsi.
É um refrigerante...
Vamos nos trocar e trabalhar. As vacas estão esperando.
Ioana.
Oi?
Não tenho a menor idéia do que fiz aqui!
…Amanhã estarei com você de novo, não sei como,
Eu não sabia o que fazer então, mas agora saberei...
Acabou.
-É um poema antigo, de quando éramos jovens. -Este não é tão velho assim.
Dá para lamber por fora.
Abre! Dá para fazer, se você tiver mãos boas.
-Não consigo. É algo que não consigo fazer. -Pode sim, olha...
Eu sabia. E você disse que não conseguia...
Ah, olha o que você fez.
Espreme!
Um brinde! Vida longa!
Acho que o Liviu está chegando.
Tenho trabalho a fazer.
O gato dorme aqui de novo, por que está arrumadinho.
-Ai, meu deus! Vou ficar tão bêbado! -Certo.
Ah, meu amigo, ando te procurando, para não te dizer nada que não a verdade:
Eu gostaria de largar as vacas E me juntar a seu clube do Robin Hood...
Esquece, fique com as vacas!
Pode se juntar a meu bando, Se jurar não nos trair!...
"Carbono refrescante...bebida carbonizada"
Contêm cafeína. Ta vendo?
O que está fazendo? O que tem para ler?
-Não posso falar. -Quem me proibiu de falar?
Você.
É impressão sua. As vezes você imagina essas coisas...
"Distribuído na República de Moldova" Dá para acreditar?
-Eu li do que esta coisa é feita... -O quê?
Do que esta coisa é feita.
Você disse que alimentaria os animais.
Ainda tenho bastante tempo.
"Vale do Urso"
Nós estivemos lá uma vez, né?
Estivemos.
-O que fizemos lá? -Um casamento.
-Casamento de quem? -Do... Ion Pavel.
Isso mesmo!
Sim, eu me lembro.
A gente se deu o trabalho de ir até lá, e no final das contas... eles se divorciaram.
Venham, filhotes, venham para a mamãe.
Venham para a mamãe. Cadê vocês?
Traga seus bebês, vem cá!
Chame tuas crianças. Muito bom!
Tem outros!
Continue os chamando! Não ta vendo que não são todos?
Continua chamando! Pronto. Bom trabalho!
Pato, sai daqui! Seu pato sujo! Animal estúpido!
Aí vem outro!
Sai daí, seu pato!
Oh, a galinha vai te comer!
Mereceu!
Isso aí.
Fica comendo aí, tranquila.
"Quando os seus olhos carregam lindas visões do lago, você fica sem respiração"
Ah, querida! Você não respira mais.
Se você for ao lago, você para de respirar.
Dá para imaginar o quão fresco o ar é!
Isso é verdade, mas o ar não é fresco aqui também?
Quando se tem a floresta crescendo no seu jardim dos fundos,
que ar mais fresco você pode querer?
A pura evidência:
Com 83 anos de idade, fazer a grama, carregar coisas nas costas, criar tantos animais!
Isto não acontece por causa do ar?
E a comida, e... Dá para se viver só de ar?
Ambição, também.
Ai meu deus, você está doente, Você não tem mais ambição.
Todo ser precisa de ambição, paixão e amor.
Quase 80.000 pessoas do condado de Neamt estão sob o risco de ficarem diabéticos.
Isto por causa da vida boa.
Há um tempo atrás, quando estávamos comendo polenta com oxicoco,
Não havia chances de termos diabetes.
-Você já comeu algo assim? -Sim, quando eles roubaram nossos suprimentos.
Estávamos isolados sem comida, na floresta, durante a fome.
Não tínhamos comidas, então, para trabalhar, tínhamos de comer polentas com oxicoco.
-Mas eles não roubavam sua polenta também? -Só roubaram a metade, o resto eles deixaram.
Eram ladrões bonzinhos.
Diziam a si mesmo:
"Temos de deixar um pouco para eles trabalharem, para que tenhamos o que roubar semana que vem."
E eles voltaram na semana seguinte?
Bem, eu não sei, eu tive sorte: eles me alistaram no exército.
E no exército, tínhamos comida, mesmo durante a fome.
Sagrados Emperadores Constantine e Helen.
Hoje os ortodoxos celebram os emperadores sagrados...
-Ah, eles celebraram muito tempo atrás. -Hoje não, naquela época.
O feriado cristão é representado pelos imperadores sagrados Constantine e Helen
St. Constantine foi o trigésimo segundo imperador do império Romano,
Depois Augustos... Augustos...
-Augusto... -Sim, Augusto.
A sua vida inteira foi uma guerra...
para liberar a igreja Cristã da opressão pagã.
Ele e sua mãe. Mas ela era pagã.
Elena, somente por ti, Eu bebo dia e noite.
Me ajuda a afogar as mágoas, Acalmar a chama de meu coração.
A manhã chega, Elena, E eu sonho com você.
As meninas estão apontando para mim, A vila inteira ri de mim.
Elena... minha querida Elena, Se eu pudesse ter-la mais uma vez,
Eu te mostraria o que o meu amor significa...
Elena... minha querida Elena, Se eu pudesse têr-la mais uma vez,
Eu te mostraria o que o meu amor significa...
Que diabo, eu posso mostrar na minha idade... o que o amor significa...
Mas amar... Amar é amar alguém,
respeitá-la,
se dar bem...
Isso que é amar.
Elena... minha querida Elena, Se pudesse têr-la mais uma vez...
Ah, querida!
Outono
Que ele descanse em paz para sempre...
-Oremos por seu espírito. -Que ele descanse em paz.
A Sra. Elena não veio? Sua mulher?
Não, a distância é muito grande para ela andar.
Ela não consegue.
Se não fosse pela nossa vizinha Gica, Ela teria morrido em dez minutos.
Sério? Quando?
Neste outono.
Que ele seja perdoado, por Deus e por todos nós.
É uma grande dor... um momento difícil...
perder um familiar...
Mas... O mais difícil é perder um filho, como nós perdemos...
Que Deus nos proteja!...
Foi nessa lentidão que o cortejo aconteceu...
-Por que? -Era o ritmo do carro fúnebre.
O carro era deles, eles organizaram tudo.
E a gente andou assim, E chegamos à igreja por volta das 12... 30.
Foi uma longa andada. E aí o serviço começou.
Sente-se e me conte.
Com todos aqueles padres.
Cinco padres!
Eles cantaram tão bem...
Ai, que legal.
E aí seguiram a missa detalhadamente.
Deve ser a Ana.
Então...
Oi? Sim...
Quanto tempo faz que eu te usei?
A bisneta precisa de você agora.
Como era bom balançar a sua avó nisso...
Aqui!
-Larga aí! -Você bisavô!
Toma cuidado. Segura!
...E ele tira dois copos de vinho...
Um para Sadoveanu... um para ele...
E eles dizem "saúde"... Ele estava com sede, por que havia vindo de longe...
Ei, não bota em cima do gato!
-Ele pegou o copo com a boca... -Deixa ela, deixa ela...
E bebeu...
Não, deixa, eu vou limpar um pouco. Está empoeirado.
E eles beberam, minha querida, eles beberam...
Quando ele viu aquilo, ele disse: "Ele é um beberrão como eu"...
Ai meu Deus!
Era assim que eu balançava os meus netos...
Meus bisnetos...
E agora esta tataraneta.
Bem...
Está bem assim...
Está bom assim.
Está bom assim mesmo.
Esta é a caixa de Pandora! Não se pode abrir, não se pode fechar.
Como assim? Não faz força, você vai estragar!
Não, não... Mas o que está aqui?
-O que estava aí? -Sei lá.
Garrafas...
É bom para os ovos.
-Você pode botar ovos em cada compartimento... -Sim.
E envie para Andrei em Bucareste.
-E você acha que os ovos não vão quebrar? -Não vão...
Enrole-os.
Não vou nem abrir. Vou deixar assim.
-Deixa, deixa... -Onde arranjamos isto?
-Deve ser da Nina. -Não, não...
Não, acho que é do Florin.
Com sorvete ou algo assim... Deixa eu limpar.
Bota naquela cama lá fora.
O cão está latindo Acho que nossos filhos estão chegando!
O bebê!!! O bebê da vovó chegou!!!
Boa noite!
Bem vindo...
-Ela está dormindo? Você está dormindo, bebê? -Sim, ela está dormindo.
Deixa eu segurá-la!
Olha, o gatinho...
-Olha quem veio nos visitar! -Oi vovô!
Bem vindo!
-Mas cadê a Ioana?
Ela teve aulas de piano... Preparando um recital.
Oi!
Feche a porta.
-Começou a crescer... -Sim, estou deixando a barba crescer.
-Ah, minha bebezinha! -Oi, tataravó.
Coloque a pedra tradicional na boca dela... Ela está pela primeira vez na casa da vovó!
Oh... Bate na madeira!
Olha, olha, tataravó! Olha esse milagre!
Ela está olhando para mim, anjinha!
Quando vai começar a me chamar de "vovó"?
Quando?
A irmã dela vai te ensinar.
Aww...
Nós entediamos ela com estas coisas...
Olha, docinho, a cama de madeira na qual sua mãe dormia.
Sim, sim.
É o que a vovó me deixou. Vamos botar aqui, para dar sorte!
Aqui...
Não chora... não chora... não chora...
Canção de ninar...
Vai dormir...
Docinho da vovó.
Eu lhe dei uma coisa para dar sorte.
Que Deus te abençoe!
Eu teria dado mais, mas o carteiro não trouxe a nossa pensão este mês.
Não precisa de dinheiro. Precisamos de você saudável para criar o dote para nossa menina.
Sim.
-Queremos um dote... um carpete. -Que Deus me ajude a viver.
Na verdade, eu tenho um tapete para ela.
A mamãe está te fazendo se casar?
Qual você acha mais bonito?
Olha!
Olha como eles são bons!
Quando você os fez? Agora?
-Eu fiz mais alguns... Se eu tivesse de dar eles... -Eu gosto deste azul escuro.
Sim.
Posso deixar ela escolher? Qual você prefere, princesa?
-Eu gosto mais deste azul. -O que você quiser!
-Deixa ela brincar. -Vamos ficar de pé e brincar, bebê!
Quando ela crescer um pouco.
Sabia que a Ioana ajoelhava num destes e rezava?
-Muito obrigada! -O prazer é meu!...
-E que Deus lhe ajude a ter saúde e fazer mais dotes. -Que Deus nos ajude.
-Ela está dormindo? -Comendo e dormindo. O que mais ela pode fazer?
Ela é tão bonita...
-Como estão as suas mãos? -Melhores agora.
É mesmo? Elas não parecem melhores.
Se eu ficar de bobeira, sinto dor. Mas normalmente tenho muito o que fazer,
Eu fico mexendo as mãos e não sinto dor.
-Você não sente falta do doutor? -Não sinto falta de ninguém.
-Mas devo dizer que ele me ajudou. -Ajudou...
Ele me deu aquelas pílulas que eu ainda tomo.
Certa noite, eu disse: "Bem, vou toma-las amanhã"
E no dia seguinte, minhas mãos e pés estavam doendo.
Estou viciada agora.
-Sim. -Tenho que toma-las o tempo todo.
Ah... Vou mudar de assunto.
Sabe, em cima da cama, naquela parede, Eu tenho o carpete que você me deu no casamento.
E eu estava tentando me lembrar o nome das flores nele.
Queria contar para minhas meninas sobre cada flor, mas eu não conseguia me lembrar.
Eu não sabia quais eram papoilas, os lírios... como você me ensinou.
-Não consigo me lembrar. -Bem, posso te contar agora.
Por um bom tempo, eu guardei Cor por cor,
e com elas costurei a mais orgulhosa flor.
Da linha dourada, Com as mão hábeis,
Eu fiz brilhantes espigas de milho, Da nossa amada terra mãe.
Com rosa e vermelho ardente, Com uma mão muito cuidadosa,
Eu fiz a mais bela papoila de todas, Vestida para uma festa chique.
O azul é a linha mais orgulhosa que uso para costurar a gloriosa manhã.
Flor perto de flor, meus caros, As violetas e Não-Me-Esqueças.
Para o Lírio do Vale, Eu uso uma linha de branco puro,
E também para o galante floco de neve, Que da neve mostra a sua cabeça.
E muitos, muitos pássaros cantando, Eu costuro das minhas cores mágicas,
Se você olhar com cuidado, diria que eles chilreiam.
Trabalhei por muito tempo, adoro tecer carpetes,
Da Oltenia ou Moldavia, Eu boto o meu coração e espírito neles,
Por que são da Romênia.
Mas as flores mais preciosas de todas,
São os meus lindos netinhos.
Seguro a mais jovem em meus braços E canto uma canção quase esquecida.
E a seguro até ela acordar, Enquanto os outros ouvem atentamente.
A menina brinca com o meu cabelo, Com sua mão suave, pequenina,
E murmura em meus ouvidos: “Por que o seu cabelo é tão branco, querida vovó?”
Eu respondo com o coração pesado: "Tiveram muitos invernos em minha vida"
"Minhas alegrias agora são raras E tem flocos de neve em minha cabeça"
A garota abaixa a cabeça, Eu pergunto a ela "Está triste?"
Ela não diz nada, minha querida, E eu silenciosamente seco uma lágrima.
Está vendo? São estas as flores.
As flores da vovó.
A mais bela de todas.
A mais preciosa.
Você realmente entristeceu, querida?
Um engenheiro, tão frágil quanto eu, mas sem os meus três estômagos, disse:
"Senhor, você é o Sr. Vinca?"
"Sou"
"De agora em diante, você trabalha para mim" Ele me deixou sem palavras.
Vamos cortar este bolo.
-Nós podemos ir para o outro quarto, para... -Não, vamos todos ficar aqui.
Bote o cado no chão.
... E como disse, ele me deixou sem palavras.
Vou terminar. E ele me levou até uma cabina...
Em uma construção, sabe?
-Eles estavam construindo a fábrica da Savinesti? -Sim.
-Eles estavam começando a construir? -Sim.
-O quão longe você está nesta história? -Temos um longo caminho a percorrer...
-Quando ele era um garoto. -Tinham acabado de começar a construir a Savinesti...
E eu fiquei lá, estudei lá,
E então fui contratado como eletricista, Entrei em uma escola de eletricistas.
-Você estudou onde? -Em Savinesti, depois em Piatra... por um ano.
E mais um ano em especialização...
Devia ver meu livro de notas: só A!
Então trabalhou na Savinesti até se aposentar?
-O quê? -Se aposentou lá?
Não, fui contratado para construir um hospital em Piatra,e fui trabalhar lá.
Ele se aposentou lá...
-Agora você nos conte uma história. -Isso, nos conte.
Pega a berço.
Mas sem esta coberta.
Como quiser.
-Tem como carregar, querida? -Claro.
-É melhor você voltar para pegar depois... -Não, eu levo agora.
Que marido forte que eu tenho!
A porta, por favor.
Vamos dar um beijo na vovó, né?
-Rápido, ela vai começar a suar. -Sim, vamos logo.
Tchau-tchau.
Deus os abençoe, e os dê saúde.
Beijos. Tchau-tchau, bisavó.
Deixe eu beijá-la.
Fique saudável para fazer o dote.
Deus me ajude.
E cante para suas filhas.
Passe bem.
Que Deus nos ajude a prosseguir.
Ah, que vento!
Um vento gelado e frio...
-O Inverno está chegando. -É...