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Todos nós sabemos...
quando acontece.
O momento quando a luz parece acender em sua cabeça.
O momento quando você vivencia um flash de inspiração.
Os cientistas estão começando a entender
como esses momentos surgem.
Eles montaram uma série de enigmas...
e quebra-cabeças...
para tentar revelar como esses momentos de criatividade acontecem.
E, agora, eles são capazes de ver dentro de seu cérebro
e testemunhar a faísca criativa, enquanto ela acontece.
Isso é incrivelmente excitante.
Agora temos as ferramentas e estamos começando realmente a descobrir
o que é a criatividade, o que ocorre no cérebro
quando as pessoas têm momentos de criatividade.
E o que eles estão descobrindo tem o poder para tornar você...
e cada um de nós...
mais criativo.
O CÉREBRO CRIATIVO
O CÉREBRO CRIATIVO: COMO O INSIGHT FUNCIONA
Ao nascer do sol, em uma manhã californiana,
uma equipe está preparando um experimento.
Ele foi projetado por Jonathan Schooler...
Isso é incrível!
para testar o quão criativo você é.
E eu posso me ver.
Se você olha para o avanço da humanidade,
ele depende, fundamentalmente, da inovação criativa.
...qualquer um que tenha uma noção de como ele pode ser feito.
Sim. Mova 3 das de 25 centavos e...
Ele está fascinado por uma parte de nossa criatividade.
O momento quando saltos de imaginação, grandes e pequenos,
parecem vir...
como se não viessem de lugar algum.
Esse jovem conseguiu!
Muito bom.
Se você olha para todos os diferentes grandes avanços,
há, fundamentalmente, algum insight criativo.
Veja quanto tempo levou para as pessoas inventarem a roda, certo?
Não é óbvio. Alguém precisou, obviamente, surgir com isso.
Para um jogo mental, são necessários alguns ajustes.
Uma pirâmide de metal é içada
para se equilibrar perfeitamente sobre isso.
Uma nota de cem dólares.
A pergunta é, como você pode remover essa nota de 100 dólares,
sem fazer com que a pirâmide caia?
É mais difícil do que você imagina.
Você não pode simplesmente puxá-la.
Você não pode agarrá-la por baixo.
Como conseguir retirar essa nota de 100 dólares.
Você não tem nada para cortá-la?
Não, infelizmente não.
Você não pode cortá-la na metade.
Talvez você já saiba.
Você precisa pensar na parte externa.
Pense, agora, na parte externa da pirâmide.
Mas se, como a maioria de nós, você precisar de uma pista...
a equipe de Jonathan logo irá trazer algo que pode ajudar...
Na década passada, houve um boom de crescimento
na tentativa de entender como a inspiração funciona.
Os momentos quando...
Você tem 3 triângulos quase completos.
...sem ter que pensar metodica ou logicamente,
nos deparamos com aquele flash de revelação.
Parabéns! Olhe isso. São 3 e 4. Muito bem!
{\a7}Insight: intuição, inspiração, momento de revelação.
muito importante da criatividade.
Normalmente, um insight implica
em superar alguma determinada suposição.
E, assim, o insight implica em perceber, de repente,
"Oh! Há uma outra forma de fazer isso."
- Legal. - Obrigado por fazê-lo.
E esse é um elemento crítico do processo criativo, nessa perspectiva.
Essa é uma cabra. OK? Ela tem pernas...
Jonathan e sua equipe usam um conjunto aparentemente simples
de enigmas para tentar medir essa habilidade.
Mover apenas uma dessas varas cria um formato diferente de cabra.
Mas qual será?
Ah! Talvez essa.
Você está bem perto.
Você já sabe?
Ah! A-ha!
Ta-dam! Aí está!
É essa.
Fazemos um monte de investigação pesada em psicologia, admito.
Mas essa é uma área na psicologia
onde as pessoas realmente curtem fazê-lo.
Elas vivenciam uma emoção ao resolver esses problemas,
tentando solucioná-los.
E quando elas vivenciam o "ah-ha!", elas adoram.
- Muito obrigado. - Eu realmente adorei.
O fato sobre esses momentos de insight é que eles são furtivos,
esquivos e muito difíceis de se estudar.
Move 3 das moedas de 25 centavos, apenas 3,
para criar o mesmo triângulo, mas com uma orientação diferente.
Veja esse aqui.
Você precisa mover 3 moedas para virar a pirâmide de cabeça para baixo.
Mas se você for capaz de fazê-lo,
Jonathan acha que algo bem distinto
está acontecendo em seu cérebro.
Ah! Isso mesmo!
Todos esses pequenos quebra-cabeças
são apenas uma forma de tentar entender
por que e como o insight funciona em nossos cérebros.
De volta à pirâmide, a equipe está dando algumas palavras-pista,
as quais podem ajudá-lo a descobrir como remover a nota.
Eles estão usando esse experimento
para tentar descobrir se um hemisfério
está mais fortemente envolvido em gerar o insight.
O lado esquerdo do cérebro,
tradicionalmente associado ao pensamento lógico e à linguagem,
ou o lado direito,
frequentemente associado ao senso espacial e à intuição.
Nós tiramos vantagem do fato que,
se você capta a informação com o campo visual direito,
ela vai inicialmente para o hemisfério esquerdo,
e se você capta a informação com o campo visual esquerdo,
ela vai inicialmente para o hemisfério direito.
As palavras-pista no lado direito da tela
são basicamente interpretadas pelo lado esquerdo de seu cérebro.
As palavras na esquerda, pelo hemisfério direito do cérebro.
Você vê algo que ajude?
Talvez não.
Bem, e que tal agora?
- Você pode queimá-lo? - Sim. Essa é a resposta certa.
Logo, a resposta é incendiar a nota,
e ela vai ser queimada e irá desaparecer.
O insight é que você não precisa retirá-la inteira.
Mas o que é tão revelador é que realmente importa
em qual lado aparece a pista - queimar.
O que nós descobrimos é que, incrivelmente,
o hemisfério direito foi, na verdade, mais sensível
às pistas do que o hemisfério esquerdo.
Então, quando apresentamos a informação ao campo visual esquerdo,
as pessoas tiveram mais chances de resolver o problema.
Jonathan descobriu que o lado direito do cérebro
tem mais chances do que o esquerdo de fazer essa conexão,
a qual leva a um flash repentino de insight.
Os quebra-cabeças se tornaram uma forma bastante importante
de começar a entender como o insight acontece.
Mas, para os cientistas, é apenas o início
de uma tentativa muito mais ambiciosa
de entender todos os processos mentais diferentes
os quais, juntos, ajudam a nos tornarmos criativos.
Como eles funcionam em nossos cérebros.
Porque, se pudermos entendê-los,
todos nos tornaremos um pouco mais criativos.
A habilidade para pensar em novas e úteis formas
foi um dos grandes atrativos da espécie humana.
Eu acho que a criatividade foi essencial para o sucesso dos humanos.
Cada noção de esforço foi, de certo modo,
uma forma de criatividade.
Muitas pessoas associam criatividade com artistas, música e dança, mas...
se você tem um iphone, ou se você olha para a internet, coisas assim,
a ciência criou isso.
Ela nos ajudou a voar até a lua...
...a curar doenças,
...a desenvolver microprocessadores...
Eu acho que você pode vê-la por toda parte.
Até recentemente, as pesquisas sobre a criatividade
se focaram no que poderia ser visto do lado de fora,
observando o comportamento humano e a psicologia.
Agora, as ferramentas da neurociência nos permitem
olhar dentro do cérebro...
para tentar captar a inspiração, quando ela surge.
Mark Beeman é um dos pioneiros dessa nova ciência.
Ele está partindo para tentar descobrir
o correlato neural da criatividade.
É a parte de seu cérebro
a qual corresponde a esses momentos criativos de insight.
A dificuldade de entender o insight, no laboratório,
é que não podemos simplesmente pegar
o próximo Arquimedes ou o próximo Einstein
e pô-los em um scanner cerebral
{\a7}A-ha: momento de descoberta.
Mesmo que ele concordasse,
precisaríamos de mais do que um momento "a-ha",
{\a7}Eureka: Arquimedes, ao ter a idéia sobre o empuxo.
porque um bocado de coisas acontece no cérebro o tempo todo.
Assim, ele montou um meio sistemático de induzir um bocado de insights.
Dê uma olhada nessas 3 palavras.
Que palavra combina (em inglês) com abacaxi, caranguejo e molho?
Você consegue descobrir o que as conecta?
Como você está tentando resolver esse problema?
Você está testando uma palavra após a outra?
{\a11}Bolo...
{\a11}Concha...
{\a11}Cone...
Essa é a forma ***ítica.
{\a11}Árvore...
Mas você também pode sacá-la de repente,
em um momento de insight.
Abacaxi, caranguejo, molho.
Você já sabe?
{\a7}Maçã: 'APPLE'. Abacaxi: 'pineAPPLE'. Caranguejo: 'crab'. Maçã selvagem: Em inglês é conhecida como 'crabAPPLE'. Molho: 'sauce' Há um purê feito de maçã.
Porém, mais importante ainda,
você chegou nela por meio de pensamento métódico, lógico?
Ou ela veio do nada?
Olá, Laura. Obrigada por vir hoje. Eu me chamo Dasha.
{\a7}EEG: eletroencefalograma.
Em seu laboratório, nos arredores de Chicago,
a equipe de Mark está se preparando
para tentar captar esses momentos de insight.
Durante 2 milênios, desde que Arquimedes gritou "Eureka,"
as pessoas têm acreditado que há um tipo de processamento diferente,
o qual lhes permite que, às vezes, tenham essas idéias inovadoras.
Mas ele ser sentido diferentemente não significa necessariamente que
há uma atividade cerebral diferente, há argumentos a respeito disso.
A estudante de PhD de Mark, Dasha, põe um eletroencefalograma,
or uma touca EEG, na voluntária.
- E aí, como está? - Bem.
Isso irá medir sua atividade cerebral,
enquanto ela resolve os problemas.
Explosivos, vôo, lutador (em inglês).
{\a7}Fogo: 'FIRE'. Explosivos: 'FIREcracker' Vôo: 'fly' Mariposa: 'FIREfly' Lutador: 'fighter' Bombeiro: 'FIREfighter'.
- Fogo. - Correto. - Insight.
Estamos examinando as ondas cerebrais de Laura,
enquanto ela tenta resolver problemas e, então, ela nos diz
se resolveu o problema por insight ou analiticamente.
- Sol. - Sim, está correto.
Insight.
Então, estamos contando com que ela seja capaz de nos dizer
como ela está resolvendo o problema.
Análise.
Ele registra os dados de cada um desses momentos furtivos de insight,
usando 2 ferramentas científicas bem diferentes.
{\a7}FMRI: Ressonância Magnética Funcional.
e o EEG é muito bom em nos dizer quando isso acontece.
- Lata. - Correto.
Análise.
Ele agora analisou centenas de ondas cerebrais.
E o que elas mostram é que nós realmente pensamos diferente,
quando temos um momento criativo.
- Escritor. - Correto.
Insight.
Há diferenças, quando as pessoas nos dizem
que o resolveram por insight, em comparação a quando nos dizem
que o resolveram analiticamente - são, de fato, coisas diferentes,
comportamentos diferentes, tendo diferentes idéias em sua mente,
diferentes partes de seu cérebro funcionando,
tanto no momento em que o resolvem, como nos que o precederam.
De certo modo, ele encontrou a faísca criativa.
Não apenas como ele acontece, mas onde ele acontece.
A parte de seu cérebro onde esses momentos de insight ocorrem.
Isso acontece aqui - no giro temporal superior anterior.
Nós temos um de cada lado.
Durante um momento de insight, o esquerdo normalmente não reage.
Mas o do lado direito sim.
Insight.
Um aumento notável em ondas cerebrais de alta energia,
chamadas ondas GAMA, surgem nesse local aqui.
As duas metades do cérebro podem se parecer a uma imagem de espelho.
No entanto, esse aspecto da criatividade - o insight -
parece acontecer no hesmifério direito.
Isso porque há uma diferença estrutura sutil, mas bem real.
Então, verifica-se que, na verdade, os neurônios diferem nos hemisférios
esquerdo e direito, muito sutilmente, na forma com que estão conectados.
Os dendritos, as partes do neurônio que coletam a informação,
na verdade, ramificam-se de forma diferente,
ao menos alguns neurônios, nos lados esquerdo e direito,
tendo, comumente, ramificações mais amplas no hemisfério direito,
de modo que cada neurônio
está coletando a informação a partir de uma fonte maior de entrada,
e isso permite que eles encontrem conexões
que podem não estar evidentes do outro lado.
As células cerebrais do lado esquerdo têm dentritos curtos,
úteis para puxar as informações nas redondezas.
Mas as células no lado direito ramificam-se bem mais além
e puxam, junto, idéias distantes, não relacionadas.
Então, é aqui que conexões inovadoras entre os conceitos podem ser feitas,
em um flash de insight.
Esses momentos de insight não só parecem ser subjetivamente diferentes.
Eles também são objetivamente diferentes em seu cérebro.
O momento do insight parece ser instantâneo.
John Kounios descobriu que é tudo, menos isso.
Ele está interessado em entender
a sequência de ondas cerebrais que precedem um insight.
Ele está olhando para o que ocorre antes do pico das ondas gama,
o qual marca o instante quando um insight surge em sua consciência.
Assim, no momento "a-ha", há uma explosão no lóbulo temporal direito,
praticamente acima da orelha direita.
Se você olha em torno de meio segundo antes disso,
ou em torno de um segundo antes disso,
há uma explosão de ondas alfa na parte traseira da cabeça,
no lado direito.
Agora, curiosamente, a parte de trás do cérebro
é responsável pelo processamento visual.
E sabe-se que as ondas alfa refletem nas áreas desligadas do cérebro.
O efeito dessa precedente explosão de ondas alfa parece ser o de
desligar partes do seu córtex visual.
Você tem todo um fluxo dessa informação visual chegando.
Seu cérebro momentaneamente desliga parte dessa informação visual.
É meio como que fechar seus olhos,
mas em nossos experimentos, não se trata de fechar os olhos,
então, o cérebro faz seu próprio blecaute, e isso permite essa...
que essa fraca idéia venha à tona como um insight.
Um insight começa com uma idéia perambulando
através de sua mente inconsciente.
E o efeito dessas ondas alfa é eliminar as distrações...
...ajudando você a trazer essa nova idéia...
...à sua consciência.
Pense nisso dessa forma:
Quando você pede a alguém uma tarefa difícil,
você muitas vezes percebe que eles olharão para longe ou poderão,
até mesmo, fechar seus olhos, ou olhar para baixo.
Eles olharão para qualquer lugar,
menos para um rosto, o qual é bem distrativo.
Se você concentra a sua atenção interiormente,
você tem, então, mais chances de resolver o problema com um insight.
Então, se você quer ter mais insights,
talvez cortando as distrações do mundo externo -
apenas por um período curto - ajude a aumentar sua criatividade.
2.000 anos após Arquimedes ter gritado "Eureka" no banheiro,
agora sabemos que os insights, de fato, não vêm do acaso.
Eles se desdobram através de uma cadeia de eventos em seu cérebro.
Ele começa com um problema, um que a lógica não consegue resolver.
No entanto, em sua mente inconsciente, um insight se forma.
De repente, uma explosão de ondas alfa.
Seu cérebro "pisca".
Segundos após, uma explosão de ondas gama.
E isso é o que você vivencia como um momento de insight.
Mas o insight é, em si, apenas um dos processos mentais
que constroem a criatividade.
Os cientistas também estão virando sua atenção
para um aspecto diferente do pensamento criativo.
Um estudo que tem suas raízes no tumulto da Segunda Guerra Mundial.
No auge do conflito,
dezenas de milhares de aviões americanos estavam nos céus.
Com o fogo inimigo, avarias e numerosos acidentes,
sobreviver, como piloto, exigia um tipo especial de habilidade.
Um que captou a atenção de JP Guildford,
um psicólogo que trabalhava para a Força Aérea.
Ele notou que, em uma emergência, alguns tripulantes tinham a
capacidade de "pensar fora da caixa" - de surgir com
insights inovadores e criativos, os quais salvaram suas vidas.
Guilford esteve entre os primeiros a acreditar que
a inteligência, sozinha, havia sido sobre-estimada.
E que o que ele estava estudando nos aviadores fora subestimado.
Ele chamou esse talento de "pensamento divergente".
Uma forma de criatividade.
E ele criou uma forma de testá-lo, uma que ainda é usada, hoje em dia.
Venice Beach, Califórnia.
É um ponto de encontro de curiosos, criativos e excêntricos.
Hoje, Rex Jung está aqui para testar o quão criativo eles são.
E aqui está.
Essa e a ferramenta de criatividade que usaremos hoje.
É um tijolo, um tijolo comum.
É conhecido como o *** do pensamento divergente.
Senhor, você quer participar do *** de criatividade?
De variar idéias conhecidas a surgir com algo inovador.
Então, pegue um objeto comum, como um tijolo,
e peça às pessoas para pensarem em diversas formas criativas
nas quais eles pensem para usar essa coisa.
Senhor, um *** de criatividade?
Você parece estar pronto para ele. Vamos lá.
- Meu nome é Coleman. - David.
- Caveman. - Caveman? - É.
Venham por aqui.
É simples, mas poderoso.
Um dos *** de criatividade mais comumente usados.
...minha mala de truques.
Eu vou lhe dar um minuto para você pensar em quantos
novos e úteis usos criativos você consegue pensar para esse tijolo,
no próximo minuto. Vai.
Martelo, construir batentes. Um peso de papel.
Uma parede de tijolos. Proteção.
Arte! Er...
É dada uma pontuação para cada idéia.
De 1, para coisas banais ou óbvias...
Um bloco de construção. Uma ponte.
Criar um castelo.
...a 5, para os mais criativos.
Excelente. Fazer um sapato muito pesado.
Fazer um buraco enorme.
Com quanto mais idéias criativas você conseguir surgir,
mais um pensador divergente você é.
- Muito obrigado. Ótimo. - Obrigado pelo seu tempo.
Medir a criatividade para pesquisas científicas
agora envolve uma série de *** diferentes,
e Rex concebeu seu próprio método de medição de criatividade.
Ele foi capaz de ver como ela se compara ao QI -
a medida tradicional de inteligência.
Uma das coisas pelas quais me interessei em estudar a criatividade
foi que a inteligência e a criatividade
não aparentam ser isomórficas, a mesma coisa,
parece haver uma sobreposição entre elas,
mas que elas são, de algum modo, construções diferentes entre si.
Há algo bem diferente entre entrar no cérebro das pessoas
que são criativas e nas pessoas que agem com inteligência.
A criatividade e a inteligência parecem
ser processos diferentes, olhando por fora.
Rex é um dos primeiros cientistas a olhar por dentro
e examinar a estrutura do cérebro,
para ver o que torna as pessoas altamente criativas.
Há algum tempo, os cientistas têm compreendido
os mecanismos neurais básicos da inteligência.
Trata-se do rápido e eficiente feixe de neurônios na matéria cinzenta.
O mistério é, o que acontece quando você surge com idéias criativas?
E é aqui onde Rex começou a encontrar diferenças.
Essa bela imagem é da matéria branca de seu cérebro.
Então, essa é a imagem mais sofisticada que temos,
essa é uma imagem dos feixes de fibra da matéria branca.
Parece uma grande bola de espaguete,
mas ela, na verdade, faz um pouco de sentido.
Cada um de nós tem 150.000 km dessas conexões.
É um intrincado sistema de fios que conecta as regiões de seu cérebro.
Então, esses são os percursos reais indo
para diferentes regiões do cérebro,
conectando diferentes redes neurais.
Seus estudos mostraram que havia, de fato,
uma diferença na estrutura cerebral de pessoas altamente criativas.
Trata-se da matéria branca.
O que nós aprendemos foi algo surpreendente, no sentido de que
é diferente da inteligência, onde mais é invariavelmente melhor.
Mais tecidos, maior conectividade na matéria branca, mais bioquímica.
Na criatividade, o quadro era o oposto do que havíamos previsto,
onde menos é melhor, em termos de maior capacidade criativa.
Mas por que menos matéria branca implica em maior criatividade?
Parece que é porque algumas áreas do cerebro estão menos agrupadas,
menos organizadas, tal que aquele tráfego nos nervos é desacelerado.
Então, ao invés de ter esse percurso bem eficiente de A a B,
você tem um bocado de direções diferentes,
um bocado de percursos diferentes, pelos quais as idéias podem fluir,
e nesse espaço de idéias é mais provável que aquelas novas
colidam uma com a outra e se passe a ter consciência delas.
Essa desaceleração cognitiva, que torna mais provável que as idéias
se conectem entre si, parece ser uma parte importante
do mecanismo que é a base do pensamento divergente.
Rex acredita que ele começou a ver a diferença
com o que está ocorrendo dentro de nós,
quando mostramos nossa inteligência e criatividade.
E tudo se trata, em certo sentido, de velocidade.
A respeito do funcionamento intelectual,
a pesquisa está mostrando que a informação está viajando
pelo caminho mais curto, o caminho mais rápido
que ela puder pegar para ir do ponto A ao ponto B.
É muito importante que você tenha um percurso rápido e curto
para ir do ponto A ao ponto B.
Mas a criatividade é diferente.
Não se trata de velocidade e eficiência.
A criatividade é lenta e sinuosa.
Essas estradas sinuosas, eu acho,
são análogas aos percursos no cérebro que estão se juntando
com uma menor frequência, logo você não sabe bem aonde vão dar,
mas eles poderiam parar em um lugar bem interessante.
Mas essa é, certamente, uma estrada menos movimentada do que...
do que a auto-estrada na qual estávamos;
é um caminho mais lento e mais sinuoso,
e eu acho que é assim como ela funciona no cérebro.
Seria errado pensar que só a estrutura cerebral o torna criativo.
Mas o trabalho de Rex mostra, pela primeira vez, que há
uma base neurológica para o pensamento divergente,
para a própria criatividade.
A cidade de Baltimore.
Aqui, outro aspecto da criatividade
está surgindo para que a ciência o estude.
Foi sempre uma obsessão profunda minha.
Eu sonho com isso,
vou pra cama pensando nisso, acordo pensando nisso.
Eu me pergunto como esse som pode produzir beleza.
Obrigado.
Charles Limb tem a noite de folga do trabalho.
Ele passará a noite do mesmo modo que passa todo o seu tempo livre.
Ouvindo música.
Eu acho que o jazz é, provavelmente, uma das criativas formas de arte
de toda a existência, de todas as formas de música.
Da perspectiva da criação de novas idéias,
não se pode ficar muito melhor do que o jazz.
Charles é fascinado pela forma como as idéias fluem tão rápido,
quando os músicos de jazz improvisam.
Essa música nunca será tocada da mesma forma novamente.
A partir de uma melodia básica, eles estão criando algo novo,
fazendo-o ali, na hora..
O que eles estão fazendo é um talento real.
Mas é, de certo modo, algo que todos temos.
É exatamente isso que Charles está pesquisando
aqui, no Hospital John's Hopkins, em Baltimore.
Uma das questões intrigantes sobre a criatividade é que ela existe
em todos, tanto em níveis altos quanto baixos,
então, pode ser que alguém não pense se achar um artista;
no entanto, se ele pensa a respeito de seu comportamento diário,
a maior parte dele não tem um script, grande parte é improviso.
Ele, na verdade, não planeja, a cada segundo, o que irá fazer.
Então, para realmente entender como nós improvisamos,
Charles está estudando os melhores músicos que ele conhece.
- Charles. - Mike.
- Oi, como vai você? - Bem, obrigado por vir...
E é por isso que Mike Pope veio a seu laboratório.
Nós vamos fazer uma FRMI de seu cérebro,
enquanto nós estamos improvisando e enquanto nós ensaiamos.
O plano de Charles é usar a FMRI para ver
o que está havendo em seu cérebro, enquanto ele improvisa.
- Então, aqui estamos nós. - Então, é isso!
Então, essa é a sala do scanner,
onde nós vamos estar fazendo seu scanner cerebral.
Nós conseguimos esse modelo de piano.
Você vai ser capaz de tocar isso durante o scanner.
Isso é a coisa na qual você passa o tempo todo trabalhando?
2 anos para fazê-lo funcionar. Por que você não testa um pouco?
Tudo bem. Parece OK.
A criatividade é, provavelmente,
a combinação de processos mentais comuns
em formas que não havíamos descrito antes,
as quais, de algum modo,
nos permitem ter novos insights e gerar novas idéias.
Eu acho que criatividade é isso, em poucas palavras.
- Pode ver suas mãos? - Sim, claro que posso.
- Posso me virar um pouco, assim? - Sim, vá em frente.
Para Charles, é a chance de explorar os segredos
de um de seus heróis do jazz.
Eu realmente espero que possamos ter alguns insights incríveis
sobre como o cérebro inova.
Mas, por outro lado, tanto quanto meu prazer pessoal pelo experimento,
eu não acho que consiga fazer
algo mais agradável que isso na ciência, pelo resto de minha vida.
É realmente bizarro!
O computador toca uma canção gravada.
Então, Mike começa a improvisar.
Charles também toca, para fazer Mike se sentir mais em casa.
Eu espero poder acompanhá-lo, ele é muito, muito especial.
Mas Mike está improvisando de maneira muito rápida.
O resultado desse experimento foi realmente excitante.
Vimos mudanças no córtex pré-frontal do cérebro,
quer dizer, os lóbulos frontais do cérebro,
que é a parte do cérebro que meio que nos torna humanos.
Um dos principais papéis dessa enorme área na frente do cérebro
é um consciente auto-monitoramento.
Observar o que você faz e o que você diz.
Os músicos de jazz, eu acho, naturalmente precisam assumir
um risco musical e promover essa habilidade de assumir riscos,
tem que se desligar um pouco da guarda.
E, assim, nós vimos o desligamento
do córtex pré-frontal nesses músicos...
...meio que diferente do que você faria em um baile de coquetel,
quando você precisa se focar em dizer a coisa certa
ou se assegurar de não dizer algo bobo.
Charles está, agora, ampliando sua pesquisa
de modo a estudar outros tipos de improvisos.
Nós, na verdade, recentemente
olhamos para o rap de estilo livre, e olhamos ilustradores, cartunistas.
E estamos vendo que o córtex pré-frontal, em todos os casos,
parecem diminuir, em certo grau,
quando você sai de um componente memorizado, ou não-criativo,
para um componente gerado, improvisado.
Tudo faz parte da grande ambição de Charles.
Ele saiu para descobrir se há
um profundo potencial criativo existente dentro de todos nós.
Essas formas de arte são diferentes, no entanto, elas compartilham
processos básicos no cérebro e, assim, eu tenho na minha mente
essa idéia a longo prazo de que,
se você é capaz de definir esses circuitos,
devemos ser capazes de melhorá-los de diversas formas,
então, ao final, os humanos devem ser melhores, sendo criativos.
Eu acho que, obviamente, esse é o tipo de trabalho,
o qual irá levar muitas gerações para ser realmente consolidado,
mas eu me sinto orgulhoso de, ao menos, começar
com esses experimentos, tentar responder essas perguntas.
A investigação que começou com jogos mentais e quebra-cabeças
começou a desvendar alguns dos segredos do que torna você criativo.
Os processos conectados, porém diferentes, de insight.
Pensamento divergente.
E improviso.
Mas o que é crucial é que eles revelaram que há, de fato,
uma correlação neural de criatividade -
uma assinatura de criatividade em seu cérebro.
E, agora, estamos descobrindo que essa pesquisa
poderia ser muito útil para todos nós.
Nos céus sobre a Holanda...
...Simone Ritter está vivenciando algo novo.
Lindo!
Até hoje, ela jamais havia posto os pés em um planador.
O que ela está fazendo compõe a base de sua pesquisa
para tornar todos nós mais criativos.
Simone tem uma teoria...
Bem, esse é o laboratório de realidade virtual.
O equipamento mais importante é essa mochila aqui.
OK, então, se você puder vesti-lo...
Ela acredita que experiências novas e inesperadas
podem aumentar sua criatividade.
Então, ela criou um experimento, o qual foi concebido
para alterar os seus hábitos cognitivos.
Então, talvez você já saiba onde você está?
- Estou na lanchonete. - Sim, certo.
E o que você fará é,
você primeiro vai caminhar um pouco ao redor,
apenas para se acostumar com o equipamento.
Apenas ande por aí, você tem um bocado de espaço.
O local parece familiar.
Mas Annika entrou em um mundo virtual,
o qual não pode existir, em realidade.
Um destinado a chocá-la e mexer com ela.
OK. E agora você vê uma mesa no lado esquerdo, não vê?
Sim, com uma mala. - Sim.
Poderia, por favor, caminhar rumo à mesa, em direção à mala?
OK. Ela fica menor.
Nesse mundo virtual, as leis da física não se aplicam.
A mala parece menor, à medida que ela se aproxima.
A garrafa voa para cima, desafiando a gravidade.
Após 3 minutos...
Estou aqui.
...ela está completamente desorientada.
Há um poste.
É incrível, é engraçado,
mas também é uma experiência que abre a sua mente.
E é isso que nós... que nós queremos.
Bem-vinda de volta ao mundo real.
O objetivo de Simone é interromper
o que ela chama de estabilidade funcional.
É um bloqueio mental, onde seu pensamento fica preso em um barranco.
Se você vivencia algo inesperado, isso também irá influenciar
seus padrões cognitivos -
você quebraria padrões cognitivos velhos,
você superaria a estabilidade funcional,
e isso ajudará você a fazer novas associações entre os conceitos.
Mas ela estará certa?
Annika, como os outros envolvidos no estudo de Simone,
faz uma versão online do *** do pensamento divergente do tijolo.
E o que ela descobriu é que vivenciar
esse estranho e novo mundo virtual tem um efeito bem real.
Os resultados mostraram um aumento
de 10 a 15% nas pontuações em criatividade.
A primeira lição é que experiências inesperadas e incomuns
ajudam você a pensar de modo mais flexível e criativo.
E está é uma forma de ajudar você a pensar diferente,
a abordar problemas de um modo diferente.
E eu aconselharia as pessoas a buscar experiências inesperadas.
Porém, a maioria de nós não tem salas de realidade virtual em casa.
Como isso poderia ser aplicado em nossas vidas diárias?
Simone criou algo novo, algo muito mais comum,
o qual podemos usar para aumentar nossa criatividade.
Essa é a verdadeira cantina da universidade.
Aqui, o dia começa como qualquer outro.
Começando com um clássico café da manhã holandês -
o sanduíche com raspas de chocolate.
Todos nós sabemos como fazer um sanduíche.
Mas o que está prestes a acontecer aqui é
o que Simone chama de "violação de esquema".
A interrupção de um padrão normal de pensamento ou de comportamento.
O computador dá as instruções, passo a passo.
O voluntário, Thomas, segue cada instrução.
Então, pede-se a ele para fazer algo bem diferente.
Sim, como você pode ver, ele ficou realmente surpreso,
porque, agora, ele precisa pôr as lascas de chocolate no prato.
Essa não é a forma com que eles normalmente o fazem,
eles primeiro colocam a manteiga sobre o pão.
O sanduíche que resulta disso é bem convencional.
Mas ele chegou aí por uma rota diferente, inesperada.
Esse tipo de atividade também pode aumentar
sua pontuação no *** de criatividade em até 15%.
Apenas fazer uma atividade, onde você percebe:
"OK, não precisa ser da forma que eu acho que seja,
pode ser feita de um modo novo e diferente."
Também permite que você pense diferente,
que quebre padrões cognitivos, supere a estabilidade funcional,
e isso ajuda você a criar novas associações entre conceitos,
o que é realmente importante para a criatividade.
Felizmente, não precisa ser um sanduíche com raspas de chocolate.
Trata-se de quebrar qualquer rotina.
Não precisamos de realidade virtual,
onde podemos manipular as leis da física;
pode ser tão simples como isso:
não prepare um sanduíche na ordem normal,
mas troque um dos passos e isso o tornará mais flexível,
isso ajudará você a pensar de modo criativo.
Então, dê a você mesmo um espaço para a criatividade.
O efeito de alterar a sua rotina altera seu cérebro.
Percursos neurais bem conhecidos são abandonados,
forçando a formação de novas conexões entre as células neurais.
E isso significa mais idéias novas e originais.
Estou de volta ao chão.
É fim de tarde no cais de Stearn.
Jonathan Schooler e sua equipe têm um último experimento a fazer.
Um que pode ajudar a explicar
um dos mistérios mais enigmáticos a respeito da criatividade.
Por que você tem as melhores idéias quando você menos espera?
Tudo começa com o *** familiar de pensamento divergente -
o *** do tijolo.
Você pode começar se sentando.
Vamos fazer um *** de sua criatividade.
OK, vai haver duas fases diferentes
nesse experimento de hoje. Você vai ter 2 minutos
para dizer o maior número de usos possível para esse tijolo,
e você pode ser tão criativa quanto quiser.
Eu poderia escrever uma nota ao seu redor,
e passá-lo através da janela de alguém.
Eu poderia atingir alguém na cabeça com isso.
Usar o formato como uma marca.
Eu poderia usá-lo como, para prender alguns papéis, como um peso de papel.
Agora eles têm uma pausa de 2 minutos.
Pede-se a cada pessoa para passá-la de um modo diferente.
É dito ao primeiro voluntário para se sentar e não fazer nada.
À segunda pessoa é dada uma tarefa tranquila.
Arrumar os blocos pela cor.
Comece com uma cor, e apenas agrupe-os.
É dada à terceira pessoa uma tarefa bem exigente.
Construir um pequeno modelo.
Quero que você use esses Legos para, na verdade, construir uma casa.
Os voluntários não sabem, mas esses 2 minutos são, na verdade,
a parte mais importante do experimento.
Aí é quando se dá às mentes uma chance de se distraírem, ou não.
Seria algo ruim se eu adormecesse bem agora?
Gostaríamos que você permanecesse acordado.
Após a pausa, eles fazem o *** do pensamento divergente novamente.
Sua criatividade terá mudado?
Nós vamos retornar ao *** do tijolo
e vamos ver novamente, daqui a 2 minutos,
com quantos usos você consegue surgir, mas usos novos,
aqueles que você não tiver dito inicialmente.
Er...usá-lo para...
Revelou-se que as pessoas ocupadas com a tarefa exigente
foram os piores no segundo *** de criatividade.
Mas o que é surpreendente é quem ficou em primeiro.
Não aquele que ficou olhando para o espaço, sem fazer nada.
Mas a pessoa a quem se deu uma tarefa estupidamente fácil.
Eu poderia quebrá-lo em peças e pintar coisas diferentes em cada,
como flores, ou algo assim, e vendê-los.
Eu poderia cortá-los em 4 peças e pô-las sob os pés da cama,
para fazer com que a cama fique um pouco mais alta.
A mente vagando parece, particularmente, facilitar
o processo criativo.
Agora, uma coisa interessante é, você poderia pensar que
não dar nada para fazer também criaria benefícios mentais similares,
mas parece que nem todas as formas de mente vaga são iguais.
Aquela mente vagando que é engajada em uma tarefa simples
parece ser mais funcional do que a mente vagante que ocorre
quando não lhe dão absolutamente nada para fazer.
Então, se você quer surgir com uma solução criativa para um problema,
não fique simplesmente sem fazer nada.
Ao contrário, faça algo simples.
Não sabemos exatamente por que é assim,
mas uma possibilidade razoável é que, ao quebrá-la -
pensando um pouco sobre a tarefa, relaxando,
pensando um pouco e relaxando, meio que chacoalha a caixa
e leva a um tipo especial de recombinação inconsciente,
a qual é particulamente benéfica para a criatividade.
Você, agora, tem uma boa desculpa para se levantar de sua mesa
e se afastar do problema.
Bem, uma lição importante é que, se você está emperrado, dê uma pausa
e permita que os processos incoscientes tomem o controle.
Mas também sugere o tipo de pausa que você deveria dar.
Ao invés de apenas ficar sentado ali, você poderia dar uma volta
ou tomar um banho, ou fazer algo - jardinagem.
Algo que não é muito exigente, mas que, ainda assim,
ocupa um pouco a sua mente
e que, no entanto, permite que sua mente vagueie um pouco.
A pesquisa destaca a noção de que
se você quer ser mais criativo, é melhor não se focar tanto.
Ao menos, não o tempo todo.
Vagar com a mente tem uma longa história na criatividade.
Mas agora estamos aprendendo o por que é tão efetiva.
Essa é uma questão que Rex Jung foi capaz de tentar responder
ao longo dos últimos anos.
Beethoven adorava dar longas caminhadas,
quando ele pensava sobre música.
Eu gosto de cortar a grama - essa ação repetitiva
em que você vai e volta, fazendo uma atividade física,
ocupando o seu corpo, mas deixando sua mente pensar livremente.
Ele estudou escâneres cerebrais, um após o outro,
de pessoas, enquanto suas mentes vagavam.
Ele percebeu uma variação distinta em uma área do cérebro.
Ela é chamada lóbulo frontal, bem acima dos seus olhos.
O que ele observou foi algo que ele chama de hipofrontalidade transitória,
uma espécie de modo de suspensão temporária...
...onde os lóbulos frontais são levemente recuados,
os freios são suavemente retirados do sistema
e as idéias fluem mais livremente,
e algumas dessas idéias do subconsciente
podem infiltrar-se na consciência de um modo mais fácil.
Ele descobriu que esse estado cerebral temporário,
quando você está aberto à criatividade,
é, na verdade, algo que pode ser facilmente induzido.
As pessoas podem atingi-lo por meio de um bocado de formas,
seja por meditação, ou uma longa caminhada, ou um banho,
há um bocado de meios de reduzir a atividade
de seus lóbulos frontais temporariamente
e permitir que as idéias criativas flúam.
Rex descobriu que os lóbulos frontais,
em ambos os lados do seu cérebro, desempenham
um papel poderoso de guardiões em nossa criatividade.
Mas o que é intrigante é que, na pesquisa,
essa área do cérebro segue intensificando-se uma e outra vez.
Ela agora se mostra no trabalho de pessoas estudando o insight.
Parece que algumas pessoas são, naturalmente, hipofrontais.
Seus lóbulos frontais são um pouco menos ativos o tempo todo.
Pessoas que tendem a resolver problemas por meio de insight
têm um nível básico menor de atividade no lóbulo frontal,
em outras palavras, seus lóbulos frontais não as estão controlando,
impedindo-as de se focarem tanto. Há mais liberdade para tudo.
Quero dizer, atividades cerebrais diferentes fazendo
todos os tipos de coisas diferentes, de uma só vez.
E, é claro, agora sabemos que
essa diminuição transitória na atividade do lóbulo frontal
é o que ajuda você a perder sua inibição, ao improvisar.
Não é que os cientistas tenham localizado
a grande fonte da criatividade.
Mas é essa área do cérebro,
com sua habilidade para liberar as algemas da mente,
que está na vanguarda das pesquisas atuais.
Durante séculos, a criatividade
foi um tema considerado sem limites pelos cientistas.
Parecia muito evasiva, muito subjetiva para ser estudada.
Criatividade e música, arte, improviso, todas essas coisas,
elas são coisas mágicas de se vivenciar,
mas eu sei que elas não são mágicas,
elas ocorrem porque temos cérebros que funcionam de um certo modo
que nos permite fazer essas coisas e, portanto,
quero fazer uma distinção sobre o fato de que essas experiências
deveriam ser transformadoras para nós, elas deveriam ser uma
mudança profunda em nossas vidas, das quais nunca esqueceremos,
mas isso não significa que elas não possam ser explicadas.
Agora, as coisas são bem diferentes.
Por fim, temos as ferramentas para explorá-la.
Isso é incrivelmente excitante.
Agora que temos as ferramentas,
estamos começando a realmente descobrir o que é a criatividade,
o que acontece no cérebro
quando as pessoas têm momentos de criatividade,
e isso é incrivelmente fascinante.
Os próximos 10, 15, 20 anos vão ser incríveis.
Mas apesar de tudo que a ciência revelou, ainda há um longo caminho
para termos uma compreensão completa da criatividade.
Há um bocado dessas teorias andando por aí,
e o que tentamos fazer é agrupar tudo em uma teoria da criatividade
e ver como ela se manifesta no cérebro.
Estamos chegando mais perto, mas não estamos lá ainda.
Temos todos esses diferentes cientistas,
os quais têm partes do quebra-cabeça,
mas ninguém pôs tudo junto, no entanto, para termos uma bela imagem.
Mas enquanto esperamos que essa bela imagem surja,
nesse meio-tempo podemos, ao menos,
nos tornarmos todos um pouco mais criativos.
Traduzido por: VitDoc