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Tradução e legenda André R. Rinaldi
Branco, macio...
a figura e tocar...
Eu toco, apalpo, e sinto que é algo para acomodar atrás de mim ao sentar...
Então, através dos sentidos, eu vejo o que é, e digo, é uma almofada.
Porém, chega a filosofia moderna e ela, não quer ser prisioneira da coisa (objeto)...
então, eu não quero dizer que meu espírito está submetido ao que é a almofada...
eu quero libertar meu espírito, minha inteligência do objeto, e quero dizer, que isto é:
qualquer coisa, é um cachorro, é um gato, é uma almofada...
porém eu não sou prisioneiro da coisa (objeto).
Se tenho que dizer que é absolutamente uma almofada eu sou como um prisioneiro do objeto.
E em nome da liberdade, eu afirmo que não sou prisioneiro do objeto.
Eu afirmo que o objeto está submetido ao sujeito que sou eu...
...o sujeito é rei, e o objeto é escravo.
Quando eu tenho que dizer que necessariamente é uma almofada...
eu sou escravo e o objeto é rei, porque o objeto diz a mim o que é...
...e eu tenho que reconhecer o que é.
E aqui uma escravidão que não me satisfaz, contra minha liberdade...
então construo com E. Kant, filósofo alemão do século XVIII...
...contruo um sistema filosófico para dizer que as aparências aos sentidos...
...ao apalpar, o sinto nas mãos, a cor branca aos olhos quando vejo a figura...
...todas estas indicações aos sentidos...
não correspondem necessariamente ao que está atrás, ou seja...
...a essência da coisa (objeto) que é almofada.
As aparencias são uma coisa, o que está dentro é outra coisa.
E Kant afirmou, a cerca de 1782, que atrás das aparências...
...não podemos saber o que é a coisa (objeto).
Ou seja, há essas aparências para as mãos, para os olhos, para o ouvido...
estas aparências aos sentidos, que indicam o que é a coisa (objeto)...
...mas não estou seguro que há realmente almofada por trás.
Este sistema é uma loucura, porque o resultado é que poderei dizer...
...que parece almofada, se sente como almofada, se ouve como almofada, mas é cachorro.
Eu digo que é cachorro, ou gato.
Os gatos se encontram nos sofás, então é um gato.
Vocês fazem bem de rir, muito bem, porque é ridícula esta filosofia.
Completamente ridícula.
No entanto é a filosofia dos modernistas, sobretudo nas universidades modernas.
As universidades são lugares, hoje, de corrupção intelectual...
...espiritual e moral horríveis.
Muitos jovens vão à universidade e perdem não só sua Fé...
...mas também seu senso comum, e todo o sentido da realidade.
Porque no departamento de filosofia, aprendem...
com os filosofos modernos e filosofias modernas em universidades em todo o mundo...
...aprendem que eu não posso dizer que é uma almofada...
...eu tenho que dizer que pode ser que seja um gato.