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Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental
Apresentado por Richard Lang
Parte 1A
Este filme consta de quatro partes.
Esta é a Parte 1 A
Conteúdo Uma Reivindicação Antiga Um Enfoque moderno
Uma Reivindicação Antiga Sobre Nossa Identidade
Olá,
meu nome é Richard Lang.
Neste filme, vou convidá-lo a olhar de forma nova para si mesmo;
a olhar de forma nova para a sua identidade.
Mas por que você deveria fazer isso?
Se alguém lhe dissesse que você é realmente um rei
ou uma rainha e que é dono de dezenas de castelos, iates etc.,
você não gostaria de saber se isso é verdadeiro?
E se fosse verdade, não iria reivindicar sua herança?
Bem, existe um corpo antigo de sabedoria que afirma
que o que normalmente pensamos sobre nós mesmos
aquele que vemos no espelho, não é absolutamente quem somos.
Essa é a nossa identidade pública, quem somos fora.
Também temos uma identidade privada, um self interno,
e nosso self interno é muito mais rico e poderoso do que qualquer rei ou rainha;
infinito e atemporal, é a fonte e o recipiente de tudo.
De acordo com esta sabedoria antiga,
o propósito da vida é despertar para a nossa identidade privada,
para o nosso self interno.
Ao olhar constantemente para a nossa natureza divina
reivindicamos nossa herança, paz eterna e alegria permanente.
Ao permanecermos abertos para esta fonte
infinitamente sábia, amorosa e criativa dentro de nós
somos abençoados de inúmeras formas.
Neste filme, não vou lhe pedir para acreditar nesta antiga sabedoria.
Ao invés disto, vou convidá-lo a realizar algumas experiências para comprová-la,
para que veja por si mesmo
se esta reivindicação sobre quem realmente somos é verdadeira ou não.
Uma Abordagem Moderna Sobre Nossa Identidade
Capítulo 1 O self de Várias Camadas
Primeiramente, vamos reeditar esta reivindicação espiritual
sobre nossa verdadeira identidade em termos físicos modernos.
O que somos no centro, a uma distância zero,
não é o que somos, digamos,
a um metro
ou a qualquer distância, na verdade.
A ciência aceita essa ideia.
O que as coisas são dependem, em parte, da distância do observador.
Você está me olhando de alguns metros de distância.
Desse ponto, sou humano, sou o Richard.
Mas se você se aproximasse de mim usando um microscópio,
deixaria o Richard para trás
e chegaria a uma camada de células.
E se aproximasse ainda mais,
chegaria a uma camada de moléculas,
depois aos átomos,
às partículas e assim sucessivamente,
até praticamente ao nada.
Em outras palavras, temos camadas, como uma cebola.
Se ao invés de aproximar a lente de mim,
você a afastasse,
então veria outras camadas minhas.
Ao afastar a lente,
veria que o Richard seria substituído por Londres,
depois pela Inglaterra,
pelo planeta,
pela estrela,
pela galáxia e assim sucessivamente.
Aqui está um diagrama destas camadas externas:
Galáxia Sistema Solar Planeta Biosfera Humano
Precisamos de cada uma de nossas camadas para existir.
Para respirar, precisamos não apenas de nossos pulmões
e das células e moléculas que o constituem
mas também do restante da vida:
da atmosfera,
do sol e assim por diante.
Embora nos identifiquemos principalmente
com o que vemos a alguns metros de distância
com nossa camada humana,
precisamos de todas as camadas.
É um sistema indivisível.
Nossa Identidade Central
Quem ou o que está no centro de todas essas camadas,
bem no coração deste vasto sistema?
Quem sou eu bem aqui?
Quem é você exatamente aí?
Em outras palavras, quem somos nós, realmente?
Os outros podem nos dizer quem somos à certa distância,
mas não podem dizer quem somos no centro,
simplesmente porque não podem chegar lá.
Os outros sempre permanecem fora de nós,
distantes de nós
Mas cada um de nós está em seu próprio centro.
Cada um de nós está perfeitamente posicionado
para ver o que somos no centro.
Um Convite para Olhar para Dentro
Estou olhando para o meu próprio centro agora,
e aqui não encontro nenhum rosto, nenhuma aparência.
Ao contrário, encontro transparência ilimitada,
espaço consciente, pleno da totalidade do mundo.
Não posso lhe mostrar este espaço.
Sempre que me olhar, encontrará algo aqui.
A esta distância, você pode ver meu rosto.
Mas o que eu posso fazer
é convidá-lo a olhar de onde você está
para ver se está na mesma condição ilimitada,
aí, em que estou aqui.
Vamos ver se esta reivindicação surpreendente sobre você,
sobre mim, sobre todos é verdadeira.
Se for verdadeira
e se a consciência desta realidade interna se tornar uma norma na sociedade,
acredito que toda a vida neste planeta irá se beneficiar.
A primeira experiência pela qual vou guiá-lo
é a experiência de apontar.
Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 1B
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 1B
Conteúdo
A Experiência de Apontar Apontar para Duas Direções Uma vida de Aspecto Duplo
A Experiência de Apontar
Na experiência de apontar,
começamos direcionando nossa atenção para fora,
observando que tudo que vemos tem forma e cor.
Tudo é uma coisa
Então, gradualmente, dirigimos nossa atenção
para mais perto de nós até que, finalmente,
olhamos para dentro, a partir do ponto de onde estamos olhando
para ver se também temos forma e cor.
Para ver se somos coisas no centro ou nada
- capacidade para o mundo.
Aponte para algo à sua frente e veja sua forma e cor.
É uma coisa.
Abaixe um pouco o dedo e aponte para outra coisa,
e note sua forma e cor.
Também é uma coisa.
Agora aponte para o chão.
Posso ver sombras e desenhos no tapete.
Agora aponte para seu pé
e note sua forma e cor.
É também uma coisa.
Erga seu dedo e aponte para seu joelho.
Você pode ver a forma e a cor de seu joelho;
uma outra coisa.
Erga ainda mais o dedo e aponte para seu torso
Observe as formas e as cores aí.
Também é uma coisa.
Agora coloque seu dedo à sua frente,
afaste-o e aponte de onde os outros veem seu rosto;
do lugar de onde você é visto.
O que você vê aqui?
Você vê o seu rosto?
Vê os seus olhos, suas bochechas, sua boca?
Vê alguma forma ou cor aí?
Vê alguma coisa, de fato?
Não estou lhe perguntando o que você acredita existir aí.
Estou pedindo que coloque sua crença de lado e olhe com novos olhos.
Ao invés de pensar no que vê, o que você vê aqui?
De fato, o que você não vê?
A minha experiência é:
ao olhar para dentro, não vejo meu rosto.
Não vejo olhos, bochechas, boca, absolutamente nada.
Dizendo de outra maneira, ao olhar para dentro, vejo o vazio.
Este vazio é infinito, silencioso e desperto
Agora vejo o que sou no centro
O que sou a partir do meu próprio ponto de vista, o que sou privadamente.
Apontar para Duas Direções
Agora vou guiá-lo por uma extensão da experiência de apontar.
Isso envolve apontar para dentro e para fora,
simultaneamente
- apontar para duas direções.
Isso indica que o espaço no centro
não é apenas vazio, mas também pleno
Ao olhar para dentro vejo o vazio aqui no meu centro.
Mas não posso ver este vazio sem,
ao mesmo tempo, ver o que o está preenchendo
- o que vejo fora.
Este vazio agora está preenchido com minhas mãos,
com o espaço além e com várias sensações,
sons, pensamentos etc.
Não encontro nenhuma fronteira entre o espaço aqui e o mundo lá.
Minha consciência sem rosto
se funde com isso e se transforma no mundo
Privadamente, eu sou o mundo.
Uma vida de Aspecto Duplo Público e Privado
É claro que permanecemos conscientes de nossas identidades públicas,
do que aparentamos ser para os outros e para nós mesmos no espelho.
Sou consciente de que para você, eu sou o Richard
e me identifico com o Richard.
Eu me identifico com meu rosto, meu corpo,
meu nome, minha idade,
meus pensamentos e sentimentos e assim por diante.
Em outras palavras, sou consciente de levar uma vida de aspecto duplo.
Tenho tanto um self privado quanto um self público.
Você pode ver meu self público
mas meu self privado está oculto dos outros.
É um interior secreto.
No entanto, acredito que se olhar de onde está,
verá seu self privado;
e verá que seu self privado não é diferente do meu.
Ele não tem rosto, nome, idade
- é capacidade.
Se agora estiver vendo esta capacidade sem rosto de onde você está,
então estamos compartilhando um segredo maravilhoso.
O segredo de quem realmente somos.
É claro, o que você vê a partir desta capacidade é diferente do que vejo,
mas a capacidade propriamente,
esta consciência infinita, é a mesma.
Perguntas
Ver que privadamente você é espaço para o mundo,
é uma visão diferente da visão comum,
a visão de si mesmo a partir de fora,
a visão de si mesmo como pessoa.
Já que poucas pessoas são conscientes desta identidade privada,
então, de certa forma, é algo novo,
embora, é claro, não seja nada novo.
Sempre fomos esse vazio consciente
e ao longo da história muitas pessoas falaram sobre isso.
Mas se você não era consciente disso e então se depara com isso,
é normal perguntar se esta visão é ou não válida e verdadeira.
Por exemplo, não posso ver meu rosto aqui,
mas posso vê-lo no espelho.
Isso não prova que tenho um rosto,
que não sou uma capacidade no centro,
que sou uma pessoa?
Existem outras perguntas.
Perguntas sobre se esta visão é válida e verdadeira
são perguntas sobre sua utilidade.
Se eu permaneço consciente de minha identidade privada,
que diferença isso fará em minha vida e na sociedade?
Vamos começar a olhar para estas perguntas na Parte 2.
Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 2A
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 2A
Conteúdo
Ver a Nós Mesmos Com Um Novo Olhar A Experiência do Espelho A Experiência dos Olhos Fechados
Ver a Nós Mesmos Com Um Novo Olhar
Olá!
Na parte 1 começamos a olhar a diferença entre nossa identidade pública
e privada através da experiência de apontar.
Primeiramente, direcionamos nossa atenção para fora, para as coisas,
e então a direcionamos para dentro, para nós,
para ver se somos coisas no centro ou nada
- capacidade para o mundo.
Na parte 2 vamos continuar essa exploração sobre nossa identidade,
começando com uma experiência em que nos olhamos no espelho.
Então vamos prosseguir com outras experiências,
explorando quem realmente somos de ângulos diferentes.
Estas experiências nos convidam a olhar para nós com um novo olhar.
Elas nos convidam a despertar para a condição verdadeiramente abençoada
que é nosso self mais profundo.
Experiência - Olhar no Espelho
Não posso ver meu rosto aqui, você poderia dizer,
mas posso vê-lo no espelho.
O espelho não me mostra quem eu sou?
Ele não prova que eu não sou espaço no centro,
que eu sou uma coisa, uma pessoa?
Vamos olhar no espelho e ver o que encontramos.
Quando olho no espelho, vejo não só a aparência do meu rosto
como também onde ele está
- ele está lá no espelho, a alguns metros de distância,
não aqui, no meu centro.
O espelho me mostra o que sou a essa distância,
não o que sou aqui, à distância zero.
Aqui, à distância zero, sou o oposto do que vejo lá no espelho.
Lá está minha aparência; aqui, minha realidade
- consciência infinita, clara.
Ao se olhar no espelho, você vê um rosto diferente do meu
Mas você vê algo diferente do que eu vejo aqui, neste lado do espelho?
Você também não está vendo essa consciência sem rosto?
O espelho é uma ótima ferramenta para me mostrar minha aparência;
é uma das maneiras de eu me conscientizar de quem sou para os outros,
consciente de minha identidade pública.
Mas sou esta pessoa, aqui no centro?
Não, aqui não sou o Richard;
sou capacidade para o mundo. Qual é a sua experiência?
Que grande professor é o espelho!
Ele me mostra que o Richard está lá, a certa distância de mim,
não aqui no meu centro.
Ao invés de encontrar o Richard aqui,
encontro este Ser claro,
esta capacidade infinita que é plena da totalidade do mundo.
Que alegria não ser uma pessoa no centro,
mas ser a fonte e o recipiente de tudo!
E que maravilha ver que quem realmente somos
é tão óbvio, tão simples e está tão disponível!
A Experiência dos Olhos Fechados
Mas estamos nos apoiando demais na visão, você poderia dizer.
O que acontece se fecharmos os olhos?
Ainda podemos estar conscientes de sermos ilimitados,
de ser capacidade para o mundo?
Bem, vamos fechar os olhos e descobrir.
A Experiência dos Olhos Fechados
Com os olhos fechados, quem, o que é você?
Qual o seu tamanho?
Que forma você tem?
Não é preciso buscar na memória o que os outros dizem sobre você;
basta o que se passa no momento presente.
Basta a sua experiência direta de si mesmo.
Você tem um nome?
Qual a sua idade?
Você é um homem ou uma mulher?
É humano.
Nesta minha experiência, não posso me autodefinir.
Não tenho nem forma nem tamanho. Não tenho forma.
Capacidade sem contorno
que está plena de todos os tipos de coisas:
sensações, pensamentos, sentimentos.
Não encontro fronteiras que separam minha experiência
de algumas coisas que estão dentro e o restante, que está fora.
Tudo está dentro de mim, dentro deste vazio desperto, que sou eu.
Meus pensamentos, por exemplo,
estão ocorrendo no mesmo lugar dos sons que posso ouvir.
Aqui, neste momento, neste silêncio,
privadamente, não tenho limitações, idade, nome;
sou a plenitude onde o mundo está acontecendo,
que é muito surpreendente.
É claro que me recordo de minha identidade pública.
Para os outros, sou Richard,
mas aqui e agora não sou o Richard para mim mesmo.
Sou capacidade para o mundo.
Qual é sua experiência, privadamente, aqui e agora?
Você é uma pessoa separada do mundo que o rodeia
ou capacidade para o mundo?
Agora, abra os olhos.
Percebo que fechar meus olhos não é um obstáculo
para estar consciente da vasta capacidade em meu centro.
É tão óbvio tanto com meus olhos fechados quanto abertos.
Quem Somos Realmente?
Um Enfoque Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 2B
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 2B
Conteúdo
Onde Está Nossa Mente? Movimento e Quietude Tocar Nossa Cabeça
Onde Está Nossa Mente?
Na experiência dos olhos fechados,
colocamos nossa atenção, brevemente, na localização de nossa mente.
Vamos olhar mais para isso, mas agora com olhos abertos.
Onde está nossa mente?
Está no centro, em nossa cabeça, separada do resto do mundo
ou é livre e inseparável do mundo?
Algumas pessoas me dizem que os pensamentos estão em minha cabeça.
Eu aceito essa forma de pensar sobre a mente
- a visão pública sobre mim.
Minha mente está aqui, e a sua aí.
Mas minha experiência privada é diferente.
Meus pensamentos não estão em minha cabeça,
aqui, simplesmente porque não encontro minha cabeça aqui.
Ao invés disto, encontro consciência infinita.
Essa consciência contém meus pensamentos e sentimentos,
e o mundo
Minha mente é inseparável do mundo.
Aqui está uma maneira de ilustrar isso.
Estou olhando para essa maçã a partir do vazio em meu centro.
Vejo sua forma e cor aí,
a partir deste espaço sem forma e incolor aqui.
Também estou pensando sobre a maçã:
é vermelha, redonda, está pronta para ser saboreada.
Onde estão meus pensamentos?
Alguns dizem que eles estão na minha cabeça,
mas não encontro nenhuma cabeça aqui.
Ao invés disso, encontro capacidade
- capacidade que está plena de meus pensamentos e da maçã.
Meus pensamentos sobre as coisas
não estão distantes ou separados destas coisas.
Meus pensamentos estão aí, conectados com o mundo.
Obviamente, outros não veem meus pensamentos aí, no mundo.
Mas minha experiência é diferente.
Minha mente não tem limites no mundo.
Não encontro uma linha divisória separando minha mente do mundo.
O mesmo se dá com os meus sentimentos.
Sinto prazer ao olhar para a forma e cor desta manga.
Sinto vontade de comê-la.
Meus sentimentos e reações não estão contidos dentro de uma pessoa,
aqui em meu centro.
Eles estão aí, no mundo.
Meus sentimentos de admiração se fundem com essas flores. (Assombro)
Minha emoção não está separada do fogo. (Entusiasmo)
Sou capacidade para o mundo, plena de sentimentos.
Tirando um Grande Peso dos Ombros
Quando vivemos como se nossa mente fosse central,
não é nenhuma surpresa se às vezes
nos sentimos prestes a explodir com pensamentos e sentimentos.
Tem muita coisa acontecendo
em um espaço muito pequeno.
Mas quando vemos privadamente
que estamos vazios da mente no centro,
que todo nosso pensar e sentir estão aí, no mundo,
tiramos um grande peso de nossos ombros.
Como é bom estar livres de nossa mente no centro!
E como nossa mente aprecia ser livre desta maneira.
Quando a deixamos retornar ao mundo,
ela respira e se expande.
Ficamos mais criativos
quando não nos agarramos à nossa mente no centro,
quando conscientemente nos abrimos à fonte
. E ficamos mais calorosos e generosos de coração
quando não nos agarramos a ele em nosso centro.
Deixe que fiquem aonde pertencem, aí no mundo.
Tudo Flui Deste Incrível Mistério em Nosso Centro
Situar nossa mente e coração no mundo
não significa que os ignoramos;
ou que deixamos de ser responsáveis pelo que pensamos e sentimos.
Na verdade,
é mais provável que fiquemos mais conscientes e responsáveis,
Nossa mente e nosso coração não estão mais ocultos dentro de nós,
estão fora, no aberto; em frente a nós,
por assim dizer, apenas expostos à clara luz da consciência.
E da maneira que realmente somos,
nós somos não apenas responsáveis pelos pensamentos
e sentimentos que fluem de dentro de nós,
mas por tudo, já que tudo flui
deste incrível mistério em nosso centro.
É claro que como pessoas nós não criamos o mundo,
mas como este mistério, sim.
Experiência - Movimento e Quietude
Uma das situações onde há uma diferença gritante
entre nossa identidade pública e privada é quando nos movimentamos.
Ao sairmos para um passeio ou viajarmos de carro,
todos à nossa volta nos veem em movimento.
Mas estamos nos movimentando, do nosso ponto de vista?
Eu não estou.
Eis aqui uma experiência que você pode fazer
para ver se o mesmo ocorre com você.
Aponte seu dedo para seu rosto e lentamente vá girando.
Para os outros, você está girando enquanto o mundo permanece imóvel
Mas é a mesma coisa, do seu ponto de vista?
Eis a minha experiência:
para além do meu dedo, vejo o mundo girando
Mas desse lado do meu dedo não vejo absolutamente nenhum movimento.
Aqui, no centro, estou imóvel.
É o mundo que está se movendo
Perceba como isso é verdadeiro, onde quer que você esteja em movimento.
Ao caminhar, você está olhando a partir da quietude ilimitada
à medida que o chão se move sob seus pés.
Quando está andando de bicicleta, você não está se movendo;
é a rua que se move,
passando rapidamente sob você.
E quando está em um carro,
desfrutando a paisagem que flui em sua quietude,
você não vai a lugar nenhum, mas o seu destino chega a você.
Paz Profunda e Descanso
Se estivermos apenas conscientes de nossa identidade pública,
então sempre nos veremos em movimento
e isso às vezes pode ser cansativo e estressante.
Nós raramente paramos, raramente descansamos.
Mas se estivermos também conscientes de nossa identidade privada,
conscientes da quietude no âmago de nossa vida,
então encontramos dentro de nós paz e descanso profundos,
mesmo quando estamos na correria.
Ser conscientes dessa quietude interna é profundamente relaxante e energizante.
Experiência - Tocar Nossa Cabeça
“Não podemos ver nossa cabeça”,
você poderia dizer, mas podemos tocá-la.
Vamos fazer uma experiência para ver se isso é verdadeiro.
Toque sua cabeça.
O que você está tocando?
Estou consciente de que para você,
estou tocando minha cabeça,
mas minha experiência é diferente.
Esta é a diferença entre público e privado.
Do meu ponto de vista, minha mão desaparece no espaço vazio,
aqui em meu centro.
E eu experiencio várias sensações.
Mas elas não estão acontecendo em uma cabeça aqui;
estão ocorrendo na consciência ilimitada.
Elas não me solidificam em alguma coisa aqui, não me limitam.
Mesmo quando as estou experienciando,
permaneço vasto e ilimitado.
O que você encontra?
As suas sensações equivalem à sua cabeça,
aí em seu centro, dentro do qual está vivendo?
Ou sua capacidade para suas sensações
é a mesma capacidade para tudo mais?
Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 3A
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 3A
Conteúdo
Introdução Cara-a-não-cara Estresse-a-não-estresse
Introdução
Olá.
Na parte 3 vamos explorar como nossa consciência sem rosto
revela uma perspectiva radicalmente nova em um relacionamento.
Então vamos olhar como estar consciente
desta capacidade desperta em nosso centro
pode nos ajudar a lidar melhor com o estresse e o sofrimento.
Também veremos que a nossa consciência
inclui todos e tudo,
que não estamos distantes de nada
e que estamos olhando a partir de um olho único, ilimitado.
Experiência - Cara-a-não-cara
Uma das áreas em que realmente faz diferença
estar consciente de nossa identidade privada é nos relacionamentos.
Estou consciente de que publicamente estou cara-a-cara com os outros.
Para vocês, agora, estou cara-a-cara com Milka.
Porém, essa é apenas a visão externa de nosso relacionamento.
De nossa perspectiva, é diferente.
Privadamente, estamos cara-a-não-cara um com o outro.
Tenho o rosto de Milka, e ela o meu.
Com a ajuda da câmera vou lhes mostrar o que quero dizer.
Eis a minha experiência:
eu não vejo dois rostos, apenas um
- o da Milka.
Aqui sou capacidade para a Milka.
Ao invés de confrontá-la lá com minha aparência aqui,
estou construído aberto para ela.
Ela está dentro de mim,
um rosto lá e um não-rosto aqui.
Da minha perspectiva,
o Richard desapareceu e foi substituído pela Milka.
Neste sentido, não sou Richard, sou Milka.
Você também está cara-a-não-cara?
Olhe para mim agora.
Você vê seu próprio rosto simultaneamente?
Você está cara-a-cara comigo ou cara-a-não-cara?
Está vivendo por detrás de uma aparência aí,
fechado para todos ao seu redor
ou está construído aberto para os outros?
Na realidade, não estão todos em seu Ser?
É claro que nossas visões, a partir deste espaço, são diferentes.
Por exemplo, ao invés de ter meus pensamentos e sentimentos em seu espaço,
você tem os seus próprios.
De tais maneiras somos diferentes.
Mas aqui no centro não há nada que me separa de você.
Aí eu tenho sua aparência;
aqui encontro esta realidade que não contém o rosto de ninguém,
nem nomes - ela pertence a mim, a você, a todos.
Os Outros São Um Só
Quando nos identificamos apenas com nossa aparência
não é de se estranhar que nos sintamos separados dos demais,
e acabamos agindo a partir do medo, da insegurança.
Mas quando também estamos conscientes
de quem somos realmente, da nossa identidade comum
então nossos relacionamentos e nossa forma de agir
com os demais começam a mudar.
Os outros deixam de ser apenas os outros,
são também nós mesmos.
Estar consciente de que tudo está dentro de nós,
de que todos são a expressão única deste Self uno,
gradualmente nosso medo dos outros começa
a se dissolver e nosso coração se abre
Experiência - Estresse-a-não-estresse
Quando estamos identificamos somente com nossa aparência,
pensamos em nós como estando dentro de nosso corpo.
Então quando experienciamos estresse e sofrimento
é fácil nos sentir sobrecarregados e presos em uma armadilha.
Parece existir apenas estresse e sofrimento, sem escapatória.
Mas quando vemos que não estamos dentro de nosso corpo
- nosso corpo está dentro de nós,
dentro desta capacidade desperta em nosso centro
- descobrimos um santuário sagrado
que não é afetado por nosso estresse e sofrimento.
Ser consciente deste santuário não faz
com que o estresse e o sofrimento desapareçam,
mas disponibiliza um desapego interno com o qual é fácil lidar.
Eis um experimento que explora esse tema.
Olhe sua mão.
Eu não estou olhando minha mão a partir do meu rosto aqui.
Não estou distante da minha mão.
Ela está bem aqui nessa vasta consciência.
Posso ver a forma, a cor e os movimentos da minha mão lá,
a partir dessa capacidade sem forma, incolor e imóvel.
Posso sentir a sensação de minha mão lá,
nesta capacidade livre de sensação aqui
É claro que me identifico com minha mão.
Esta é minha mão, meu corpo, não os seus.
Você tem outro corpo emergindo do vazio de seu centro.
Mas não estou nesta mão;
ela está em mim.
Eu sou minha mão, pois sou capacidade para ela.
Bem agora minhas mãos estão relaxadas.
No centro sou neutro.
Sou capacidade para a sensação relaxada aí.
Ao cerrar a minha mão sinto tensão lá,
mas nada muda aqui em meu centro.
Do mesmo modo que ela é forma aí, ela é não forma aqui,
assim como também há estresse lá e não-estresse aqui.
No centro continuo não sendo afetado, sou livre do estresse.
Ao pressionar gentilmente minha unha contra meu dedo
experiencio desconforto.
O desconforto está lá, em minha mão,
não aqui no meu centro.
Ao realizar este experimento, o que você encontra?
Paz e Liberdade Internas
Ser consciente de que nosso Ser interno
nunca se estressa ou sofre pode fazer uma diferença em nossas vidas.
Quando estamos presentes neste porto seguro dentro de nós,
vemos que nosso estresse e sofrimento estão rodeados por espaço.
Estão acontecendo no silêncio, na clareza.
O estresse e o sofrimento são reais,
assim como essa clareza
E essa clareza nunca é afetada por aquilo que acontece dentro dela.
Ser conscientes de nossa paz e liberdade internas
diminui a probabilidade de ficarmos sobrecarregados
com nosso estresse e sofrimento;
ou de adicionarmos estresse extra a uma situação,
ficando tensos ou resistindo ao que está acontecendo.
Ao invés disto, é mais provável que sejamos capazes de relaxar
e responder calma e eficazmente.
Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 3B
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 3B
Conteúdo
Abraçar o Mundo Nenhuma Distância O Olho Uno
Abraçar o Mundo
Olhando para o meu centro do lugar de onde olho,
encontro capacidade, consciência clara e ilimitada.
Olhando para fora do meu centro,
encontro o mundo.
A coisa mais próxima que vejo no mundo é
o meu próprio corpo sem cabeça.
Você, é claro, verá seu próprio corpo emergindo do vazio de seu centro.
Cada um de nós é capacidade para seu próprio corpo.
Olhando para além de nossos corpos, encontramos outras pessoas.
Sendo capacidade no centro,
nossa consciência agora inclui outros.
Existe uma linha divisória entre nossos corpos,
mas nenhuma linha divisória no centro.
Olhando para fora, encontramos vários;
olhando para dentro, encontramos um
Ao acariciar a cabeça do cachorro da minha amiga,
sou capacidade para ele, cara lá e não-cara aqui.
Cada um de nós é capacidade
não só para outras pessoas como também para os animais.
Fora, na natureza, minha consciência agora
inclui o restante da vida e os arredores.
No centro somos uma consciência única.
Olhando para fora, a partir desta consciência,
encontramos a totalidade do mundo em nós,
desde este corpo humano individual
até a galáxia mais remota.
Nenhuma Linha Divisória no Centro
Essa visão de quem somos tem implicações profundas
na forma de nos relacionar com os demais.
A consciência das diferenças entre nós e outros indivíduos,
entre nações, religiões, raças é importante,
mas é apenas metade da história.
Se essa maneira dividida de ver a nós mesmos for o único modo de nos ver,
então não é de se espantar se experienciamos medo,
ganância, ódio e conflito.
Mas se também notarmos que no centro não há nenhuma linha divisória,
que no centro somos uma única consciência,
que tudo está dentro de nós,
então certamente essa consciência fará uma grande diferença.
Essa não é apenas uma bela ideia na qual possamos acreditar.
Podemos comprová-la sempre que quisermos.
Dar as Boas-vindas à Verdade Completa
A pergunta é:
vamos continuar aceitando somente uma meia verdade,
que continua a nos dividir e a nos conduz tão facilmente aos conflitos
ou vamos acolher a verdade completa?
A verdade de que todas as nossas diferenças estão contidas
nessa consciência única em nosso centro?
O futuro do mundo, sua paz e saúde,
podem depender de dizermos ‘sim’ ou ‘não’
para nossa totalidade, para quem verdadeiramente somos.
Na continuidade da parte 3,
vou guiá-los por mais dois experimentos.
No primeiro,
vamos ver se nosso self interior está distante ou separado de algo.
No segundo,
vamos observar se estamos olhando a partir dos dois olhos humanos
ou do olho divino, uno.
Nenhuma Distância
Não há nada no universo que esteja distante do nosso self interior.
Entre duas coisas há sempre uma distância.
Entre meus polegares existe agora uma distância de aproximadamente 10 cm.
Mas qual a distância entre qualquer coisa
no mundo e o nada consciente em nosso centro?
Ao medir a distância entre a igreja lá e meu centro aqui,
a régua se reduz a um ponto.
Não apenas isso.
Não há nada aqui no centro de onde é possível medir e fixar a ponta da régua.
A igreja lá está bem aqui; não há nenhuma distância.
Tudo está bem aqui,
dentro dessa consciência infinita em nosso centro.
Experimento - O Olho Único
A partir de quantos olhos olhamos?
Para você, de dois, mas para mim, só tenho um
- um olho único que é mais vasto do que o mundo.
Para trazer sua atenção para um olho único,
mantenha suas mãos assim, como se fosse um par de óculos.
Você pode ver dois buracos aí, com uma linha divisória entre eles.
Agora coloque-o sobre seu nariz
e veja o que acontece com essa linha divisória.
Para mim, ela desaparece.
Os dois buracos se tornam um.
Um olho único aqui, que na verdade não é um olho.
Coloque suas mãos à sua frente, assim,
e agora traga-as para trás passando por sua cabeça.
Elas não desaparecem em seu olho único infinito?
E ao trazê-las para frente,
elas não saem desse espaço sem fronteiras em que você está?
Sempre que quisermos, não importa onde estejamos,
podemos ver nosso olho único, esse espaço claro de onde estamos olhando.
E vemos não apenas uma parte dele, nós o vemos em sua totalidade.
Ele é indivisível.
Também não podemos vê-lo de forma imperfeita.
Ele é sempre cristalino para todos.
É claro que a resposta de cada um a esse olho único é diferente,
e nossa própria resposta muda com o tempo.
Mas ao que estamos respondendo,
essa luz interna clara, sempre permanece constante.
Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 4A
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 4A
Conteúdo
Nossa Fabulosa Riqueza O Tempo e o Não Tempo
Nossa Fabulosa Riqueza
Olá.
No início da Parte 1, sugeri uma razão
para olharmos de forma nova para nossa identidade
porque existe um corpo antigo de conhecimento
que afirma que não somos simplesmente humanos.
Externamente somos humanos,
mas internamente somos divinos.
Porém, não lhes pedi para acreditar nesta antiga sabedoria,
nesta afirmação sobre nossa identidade.
Ao invés disso, eu a coloquei em termos modernos,
sugerindo que o que somos no centro
não é como nenhuma de nossas aparências regionais.
Em outras palavras,
o que somos para nós mesmos à distância zero
é o oposto do que somos para os outros, qualquer que seja a distância.
Então, eu o convidei a olhar
para si mesmo a partir de seu centro
para que pudesse ver por si mesmo o que você é à distância zero.
Quando vemos nossa realidade central
descobrimos que somos fabulosamente ricos.
Aqui está uma maneira de ilustrar nossa fabulosa riqueza.
Abre seus braços à sua frente
de forma que você abarcar sua visão.
Visto de fora nosso abraço não é muito grande.
O quanto podemos abarcar entre nossas mãos?
O quanto podemos possuir?
Mesmo sendo ricos, há um limite;
não somos donos das estrelas
Mas a visão de dentro é totalmente diferente.
Abraçar quem verdadeiramente somos é infinitamente vasto.
Entre nossas mãos encontramos a totalidade do universo.
Não há nada fora do nosso Ser.
Somos ricos além de nossos sonhos mais loucos.
Mas o que esta riqueza tem de bom, se ela é privada e não pública?
Não posso fazer nada com meus campos e rios,
meus povoados e cidades, meus oceanos e estrelas.
Isso é certo:
nossa riqueza interna não pode ser explorada externamente nem exibida.
Mas ainda que não possamos gastar nossa riqueza interna
ou mostrá-la aos outros,
eles podem descobri-la dentro de si mesmos;
nossa consciência interna de nossa riqueza
nos confirma a grandiosidade
e glória incomparáveis que somos privadamente.
Nosso Ser mais íntimo é verdadeiramente extraordinário.
E quando dizemos ‘sim’ para este milagre,
para esse Ser infinitamente criativo, rico,
poderoso e amoroso que está dentro de nós,
que é quem somos, então sua criatividade, riqueza,
força e amor fluem em nós e abençoam nossas vidas.
Mantenha a porta aberta para este mistério dentro de si
e você será guiado e ajudado de incontáveis maneiras.
Posso provar que isso é verdadeiro?
Não.
Mas pela minha experiência
e a de muitos outros que dizem ‘sim’ ao que somos
a partir do nosso próprio ponto de vista;
se estiver disposto a olhar para o que você é
e a dizer ‘sim’ para o que encontrar,
estou certo de que não irá se arrepender.
No restante deste filme vamos realizar mais uma experiência
relacionada ao tempo.
Depois exploraremos como a consciência do nosso self privado
é um estágio normal do desenvolvimento humano.
Experimento - O Tempo e o Não Tempo
Se quisermos saber que horas são,
então devemos olhar para o nosso relógio.
Posso ver que agora são quatro horas.
Meu relógio me diz que horas são, aí, a essa distância de mim, no meu pulso.
Que horas são à distância zero,
aqui no meu centro, aí no seu centro?
aqui no meu centro, aí no seu centro?
Bem, vamos dar uma olhada.
Olhando para o meu relógio posso ver o ponteiro dos segundos se movendo.
Os ponteiros do meu relógio
gradualmente marcam a passagem do tempo.
O movimento, a mudança e o tempo caminham juntos.
Quando olho aqui no meu centro,
não vejo nenhum movimento, nenhuma mudança, não vejo o tempo.
Aqui no centro sou atemporal.
Estou olhando a partir desta consciência atemporal aqui para o tempo.
Mesmo assim não existe nenhuma linha divisória
entre esse tempo atemporal aqui e o tempo lá.
É claro que sou consciente de que para os demais eu estou no tempo.
Publicamente, estamos todos no tempo,
mas privadamente o tempo está em nós,
de forma que externamente o tempo vai sobreviver a nós,
, mas internamente não.
Psicólogos dizem que nosso medo mais profundo é a morte.
Quando vemos que no centro o tempo não existe e,
portanto, que a morte não existe,
vemos que nosso medo mais profundo não tem fundamento.
O fato de nosso Ser mais íntimo
não ser um produto do tempo, mas a fonte do tempo,
é uma condição verdadeiramente majestosa
na qual nos encontramos.
Nenhum rei ou rainha se aproxima da grandiosidade
de quem somos no centro.
No entanto, estar grandiosamente acima do tempo
por assim dizer, não significa que ignoramos o mundo,
pois não há nenhuma linha divisória
entre nossa casa eterna e o mundo.
Conscientes de nossa grandiosidade interna atemporal,
é provável que estejamos mais envolvidos no mundo, não menos.
Quem Somos Realmente?
Uma Abordagem Experimental Apresentado por Richard Lang
Parte 4B
Este filme consta de quatro partes. Esta é a Parte 4B
Conteúdo
As Quatro Etapas da Vida Epílogo
As Quatro Etapas da Vida
Ao longo de nossa vida temos sempre dois aspectos.
Temos sempre uma identidade pública e uma privada.
Por um lado, somos indivíduos aos olhos dos outros,
por outro lado, somos capacidade para o mundo.
No entanto, nem sempre estamos conscientes de nossa natureza dual.
Há potencialmente quatro etapas principais em nossa vida,
e à medida que nos movemos por essas etapas,
nossa atenção oscila entre nosso self público e o privado.
Às vezes nosso foco está em um lado, outras vezes, no outro lado.
As quatro etapas principais de nossa vida são o bebê,
a criança, o adulto e aquele que vê.
Etapa 1 - O Bebê
Na primeira etapa do bebê
não éramos conscientes de nossa aparência,
éramos inconscientes de nossa identidade pública.
No entanto, aprendemos a nos ver pelos olhos dos outros.
Conscientes apenas de nosso próprio ponto de vista,
de nossa realidade privada,
não tínhamos um rosto, éramos ilimitados,
espaço para o mundo,
sem colocar isso nestes ou naqueles termos.
Etapa 2 - A Criança
Na segunda etapa da criança
começamos a ter consciência de nossa identidade pública
Vendo a nós mesmos cada vez mais pelos olhos dos outros,
começamos a aprender a assumir responsabilidade
por nós mesmos como indivíduos.
No processo começamos a negligenciar
nossa identidade privada.
Mas nossa atenção era inconstante.
Com frequência nós nos esquecíamos de nossa identidade pública,
nos perdendo totalmente no que estávamos fazendo.
Mas à medida que crescíamos,
esses períodos de liberdade e abertura inconscientes
surgiam com menos frequência e desapareciam mais rapidamente.
Etapa 3 - O Adulto
Na terceira etapa do adulto,
nós nos identificamos profundamente com nossa identidade pública.
Ao ver a nós mesmos como os outros
não temos a menor dúvida de ser o que aparentamos.
Nesse estágio, negamos a realidade de quem verdadeiramente somos.
Parece que o preço de genuinamente nos tornar uma pessoa
é a perda do nosso self privado.
Podemos não perdê-lo por muito tempo, mas precisamos perdê-lo.
Muitos benefícios fluem do fato de nos tornarmos um indivíduo.
Mas embora não saibamos disso,
gora estamos cortados de nosso centro e fonte.
Não é incomum sentir que algo não está bem,
que estamos perdendo algo importante.
Etapa 4 - Aquele que Vê
Felizmente, essa não precisa ser o fim da nossa jornada.
Podemos avançar para a quarta etapa daquele que vê,
onde descobrimos a realidade do nosso self privado
e começar a nos nutrir com esse imenso poder de cura.
Ao ver quem verdadeiramente somos no centro,
começamos a viver uma vida dual verdadeiramente equilibrada
- tanto privada quanto pública; tanto pública quanto privada.
Uma das boas coisas de se perder contato
com nosso self privado é que crescemos,
e quando retornamos a ele nós o vemos com novos olhos.
Parece que precisamos sair de casa
para realmente apreciar o significado da
‘nossa casa’ e quão maravilhosa ela é.
E como nossa individualidade
não desaparece quando vemos quem verdadeiramente somos,
agora podemos celebrar nossa consciência única
com várias vozes.
Uma Mudança na Consciência
Essas etapas são um mapa para nossa vida individual.
Elas são também, em termos gerais,
um mapa para a humanidade como um todo
Em um passado remoto
os seres humanos não eram muito conscientes de si mesmos.
Não tínhamos uma ideia firme de ser separados do mundo à nossa volta.
Mais recentemente,
nós nos tornamos altamente conscientes de sermos humanos,
de estarmos distantes de outras formas de vida no planeta.
No entanto, essa visão sobre nós mesmos está mudando.
Há muitas indicações de que estamos nos movendo para a próxima etapa,
onde somos não apenas conscientes de sermos separados do mundo,
mas também de ser capacidade para o mundo.
Se estiver consciente agora de ser capacidade para o mundo,
então você é a evidência desta mudança.
Tomara que um número suficiente de pessoas desperte
suficientemente rápido para afetar a consciência geral da humanidade.
A sobrevivência da civilização e da vida como as conhecemos
pode depender dessa mudança na consciência,
com a humanidade reconhecendo que, na verdade,
ela é capacidade para outras espécies e para o meio ambiente.
Epílogo
Neste filme apresentamos uma mensagem espiritual tradicional
em termos modernos.
A mensagem tradicional foi expressa de várias maneiras,
dependendo da época e da cultura.
Mas uma forma de expressá-la é que não somos apenas humanos,
mas também divinos.
Se olharmos consistentemente para nossa natureza divina,
nossa vida será abençoada.
Neste filme descrevemos essa mensagem espiritual
em termos físicos.
No centro não somos o que aparentamos ser a certa distância.
Ao invés de pedir-lhes que acreditem nessa afirmação,
fizemos experiências que a comprovaram.
E então exploramos algumas das implicações
de se viver conscientemente a partir de nosso centro.
Essa maneira moderna de comprovar esta antiga mensagem
foi desenvolvida pelo filósofo Douglas Harding.
Se quiserem saber mais sobre Douglas,
visitem nosso site.
Lá você encontrará muito mais informações sobre essa abordagem experimental.
Meu mais profundo agradecimento a Douglas Harding
Meu agradecimento também a Catherine Harding por seu apoio
Gratidão a Milka por todo seu apoio e amor.
Este filme foi escrito, gravado, apresentado e editado,
e a música composta por Richard Lang, 2010.
Tradução Ivana Portella Hoch