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Pensa-se que existe uma linha subtil entre o amor e o ódio
eu… tenho o horror de vos declarar a guerra
por esta paz que não existe de todo pelas vossas palavras em jeito de engodo
por pescarem e conspurcarem as boas almas cá de baixo pela baixeza de cada vosso golpe baixo
por abafarem com dura mão os gritos de alarme e de aflição
por conterem o som das lágrimas dos que foram reduzidos ao silêncio, dos que são oprimidos,
dos que recebem no quotidiano as tristes lições da sua realidade na imprensa…
vós não me tereis… eu tenho o horror de vos declarar a guerra
pelas vossas mentiras que minam as nossas esperanças
pelos vossos planos de acções que tomam forma de espinheiros
por darem falsamente um sentido às nossas errâncias
por aumentarem a cada instante, em todas as instâncias,
o fosso das nossas diferenças e o perigo da indiferença…
vós não me tereis… eu tenho o horror de vos declarar a guerra
eu… mulher da cidade… emancipada…
incitada pela opacidade… da transparência que dizeis instaurada…
nas malhas e nas falhas da nossa sociedade…
isso é uma treta! ou então, fui vítima de uma grave cegueira… não!
aí há realmente uma necessidade, uma urgência de ver,
e de haver homens e mulheres mais justas à frente do que se diz ser supostamente o nosso país…
mas quanto tempo mais teremos de pagar, da nossa própria pessoa tirar,
até que essas pessoas tão apropriadas deixem de empinar o nariz e soe a chegada da paz,
do leite e do mel… para quando a ordem, em todo este bordel!!
Pensa-se que existe uma linha subtil entre o amor e o ódio
eu… tenho a honra de vos declarar o horror das minhas quatro verdades:
1 por todas estas bocas que já não tocam numa única colher desde ontem, anteontem, agora desde há muito
2 por todas estas mãos danificadas que penam a pentear os ABCD dos seus próprios nomes
3 por todos os bens mal adquiridos dos que não quiseram suar mas que só souberam matar graças à vossa amiga “a insegurança”
4 pela tranquilidade que vós não mereceis e pelo sossego que vos deveria abandonar por tudo isso…
tenho o horror de vos declarar a guerra
mas não vos inquieteis, mesmo que se pense que existe uma linha subtil entre o amor e o ódio
eu… eu não posso odiar-vos… porque no fundo nunca vos consegui dizer « amo-te »…
mesmo assim sendo… atenção
existe um limite para a paciência deste povo que tem fome
destas almas que tendes grande prazer em fazer sofrer…
sabei meus caros pequenos reis e rainhas que depois do três, vão nascer todos os vossos problemas
em nome do 1, do 2 e do três … cidadã, cidadão, … de pé, acorda de vez!!!!