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Meu nome é Jan Chozen Bays e eu sou uma mestra Zen e moro em um monastério em Oregon chamado Great Vow e lá eu ensino e também trabalho como pediatra, especificamente na área de abuso infantil.
Em meu trabalho com abuso infantil, quase sempre converso com o perpetrador, por exemplo, eu posso visitar uma criança no hospital na UTI que está com lesão cerebral e que o suporte da vida irá ser desligado, por estar em morte cerebral.
E ao entrevistar a família e reconstruir os detalhes de como isto aconteceu, muitas vezes eu sei quem fez isto.
Porque eles são uma linha do tempo em volta da lesão cerebral. Então ali está a pessoa, bem na minha frente, que matou esta criança. Então, como eu trabalho com isto?
E, muitas pessoas ficam muito iradas. Pessoas responsáveis pelo lado da justiça, muitas vezes me dizem: "Eu só quero estrangulá-los." Mas isso não ajuda.
Então, nós temos que entender que a maioria desses pais, a maioria dos que fazem isto, o fazem por causa do seu próprio sofrimento.
E tentam jogar parte dos seus sofrimentos nesta criança inocente, ou o fazem isso por ignorância.
Eles são ignorantes em como ser um pai ou uma mãe... ninguém os ensinou como educar um filho ou como lidar com uma criança que chora.
Ou perpetuam seu próprio abuso.
Muitos deles, quando você conversa com eles, sofreram abuso quando criança, cresceram sem tratamento.
Se me coração está aberto para a criança, este deveria estar aberto para o adulto com a criança abusada dentro dele, implorando ajuda e apenas se debatendo, criando mais sofrimento.
... O perdão em um Mundo imperfeito ...
O perdão tem que ser agora. Precisamos trabalhar nisso agora.
Através da limpeza e purificação da nossa mente, da nossa raiva, da nossa própria angústia. No imperfeição do mundo.
... O perdão como uma Prática ...
O perdão é uma experiência e é uma prática ativa.
Então existiria duas situações pessoais.
Uma seria que você prejudicou alguém ou eles lhe dizem que eles prejudicaram você.
Por exemplo: "Sim, eu fiz isso." E esta pessoa sente-se prejudicada. E cabe a mim fazer algo, cuidar disso, se posso.
Se estão vivos e se estão dispostos a se comunicar comigo.
Ai então, pedir desculpas seria o início da prática e acho que isto é uma prática muito difícil, a de admitir que estamos errados e pedir desculpas.
... E se Você Pensa que Você Foi Magoado ...
Então, vamos dizer que você sinta não só o coração triste ou o coração dolorido, mas sente raiva. Ou você sente o desejo de se vingar contra a pessoa.
A mente fica inquieta, angustiada.
É de medo.
Então, uma das minhas experiências básicas e ensinamentos são que debaixo da raiva, há sempre medo.
E se você consegue descobrir o que o medo é, então, a raiva começa a se dissolver.
Digamos que alguém falou mal de mim e isto não era correto e eu me sinto magoado e depois sinto raiva.
Eu digo: "Ok, bom, o meu medo é sobre o que?"
Bem, o que ouço é que essa pessoa continuará dizendo estas coisas e os outros serão influenciadas por isso e vão pensar que eu sou uma pessoa má.
Ou vou perder a minha habilidade de ensinar.
Você pode chegar a uma conclusão lógica, que geralmente é: "Eu vou morrer sozinho debaixo de uma ponte." (risos)
Mas ai você diz: "Bem, eu morro sozinho debaixo da ponte. Qual é o problema? (risos)
Mas, é muito engraçado, porque quase tudo que as pessoas receiam, se continuar dizendo: "Bem, então e daí?" isso acaba com "eu vou morrer sozinho debaixo de uma ponte." (risos)
Isso é exatamente o que a mente diz, a mente só vai dali para desastre, assim mesmo.
Mas, se você pode passar por esse processo, então a raiva começa a se dissolver.
Prática... Prática... Prática
Penso que até perdoarmos, neste caso, até que eu tenha purificado meu coração de sua raiva ou angústia para com esta pessoa ou situação, até fazer isso, não a poderei amar.
Eu tenho que limpar meu coração de todos os pequenos nós e lugares ácidos lá dentro. E então eu posso amar.