Tip:
Highlight text to annotate it
X
A vida de uma ave no País de Gales deve ser maravilhosa. Uma vida feita no céu.
Tudo isto, mas...
As aves têm de trabalhar desde o amanhecer até ao anoitecer para encontrar alimento e água.
Se não o fizerem, morrerão.
Elas têm que lutar também contra os elementos.
A sobrevivência, especialmente durante o Inverno, é sempre difícil.
E durante a Primavera, estão ocupadas a cuidar das suas famílias.
Elas também têm que lidar conosco
e encontrar uma maneira de sobreviver na nossa paisagem artificial.
Nesta série, irei descobrir como é realmente a vida de uma ave no País de Gales.
Irei descobrir a grande quantidade de espécies que temos aqui
e irei investigar as suas vidas secretas.
Estes pombos torcazes nidificaram no centro de Cardiff.
O casal demorou uma semana para construir o ninho.
A fêmea já pôs os ovos.
Durante três semanas, tanto o macho como a fêmea revezam-se com a incubação.
As crias nasceram há quatro dias.
Tudo está a correr bem.
E de repente, um desastre acontece.
Um gavião fêmea localiza o ninho.
O pombo foge, incapaz de defender as suas crias contra um predador tão poderoso.
O gavião mata as crias e come-as.
Esta é a dura realidade da vida.
Neste episódio, irei descobrir como é que as aves se protegem de serem mortas e comidas
e como é que elas próprias evitam morrer de fome e de frio.
Nesta floresta em Anglesey, uma ave tomou uma decisão
que pode reduzir significativamente as hipóteses de sobrevivência das suas crias.
Isto é realmente estranho.
É óbvio que é Outono, há folhas por todo o lado,
todas as árvores mudaram as cores,
mas chegue até aqui e observe isto.
Aqui, mesmo em frente de mim, na base deste tronco,
logo ali em baixo, está um pato real sentado sobre os ovos,
no meio de Outubro!
Os patos reais nidificam geralmente entre finais de Fevereiro e Julho, inícios de Agosto talvez,
então porque é este pato real está a nidificar agora?
Tivemos um mês realmente moderado, tempo quente,
e eu acho que eles estão confusos, devem pensar que é Primavera,
devem ter pensado, "Oh, uau, vamos acasalar, vamos pôr ovos."
E foi exactamente o que eles fizeram.
Ela encontra-se realmente bem escondida na base deste tronco.
Com o Inverno a aproximar-se, as hipóteses deste pato real criar uma família são escassas.
Mesmo que os ovos choquem, com o tempo a tornar-se gradualmente mais frio,
a sobrevivência torna-se extremamente difícil para uma ave jovem.
E é por isso que a maioria das aves nidificam na Primavera.
As temperaturas mais quentes significam que há uma maior riqueza de alimentos disponíveis em terra e no mar.
É uma época em que tudo ganha vida.
E para as aves florestais principalmente,
isto coincide com um excesso de lagartas comedoras de folhas.
E esta é uma das razões porque as aves migradoras viajam até ao País de Gales na Primavera.
Para garantir que as suas crias possuam as melhores hipóteses de sobrevivência,
aves como a felosa musical viajaram desde o norte de África até uma paisagem rica em alimentos.
Nesta quinta num planalto perto de Bala, um belo rabirruivo de testa branca macho está a alimentar as crias.
Ele também veio de África.
Os rabirruivos de testa branca nidificam em buracos de árvores,
mas este casal decidiu utilizar uma cavidade na parede de um celeiro.
A fêmea é menos colorida
e partilha as responsabilidades da alimentação com o macho.
Com muitas larvas de insectos, mesmo aqui nas terras altas durante a Primavera,
as suas crias possuem todo o alimento de que necessitam para sobreviver.
A maioria das pequenas aves migradoras que viajam até ao País de Gales no Verão são insectívoras.
E trata-se de uma época do ano em que os insectos são abundantes.
Estas andorinhas das chaminés estão a alimentar-se em Brecon Beacons.
O facto do nosso clima ser húmido e moderado, faz emergir enxames de pequenos insectos
e isso é essencial para a sobrevivência das andorinhas.
E os insectos continuam a voar, mesmo num dia mau de Verão.
As aves são criaturas incríveis.
Está realmente um dia Galês frio, miserável e molhado,
e mesmo assim, meia dúzia de andorinhas das chaminés, alimentam-se sobre a água.
Mesmo com o tempo como este, elas têm que se alimentar,
porque elas possuem crias no ninho.
Normalmente observamos-as a alimentarem-se alto sobre as árvores
ou no céu, porque num dia quente, é onde estão os insectos.
Mas agora, está frio e húmido e os insectos foram puxados para baixo,
então elas estão a alimentar-se acima da superfície da água e ao longo das margens.
Elas voam com os seus bicos abertos como um aspirador,
elas irão aspirar os insectos
e capturam dezenas, às vezes até centenas de cada vez,
depois irão regressar e alimentar as suas crias.
Estas lagoas situam-se em Cwm Darran, perto de Merthyr Tydfil.
Mais em cima na charneca, por cima do vale, as petinhas dos prados estão a nidificar.
Este casal tem tido sucesso em criar crias saudáveis.
Outras petinhas podem não se sair tão bem.
Surgiu um cuco
e isto pode ter um grande efeito na sobrevivência de uma cria de petinha.
Esta fêmea está a patrulhar a charneca, à procura de um lugar para pôr um ovo.
E isto é o que o cuco tem estado à procura.
Este ninho encontra-se escondido, debaixo dos fetos.
O cuco empoleirou-se sobre os pilares, lá em baixo,
onde possui uma óptima vista em seu redor desta área.
Ela espera que a petinha deixe o seu ninho, voa até ao ninho,
coloca um ovo lá dentro e os cucos que parasitam as petinhas dos prados
fazem com que os seus ovos sejam parecidos com os ovos das petinhas dos prados.
Esse ovo irá eclodir, a cria irá atirar para fora todos os outros ovos,
de modo a que a petinha do prado adulta apenas alimente esta única cria.
As petinhas dos prados irão fazer todos os possíveis para afugentar o cuco.
Uma vez detectado, será assediado incessantemente.
Não apenas por ser um cuco mas porque geralmente é parecido com uma ave de rapina
que poderia matar as suas crias.
A petinha também irá tentar esconder a sua aproximação ao ninho,
mas, inevitavelmente, o cuco terá sucesso.
Ele irá conseguir pôr um ovo no ninho.
O seu ovo à esquerda é apenas ligeiramente diferente.
Enquanto os outros possuem uma mancha escura na extremidade,
o do cuco não.
Após duas semanas, nasce uma vigorosa cria de cuco.
Possui umas garras especiais na ponta das suas asas imaturas
que lhe permite agarrar os lados do ninho e deitar fora os outros ovos.
Ele eventualmente irá fazer isto e a vontade dos pais será tão forte
que as petinhas dos prados irão continuar a alimentar a cria de cuco,
mesmo que seja a única cria restante e bem diferente das suas próprias crias.
É cruel para as petinhas dos prados, mas essencial para o cuco.
Esconder o ninho dos predadores é uma parte crucial da sobrevivência.
As aves possuem diferentes maneiras de fazer isso.
Escondidos nos arbustos,
dentro das árvores,
em penhascos inacessíveis,
no solo,
dentro e em torno dos edifícios.
Enquanto os maçaricos reais são muitas vezes observados em estuários no Inverno,
eles nidificam no solo do interior.
E um maçarico real optou por um campo perto de Newtown.
É um local típico para um maçarico real nidificar, mas não é realmente um ninho típico
porque geralmente, eles colocam três ou quatro ovos.
Há apenas um aqui. O que terá acontecido? Eu não sei.
É difícil dizer. Pode bem ter sido um arminho ou uma raposa que se alimentou dos outros ovos,
ou pode ter tentado nidificar noutro lugar, falhou, e ela só teve tempo de pôr apenas mais um ovo.
É uma situação típica pois eles adoram estes campos de erva.
Trata-se de uma ave grande, por isso precisam de uma cobertura alta, ela irá esconder-se aqui
com os ovos e, mesmo que ela tenha de voar, encontra-se bem camuflada.
Na nossa mente, normalmente, a erva é mais ou menos assim,
mas a partir do ar, não conseguimos ver absolutamente nada.
Acho melhor deixá-la.
É difícil ser um maçarico real no País de Gales.
Há poucos casais nidificantes,
bem como poucos habitats adequados para eles.
Grande parte da paisagem Galesa é terra nua
e predadores, como corvos e águias de asa redonda, rapidamente encontram os ovos e as crias.
Algumas aves não possuem um ninho para se esconderem. Elas simplesmente escondem-se com uma camuflagem excelente.
Esta cria foi deixada pelos seus progenitores na terra despida em Resolven, no Vale de Neath.
Se formos uma ave que decidiu nidificar no solo,
então teremos que estar muito bem camuflados e as nossas crias precisam de estar também, muito bem camufladas.
E a única ave da Grã-Bretanha que sabe fazer isto é o noitibó.
A apenas alguns centímetros de mim está uma cria de noitibó.
São quase 09:00 e os progenitores saíram para caçar
e deixaram a sua cria para trás, no chão tal como esta,
completamente confiante de que se encontra tão bem camuflada
que nunca será encontrada por qualquer raposa ou texugo de passagem,
ou por qualquer outro predador.
E encontrar um cria como esta numa área assim
é quase impossível.
Não saindo do mesmo sítio, a cria permanece sempre muito imóvel,
mesmo de noite, mas quando os progenitores voltam da caça,
abandona o esconderijo e corre para receber o jantar.
A cria é alimentada com insectos, provavelmente traças.
Isto é Traeth Lafan no Estreito de Menai, na costa norte do País de Gales.
É um dos melhores locais no País de Gales para observar aves limícolas.
Enquanto se alimentam num local aberto e exposto,
as aves precisam de se proteger ou serão mortas pelos predadores.
E o método mais eficaz de fazer isso num estuário aberto
é mantendo-se juntas em bando.
Isto é ainda mais importante na maré alta,
quando a alimentação pára e as aves reuném-se para descansar.
Devem estar aqui mais de 1.000 ostraceiros,
todos reunidos nesta enseada aqui.
Está maré alta, e a água encaminha-os para fora de Traeth Lafan,
para o último local de segurança, este pedaço linear de terra.
E há uma grande vantagem para isto.
Esta área é regularmente frequentada por falcões peregrinos.
Os falcões peregrinos caçam ostraceiros.
Se formos uma ave entre 1.000,
é muito mais seguro do que estarmos por conta própria aqui.
O sinal revelador de um falcão peregrino a caçar
é a visão dos bandos a virarem e a rodopiarem para escaparem à captura.
Este é um macho. Ele pousou para avaliar o cenário.
Uma fêmea, provavelmente a sua parceira, está também a caçar.
O problema para um falcão peregrino, numa área aberta como esta,
é que ele será sempre imediatamente visto pelas suas presas.
Mas ele possui a velocidade e uma estratégia.
Ele ataca a baixa altitude de modo a dispersar as aves.
Na confusão, alguma pode ser capturada.
Ao ser a criatura viva mais rápida
com um mergulho que pode atingir uma velocidade de 120 quilómetros por segundo,
esta estratégia realmente funciona.
Mas nem sempre.
Uma parte essencial da sobrevivência é a higiene pessoal.
As aves alisam constantemente as suas penas.
Elas fazem isto para manterem as suas penas em boas condições.
Se elas estiverem danificadas, elas não podem voar e não conseguem escapar aos predadores
ou encontrar alimento.
Também não serão capazes de usar as suas penas para se aquecerem durante o tempo frio.
Elas trabalham meticulosamente em cada pena,
certificando-se que todas as partes intricadas estão no lugar certo.
A maioria das aves possui uma glândula de óleo por cima da cauda
e usam o bico para espalhar o óleo sobre as penas.
Isto mantém a flexibilidade das asas
e torna o corpo impermeável.
Para as aves aquáticas, como o pato real, isto é essencial.
E no Verão, elas sempre podem dar um bom mergulho, apenas para se manterem frescas.
Durante Agosto e Setembro,
os migradores que passaram o o Verão no País de Gales partem à procura de um clima mais quente em África.
Muitos são insectívoros e o fornecimento de insectos em breve irá diminuir no País de Gales.
Para sobreviverem, eles precisam de viajar para sul para encontrarem alimento.
Mas alguns migradores chegam ao País de Gales durante o Outono.
Eles vêm até aqui para escaparem ao tempo frio que se faz sentir mais a norte.
Estes são cisnes bravos
e voaram desde a Islândia até este campo perto de Porthmadog.
Os cisnes bravos alimentam-se de vegetação
e isso, no baixo Ártico, encontra-se coberto de gelo e neve.
Aqui no País de Gales, a erva está disponível durante todo o Inverno.
Numa praia em Rhyl, outra ave migradora viajou ainda mais longe para estar no País de Gales.
Estas pequenas aves vieram directamente do Círculo Ártico.
São escrevedeiras das neves, pequenas aves formidáveis.
E tendemos a associá-las ao Ártico
ou ao topo dos Cairngorms, e é aí que elas se reproduzem,
mas no Inverno, elas descem para áreas mais baixas.
Um dos seus locais preferidos e regulares é esta praia no norte de Gales.
Então, porque vêem até aqui? Não é a praia mais bela do mundo.
Mas a razão é esta, sementes. Elas são comedoras de sementes, como todas as escrevedeiras.
As sementes transportadas pelo vento ficam presas debaixo dos seixos na praia
e por entre esta vegetação, este feno das praias aqui.
É ideal para elas e porque a praia é suficientemente longa,
se esgotarem o fornecimento em pequenas áreas, tudo o que têm de fazer
é moverem-se um pouco e depois moverem-se novamente.
Há alimento suficiente aqui para sustentá-las durante todo o Inverno.
É incrível pensar que este pequeno bando de aves
viajou de tão longe para estar nesta praia.
Enquanto houver alimento para elas aqui, elas irão continuar a fazê-lo nas gerações vindouras.
Os migradores também chegam ao País de Gales vindos da Europa continental durante o Inverno
para escaparem ao clima continental frio.
Tordos zornais e tordos ruivos migraram desde a Escandinávia.
Milhares de estorninhos chegam de todas as partes da Europa.
E todo eles chegam durante um tempo de abundância - a colheita de Outono.
Estes estão a alimentar-se de bagas do espinheiro.
Um dos migradores é particularmente esplêndido.
Estes são picoteiros e chegaram a Towyn no norte do País de Gales.
Os picoteiros normalmente terminam a sua viagem nas nossas costas
apenas quando há uma colheita pobre em bagas
no seu próprio lar na Escandinávia.
Para sobreviverem, eles continuam a mover-se para oeste até encontrarem uma colheita decente.
As aves locais que permanecem aqui durante todo o ano
têm de competir com os migradores de Inverno pelas bagas.
É um caso de comerem o máximo que puderem enquanto dura.
Mas as bagas rapidamente se esgotam.
Então, eles literalmente terão de raspar e escavar para sobreviver.
Qualquer folha pode esconder alguma larva ou um verme.
E enquanto o solo permanecer macio durante a maioria do Inverno, eles permanecem por aqui.
Mas, se o tempo se tornar mais frio, a vida torna-se mais difícil.
Estes são os Brecon Beacons em meados de Inverno.
É um período particularmente frio.
Todas as fontes de alimento foram cobertas pela neve e pelo gelo.
Eu adoro este tempo. Por toda a parte tudo está completamente branco.
Mas não é tão bom para as aves
porque com a neve a cobrir os campos, não há alimento para elas.
No entanto, atrás de mim, há um campo repleto de aveia
e isto é um íman para dezenas de pequenas aves.
Esta pequena área de campo pode ser a diferença entra a vida e a morte para elas.
Estas aves estão com sorte.
Este terreno tem sido usado para alimentar as aves em Slwch Farm, Brecon.
As sementes dos cereais foram deixadas para o seu benefício.
E estão todos aqui.
Tentilhões.
Uma escrevedeira amarela.
Escrevedeiras dos caniços.
E também, tentilhões monteses.
Eles são um dos migradores que vêm para o País de Gales
à procura de um Inverno mais quente, mas não hoje.
E eles não são as únicas aves famintas em redor.
O Inverno é também uma época difícil para os gaviões.
E com muitas das suas presas preferidas atraídas para este lugar,
não demora muito tempo até as encontrar.
Ao atacar rapidamente, ele percorre as sebes, tentando perseguir a sua presa.
Tudo aquilo que as aves pequenas podem fazer é abrigarem-se ou manterem-se quietas no solo.
Elas estão com tanta fome,
que devem voltar a alimentar-se assim que for seguro fazê-lo.
Trata-se de uma escolha entre morrer à fome ou ser comido.
As aves grandes também têm problemas em encontrar alimento durante o Inverno.
A maioria delas sobrevive por possuir uma dieta variada.
Quando pensamos em águias de asa redonda,
imaginamos uma ave de rapina poderosa que mata para se alimentar.
E, às vezes, elas capturam coelhos, pequenas aves e crias.
Mas também se alimentam de vermes.
Muitas vezes observamos as águias de asa redonda num campo a escavar á procura de uma refeição.
Estas estão numa quinta perto de Trecastle em Brecon Beacons.
Acredita-se que as águias de asa redonda são comuns no País de Gales
porque existe muito pasto rico em vermes disponível para elas.
As águias de asa redonda são também necrófagas
e durante uma onda de frio quando o solo é duro,
elas percorrem a paisagem à procura de animais mortos.
Esta encontrou uma carcaça nas terras altas perto de Dolgellau.
A carcaça já foi aberta pelos corvos.
Por causa do seu pequeno bico,
é difícil para uma águia de asa redonda abrir uma carcaça.
É dependente de um corvo para fazer isso.
Ele possui o bico perfeito para rasgar.
Uma vez aberta, a águia de asa redonda consegue alcançar facilmente o tecido exposto.
Os estuários do País de Gales são conhecidos pelas suas aves invernantes,
milhares delas reuném-se aqui vindas do gélido Ártico
e de certas partes da Europa á procura de alimento.
Este é o Estuário de Mawddach perto de Dolgellau.
Ocasionalmente, os nossos Invernos são tão severos,
que os estuários tornam-se tão inóspitos
como os locais de onde as aves vieram.
Eu nunca tinha visto o Estuário de Mawddach assim.
Está tudo gelado, e porque temos tido uma sucessão de Invernos amenos,
eu acho que nós tendemos a esquecer que de vez em quando,
quando nós temos um Inverno muito rígido, até mesmo os nossos estuários congelam.
E isto é uma péssima notícia para centenas de milhares de aves que fogem do frio
do Ártico russo, do Extremo Oriente, só para chegarem aqui.
Por isso, vai ser extremamente difícil para elas.
Para ser honesto, isto aqui parece mais o Ártico.
Durante uma onda de frio, o Estuário de Conwy está congelado.
Embora a paisagem Galesa possa parecer bela num dia frio de Inverno,
trata-se de um terreno pobre em termos de alimento para as aves.
Para o maçarico real que precisa de sondar profundamente a lama para encontrar alimento,
isto torna-se uma tarefa impossível se o solo estiver congelado.
Felizmente, os pequenos canais fluviais descongelados
actuam como artérias de vida através da paisagem ártica.
Aqui, muitas aves podem alimentar-se normalmente,
usando os seus bicos para arpoar os pequenos seres enterrados na lama.
Estas são as condições mais desafiadoras de sobrevivência.
Durante um Inverno rigoroso, muitas aves morrerão,
especialmente mais para o interior.
E é por isso que é importante dar-lhes um pouco de ajuda quando as coisas se tornam difíceis.
Em troca, as aves que estão familiarizadas com as pessoas fornecem um grande espetáculo.
E no próximo episódio,
eu irei observar as diferentes formas que as aves possuem para se adaptarem a nós.
Como elas usam as paisagens que nós criámos,
as estruturas que nós construímos, e os materiais que nós rejeitamos.