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Momento de Reflexão
A PACIÊNCIA
Caríssimos Irmãos e Irmãs: Meditemos hoje sobre a bela virtude da Paciência.
Precisamos tanto desta virtude!
“Existem duas classes de Paciência:
A) - aquela puramente humana que encontra a sua justificação na presença de valores na outra pessoa.
B) – e a paciência autenticamente cristã, aquela pela qual nos entranhamos na problemática do irmão,
bloqueado por misérias e faltas morais dele mesmo.
1 – Devemos também ser conscientes que nós também somos fracos, e imperfeitos.
Cristo no-lo lembra com o conhecido ditado:
“Não julgueis para não serdes julgados, pois, conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados;
e com a medida com que medirdes, assim sereis medidos.
Porque reparas no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho?
Como ousas tu dizer ao teu irmão:
deixa-me tirar o argueiro do teu olho, tendo tu uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás para tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
Um provérbio oriental diz:
“Antes de olhares para a sujidade da cidade e queixar-te dela, limpa o quarto da tua casa.”
Paul Claudel dirigiu, um dia, esta repreensão a um jovem que se queixava de não ser aceite pelos outros:
“Meu rapaz, não te inquietes demasiado por não ser compreendido pelos outros;
antes, pergunta-te a ti mesmo o que é que tu fazes para compreender e suportar os outros.”
S. Paulo, com um estilo mais sintético e eficaz, recomenda-nos que nos suportemos uns aos outros (Gal.6,2):
é um dever de justiça!
2 – É bom, finalmente, reconhecer que, para realizar um verdadeiro diálogo,
é necessário calma, distensão, PACIÊNCIA!
Quem se deixa dominar pelos nervos, corre o perigo de não saber distinguir bem as coisas justas:
é como querer olhar pelo binóculo quando temos as mãos a tremer;
é como querer enfiar a agulha quando estamos dançando.
Conta-se que o Imperador Romano, Júlio César, homem voluntarioso,
tinha o hábito de contar mentalmente até vinte, antes de responder,
se tivesse nervos tensos ou fosse provocado por alguém.
Um chefe da tribo de Madagáscar, grande ilha do Oceano Índico, aconselha:
“Se brigaste com um teu irmão e queres matá-lo, disse o chefe a um dos seus, antes senta-te;
enche de tabaco o teu cachimbo e fuma...fuma...fuma...
No fim, terás dado conta que a morte para aquele teu inimigo
é uma punição demasiado grave pela falta que cometeu;
então resolverás de dar-lhe só umas boas pancadas...
Mas, enche, pela segunda vez, o teu cachimbo e fuma.., fuma..., fuma até ao fim.
No fim, convencer-te-ás que, em vez de muitas pancadas, poderiam bastar umas repreensões.
Quando, porém, tiveres enchido o cachimbo pela terceira vez e tiveres acabado de fumar,
então, conclui o chefe, convencer-te-ás que é melhor ires junto do teu irmão e abraça-lo.”
É fruto de experiência: quanto mais avançamos nos anos, na vida, mais nos sentimos dispostos para a indulgência.
Também, é mesmo por isso que Deus é toda Bondade: ELE É ETERNIDADE!
A Bênção de Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo
desça sobre vós com toda a sua paciência e permaneça para sempre. – Ámen.