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A Fundação Prem Rawat
A Fundação Prem Rawat apresenta
Paz
Paz cá fora
A história da Educação para a Paz continua
A semana passada tive a oportunidade de jantar com alguns participantes
que frequentaram o Programa para a Paz.
Trouxeram as famílias, estão com bom aspeto e saudáveis
e estão com um ar muito positivo.
Estás bom?
Quando saí, estava nervoso.
Há imensos obstáculos que é preciso ultrapasar.
Já não temos comida, água, teto, roupa...
Temos muito que fazer quando saímos. Era assustador.
Todos os dias tens de estar positivo e pensar positivo...
Não vou deixar esta pessoa pegar comigo hoje.
Ex-recluso Sigee e ex-recluso Chase
Falavam muito do que se passava vida deles
e foi bom estar com eles outra vez,
ver, de facto, o que estava a acontecer.
Esta mensagem afetou-me tanto
que eu vou fazer tudo o que puder para ajudar a divulgar a mensagem.
Ouvíamos eles falarem,
mas vê-los, mesmo, era uma experiência boa
e mostrava a eficácia do programa.
Gosto de lidar com pessoas, gosto de falar com pessoas, gosto...
de ver o progresso nas pessoas, ainda acredito nisso, não é demasiado tarde.
Agora posso dizer, independente de tudo, vai melhorar.
Ter pessoas à volta encoraja-me, basta ter paciência.
Por isso, a minha esperança é: hoje, não perder a minha paz.
A minha esperança hoje é: cada dia é novo, não ficar agarrado ao passado.
Avançar. Estou muito feliz hoje.
Estou!
No dia seguinte
Estudantes da Educação para a Paz na prisão de Dominguez que voltaram para a sociedade
foram convidados a falar numa reunião aberta da Associação do Serviço Comunitário do Texas (TCSA).
Os membros da TCSA são agentes de liberdade condicional, cujo foco é promover a educação
e o melhor uso dos serviços comunitários para delinquentes adultos e juvenis.
Eu queria vir aqui hoje, porque acredito que o trabalho que fazem
ao pôr contacto humano no nosso sistema criminal,
e ajudar pessoas a ganhar uma segunda oportunidade na vida
é muito importante.
Bem-vindos a San Antonio...
São todos-vindos a San Antonio. Quem é da cidade, quem é de San Antonio?
É a apresentação final da nossa conferência. É o Programa de Educação para a Paz
que foi patrocinado pela Fundação Prem Rawat
e foi implementado na Prisão Estadual de Dominguez.
É um ótimo programa, e temos muito apoio da comunidade.
Quero apresentar-vos a nossa facilitadora: Hope Calvillo.
Ela é analista da cidade de San Antonio,
mas é muito experiente em justiça criminal.
Tem gente muito boa a trabalhar com ela.
Por favor, dêm-lhe as boas-vindas. Obrigado, obrigado.
Como o Pete disse, o meu nome é Hope Calvillo
Tenho um pouco mais de 25 anos de experiência em justiça criminal,
20 como agente de liberdade condicional.
Nos últimos 5 anos, trabalhando com jovens em risco,
uma das coisas que tentamos é encontrar os recursos necessários
para podermos fazer um trabalho melhor.
Dito isto, quero apresentar o programa em que estamos envolvidos
e estamos muito honrados por nos terem aqui.
Estes homens foram todos estudantes
do Programa de Paz Interior, na Prisão Estadual de Dominguez.
Todos vocês completaram 6 meses ou mais de aulas?
Têm alguma pergunta que gostassem de fazer ao painel?
Sim.
No programa em que estou, muitas vezes tenho oportunidade de falar com residentes.
O que lhes pergunto é: qual é a pessoa mais importante na vossa vida?
Eles dizem sempre que são as mulheres ou os filhos.
O que lhes digo é: a pessoa mais importante devem ser vocês.
Se o que digo não está certo, então preciso de saber o que devo dizer.
Sim, é muito verdade. Tens de começar contigo, contigo próprio, dentro.
Se não conseguires tratar de ti, não vais conseguir tratar de nada.
Eu costumava fazer isso, eram sempre os miúdos primeiro.
Mas se eu não estava no estado mental certo,
ou em paz comigo, não os podia ajudar. Falhava sempre.
Acabava por voltar à cadeia, sem sucesso e com pena de mim.
Sim, tens razão. Têm de começar com eles próprios. É sempre dentro.
Não há nada de errado
em usar família, amigos, ou qualquer coisa como inspiração,
para estar bem. Mas tens toda a razão, se não começares contigo,
não serves para ninguém.
Outra pergunta.
Esse programa ter-vos-ia ajudado como jovens?
Isso é uma coisa em que tinham de ir atrás de um desafio
e ficar adultos, antes de abrirem a mente e ouvirem?
Eu penso que ouvir a mensagem, quando era mais novo,
se conseguisse ficar sentado tempo suficiente para ver os vídeos,
ter-me-ia evitado ir 'atrás do desafio', como diz.
Penso que não interessa a idade, se chegas a uma encruzilhada,
vais procurar uma solução.
E depende do sarilho em que estás metido
que te obriga a olhar noutra direção.
Há jovens que têm vidas duras, muito duras mesmo.
Com muitos problemas, não têm para onde se virar,
e quando batem na parede, vão aceitar,
vão procurar algo que funcione, ou vão procurar alguma solução.
Depende de quantas vezes bates com a cabeça na parede,
e do sarilho em que estás metido.
Mas acredito que funciona de qualquer maneira.
Independente de como a cura é aplicada, a mensagem vai funcionar.
Esta mensagem é para qualquer ser humano,
independentemente da idade, para ser honesto.
E ajuda a ligar-te de novo à humanidade.
Não interessa a idade, porque...
Eu experimentei tudo, forçaram-me a fazer muitas coisas, quando era adolescente.
Nada daquilo fazia sentido para mim.
Ajuda a ligar-te de novo a esse sentimento
Independentemente...
Olha para ti como ser humano. Só isso.
Bebé, meia idade, pessoa mais velha, não interessa.
Esta mensagem deu-me a capacidade de quebrar
o ciclo de más escolhas
que me levavam estrada abaixo, de volta à prisão.
Não tenho de gostar do que se passa à minha volta, do que me acontece,
do que me dizem; mas não tenho de reagir negativamente.
Não tenho de deixar que isso me tire
qualquer calma, ou paz, ou felicidade,
que esse dia me traz.
Posso isolar essa experiência negativa
pelo que é, compreendê-la,
lidar com ela da forma correta, e continuar com o meu dia.
Continuamos a lidar com os problemas do dia a dia na sociedade, como
ser um presidiário e não nos darem emprego,
ainda lutamos com drogas na vizinhança,
os miúdos não te ouvirem, porque não estavas lá quando precisavam.
Ainda somos maltratados, desmentidos, recusados.
Estes vídeos ajudaram-me a aceitar isso e...
e estar bem com isso. Sabem?
Já não fico irritado porque o tipo não quis contratar-me,
ou não aprovou o meu aspeto.
Eu aceito. E sabem? É problema dele. Vai ter de viver com isso.
Dentro dele.
Eu já aceitei a paz em mim e sinto-me bem com isso.
Nada mudou em relação à sociedade,
nós simplesmente sabemos como lidar melhor com isso.
Estes senhores são formados no programa?
Sim.
Então continuaram com as suas vidas?
O que estão a fazer no mundo cá fora para serem cidadãos como todos nós?
Boa pergunta. Lisandro?
O que me pôs na prisão foi o meu vício, alcoolismo.
Dava-me cabo da cabeça, e
Prem Rawat ajudou-me de muitas maneiras.
E não é por ser - como a ouvi dizer - 'formado'.
Para mim, não é formar-me, é uma coisa para toda a vida, para mim.
É todos os dias, quero sentir-me bem todos os dias.
Algo aconteceu cá dentro, dentro de mim,
quando comecei a ouvir. Ajudou-me a entrar em contacto com esse sentimento dentro.
Como é cá fora? Cada dia tem os seus desafios.
É fácil cair na mesma atitude mental
a que estávamos habituados, e
tornarmo-nos um cidadão produtivo, voltar a pagar impostos, e
ser um membro da família, é tudo um desafio.
E provarmos a nós mesmos,
é provarmos a nós próprios que conseguimos e termos paciência
e tudo o que é preciso para ser um cidadão
é uma luta, mas o instinto humano é termos
de nos lembrar constantemente do que é importante.
E temos de nos lembrar todos os dias ou voltamos a cair
nos hábitos antigos, ou na forma negativa de pensar.
É um desafio, mas tem recompensas. É agridoce.
Mas não é impossível. E à medida que o tempo passa, as feridas saram
e podemos ver, sentir e funcionar e fazer parte do mundo
sem as consequências de ser
preso, ou só mais um número, ou desumanizado. É
a vida! E é bom!
Eu lembro a mim próprio que é bom estar vivo e a respirar
e sentir o sol e poder simplesmente ser livre.
Pensar no que quiser pensar, comer o que quiser comer,
ver o que quiser ver.
É bom e estou ansioso por uma vida nova.
Estou ansioso por fazer parte da sociedade.
E continuar com a minha vida e dar orgulho aos meus pais.
Eu estava preso com estes tipos.
Víamo-nos lá, e vê-los... Todos eles saíram antes de mim.
Quando os vi, quando saí, deu-me esperança
de que consigo. Todos conseguimos.
Com a mensagem certa, com a formação certa
com a compreensão certa, e com o apoio certo.
Podemos mudar, não temos de ser sentenciados e condenados.
Podemos mudar. E funciona.
A que é que dá mais valor?
A minha paz.
Sim, a vida. Eu agora gozo a vida. Eu não
me preocupo com o amanhã. Foco-me no dia de hoje.
O importante é como me sinto dentro, independentemente do que se passa fora.
Ninguém me pode tirar o que sinto dentro.
Podem tirar-me a liberdade podem prender-me, mas
não vão mudar o que sinto dentro.
Que bom, entenderem esse conceito para continuarem a partilhá-lo com outros.
A propósito, isso foi uma coisa que primeiro me tocou nesta mensagem.
Não interessa aquilo em que acreditamos, ou a nossa religião,
não há nada nesta mensagem que entre em conflito com isso.
Quando à pergunta, daquele senhor, não há
um período de tempo neste programa.
Afeta cada pessoa de forma diferente.
Dura para sempre.
Não há duas pessoas que ouçam a mensagem de Prem Rawat
e a apliquem da mesma forma.
Eu pude aplicar a mensagem naquele ambiente controlado
e tornar esse ambiente controlado melhor para mim.
Quando saí, as variáveis na vida
atacam-nos de tantas direções diferentes.
E era tão fácil voltar aos mesmos padrões.
Assim que saí, tive de pensar em
coisas específicas que tinham sido ditas nesta mensagem
e conscientemente aplicá-las.
Cheguei a um ponto, agora, em que não tenho necessariamente,
de pensar nisso conscientemente.
Acontece. Está enraízado em mim.
A um ponto
em que não tenho de pensar nisso.
Queria dizer uma coisa, que valorizo como fundamental.
Se eu estivesse numa cama de hospital, agora,
e viessem ter comigo com uma mala cheia de dinheiro ou um carro novo
ou uma casa, e me dissessem:
"Que queres levar contigo, que queres ter?"
Acho que trocava tudo por mais uma respiração.
Respirar, simplesmente, porque
é muito básico, muito fundamental,
e no fim de contas, numa cama de hospital,
aposto que não conseguir respirar e dar a respiração por garantida é...
Ignoramos isso todos os dias.
Não levamos isso a sério, a respiração. A respiração é muito importante.
E temos de nos lembrar que estamos a respirar.
Estou vivo, posso desfrutar, só porque estou vivo.
E depois podes enfrentar os problemas que surgem todos os dias,
e podes lidar com coisas, porque estás feliz.
e mostras gratidão por estar vivo.
É algo que temos em comum, temos de olhar para isso mais vezes.
Lembrarmo-nos todos os dias
Ei, eu estou bem! É assim que fazemos.
E aprendemos a ver os DVDs.
Todos fazemos parte de alguma coisa.
Fazer parte disto é bom, tem valor.
Não é uma miragem, não é uma coisa falsa, é real.
Ajuda-nos a perceber que somos um milagre, um milagre que anda.
Está a acabar o tempo, gostava de terminar agradecendo-vos
por nos permitirem estar aqui hoje.
Há uma chama
que está a arder aqui dentro
Isto é uma parte importante da minha vida. Uma experiência
que talvez eu não vá ter muitas vezes... ou nunca mais.
É como uma conquista. E é a minha maneira de poder
retribuir o que me foi dado.
Pude receber tanta coisa positiva desta mensagem, para mim,
que posso ser um exemplo para outros. Ter a oportunidade de dizer algo
que possa ser retirado daqui hoje
e oferecido a outra pessoa
para ela ter a oportunidade.
Posso sentir a vida dentro de mim
Vieram-me lágrimas aos olhos
só por perceber que me estavam a ouvir.
Uau. Que conceito. Eu costumava estar debaixo das regras deles.
E agora pedem-me conselho e querem ouvir o que tenho a dizer...
Há uma mudança
Há um vento fresco do mar
Senti-me muito bem por ter vindo aqui hoje, e ter falado do meu coração,
onde vou fundo dentro, e penso em mim a nível pessoal,
onde quero partilhar com as pessoas, para que saibam que somos iguais.