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a media que eu continuo a ler
sobre as contribuições da geração de P
para o conceito de Deus
eu finalmente começo a ver algumas similaridades
com a forma de teísmo que eu acreditava e que me foi ensinada como cristão
De acordo com P, Deus estaria além da compreensão de seres humanos
a completa realidade de Deus vai sempre iludir nosso entendimento
ao invés disso apenas a manifestação de Deus pode ser vista
a “Gloria de Yahweh”
Esse conceito do Deus Teísta
foi mais desenvolvido pelo Judeu-Grego, Fílon de Alexandria
em 30 AEC*
De acordo com Fílon, a essência de Deus era incognoscível
envolvida em um mistério impenetrável.
A única maneira pela qual o conhecíamos
era através de seus poderes
que ele usava para interagir com o nosso mundo.
Deus usava seu poder para se comunicar conosco.
Porque o nosso intelecto limitado não poderia compreender suas propriedades.
Os seus poderes nos permitiam vislumbrar uma pequena parte da realidade
que está além de qualquer coisa que possamos conceber.
Eu abandonei até mesmo essa concepção mais misteriosa
do Deus teísta por várias razões.
Que eu solidifiquei depois da minha desconversão.
uma ao menos era que esse tipo de Deus teísta
foi gerado diretamente através das idéias do politeísmo.
Mas foi bom ver uma concepção de Deus que era
mais próxima ao “Alicerce de Todas os Seres” do panenteísmo
o que nessa época eu sentia que poderia ser a verdadeira forma de Deus.
Eu encontrei uma possível expressão do Deus do panenteísmo
no conceito védico de Brahma no início de “Uma História de Deus”.
Brahma parece ser o poder que sustenta tudo
o mundo todo era sua atividade divina desenrolando-se através do misterioso ser Brahma.
Que era o meio de toda a existência.
Os védicos Upanixades eram capazes de cultivar um senso de Brahma em todas as coisas.
E fazendo isso desvendavam o Alicerce oculto de Todos os Seres
Na percepção da unidade diante de diferentes fenômenos
Brahma não era uma deidade para ser pensada ou temida pela humanidade.
Era algo a ser vivido.
A medida que eu seguia a leitura eu vi que os judeus mesmos
começaram a conceitualizar Deus de uma maneira muito similar a Brahma
cultivando Deus nos menores detalhes da sua vida diária.
Essa era a visão de Judeus como Rabino Hilel o Ancião, em 70 CE*.
Entretanto essa consistência dessas imagens aparentemente convergentes de Deus
começaram a se desfazer a medida que eu pensava sobre elas.
O que significava que Deus era o “Alicerce de Todos os Seres”?
Deus seria o mundo que nós vemos?
Ou estaria além do mundo que vemos?
A realidade emana de Deus?
Ou Deus é a realidade em si?
Deus seria as forças criadoras do universo?
Ou as leis naturais em cima da qual essas forças se baseiam?
Deus viveria através dos seres humanos?
Ou Deus seria uma realidade fora dos seres humanos?
Deus seria simplesmente tudo?
Ou deus seria algo específico o qual deveríamos buscar?
Seria Deus a base que tornaria nossas ações possíveis?
Ou seria Deus a energia com a qual agiríamos?
Todos esses conceitos de um deus não teísta eram diferentes.
E todos significavam coisas diferentes.
O que lentamente eu estava percebendo
a medida que Armstrong mostrava mais e mais conceitos de Deus
que se expressaram ao longo dos séculos, é que talvez
Deus fosse só a maneira como chamamos as coisas que nós não entendemos.
Ou que talvez Deus fosse como chamamos emoções poderosas que nós temos
Ao descrever Deus talvez o que estejamos realmente descrevendo
não são coisas fora de nós
mas a nossa própria psicologia.
Nossas conexões com outras pessoas
O que sentimos quando nos maravilhamos com as coisas do mundo
que nós entendemos.
O nosso senso de mistério sobre as coisas do universo que nós não entendemos.
Todas essas coisas tem sido chamadas de Deus!
Entretanto elas representam coisas muito diferentes
sobre a realidade física.
E dizer que o todo Deus!
Que tudo é Deus!
E profundo a sua própria maneira...
Mas dizer assim também diminui a qualidade especial da perspectiva de cada individuo.
Mais uma vez, talvez o que estamos chamando de Deus
não sejam coisas exteriores a nós
mas sentimentos que temos quando vivenciamos essas coisas.
Nossa própria psicologia.
Mesmo os Judeus do primeiro século
que estudaram com o rabino Yochanan
parecem ter capturado esse fato subconscientemente.
a medida que eles desenvolveram o conceito de Deus
eles pararam de doutrinariamente forçar uma teologia específica
e ao invés disso estabeleceram a teologia como um assunto privado.
Subjetiva a cada pessoa.
Mas como minha introspecção revelou
o conceito de deus não era apenas subjetivo entre indivíduos diferentes
mas também subjetivo dentro do mesmo indivíduo a cada instante
em um instante deus significava para mim a minha conexão com outras pessoas
em outro deus significava as leis inspiradoras do universo
em outro ainda deus significava além da aspiração da experiência do universo em si.
Talvez deus não fosse uma coisa.
Talvez deus fosse um sentimento.
Talvez deus fosse uma experiência.
Talvez deus fosse uma expressão da nossa psicologia.
De início isso foi uma possibilidade desconcertante para eu considerar.
Alcançar uma realidade última fora de mim
sempre foi uma parte importante da minha identidade e é até hoje.
De início eu achei que desistir da crença de buscar uma única qualidade unificadora da realidade
que pudesse ser chamada de Deus
significaria deixar esse comprometimento de lado
de sair de mim e me conectar com uma realidade maior.
Na verdade, deixar de usar a palavra “deus”
era uma coisa que eu não podia aceitar de início
eu tentava de alguma maneira dar sentido a ela
ao invés de deixá-la.
Após tolerar mais alguns poucos capítulos das explicações de Armstrong
sobre as várias interações históricas subjetivas do conceito de Deus.
Eu fiquei frustrado e pulei para o último capítulo do livro.
Que diabos era Deus no mundo moderno?
Eu achei a resposta de Armstrong nem um pouco satisfatória
O capítulo final dela termina com ela falando sobre
os vários tipos de concepção histórica de Deus
para tentar encontrar o que mais “cabe” para a era moderna.
Que conceito de Deus pode funcionar para nós?
Mas como algo que pode ser selecionado tão subjetivamente
como se estivéssemos comprando um par de sapatos certo
ou um bom livro para ler
poderia ser imaginado como o ápice final de toda realidade?
Não!
Existe um terrível problema sobre todo esse raciocínio sobre deus.
Um problema terrível, que começou a cristalizar lentamente, mas constantemente
a medida que eu lia o raciocínio teológico de pessoas como
John Shelby Spong, Karen Armstrong e outros pensadores religiosos pela história.
E esse problema era evidencia!
Nenhum desses conceitos de deus era motivado por evidência verificável e agregadora.
E sem evidência, nós poderemos estar debatendo sobre quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete.
Ou qual a melhor estratégia para o Frodo Bolseiro pode usar para levar o Anel para Mordor.
O processo teológico está completamente contido em nossas mentes e nossos sentimentos.
Sem nenhuma base na realidade física.
Essa descoberta da falta de base em evidência
era não só um problema para o teísmo, mas para qualquer conceito de deus.
Incluindo paneneteísmo, panteísmo, se deus é só um nome
para as coisas as quais nós temos evidência
então usar a palavra “deus” para descrevê-los
é sem sentido e não ajuda em nada.
Por causa da bagagem teológica que a palavra carrega.
Se chamamos o universo natural de “DEUS”
Nós arriscamos a implicar que ele tem propriedades teísticas
quando não é o que queremos dizer
Esse foi um dos grandes erros de Einstein como um ateu de fato.
Um que ainda incomoda os ateus hoje.
Quando os teístas exuberantemente afirmam que ele era um crente.
Se deus é usado para se referir a algo além do nosso entendimento
como sendo algo poderoso e inteligente que precedeu o universo
ou o alicerce de nossa realidade que não podemos entender
ou uma consciência universal que guia todas as coisas
então um outro problema ocorre.
Pela própria natureza dessas afirmações
nós não temos evidência para elas.
De toda forma, enquanto eu pensava nisso por vários meses.
Eu não podia continuar justificando o uso da palavra “deus”
para descrever qualquer aspecto da realidade.
Mais uma vez, talvez deus fosse uma maneira de chamar coisas
que nos faziam sentir de uma certa maneira.
Talvez no fim a melhor maneira de pensar sobre deus
seria um sentimento que experimentamos.
Fora a nossa própria psicologia, porque era tão difícil para as pessoas
concordarem o que era deus?
Mas era tão fácil para elas concordar que havia um deus?
Porque deus é um sentimento.
Um sentimento de um princípio fundamental e do deslumbramento.
Um sentimento que todas as pessoas compartilham e experimentam.
Não uma coisa, mas um sentimento que usamos para chamar nossas experiências.
Frequentemente algumas das experiências mais significativas de nossas vidas.
E muitas coisas durante a história fizeram as pessoas terem esses sentimentos.
Então uma série delas foram chamadas de deus, ou evidências de deus.
A explicação fazia muito sentido.
A medida que eu continuava minha jornada ao longo de vários anos
eu comecei solidificar a minha até então vaga idéia dos princípios da evidência e razão
que me levaram a essa conclusão.
A propósito eu comecei a solidificar o meu entendimento em
vários princípios científicos relevantes também.
Sem ao menos me dar conta do que eu estava fazendo
Eu comecei a embarcar em um campo de treinamento mental
que transformaria a maneira como eu percebo e entendo o mundo.