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Olá, Praxgirl aqui.
Na nossa última lição, nós elaboramos sobre
todas as ações humanas que podem ser descritas
como comportamento propositado,
que são as áreas de foco da Praxeologia.
Nós separamos a ação humana nitidamente do comportamento reflexivo,
pensamentos irracionais e conceitos psicológicos.
Nós mostramos que cada ação humana, mesmo as mais inferiores,
podem ser pensadas como uma troca entre coisas que
nós podemos ter feito, e coisa que nós atualmente fazemos.
Nessa lição, eu gostaria de definir os
pré-requisitos da ação humana, que é dizer,
as condições fundamentais e lógicas necessárias
requeridas para o homem agir propositadamente.
Um homem age quando ele quer remover alguma insatisfação.
Seu ambiente está em algum estado insatisfatório
e ele deseja mudar em um estado mais satisfatório.
Sua mente imagina condições que podem servi-lo melhor,
e suas ações objetivam trazer esse estado desejado.
Se um homem acredita que suas ações podem trazer
um melhor estado das coisas, ele pode agir.
Nós definimos os 3 pré-requisitos da ação:
1. Um estado de insatisfação.
2. Um mundo imaginário sem essa insatisfação.
3. A crença que a ação pode atingir essa mudança.
Essas são condições sob as quais o homem vive.
Se você remover uma dessas condições,
você logicamente quebra o conceito de ação propositada.
Por exemplo, se você remove a insatisfação humana,
você destrói o incentivo para agir.
Você não mais fala sobre um homem real,
mas um individuo perfeitamente feliz sem
nenhuma razão de mudar seu estado.
As condições restantes se tornam irrelevantes.
se você remove a segunda ou terceira condição,
você tem um homem insatisfeito,
mas sem habilidade de imaginar a mudança,
ou acreditar que suas ações podem mudar o futuro.
Nesse mundo, um homem teria que ceder ao inevitável;
se submeter ao destino.
A ação entretanto, é sempre uma tentativa do
homem de atingir a felicidade.
Nós vamos usar a palavra "felicidade" para significar
esses objetivos subjetivos que um homem tenta alcançar quando ele age.
A Praxeologia não se preocupa com o que "deve" fazer um homem feliz.
Para a Praxeologia, a única preocupação é a ação feita e a lógica que a governa,
não o que faz um homem se sentir mais ou menos desconfortável.
Nesse sentido, o objetivo último da ação não
tem diferença para a Praxeologia como ciência.
Essas conclusões são validas para todo comportamento propositado.
Não importa quão pequena ou extrema a situação seja,
se a ação pode ser definida como propositada,
os pré-requisitos da ação são necessários,
e uma escolha é demonstrada.
Como a dicotomia entre o homem ativo ou passivo da lição prévia,
o homem decide, determina e escolhe mesmo naqueles momentos quando
nós teríamos coloquialmente nos referido a ação como um impulso ou instinto.
O homem escolhe mesmo quando as emoções estão dominando.
Ao contrário dos animais, o homem não é um escravo das
características do "instinto", mas é capaz de
subjugar seus instintos, emoções e impulsos.
O que distingue uma ação emocional de outras ações é
somente a valorização do que é causado e gerado pelo ator.
Inflamado por ser ridicularizado, George pode ver o objetivo
de socar John como mais desejável e o preço que ele tem que pagar
por isso como menos oneroso do que ele teria em outra ação.
Pode ser que o impulso do George seja tão forte,
que ele não possa ver desvantagens que socar John podem causar.
Contudo, se nós refletimos sobre os pré-requisitos lógicos que
George tem que seguir para atingir o fim de socar John,
nós sabemos que ele organizou seus desejos e vontades
em uma escala - que ele escolhe - em resumo, que ele age.
Vejo você na próxima lição.