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Vou à marcha porque tenho que ir à marcha, porque há muita gente que tem que ir à marcha, à de Lisboa,
à do Porto, à de Coimbra. É o momento em que saímos à rua com a alegria da diversidade. O movimento LGBT
é um movimento composto por muitas pessoas, associações, coletivos, grupos diferentes de origens diferentes,
história diferentes, com objectivos diferentes e a marcha de Lisboa é o momento em que nessa cidade
o movimento se junta na sua diversidade. É fundamental!
Eu vou estar na marcha contra a discriminação, contra o preconceito, contra o bullying por uma educação mais inclusiva,
mais informada e que aborde as questões de orientação *** e identidade de género
e que eduque para a diversidade.
Sou heterossexual, vou à marcha porque acredito na igualdade.
Eu vou à marcha do orgulho LGBT festejar os direitos que já me foram reconhecidos
e reivindicar os que ainda não foram.
Como geógrafo acho que dou imensa importância ao espaço público e à importância do espaço público e da rua,
da praça como um espaço de conquista social e de política. E portanto, para mim, qualquer manifestação,
desde que eu esteja de acordo com ela é um momento de vivência forte e a marcha é isso para mim.
É uma manifestação política, é um momento de vivência forte de luta pelos direitos LGBT. E nesse sentido
eu vou à marcha, primeiro porque, luto e acho que a luta tem que ser feita na rua. Vou à marcha porque sei
que muitas pessoas, por muitas razões, não podem lá estar porque, porque estão a trabalhar, porque estão a estudar,
porque estão num exame. Já aconteceu comigo, não poder ir a uma marcha porque estava num exame,
não uma marcha em Lisboa, mas uma marcha no Porto.
Porque não acreditam, porque acham que não acreditam, porque têm medo de poderem ser vistas, porque têm
todos esses receios... Por isso ir à marcha é isso mesmo, é irmos todos e todas, irmos independentemente
da nossa orientação ***, irmo-nos manifestar pela necessidade de mudar e de combater a homofobia em Portugal.
Vou fazer uma imagem. Da mesma forma como muitos LGBTs tiveram no dia 12 de Março na rua, eu gostaria que todas
as pessoas no dia 18 de Junho estivessem na rua, ou seja, todas as pessoas que saíram no dia 12 de Março a lutar
contra a precariedade, a lutar contra a situação à rasca em que estamos, saiam no dia da marcha do orgulho LGBT
em Lisboa à rua a lutar contra a homofobia e a transfobia porque estas lutas são todas a mesma, a mesma luta.