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A gente hoje tem uma vida muito corrida, quer fazer tudo, quer trabalhar, que viajar,
quer lazer e
às vezes a gente descuida da saúde, do que a gente de fato tem de mais caro,
porque é só quando a gente está na cama do hospital, na possibilidade de não sair
mais de lá,
é que a gente se dá conta de que esse é o bem mais precioso que nós temos e
não podemos descuidar dele.
Eu tenho Doença de Crohn diagnosticada desde 1996, apesar da apresentar
sintomas desde que eu tinha 20 anos de idade, 30 anos atrás.
Até que agora, em 2011, eu comecei a ter uma obstrução intestinal. Nessa
primeira vez,
obviamente, a turma
pensou em tentar um tratamento mais forte do que o convencional.
Só que passados 10 dias, tive outra crise, outra obstrução intestinal, então tratei com
medicina convencional, voltei pra casa e depois de 10 dias tive uma terceira crise. Eles
entenderam que alguma coisa não estava certa
e que o meu intestino, devido ao Crohn, estava muito danificado, muito machucado,
e eles acharam que deviam fazer uma intervenção cirúrgica para extirpar uma parte do intestino.
E aí veio a primeira surpresa ruim, que eu tinha um tumor,
mas graças a Deus a cirurgia foi muito feliz, só que teve um problema. Eu já
vinha num processo de tomar corticóide há muito tempo e ele é um fator de inibição de cicatrização e eu acabei voltando para o hospital 10 dias depois, pois a anastomose, a junção das alças intestinais, se abriu.
O que eu brinco é que foi um trem fantasma, pois a cada curva foi um susto.
Eu entrei para operar uma coisa, daqui a pouco apareceu um tumor.
Resolve o problema do tumor, aí fecha a operação e depois ela se abre. Mas a estrutura
que eu tive me assistindo, com certeza foi um fator importante para eu ter saído
bem de lá e hoje estou ótimo, graças a Deus.