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CENAS DE CAÇA NA BAIXA BAVIERA
Que o Senhor esteja convosco.
E com o vosso espírito.
Que o Todo-Poderoso Deus vos abençoe,
em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo.
Vão em paz.
Graças a Deus.
Quieto.
Fique quieto!
Jesus, a criança!
Onde está o meu pequeno, venha aqui comigo.
- Ninguém lhe fez mal algum. - O nosso pequeno, aqui está você.
Tenho de ir.
Venha com o papai.
Achou que eu tinha lhe abandonado?
O espinafre está no fogo.
Cuidado!
- Hannelore! - Sim.
Venha aqui, querida.
Você se confessou?
Cale-se. Ninguém falou com você.
- Olá. - Olá, Paula.
Você vem, Hanne?
Como ela está bem vestida!
Olhe para ela, Hannelore.
Cai fora!
Olá, Sr. Turco!
- Não foi à igreja? - Por quê?
Você -- não igreja?
Eu -- mesquita!
Sem Igreja?
Sem céu!
Olhe!
Inacreditável. Diante do túmulo dele!
Ela poderia ter esperado o luto terminar.
Vamos.
Ernstl, venha.
Olá.
Olá, Maria.
Eles não têm vergonha.
Vamos, não temos nada a esconder.
Ernstl, venha.
Não surpreende que o garoto seja um idiota.
Ernst! Ande!
Sinto-me no Oriente.
Comprarei um camelo.
Olá.
Ah, Abbi! Onde esteve?
Olá!
Abram, que surpresa vê-lo novamente.
Onde esteve todo esse tempo?
Bem, na cidade.
Abram, como tem estado?
Abram, eu lhe esperava.
Você deve consertar o debulhador.
- Eu aparecerei amanhã. - Certo, mas cedo.
- Tenha um bom domingo. - Deus lhe abençoe, Reverendo.
Olá, Mãe.
Olá, Abram.
Olhem só, um fantasma!
Por onde esteve, garoto?
A chave está na porta?
Venha, Vovô, hora do almoço.
Bem, ele deve ter suas razões para não ter dito.
O que quer dizer com isso?
Franzl! Saia daí!
No seu traje dominical!
Garoto terrível!
Quantas vezes eu já lhe disse!
Saiam, bestas imundas.
Por aqui, vão, vão!
Olá, Sr. Prefeito!
Ande, vamos dar uma olhada no debulhador.
Abram, como você está?
Olá, Hannelore.
Como homens das cavernas!
Venha, Abram, deixe-me mostrá-lo a máquina.
Preciso dela ainda para este ano.
Faz um mês que tenho usado a outra.
Há algo errado com o Abram.
Barbara está furiosa com ele.
A ouvimos gritar da nossa casa!
Claramente!
Ela parecia irritada quando ele voltou.
Você já recebeu a extrema-unção. Comporte-se!
Você gosta!
Beppo diz que Abram esteve na prisão.
O seu irmão o viu, ele diz.
E ele foi preso por dirigir alcoolizado.
Por isso que Barbara foi para Landshut, então!
Sim, e não queria dizer a razão.
Não pode prestar atenção?
Claro, não é da nossa conta.
Apenas tomem cuidado à noite.
Você pode ter um criminoso em casa e não saber!
Agora está interessado, é?
Moleque sujo, dar-lhe-ei uma surra!
Ludwig!
Você tem alguém para mandar com a comida?
Como eu teria?
Esqueça, encontrarei alguém.
Está louca?
Quase lhe machuco!
- Abram? - Sim.
- Devo subir? - Você é doida.
Esperei tanto tempo por você!
Diga-me...
Gosta um pouco de mim?
Sim.
Tem certeza?
Agora lhe sujei de graxa.
Você precisa levar o almoço ao campo.
Deixe pra lá!
Hannelore, não quer se casar comigo?
Sou o homem ideal para você.
Não tenho uma perna de madeira como o Volker.
O Volker está com a Maria.
Ele não quer mais ser um simples caixeiro.
- Dê-me isso. - Aqui, tome.
Está quase pronto.
Tem sorte de eu respeitar os velhos.
Que se dane!
Tenha cuidado para não derramar nada.
Que o tempo continue assim! Devemos começar a colher o trigo.
Por nós, já pode chover. Já terminamos.
Vamos, vamos beber algo forte.
- Levantamo-nos cedo e vivemos saudavelmente. - Deixe-me em paz.
Se trabalhar menos na horizontal,
fará a colheita mais rápido.
Brincando até mesmo no trator. Não se pode confiar em você!
Vamos!
Hora do almoço!
Façam-no melhor que isso.
Faz bem para vocês, esse trabalho.
Eles não conseguem organizá-lo.
Você por último.
Ande, dê-me uma cerveja.
Não pode esperar como todos? Você não tem maneiras.
Talvez eu não tenha maneiras...
mas não sou nenhum criminoso, pelo menos.
Ou quer me prender por isso?
Não diga disparates!
Por que seria um disparate?
Diga-me, por que seria um disparate?
O que ele fez na cidade, o Abram?
- Trabalhou. - Catando estopa, sim!
Você como mãe deveria saber se ele já esteve na prisão.
Não sei de nada, juro.
Ele é crescido. Leva a sua própria vida.
Uma vida bem peculiar.
Como mãe, você foi notificada.
Por que teria ido para Landshut, então?
Não é sua culpa, Barbara. Não tem de mentir por isso.
Ela poderia ao menos admitir.
Não posso mais suportá-lo!
Então é verdade.
O que ele fez? Diga.
Mas eu não sei. Eu não sei nada sobre isso.
Não estamos certos de que você não sabe nada sobre.
Vamos, acabe com isso.
Beba, meu bebê.
Vamos, isso.
Vai! Segure-a para ela.
Meta-a na boca dela.
Vá em frente, você pode fazê-lo.
Você pode dá-la um beijo. Olhe!
Geralmente você não é tão tímido.
Posso fazê-lo eu mesma.
Uhul! Fornicação no trabalho!
- Não em frente das crianças! - Agora é a minha vez, Hannelore!
- Olá a todos! - Olá!
Olá, Professora, quer ajudar?
Também estou tornando-me ume Turco, Hannelore.
Como está o trabalho?
Tudo certo, não posso reclamar.
Paula! Está aqui pelo leite? A Zenta está no estábulo.
Obrigada, Sra. Primeira Dama.
Olá, Hanne!
- O que queria me dizer? - Algo importante.
Se ficar de enrolação. lhe colocarei na rua.
Ela tem reclamado o dia todo.
Faça como eu. Trabalhe na fábrica.
Estou esperando um filho.
O quê?
De quem?
Acho que do Abram.
O quê? Do Abram?
Paula, vá e pegue o seu leite. Preciso da Hannelore.
Ele sabe?
Diga a ele para dar-lhe o dinheiro que precisa para se livrar do bebê.
Cuidado para não cair.
Você, se cai daqui, pode se machucar.
Se não está bem protegido, é uma longa queda.
- Olá, Prefeito! - Olá, Franz.
- Olá, Prefeito! - Olá a todos.
Bem... melhor que na prisão, né?
Tenho graxa na minha camisa.
Você pode cagar na sua camisa, se o quiser.
Mas diga-nos, como foi na prisão?
Nós, do vilarejo, não temos ideia.
Apesar da experiência da idade.
- Diga-nos. - Não.
Não! Não há lugar.
Vocês, esperem. Compreendido?
Zenta, quer um sabão?
Vá, tente conseguir ali.
Não se atrevam!
Filhos da mãe!
Eu mato quem entrar aqui!
Vocês verão!
O que está olhando, seu tarado?
Eu mostrar-lhe-ei!
- Está louco? Georg! - Devo?
Seu babaca! Se isso cair...
Não se atreva! É melhor fazer o seu trabalho.
Zenta, posso ter o leite?
- Abram? - Sim.
Bem, Abram. Está em boa forma.
Poderia ir à minha casa amanhã por causa do ceifeiro?
Amanhã tenho de terminar por aqui.
- Entendo. - Mas depois disso, claro.
Como está o Ernstl?
Como sempre, só piora.
Ele tem tido dores de cabeça o tempo todo.
Então você irá à nossa casa assim que terminar aqui.
- Claro. - Pode almoçar lá, também.
Aposto que ela gostaria de fazê-lo com ele também, a bruxa velha.
Sabe o que o proprietário do bar...
onde eu espero pelo ônibus diz?
O quê?
Ele diz que Abram sai para lugares frequentados apenas por homens.
Bem, você sabe.
Olá, Georg.
Há algo errado com meu intestino!
Ele murmura e resmunga.
Paula diz que o Abram sai com homens.
Ela ouviu sobre isso.
E que ele teria ido para a prisão.
Por fazer coisas sujas com homens.
Ele é de fato um tanto gay, sim.
Bem, o que quer que eu lhe diga?
Deus do céu!
Aqui vamos nós novamente.
Outro litro, por favor.
- Aonde está indo, Lore? - Abram está aqui?
Por quê? O que quer com ele?
Abram, preciso dizer-lhe algo.
Qual é o problema, Hanne?
Preciso falar com você. É importante.
- O que está acontecendo? - Por quê? Hanne está aqui.
Não tem nada para fazer? Não fique por aqui. É para o seu bem.
O que você tem?
Você? Você me pergunta o que eu tenho? Tenho um filho!
Fale baixo!
Eu tenho de ser cuidadosa, sempre tenho.
Já você, só pensa em si mesmo.
Vá agora, Hanne. Encontrar-lhe-ei no café esta noite.
Não sei se poderei ir.
O vice-prefeito estará lá por causa das eleições.
Talvez eu vá. Você só terá de me esperar um pouco.
Haha, está sonhando.
Dessa vez ele quase conseguiu!
Precisará se esforçar mais!
O que você gostaria?
Uma cerveja.
- Acerte! Isso! - Gol!
- Estão boas, as batatas? - Pára.
Do que tem medo?
- Oh, não incomode! - Você lavou o seu cabelo?
- Mmmh, que belo cabelo! - Você vai levar na cara.
Pare!
Deixe-me!
Agora vamos cortá-lo! Alguém tem tesouras?
Mato-te, se fizer isso!
Faremos de você um homem civilizado!
Aqui vamos nós!
Finalmente terá boas maneiras.
É o fim desse cabelo!
Engasgou-se com a bebida?
Cale-se, imbecil!
Com essa música de selvagens, certamente engasga-se!
Talvez não seja o tipo de música do Abram, também.
É muito rápida para ele, ele prefere contos de fadas.
Olhem, agora colocará uma música de maricas!
Saia da frente!
Você não deve nos impor as suas coisas de pervertidos.
Ah, agora ele está bufando!
Não nos encare assim. Está atrapalhando o jogo.
De repente sinto-me estranho.
Adeus a todos.
Adeus, maricas!
Vamos, ande.
Isso.
Que vaquinha gentil.
Viu, Hannelore?
Ande! Não comece uma briga comigo, ande.
Nem uma única gota de óleo aqui.
Tem de tomar cuidado quando ela fica parada por tanto tempo.
Pode secar.
Poderia tê-la destruído por completo.
Estou trabalhando agora...
Estou quase acabando.
Sabe o que aconteceu?
Sabe o que aconteceu?
Faltava lubrificante na máquina.
Então chamaram o Abram.
Agora ele a lubrificou...
E ela funciona bem novamente.
Ele é um especialista. Está acostumado com lubrificações.
Certo, Barbara?
Você sempre o dá comidas gordurosas.
Vocês e as suas histórias sujas.
Nossas histórias sujas?
Quem as trás para o vilarejo, as histórias sujas?
Nós nos defendemos. Contra a sujeira.
Por que sou culpada? Deixem-me em paz.
Só por que sou a mãe do Abram.
Mãe, por favor. Não é tão ruim.
Não é tão ruim?
Eu me importo com o que as pessoas dizem. Eu quero viver com elas.
Você tem de sair do vilarejo! Desaparecer!
Você não pode me dar ordens.
Tenho o direito de ficar. Como você.
Você não tem direitos.
Você não tem direitos quando vai contra a natureza.
Espero que eles batam em você até que você parta voluntariamente.
Espero que eles lhe expulsem da vila.
Espero que sim.
Aqui na vila não é como na cidade onde é moderno.
Sei que as pessoas estão contra você.
Exatamente.
Diga logo que você sai com homens. Todos já sabem, de qualquer forma.
E daí?
Ele ainda tem orgulho disso!
Se isso é verdade, você pode admiti-lo.
Vamos, diga-o, alto e claro. Diga o que você é.
Diga: Eu sou um deles.
Então, Abram, terminou?
Pode vir comigo?
O que aconteceu?
Cuide da sua vida.
Um cara legal, o Abram. Mas tenho mais chances com ele do que você.
Não sei do que está falando.
Você gostaria de tê-lo na cama, não é?
Cale-se!
Você é bancado por ela.
Você não tem de dizer nada.
Ela lhe paga para que durma com ela?
Cretino!
Eu não bato em aleijados.
Ernstl, Volker, venham!
Abram, você vem?
Fazem bem em partir.
Não é bom que pessoas decentes tenham contato com vocês.
O marido ainda nem esfriou totalmente e ela já tem dois homens.
Ela merecia ser presa.
O que vocês estão esperando? O Abram não terminou?
Sim, sim. Continuaremos.
Vamos subir.
Maldição!
Sai toda vez que uso o freio.
- Pode mudar de marcha? - Sim.
- E então? - Se não funcionar, farei as compras de bicicleta.
Parece um problema com a armação.
O ceifeiro é muito mais importante, Abram.
Preciso de uma lâmina nova para consertar o ceifeiro.
Não gostaria de almoçar antes?
Deixe isso!
Ele acabará ficando no bar novamente.
Ele precisava de um novo ceifeiro.
Meu pobre Max foi o primeiro da vila a ter um ceifeiro.
Ele conhecia de mecânica.
Como você.
Não é bem a especialidade do Volker.
Ele acha que o culpo por isso.
Vem comer algo?
Não leia essas coisas! Assim você não dorme à noite.
Onde você a encontrou novamente?
Dê-me essa revista.
Quer outra boa surra?
Desça aqui de uma vez!
Você levará uma surra.
Dê-me isso. Dê-me isso agora.
- Posso lavar minhas mãos? - Sim, ali.
Sente-se ali.
Não gasto mais dinheiro com o Ernstl.
Ele é um imbecil, não há o que fazer.
A quantidade de dinheiro que já gastei...
Não tem ideia do quão cara é a idiotice.
Tão cara quanto estudos.
De que me serviu o tratamento no hospital no ano passado?
E quanto isso me custou?
E para quê?
Para nada.
- Bom apetite. - Obrigado.
O que mais me irrita...
é que ele não fala comigo.
Fica mudo como um peixe, independente do que eu pergunte.
Eu já o disse cem vezes que pessoas educadas respondem.
Mudo como um peixe.
Mesmo com dor de cabeça ainda se é educado, eu digo.
Ele não entende.
Você perdeu um botão.
Verei se tenho um.
Ficará...
por quanto tempo?
Eu ainda não sei.
- A minha mãe não gosta de mim. - Você o está imaginando.
Meu pai, quando adoeceu...
Sobre o que está tagarelando novamente?
Sim, este serve.
- Mãe, você vai morrer? - Ernst!
Eu sonhei que você morria.
Foi isso mesmo. Não me toque.
Tem de ser louco...
Eu, morta...
- Não precisamos de prostitutas aqui. - Oh, cale-se.
Olá, Hannelore, o que há?
Fui ao café ontem. Você não estava mais lá.
Abram, toda a vila fala sobre você.
E daí?
Eles dizem que você faz com homens...
Não fique com raiva!
O que está tagarelando?
Do que você sabe?
Não acredito nisso.
Mas as pessoas o dizem.
Mande-a embora!
Cale-se agora!
Idiota!
Você é uma vadia! Uma vadia!
Abram, ajude-me! Não aturarei isso.
- Ernstl! - Seu louco, insano.
Pare com isso agora!
Dar-lhe-ei uma coça.
O que está acontecendo aqui?
- Mãe, ela quer me bater! - Quer o quê?
Vamos, parta voluntariamente. Você não é querida aqui.
Abram, ajude-me. Preciso dizer-lhe algo. A sós.
Abram, venha aqui agora.
Olhe o que ela faz comigo.
Você é mau.
Não quero mais te ver. Você é um covarde, Abram.
Eu nunca esquecerei. Entendeu?
Bem feito para você!
Isso é tudo.
Dá 6 marcos e 35.
E diga a Maria para pagar as suas dívidas.
Nós não damos crédito para alimentar criminosos.
Não se esqueça de dizê-la.
Vamos ver a cara dele.
Ele só tem de encher novamente.
Maldito, que inferno, se eu pego esse filho da mãe!
Eu limparei o chão com ele.
Murcho como uma panqueca.
É assim que ficamos quando envelhecemos.
Deixe o Abram consertá-lo.
Se ele tiver tempo.
O que você está fazendo aqui?
Eu posso simplesmente me sentar aqui, não?
Abram esteve aqui?
Esteve esperando por ele?
Não quero mais vê-lo.
Nunca mais.
Dá-me uma cerveja?
Se quiser.
- Obrigada. - Nada.
Está tudo emperrado.
Que dia quente.
Maldição!
Não posso trabalhar com você estendida aí assim.
Por quê? Estendida como?
Estendida como uma puta.
É o que eu sou, não?
Oh, sim, realmente.
É o que você é.
Venha aqui.
Deixe-me em paz!
Todos pensam que podem me ter.
O que há de engraçado, idiota?
Não acontecerá nada entre nós.
Fique sabendo.
A lâmina está toda distorcida.
Preciso de uma chave inglesa diferente.
Você não pode consertá-lo, de qualquer forma.
Pode segurá-lo?
Certo.
Não o conseguirá de graça.
Você não. Terá de pagar.
Não lhe quero, de qualquer forma.
E não tenho dinheiro.
Como quiser.
Minha perna, é sempre a minha perna.
Não, é como você se comporta.
Eu não sou tola.
É sempre a perna. Rápido! Esconda-se!
Alguém está vindo!
- Não cause nenhum problema! - Mas de que importa?
- Otto, olá! - Ah, olá!
Está com medo da Maria? Ela é quem manda, é?
E ela ainda é mais velha.
Cale-se.
Ela é uma puta como eu.
Ela faz como eu.
Mas ela ainda pode colocar-me para fora.
Ela está com dentes estragados.
Se eu quisesse, poderia ter-lhe agora.
Se eu quisesse.
E então diriam que é minha culpa.
Não me olhe assim.
Meu Deus, o que eu lhe fiz?
Não! Você tem de pagar!
Por que não procura a Maria?
Você fez o mesmo com o padeiro,
e com o Frieder e com o Abram.
Mas não com você.
Não, deixe-me.
Bebi cerveja demais.
Eu irei pagar. Eu quero pagar.
Farei tudo que quiser.
Certo.
Mas tem de me dar o dinheiro logo após.
Não tenho muito tempo. E irei lhe pagar.
Não, assim está bom.
Espero que ele não tenha acidentado-se!
Agora eu dirijo e deixo-lhe em casa. Vamos?
Abram, pare!
Pare!
Abram, espere!
Volte!
Deixe-me tentar!
Sente-se.
Aqui está a embreagem.
A segure com firmeza.
Dê a partida.
Solte a embreagem com cuidado.
Espere, não tão depressa. Um pouco mais devagar.
Sim, assim. Você aprenderá.
Machucou-se?
Eu estou bem.
Está todo sujo.
Assustou-se, garoto?
Olhe!
Um dia quero andar em um desses.
Sim. Já fui à Holanda.
Quando eu ainda tinha a minha velha motocicleta.
Fiz todo o caminho até Roterdão.
Nunca estive tão longe.
Se quiser, podemos ir juntos.
Oh sim, em breve!
Quando eu arrumar um pouco de dinheiro, virá comigo. Certo?
Seremos bons amigos, então, não é?
Ernst!
O que está fazendo aqui?
Tenho certeza de que a sua mãe não sabe.
Entre no carro, Ernst.
Franzl!
Fique no carro.
Isto não é da sua conta.
Não esperarei muito.
Certo, então direi à sua mãe.
- Então é verdade! - O quê?
Não apareça na nossa casa novamente.
Alguém assim não pode viver conosco, Barbara terá de reconhecer.
Volker levará as suas coisas ao vilarejo.
Deixe a motocicleta aqui.
Vamos.
Será culpa dele se a polícia nos parar.
Faça-o sangrar bem. Isso. Espirre-o.
Eles o fazem nos mictórios da estação, também.
O quê?
Abrem as braguilhas.
Lá elas se abrem de qualquer forma.
Sim, nos mictórios. Mas e nas pontes?
Viram muito bem!
Aqui vamos nós! Dê-me a maizena.
Barbara, a água!
"Não olhe", eu disse ao Franzl.
Você se mata para fazer deles pessoas decentes.
E então aparece um para pervertê-los.
Virem-no! Puxem!
- E o Ernstl? - O que tem?
Bem, como ele parecia?
Parecia gostar do que o Abram fazia?
Quando se está prestes a ser violado!
- Agora vamos levantá-lo. - Deus, ele é pesado.
Eu adoraria dizer: "Barbara, nunca mais falarei com você."
É isso que eu adoraria dizer a você.
Mas você é apenas a mãe, não tem culpa.
Fiz o que pude para transformá-lo em um homem normal.
O tranquei.
O bati até que minhas mãos inchassem.
Talvez não tenha sido o bastante. Alguns precisam de uma dose dupla.
Olhe o meu caso...
Meus pais me batiam de ficar hematomas.
E no que me tornei?
Você gritava como uma porca.
O melhor é costurar a braguilha dele.
Você gritava como ele.
Não tenho medo. Ele não pode fazer mal algum.
- Dê um beijo nele! - Não se atreva!
Porco. Georg, volte ao trabalho.
Quando ele o come também o coloca na boca.
Sua fresca.
Quase o matei de tanto lhe bater, juro.
É minha culpa que ele tenha se transformado em um porco?
Não é natural que uma mãe fale assim, Barbara.
Ele ainda é seu filho.
Talvez seja por isso mesmo.
O quê? O que você acaba de dizer?
Vamos!
O que está esperado? Desaprendeu a trabalhar na fábrica?
Acha que não trabalho? Acha que eles me pagam por nada?
É assim que se faz...
Você sabe muito bem.
Perfeitamente bem.
Há madeira demais nisso.
Não pode abrir uma janela para deixar um pouco de ar fresco entrar?
Então, crianças...
Se esqueceram do ensaio do coral?
Bem, olhe isso!
Quietos, vocês todos!
Um pouco de respeito!
Aqui está um trabalho bem feito.
Então, Franzl, não fará a revisão para a escola?
Já nos ajudou bastante!
Só uma hora por dia. Assim ele não esquece tudo.
Nós não estudamos tanto e não nos tornamos criminosos.
Não fale sobre a escola aqui.
Do contrário podemos nos rebelar e colocar-lhe em um caldeirão.
- Georg! - Ah, o café.
Lavagem cerebral.
Agora o que havia de ruim se foi.
Estão com água na boca, não é?
- Esse é meu! - Você, fique quieto.
Quer provar?
Não, obrigada, não tenho fome.
Coma. O gosto é bom.
Eu adoro.
Ela não se atreve.
Ela não precisa de cérebro, já tem bastante.
Já a Hannelore adora.
Vamos, engula.
Mais?
Preciso da gordura para fazer toicinho!
Saiam, rápido!
- Você pode tomar café na minha casa. - Aqui há mais. - Obrigada.
- Paula! - Olá, Sra. Primeira Dama.
- Tenho de beber, estou triste. - O que está errado?
O noivo dela meio que prefere os homens.
Você ainda tem a nós, Lore.
Ainda tem a nós, Hannelore. Dê-me um beijo também.
Vamos parar com isso!
Saiam, crianças!
Vocês têm de segurá-la. Onde é o ponto certo?
Isso foi longe demais.
Bom, voltemos ao trabalho, rapazes.
Se eu fosse o Abram, pegaria a sua bunda.
Oh Deus! Minha barriga!
Não quero mais nenhum homem. Nenhum.
Como se já tivesse tido um!
Oh, cale-se!
O quê?
Agora me sentarei e darei uma boa cagada.
Basta, Georg.
Não irá mais comigo?
E com o padeiro?
E com Alois?
E com Max?
Deixe o meu marido fora disso.
Deixe-a em paz, ela está esperando um filho.
O quê?
Sim! Do Abram.
Não foi o suficiente para ele ser daquele jeito.
Tinha de fazer isso também.
Coitadinha...
Ele a teve!
Algo tem de ser feito!
Que porco!
Mas ele não é assim!
Uma pessoa assim tem de estar na prisão!
Deixem-me em paz!
No nosso vilarejo!
As pessoas podem dizer o que quiserem. Nos velhos tempos isso não teria acontecido.
Não, isso não teria acontecido nos velhos tempos.
Teríamos cortado o pinto dele nos velhos tempos.
E eles ficam parados, os homens! Nenhum deles faz algo!
Bem, se ninguém faz nada,
eu farei.
Ótimo!
É cada uma...
Oh, Deus!
Você não deveria fazer o seu cabelo sobre a carne.
Se alguém vê isso!
Não tenho tanta certeza
que seja do Abram.
Para começar, ela é uma puta.
E mais, Abram só o faz pelas costas.
Hanne desapareceu novamente.
Esteve bêbada de novo...
e bradando por aí.
Não entendo por que você deixa ela morar na sua casa.
Realmente não.
Ela nem ao menos comeu.
Se ela não aparecer, não receberá nada.
Magnífico!
O que você diz sobre a história do Abram?
Esse é um problema difícil. Até mesmo para a igreja.
Ainda não o pagamos pelo conserto.
Não posso procurá-lo com isso.
O Oficial Huber, por favor.
É urgente.
- Cerveja! - Sim, imediatamente.
Não, é a Sra. Hopf.
Do Açougue Hopf. Ele saberá.
O quê? Então me coloque na linha, por favor.
Alô. É o Oficial Huber?
Ela está fazendo um telefonema!
- Saúde! - Saúde, senhoria!
Colocaram-me na linha com você. Ele não está aí?
Pode dar um recado?
Estão levando um monte de coisas.
Quando chegaram, só tinham uma caixa de papelão.
E rasgada.
É, é. Agora os tempos serão mais difíceis.
Agora, sem mais carne de porco.
Agora, morrerão de fome!
Terão de apertar os cintos em casa, hein.
Também acho.
Vamos, Max, beba!
Olhem!
Quem temos aqui?
Ah, Abbi...
Aonde está indo tão depressa?
Paula, por favor.
Estamos partindo para Istambul.
Não sei se voltaremos.
Estamos muito tristes.
Ah, lhe conheço.
Uma longa vida para você. Boa sorte. Adeus!
Obrigada!
Olhem! Ah, que bom!
Se quiser, eu te levo.
Onde quiser.
Mas terá de ser bonzinho...
Venha, querido, isso, venha.
Sim, querido.
Sim, você gosta.
Ele não quer nada comigo.
Ou está numa das suas bebedeiras!
A questão está resolvida.
Eles virão amanhã.
Poderia ter poupado o dinheiro. Ele está partindo por conta própria.
- Abram! - Você tem um namorado agora?
Não me ama mais, Abram?
Ou está menstruada, querida?
Mas ele não pode partir agora.
Acabei de denunciá-lo.
Foi por isso que fez o telefonema?
Temia pelo meu Franzl. Foi por isso.
Eu só tenho a ele.
Abram! Você não pode partir.
Não pode partir agora.
Eu já liguei para a polícia.
Agora façam algo!
Compreenda.
Você não pode partir agora.
A polícia está vindo especialmente por você.
Se nos causar problemas, trancar-lhe-emos até a sua prisão.
E pensar que alguém assim anda livre por aí...
Abram!
É melhor deixá-lo partir.
Ele será preso amanhã.
Pela polícia.
Eu só preciso falar com ele.
Olhe, a criança pode ser gay também.
Não o alcançará mais agora, ele partiu.
Não estão no país de vocês! Ou desçam ou subam!
Caiam fora!
Indo à nossa casa? Abram não está lá.
Deixe-me em paz!
Não arruíne a minha vida! Eu dar-lhe-ei o seu dinheiro.
Não me toque! Você me enoja.
Se disser algo a Maria, lhe meto uma pá na cabeça.
O que é?
- Não tão alto. - Para onde você quer ir?
Estou esperando um filho seu.
Não está nem um pouco feliz?
Todos já sabem.
- Não pode me deixar agora. - Filho meu?
Não lhe deixarei partir!
Dá-me vontade de vomitar só de pensar.
Filho meu!
Você é uma puta. Faz com qualquer um.
Suma, ou quebrarei a sua cara.
Não se livrará de mim. Deitar-me-ei na frente do ônibus.
Gritarei tão alto que todos virão.
- Dar-lhe-ei uma surra. - Seu porco, sua bicha!
Será preso novamente.
Venham! Aqui está ele!
Ajudem-me! Não o deixem partir. Eu o peguei!
Cale-se, cadela!
Você não pode me abandonar!
Pare com isso, sua vadia!
Você irá para a cadeia, seu criminoso!
Veremos se sairá dessa vez.
Deixe a mala!
Largue-a!
Socorro!
Socorro!
Cuidado. Deitem-na no chão.
Socorro!
- Ele está lá em cima! - Onde?
Em parte alguma!
Se o achar, o que fará com o dinheiro?
Comprarei material novo para as minhas abelhas.
- Oskar! - Sim!
- Karl Heinz! - Aqui!
Mudança de direção. Vamos em direção ao cume.
Não saiam do meu campo de visão.
E se ele ainda está com a faca? E se mata mais alguém?
Vamos por aqui.
Abram, onde você está? Apareça!
Achar-lhe-emos de qualquer forma.
Há algo se movendo ali.
Abram! Saia! Não lhe machucaremos.
Deveríamos ir por aqui.
Saia, antes que leve um tiro.
Atenção!
É a polícia.
Renda-se!
Não resista.
A floresta está totalmente cercada pelos nossos homens.
Repito.
Renda-se.
Abram, saia, antes que percamos a paciência.
Lá!
Ele está lá!
Mãos ao alto! Não se mova!
Não cause problemas.
Coloque-se contra a árvore.
Vamos, mãos ao alto.
Não há nada com ele.
Que bom que o fizeram!
Não surpreende, vindo de um veado.
Vamos!
Franzl! Pare com essa besteira, venha aqui.
Você tem a benção da igreja, Ludwig.
E o povo sabe bem.
Olá, Sr. Padre.
Olá, Sr. Prefeito.
Obrigado novamente pela ceifadeira.
Não há de quê.
Enfim temos os documentos prontos.
Agora podemos nos casar.
Que bom, Maria.
O prefeito deve fazer um discurso agora
para que ninguém mais seja eleito amanhã.
E há mais alguém? Onde?
Garçom, venha aqui.
Meu discurso será muito breve.
Uma cerveja para todos, por minha conta.
Baseado na peça de Martin Sperr
Tradução por sleepy.joe