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Palestra com o Dr. Rupert Sheldrake em São Francisco 7 de Setembro de 2012 - Patrocinado por: Instituto de Pesquisas Integrais da California
Muito obrigado!
Este livro que eu publiquei há 3 dias atrás nos Estados Unidos,
'Science Set Free' (A Ciência Libertada)
se chama 'The Science Delusion' (A Ilusão da Ciência) na Inglaterra.
E do que a ciência está sendo libertada, espero eu, é desta 'ilusão da ciência'.
E a ilusão da ciência é a crença de que a ciência já entende a natureza fundamental da realidade,
deixando quaisquer detalhes para serem preenchidos.
Eu acho que esta é uma visão profundamente equivocada.
A maioria das pessoas reagem primeiramente com descrença para esta proposição.
O que poderia ser mais bem sucedido do que a ciência?
Ela está nos dando celulares, smart fones, computadores, aviões a jato, aparatos cirúrgicos,
e estes benefícios enormes das ciências e suas aplicações tecnológicas.
Parece que nada pode estar errado com isto.
No entanto, eu acho que existe uma enorme quantidade de pensamentos equivocados
no próprio âmago da ciência.
E há um conflito dentro da ciência que na verdade está
restringindo a ciência daquilo que ela deveria estar fazendo.
Eu vejo a ciência como um método de investigação,
uma forma de explorar a realidade.
Mas existe um outro lado da ciência que é a ciência como uma visão de mundo
ou um sistema de crença dogmático.
Ora, a maioria das pessoas são novamente descrentes quando eu sugiro
que a ciência é um sistema de crença dogmático.
Porque elas dizem: certamente, a ciência é a única coisa que nos permite ir além das crenças dogmáticas,
ela é a única coisa que fica atenta completamente a evidência e a investigação livre e...
o pensamento de mente aberta.
Este é um ideal da ciência e é um ideal que eu compartilho,
mas não é este ideal que é posto em prática geralmente.
Dentro das ciências existem um conjunto de crenças muito fortemente definido,
que a maioria dos cientistas nem mesmo percebem que são crenças.
Eles pensam que outras pessoas têm crenças: cristãos, budistas, muçulmanos e etc...
Mas...
Os cientistas não têm crenças, eles sabem a verdade.
E estas crenças são consideradas como verdades tão estabelecidas que nem mesmo são discutidas.
Quando você estuda ciências, as pessoas não dizem:
"estas são as coisas que você tem que acreditar, aqui está o credo";
você as absorve, como que por osmose,
que justamente as coisas que são tão tomadas como certas, você presume que elas devem ser verdadeiras.
E a maioria das pessoas fora do mundo científico presumem que elas devem ser verdadeiras,
porque a ciência é tão bem sucedida, e tem este enorme prestígio como resultado disto.
O que eu faço neste livro, A Ciência Libertada, é pegar os 10 dogmas da ciência moderna,
os 10 dogmas mais importantes, e os transformo em questões,
tratando eles como hipóteses que podem ser testadas
ao invés de suposições que você não pode desafiar.
Os 10 dogmas são os seguintes:
Primeiro, a crença de que o mundo inteiro é mecânico ou como uma máquina,
o universo é uma máquina, animais são máquinas, as plantas são máquinas, os humanos são máquinas,
"robôs desajeitados" na frase evocativa de Richard Dawkins.
Então, tudo é basicamente mecânico.
Máquinas se diferenciam de organismos
no que todos os organismos têm suas próprias atribuições auto-organizadoras,
eles se organizam a si próprios: plantas crescem por elas mesmas, por exemplo.
Eles também têm seus próprios propósitos ou objetivos.
Máquinas não. Máquinas são projetadas partindo-se do exterior,
e elas não têm o seus próprios propósitos, elas só fazem aquilo que os humanos querem que elas façam,
elas servem a nossos propósitos.
A diferença é clara e se você comparar... tentar obter alguma comparação entre
dirigir um carro e montar um cavalo.
Se você está num carro, ele leva você para onde você queira ir, enquanto ele estiver funcionando bem.
Se você está em um cavalo, ele pode facilmente ter idéias por ele mesmo e...
não ir para onde você queria ir, porque ele é um organismo e tem os seus próprios objetivos.
No século XVII, ao retirar propósitos, desígnios e etc da natureza
e levá-los para fora da natureza, colocando-os em um deus transcendente fabricante de máquinas,
os fundadores da ciência moderna pensaram que eles estavam fortalecendo o processo da religião,
ao enfraquecer a autonomia da natureza.
Mas eles fizeram isso ao reforçar na ciência, logo desde o início, esta teoria mecânica da natureza,
uma visão mecanicista.
Bem, esta é a suposição primeira e mais central.
Mas isto não é uma comprovação de vários lugares e casas decimais, testada por experimentos.
É apenas uma metáfora.
E, você não pode comprovar uma metáfora.
Ela é útil em certos aspectos mas não em outros.
E, a minha visão é que a natureza é bem melhor quando considerada como orgânica,
considerando o Universo como um organismo em desenvolvimento.
Bem, esta é a primeira suposição ou dogma.
A segunda é que a matéria é inconsciente.
O Universo é feito de átomos, moléculas, estrelas, galáxias, cristais,
todas essas coisas são completamente inconscientes.
Tudo na natureza é inconsciente, exceto os cérebros humanos e...
talvez os cérebros de um número de outros 'animais superiores',
ou para o materialista liberal, talvez descendo até insetos e vermes.
Mas mesmo assim, a própria matéria é intrinsicamente inconsciente.
Depois vem a suposição comum de que as leis da natureza são fixas.
As leis da natureza são hoje as mesmas tais como eram no momento do Big ***,
e elas serão as mesmas para sempre.
E assim como as leis estão sendo fixas, as constantes são fixas.
As constantes fundamentais como a constante gravitacional, a velocidade da luz e etc...
tenham sido sempre as mesmas.
A próxima suposição é que a quantidade total de matéria e energia é sempre a mesma.
O princípio de conservação de matéria e energia.
O seguinte: que a natureza não tem propósito.
A natureza inteira é desprovida de propósito
e o processo evolucionário inteiro não tem nenhum propósito ou direção.
O próximo: a herança biológica é material.
Tudo aquilo que os organismos herdam, é herdado materialmente,
principalmente como DNA, ou atualmente,
por esta complexidade adicionada através das modificações epigenéticas do DNA,
ou através da alguma herança moldável.
Mas essencialmente, a maioria das pessoas consideram a palavra 'hereditária'
como se fosse sinônimo de genética.
A suposição número 7 é de que a memória é armazenada, como rastros materiais, dentro do cérebro
Tudo o que você se lembra está de alguma forma codificado e armazenado dentro do seu cérebro.
O dogma 8: a mente está dentro da cabeça.
Atividade mental é atividade cerebral. Tudo está dentro da sua cabeça.
A proposição 9, o dogma 9, deriva do de número 8:
fenômenos psíquicos são ilusórios.
Coisas como telepatia podem parecer que existem,
muitas pessoas podem acreditar que elas tiveram experiências telepáticas,
mas isto é porque elas não são suficientemente espertas para perceberem que isto é apenas coincidência
ou deve haver alguma outra explicação perfeitamente 'normal'.
É uma ilusão.
E o dogma 10: A medicina mecanicista é o único tipo de medicina que funciona.
Terapias alternativas e complementares podem parecer funcionar,
mas isto é porque as pessoas melhorariam de qualquer jeito, ou é apenas o efeito placebo.
Mas a medicina mecanicista é o único tipo de medicina de verdade,
e é por isto que os governos, quase que exclusivamente, financiam pesquisas na medicina mecanicista
e não em outros tipos.
E o porque companias de seguro e serviços nacionais de saúde concentram quase todo o seus orçamentos
para a medicina mecanicista, porque é o único tipo de medicina que realmente funciona.
É medicina "científica".
Bem, estas são as 10 crenças que fundamentam a visão de mundo moderna.
Dentro da ciência, algumas delas foram questionadas por alguns cientistas em algumas áreas da ciência,
e como eu espero mostrar, hoje e amanhã,
todas elas foram realmente superadas pelos avanços da própria ciência.
Mas no entanto, estas são as crenças que a maioria das pessoas captam durante a sua educação científica,
ou de fato, no decorrer de qualquer tipo de educação,
porque quase todas as pessoas na modernidade foram educadas para ter respeito pela ciência
e para acreditar que ela deve ser a verdade.
Então estas são as proposições estabelecidas da maioria das pessoas educadas.
Agora, quando as transformamos em questões, as coisas ficam muito diferentes.
Antes de tudo, dentro da ciência você não está destinado a questionar elas,
e se você questionar elas, então, você quebra tabus.
E...há todo o tipo de penalidades contra quebrar tabus.
Eu não tenho tempo, nesta noite, para abordar todas as 10 ilusões,
mas eu apenas abordarei 3 delas.
Amanhã eu vou falar mais detalhadamente sobre isso no 'workshop', no CIIS.
Começarei com: 'a quantidade total de matéria e energia é sempre a mesma',
esta suposição muito familiar.
A suposição é que a quantidade de matéria e energia sempre tem sido a mesma,
desde o momento do Big-***, onde toda a matéria e energia do Universo apareceram repentinamente.
Como o meu amigo Terrence McKenna costumava a dizer:
"A ciência moderna se baseia no princípio:
nos deêm um único milagre independente e nós explicaremos o resto."
E o único milagre independente é o aparecimento de toda a matéria e energia no Universo
e todas as leis que o governa, do nada, em um único instante.
Como Terrence costumava dizer: esta é a hipótese limite da credulidade,
se você puder engolir isto, você pode engolir qualquer coisa.
Então...
A crença normal é que a quantidade total de matéria e energia é sempre a mesma.
Esta é a suposição que eu mesmo questionei por último.
Eu acabei realmente questionando ela há 2-3 anos atrás.
Eu questionei todas as outras durante o curso da minha carreira científica, mas não esta.
Eu pensei que esta era a mais correta,
a mais inquestionável,
e é a que eu acreditei por mais tempo, porque eu aprendi ela no ensino médio,
é algo que eu aprendi nas lições básicas de física.
Eu pensei que eu deveria incluir ela neste livro porque
certamente é uma das mais poderosas suposições da ciência,
uma das mais respeitáveis suposições.
E eu também pensei que seria bom descobrir que pelo menos um dos dogmas da ciência fosse verdade.
Eu não queria parecer parcial ao descobrir que todos os 10 fossem falsos.
Eu esperava que este fosse verdade, eu não tinha nada contra ele no início.
Mas quanto mais eu investigava ele, mais ele parecia esquivar-se,
até que agora eu o vejo como uma casa de cartas construída sobre fundações de areia,
para combinar metáforas.
Primeiramente, qual é a história?
Isto é algo que as pessoas estabeleceram por experimentos detalhados, medindo coisas
com precisão incrível de muitas casas decimais?
Não.
Este dogma foi baseado em suposições filosóficas e teológicas
que estão por aí, por séculos e mesmo milênios.
Na Grécia Antiga,
os filósofos da Grécia Antiga
estavam tentando encontrar maneiras diferentes de conceber a realidade.
E para eles a realidade última era eterna, e essencialmente imutável.
Os pitagóricos pensaram que a realidade última era números e matemática, proporções e relações.
Os platônicos pensaram que a realidade última era o reino das idéias ou formas eternas,
para além do espaço e do tempo.
E os materialistas,
os fundadores do materialismo moderno, também conhecidos como atomistas,
disseram: "não, a realidade última era a matéria".
A matéria era composta de muitos pedaços: átomos,
que, por definição, não poderiam ser divididos,
e a quantidade deles não poderia aumentar nem diminuir, a quantidade total era sempre a mesma.
Por consequência, implicitamente: a quantidade total de matéria é sempre a mesma.
É uma suposição filosófica.
E quando o atomismo foi re-incorporado na ciência, no séc. XVII,
esta suposição foi transferida.
Deus inicialmente fez todos os átomos, na criação do mundo, e sendo feitos por deus
e dados por deus, a sua quantidade total permanece a mesma para sempre.
Deus também impôs movimento na roda da máquina quando ele a inicializou.
E porque a energia ou movimento no universo é dado por deus,
isto também é fixo na sua quantidade e não pode eventualmente decair,
ou desgastar, porque isto é basicamente um princípio divino,
posto inicialmente na natureza.
Esta é a base destas suposições.
Elas foram codificadas no século XIX, na verdade nos anos 1850,
nas leis da termodinâmica e nos princípios de conservação da matéria e energia.
E pareciam ser verdades infalíveis.
Mas enquanto a maioria de nós pode prestar uma grande dose de veneração a estes princípios,
os próprios físicos se sentiram menos vinculados a eles.
Na década de 1980, se tornou claro que as galáxias estavam se atraindo umas as outras
muito mais do que elas deveriam.
Se você somar toda a matéria das estrelas,
fizer tolerâncias generosas para buracos negros e planetas, e nuvens de gás...
se você pensar em toda a *** que eles podem ter,
eles estavam atraindo outras galáxias muito mais do que deveriam,
pela gravidade, se você somar toda aquela matéria.
Também se verificou que as estrelas dentro das galáxias estavam sendo atraídas muito mais do que deveriam,
de acordo com a quantidade de matéria nas galáxias.
Então, algo estava errado com este modelo.
Então, como os físicos poderiam arrumar isto?
Bem, simples. Eles poderiam aumentar a quantidade de gravidade
apenas adicionando mais matéria nas suas equações
e adicionando exatamente a quantidade necessária para a equação ficar em equilíbrio.
E o que é esta matéria que eles adicionaram?
Bem, é 'matéria escura',
nós não sabemos o que é, mas sabemos que deve estar lá porque ela faz a equação ficar em equilíbrio.
Até hoje, ninguém sabe o que é matéria escura. A sua natureza é literalmente obscura.
E há 5 vezes mais matéria escura do que matéria normal.
Ora, a matéria escura é conservada? A sua quantidade total é sempre a mesma?
Ela pode ser convertida em matéria normal?
Então poderia a matéria regular apenas aparecer de lugar nenhum ou desaparecer para a matéria escura?
Ninguém sabe, porque ninguém sabe o que é matéria escura,
como ela funciona ou o que ela faz.
Mas isto ocasionou um novo problema,
porque de repente toda esta matéria extra no universo, que significava que todo o universo
era mais massivo do que qualquer proposição feita anteriormente por alguém.
E, agora, e quanto a expansão do universo?
O universo está expandindo, mas também está sendo puxado para trás pela gravidade,
a gravidade de todas as coisas dentro do universo.
E agora tem muito mais matéria no universo que deveria
estar fazendo com que o universo desacelere na sua expansão e finalmente parar de se expandir
e então começar a se contrair.
Na década de 1990, isto era o que a maioria dos cosmologistas pensavam.
Que o universo iria desacelerar e então se contrair, até que tudo termine em lágrimas,
no Big-*** reverso, conhecido nos mercados como o 'Big-Crunch'.
Tudo iria finalmente se implodir num buraco ***.
Mas por volta de 1998, se verificou, de observações de galáxias distantes, que longe de desacelerar,
a expansão do universo estava se acelerando.
As coisas estavam se expandindo cada vez mais rápido.
E agora como você explica isto?
Não havia nada na física que pudesse explicar isto.
E mesmo assim, isto parece estar acontecendo.
Então. Simples.
Eles encontraram uma forma de explicar isto:
deve existir um novo tipo de energia no universo que está empurrando e separando tudo:
'energia escura'.
E... apenas adicione a quantidade certa que você precisa para fazer a equação entrar em equilíbrio
e se encaixar nas observações e você resolve o problema.
Mas, isto causa ainda um outro problema para a física, porque acontece que
a quantidade de energia escura está aumentando.
A medida que o universo se expande, você obtém mais energia escura.
O universo agora é uma máquina de movimento perpétuo.
A quantidade total de energia escura e matéria escura variam de tempos em tempos,
de acordo com o ajuste das quantidades pelos físicos,
para fazer com que suas equações fiquem equilibradas.
Mas, grosseiramente falando, hoje a estimativa atual é que
apenas mais de 95% do universo é composto de matéria escura e energia escura.
Menos de 4% consistem no tipo de matéria e energia que você aprendeu na escola,
e para as quais deveriam ser aplicadas estas leis de conservação de matéria e energia.
E se a energia escura pudesse ser convertida em energia normal?
E se a energia normal pudesse ser convertida em energia escura?
Isto é possível?
Ninguém sabe.
Esta sala está cheia de matéria escura e energia escura,
não temos nenhuma idéia de como elas podem interagir com os processos que ocorrem no nosso mundo físico.
Enquanto isso...
na teoria quântica...
uma parte essencial dela é a idéia do 'campo de vácuo quântico' ou 'campo de ponto zero',
no qual as formas normais de matéria e energia são exatamente como ondas no oceano,
que o mundo está preenchido com outro tipo de energia:
a energia de ponto zero ou energia do campo do vácuo quântico,
o vácuo quântico não é um vácuo, 'é um pleno',
está cheio de energia.
Agora, o que isto faz?
Certamente faz as equações da física quântica funcionarem
porque eles podem trazer fótons virtuais e partículas virtuais do campo de vácuo quântico,
e depois como mágica fazer desaparecer novamente, para fazer toda a coisa funcionar matematicamente.
Mas e se pudermos explorar isto?
Poderíamos aproveitar algumas destas formas misteriosas de energia no universo?
Bem, a suposição usual é: "claro que não! Porque a lei de conservação de matéria e energia
proíbe todos estes tipos de idéias de máquinas de movimento perpétuo.
Mas, o mundo está cheio de inventores, trabalhando em garagens e galpões,
que afirmam ter dispositivos de energia livre, que geram mais energia do que usam.
Vá online e faça uma pesquisa por 'above unity devices'
e você encontrará uma grande variedade de alegações lá.
Alguns destes conseguem financiamento, até um certo ponto,
eles fazem estes dispositivos, eles os demonstram...
Eu vi um deles na Inglaterra. Um amigo meu está em uma compania que desenvolveu um destes dispositivos.
De fato parece que ele nos dá 2 vezes mais energia do que você coloca nele.
Ele foi testado em algumas universidades, eles escreveram relatórios,
não puderam achar nada de errado com ele.
Mas eles não queriam que os relatórios fossem publicados,
porque daria descrédito a universidade deles e ao seu departamento de física,
porque esta é uma área muito tabu.
Então, alguns destes dispositivos funcionam?
Se sim, eles poderiam fornecer quantidades ilimitadas de energia
que transformaria completamente a economia e ecologia mundiais,
e mudaria a forma de pensarmos sobre o futuro.
Eles funcionam ou não?
Ninguém sabe, porque não existem *** científicos sobre eles no mundo oficial
porque eles são completamente um tabu, eles desafiam este dogma.
Como eles desafiam este dogma, eles são mantidos nestas áreas marginais da ciência
e no campo da 'Para-Ciência' ou 'Ciência Marginal',
onde todo o tipo de afirmações extraordinárias são feitas, muitas das quais, talvez, muito absurdas.
O que poderíamos fazer sobre isto?
Bem, nada, se ficarmos nos negócios usuais tal como são na ciência.
Se nós não sabemos, se tomarmos a visão de que
talvez algumas destas formas de energia realmente existam e possam ser aproveitadas,
levar a sério de fato o que a ciência está nos dizendo.
Como você descobriria?
Bem, a minha sugestão é: uma competição.
Um prêmio de 1 milhão de doláres, o melhor dispositivo de energia livre ganharia o prêmio,
as pessoas poderiam enviar as suas afirmações variadas,
ter os seus dispositivos testados por engenheiros e físicos,
que não irão tentar desmascarar eles, mas dar a sua avaliação honesta
se aquilo está funcionando tal como parece.
Alguns já foram testados e parecem realmente funcionar da maneira que afirmam.
Se algum deles ganhar este prêmio, eu penso que isso mudaria o contexto,
porque as pessoas iriam então investir nestas coisas
e as coisas iriam acontecer, agora mesmo,
eles têm investidores pequenos, mas assim que eles chegarem aos investidores maiores,
como as companias maiores de energia,
então eles convocariam seus consultores em física,
e, sabe, em 5 minutos, o cara falaria:
sabe, estas pessoas estão afirmando sobre dispositivo 'above unity'. "Isto é impossível.
Isto é só mais uma mania de máquina de movimento perpétuo. Esqueça!"
Então, o preconceito é tão grande, que é muito difícil de eles conseguirem investimentos.
Se algum ganhasse este prêmio, eu acho que o contexto mudaria completamente.
E se ninguém ganhar o prêmio, porque nenhum deles funcionar realmente,
as 'pessoas convencionais' teriam o doce prazer de dizer: "Eu não te disse?"
Mas pela primeira vez, nós temos evidência experimental de que estão certos,
ao invés de apenas suposições e uma completa negação geral de possibilidades alternativas.
Verifica-se que o princípio de conservação de matéria e energia, quando aplicados a organismos vivos,
é igualmente duvidoso.
E esta foi uma das mais chocantes descobertas para mim.
Eu sou um biologista, e eu sempre tomei isto por certo,
que os organismos vivos seguem as leis de conservação de matéria e energia.
Quando eu olhei para a história, eu achei que não estava nada claro o que estava acontecendo.
No começo do século 19, particularmente na Alemanha, muitos biologistas pensaram que
os organismos vivos tinham um outro tipo de energia, que ia além dos tipos regulares,
eles chamaram de 'energia vital', ou 'força vital'.
Na década de 1850, Hermann von Helmholtz, mais conhecido como físico,
fez de sua missão provar que os organismos vivos não eram nada mais que máquinas.
Ele foi um médico no exército prussiano e um estudante de medicina quando ele formou
este desejo de refutar o vitalismo, a doutrina de que havia algo especial nos organismos vivos.
Ele tentou provar isto fazendo experimentos com pernas de sapos,
fazendo elas se contraírem com estimulação elétrica e medindo o calor emitido,
tentando mostrar que eles seguem as leis normais de calor e trabalho.
Ele não conseguiu obter qualquer resultado preciso, e então ele desistiu de um *** empírico
e ficou preso numa argumentação teórica:
os organismos vivos são máquinas, portanto eles obedecem as leis normais da física e química
e conservação da matéria e energia,
e portanto os organismos vivos são máquinas.
Foi um argumento circular, ele supôs aquilo que ele havia estabelecido a provar,
e depois disto, foi tomado como um fato certo em biologia.
Foi só em 1899, que alguém tentou testar isto experimentalmente com seres humanos,
houve antes disto um *** com um cachorro.
Nos Estados Unidos, Atwater e Benedict, dois dos fundadores da ciência nutricional na América,
tiveram pessoas em calorímetros, em caixas isoladas, elas tinham que viver nelas por diversas semanas,
foram medidos todos os gases que entravam e saíam, a urina, as fezes, a comida, a energia e etc...
E eles fizeram isto para estabelecer, ou como eles colocaram, para demonstrar que organismos,
humanos vivos, eram nada mais que máquinas, obedecendo as leis regulares da física.
Verificou-se que o primeiro resultado deles foi incorreto.
Então eles simplesmente mudaram os valores de correções para os valores nutricionais da comida,
para que eles pudessem obter a resposta certa.
Mas... e...
Eles chegaram a um resultado em concordância com a teoria,
com uma precisão de 99,9%.
Todos deram um suspiro de alívio, isto foi agora comprovado,
foi o fundamento da ciência da nutrição, foi um fundamento firme para a biologia,
pessoas escreveram artigos dizendo que foi o último prego no caixão do vitalismo e etc...
Foi só na década de 1970 que este trabalho foi re-examinado,
por um nutricionista americano chamado Paul Webb,
trabalhando no centro-oeste.
Ele re-fez aqueles experimentos e encontrou enormes divergências.
Ele descobriu que pessoas que eram obesas e faziam muito pouco exercícios
externalizavam em torno de 25% menos energia do que deveriam,
enquanto pessoas que não estavam comendo e fazendo muitos exercícios, de alguma forma,
tiveram acesso a 25% mais energia do que deveriam ter obtido.
Ele então olhou para os resultados clássicos de Atwater e Benedict,
eles acharam divergências similares,
mas eles cuidadosamente pegaram o número certo de pessoas abaixo da média,
e o número certo acima da média, para que eles então se anulassem,
para dar este resultado perfeito esperado.
Quando Webb publicou os seus resultados, mostrando estas enormes divergências,
ao invés de resultar em consternação no mundo da ciência nutricional,
ele foi simplesmente ignorado.
Todo mundo sabia que Webb deveria estar errado, ele deveria simplesmente ter obtido valores errados,
ou errado na sua soma, porque todos já sabiam da verdade:
que os organismos vivos, incluindo humanos, obedecem as leis normais.
Quando as pessoas de outras culturas, como hindus, falam de 'prana' ou
chineses ou japoneses falam de energia 'chi' ou ki, isto é tratado meramente como metáfora,
não pode ser real, porque sabemos que os organismos vivos obedecem as leis normais de energia comum.
Mas a ciência nutricional é cheia de anomalias.
Por todo o mundo, na Índia, na Europa Medieval, na China,
e nos Estados Unidos, existem pessoas que afirmam serem capazes de viver sem comida.
Estes 'respiratorianos', tal como agora são chamados, têm uma longa linhagem em muitas partes do mundo.
Alguns foram testados e se descobriu que eram farsantes,
alguns foram testados por cientistas, ao longo dos séculos, incluindo bem recentemente na Índia,
e se descobriu serem misteriosamente capazes de viver num desafio aparente das leis normais de energia.
Bem, a suposição comum é que estas pessoas são totalmente farsantes,
qualquer um que investigue eles, deve ser um cientista esquisito,
qualquer resultado que não desmascarem estas pessoas deve ser fraude ou falho,
e caso encerrado.
Mas e se não estiver encerrado?
Se eu fosse um cientista nutricional,
esta me pareceria uma das mais interessantes questões que possivelmente poderíamos perguntar.
Esta é uma outra forma de energia?
A única descoberta segura na ciência nutricional, nos últimos 20 anos,
é o efeito importante da restrição de calorias.
Organismos que são alimentados pela metade das calorias normais, de um modo geral,
vivem muito mais tempo do aqueles que têm dietas normais.
E isto se aplica a pessoas, ratos, 'east'(?),
todo tipo de organismo parece seguir este princípio.
Algo pode estar acontecendo,
com a atração de formas de energia, talvez do campo de vácuo quântico,
que significa que as suposições usuais da ciência nutricional são simplesmente falsas.
E não é como se a ciência nutricional fosse a mais brilhantemente bem sucedida
de todas as ciências modernas.
Um bilhão de pessoas no mundo são obesas
e ninguém parece saber qual o sistema alimentar que melhor funciona,
e se eles de fato funcionam bem, por que eles não funcionam por muito tempo?
Esta não é uma das maiores vitórias da ciência, esta área de investigação.
Isto também tem uma influência na medicina, porque muitos sistemas medicinais de outras culturas
são baseados em formas de energia que o nosso não é.
Bem... Este é um conjunto de suposições.
A quantidade total de energia e matéria é sempre o mesmo.
A suposição dogmática.
Quando você olha para isto, tal como vemos tanto em física quanto na biologia,
a imagem que surge não é uma com certeza total e 100% bem sucedida.
É uma com crenças dogmáticas e anomalias extraordinárias,
incluindo que 96% do Universo não sendo matéria e energia usuais,
e resultados experimentais discrepantes.
Agora, se você olhar para algumas destas outras suposições,
nós encontramos anomalias similares.
Considere a idéia de que as leis e as constantes da natureza são fixas.
Ora, isto é algo que eu venho desafiando por muito tempo:
a idéia de ressonância mórfica, que dá um tipo de memória para a natureza,
sugere que as chamadas leis da natureza são mais como hábitos.
Esta é a base da minha tese sobre ressonância mórfica,
e alguns de vocês leram sobre isto nos meus livros: Uma Nova Ciência da Vida e a Presença do Passado.
E eu não vou falar sobre isto agora,
porque eu não estou aqui para particularmente empurrar as minhas próprias teorias,
mas para abrir uma questão muito maior na ciência.
Então, ao invés de olhar para as leis da natureza, eu irei olhar para as constantes.
Isto é algo em que eu mesmo trabalhei muito pouco,
exceto por revisar a literatura existente.
Agora, as constantes são fixas?
A constante gravitacional ou a velocidade da luz, por exemplo, são completamente fixas?
Bem, você pode presumir: com certeza elas devem ser.
Isto é algo que é bem conhecido.
Mas se você olhar para os dados, aparece uma visão muito diferente.
Eu comecei voltando no tempo pelos manuais de física, onde eles dão as constantes.
Se você retornar para as edições anteriores,
você de fato encontra as constantes bem diferentes,
na medida que você recua por estas edições de manuais de física.
E ao fazer isto eu descobri que a velocidade da luz caiu por 20 quilômetros por segundo
entre os anos 1926 e 1945, por todo o mundo.
E ela subiu denovo para o valor próximo ao anterior a 1926.
E...os valores que as pessoas encontraram sobre isto, no mundo inteiro, foram muito precisos,
de acordo com os seus próprio dados.
Eles tinham margens de erros muito pequenas.
Eles estavam lá em cima com uma mínima margem de erro, e foram para baixo com uma nova margem mínima,
e depois foram lá para cima.
Não foi algo como se houvesse uma enorme extensão de erros,
que envolvesse esta queda de 20 quilômetros por segundo.
Não.
Algo diferente parecia estar acontecendo.
Eu fui conversar sobre isto com o chefe da seção de metrologia,
metrologia é a ciência que mede as constantes,
no Laboratório Nacional Britânico de Física, o Dr. Brian Petley.
Ele foi muito gentil em me ver e em discutir isto comigo.
E eu disse a ele: "O que você acha desta queda na velocidade da luz entre 1928 e 1945,
e depois subiu denovo?"
Ele disse:oh meu caro, você descobriu um dos episódios mais constrangedores na história da nossa ciência.
E... e... e eu disse: bem, não precisa ser constrangedor.
E se a velocidade da luz realmente caiu?
Isto não nos diria algo realmente emocionante e interessante sobre o Universo?
Ele disse: não podia ter realmente caído.
E eu disse: Por que não?
Ele disse: Porque é uma constante.
Então...
Depois eu disse: Bem, então como você explica esta discrepância, esta queda,
com as pessoas obtendo estes pequenos erros.
Eu disse: a única coisa em que eu consigo pensar é que as pessoas, repentinamente a tendência mudou,
e as pessoas começaram a ajustar os seus resultados,
falsificando eles para obterem os resultados que eles achavam ser os esperados.
Ele disse: Nós não gostamos de usar a palavra 'falsificar'.
E eu disse: Qual palavra você prefere?
Ele disse: nós preferimos chamar isto de 'travamento de fase intelectual'.
Então eu disse: você quer dizer que todas as pessoas pelo mundo estavam
'travando de fase intelectual' para este novo valor, descartando os valores discrepantes,
corrigindo eles para que obtivessem o seu valor correto...
e depois publicarem valores que concordam com o que eles achavam que todos os outros estavam obtendo.
Ele disse: mais ou menos.
E eu disse: e então quando ela subiu novamente, então a mesma coisa aconteceu?
Ele disse: Sim, mais ou menos.
Eu disse: bem, isto poderia acontecer de novo?
Ele disse: não, graças a deus, isto não pode acontecer novamente.
E eu disse: Por que não?
Ele disse: nós fixamos a velocidade da luz, por definição, em 1972.
E eu disse: quer dizer que você apenas a definiu, como uma espécie de decreto?
Ele disse: Sim.
E eu disse: e se ela realmente muda?
Ele disse: nós nunca saberemos. Nós redefinimos o metro em termos da velocidade da luz.
Então, as unidades com que são medidas mudariam juntamente com a mudança da velocidade da luz.
Então, este é o estado da situação na mais fundamental das constantes na física moderna.
Com a mais antiga das constantes na física, a unidade universal gravitacional de Newton,
o grande G, tal como é conhecido por aí...
É escrito com o G maiúsculo.
Os valores do grande G vêm variando violentamente.
E, até mesmo nos últimos 10 anos, ele varia por mais de 1.3%.
A maioria das pessoas presumem que estas coisas vão a precisão de muitas casas decimais, mas não.
O grande G varia embaraçosamente.
E, como eles na veradade arrumam os valores do G:
é que eles têm diferentes laboratórios por todo o mundo medindo ele,
eles pegam uma média destas medições, descartando aquelas que parecem estar muito longe,
com a alegação que elas devem ser erros,
depois os diferentes laboratórios apresentam elas ao Comitê Internacional de Metrologia,
eles então descartam qualquer valor daqueles que eles pensam que o laboratório obteve erro,
porque não combina com os outros,
calculam a média dos que sobraram e chegam ao que é chamado de "o melhor valor" de G.
Quando eu saí do escritório do Dr. Petley, ele disse: a propósito, você pode gostar de ver isto.
Ele disse que tinha acabo de vir da impressão.
E ele foi até embaixo de sua mesa, e havia uma caixa de papelão para os panfletos.
Ele puxou um para fora e me deu, e disse: os valores mais recentes das "constantes" físicas.
Então...
Alguns cientistas, ou agluns filósofos, e Alfred North Whitehead por exemplo,
que era um matemático e também um filósofo,
tinha uma teoria da relatividade que difere da de Einstein.
E a sua diferença nesta teoria previa que os valores
e medições do grande G variriam ao longo do tempo, enquanto medidos no planeta terra.
E então, existe uma razão para pensar que eles devem variar.
Eles devem também variar se realmente existe matéria escura,
e se ela está em nuvens de densidade desigual,
se a Terra passa por elas durante a sua órbita ao redor do Sol.
Ou, se a Terra, em diferentes posições de sua órbita,
é afetada de forma diferente pela matéria escura por toda a galáxia.
Isto poderia afetar estas medições.
Então, a pergunta é:
Estas medições variam de forma similar por todo o mundo?
Em 1994, no meu livro "Os 7 Experimentos que poderiam mudar o mundo",
eu tentei incentivar os metrologistas a olharem para o todos os dados acumulados,
e verem: todas as variações de G vão para cima, digamos, em junho, para baixo em julho,
ou para baixo em dezembro.
Elas variam juntas?
Existe uma variação cíclica disto pelo mundo todo?
Eles se recusaram a fazer isto, porque eles disseram:
G é constante, esta é uma pergunta sem sentido.
Mas os dados estão lá e não iria custar muito para se fazer isto.
É terrivelmente frustrante que isto não foi feito.
Eu penso que se fosse feito, poderíamos achar variações significativas em G,
que poderiam ser realmente analisadas e dar origem a novas ciências.
Ora, isto não é uma coisa extremamente fundamental, é uma constante fundamental,
mas nós estamos falando sobre algo relativamente simples de se fazer aqui.
Um estudante graduado provavelmente poderia fazer estas análises.
Pode vir a ser que na verdade todas as constantes variam enquanto são medidas.
A suposição usual é que todas estas variações são erros.
Pode ser que elas variem dentro de limites, ao invés de variarem caoticamente.
Pode chegar o dia em que nós abriremos os periódicos científicos como 'Nature', toda a semana,
e pode haver uma página como a dos relatórios da bolsa de valores para as constantes:
'Esta semana G permaneceu constante, C subiu muito pouco, a constante estrutural Phi caiu,
teve uma queda na carga no elétron.'
Pode ser que esta qualidade do tempo,
talvez um pouco como o pensamento astrológico,
porque deve haver saldos diferentes nas forças das diferentes constantes,
significaria que coisas diferentes poderiam acontecer em tempos diferentes.
Tudo isto é possível, mas nós nunca descobriremos se nós tivermos a suposição dogmática
de que eles são constantes, e todas as variações são erros e estão fora,
e os valores mais antigos são simplesmente descartados,
e nós sempre usamos o valor mais recente e "melhor".
Então, esta é a suposição de que as constantes são fixas,
não é nada mais do que uma suposição.
Alguns físicos propuseram que elas podem mesmo variar ao longo do tempo,
foi mesmo discutido um pouco por Whitehead e por Paul Dirac e alguns outros físicos,
mas para a maior parte esta pergunta não é nutrida, dentro da ciência.
Não há razão para que não devesse ser, não é como se a ciência tal como conhecemos irá entrar em colapso,
diria que ela ficaria mais interessante e que nós poderíamos descobrir algo realmente novo.
Agora, eu tomarei outra daquelas suposições:
as memórias são armazenadas dentro do cérebro.
Ora, isto é algo que não só os cientistas tomam por certo, mas a maioria das pessoas tomam por certo.
Basta você perguntar para a pessoa comum que você encontra na rua: onde está a memória?
Está na sua própria cabeça.
É apenas uma suposição padrão de toda a nossa cultura.
É onde uma suposição científica se espalha por toda a cultura e a tomam por certa.
Ora, onde está a evidência? De que as memórias estão na nossa cabeça?
Bem, muitas pessaos dizem, você não precisa qualquer evidência,
é óbvio, elas tem que estar lá, onde mais elas poderiam estar?
Algumas pessoas dizem, você dever ter memória tecidual, memória muscular e etc...
mas ainda fisicamente localizada no corpo,
tem de estar lá. De qual outra forma poderia funcionar?
Isto é uma suposição.
Existem de fato alternativas,
e a idéia de que as memórias são armazenadas no cérebro
tem sido questionada por filósofos ao longo dos séculos.
Plotino, na sua teoria da alma, pensou que as memórias eram um aspecto da alma,
não do corpo e não era armazenada no cérebro.
Henri Bergson, o grande filósofo francês, no seu livro 'Matéria e Memória',
forneceu argumentos convincentes de que as memórias não são armazenadas no cérebro.
Existe um outro tipo de causalidade, a causalidade através do tempo,
que pode transportar as memórias pelo tempo, sem ser armazenada em cérebros.
Bertrand Russell, o filósofo britânico, concordou com Bergson e ele propôs
que existe um novo tipo de causalidade, que ele chamou de 'causalidade mnemica',
um tipo de causalidade que funciona como a base para a memória,
ela salta através do tempo, conectando coisas similares através do tempo.
Ludowig Wittgenstein, chegou a conclusão que as memórias não são armezadas no cérebro,
ele foi um dos filósofos mais influentes no mundo de língua inglesa, no séc. XX.
Minha própria visão é que a memória depende da ressonância mórfica.
Ressonância mórfica é um tipo de ressonância através do tempo,
de padrões similares de atividade no passado para padrões similares no presente.
Este é o postulado da teoria.
É uma teoria de ressonância da memória.
E, o que a teoria de ressonância da memória diria
é que a memória depende do tipo de ressonância com o passado.
Quando você encontra alguém que não viu durante um tempo e você a reconhece,
você entra em ressonância com você mesmo no passado, na última vez que você a viu,
e há uma ressonância através do tempo, que te dá aquele sentimento de reconhecimento.
Você sabe que já a viu antes.
Enquanto isto, não está armazenada no seu cérebro,
não há um tipo de cópia da face dela, embutida em algum lugar do seu sistema nervoso.
De modo que a memória pode depender do processo de ressonância,
não do armazenamento físico dentro do cérebro.
Bem, o que dizer sobre as evidências?
Por séculos as pessoas vêm tentando achar os supostos vestígios da memória dentro dos cérebros.
Na década de 1950, houve uma tentativa decidida de encontrar isto, por Karl Lashley aqui nos Estados Unidos.
Ele treinou ratos e macacos para aprender uma grande variedade de truques,
depois deles aprenderem o truque, ele cortou pedaços dos seus cérebros,
para descobrir onde a memória estava armazenada.
E para a sua surpresa ele descobriu que ele podia cortar grandes pedaços do cérebro
e não importava que parte era: a direita, a esquerda, na frente, atrás, em cima, em baixo...
ele podia cortar grandes pedaços do cérebro sem destruir a memória.
É claro que se você destruir o cérebro inteiro o animal não poderia mais se comportar,
então você não poderia detectar o que está havendo em termos de memória,
mas ele podia cortar grandes partes do cérebro,
e estes animais, depois da recuperação das suas cirurgias, ainda podiam se lembrar.
Ele chegou a conclusão que
a memória parece estar ao mesmo tempo em todo o lugar e em nenhum lugar em particular.
Ela não podia ser localizada.
O seu estudante Karl Pribram levou esta idéia adiante
com a sua noção de armazenamento holográfico da memória,
que elas são armazenadas como hologramas em grandes regiões do cérebro.
Desde então, existiram mais esforços decididos para encontrar as memórias,
seja modificando as terminações nervosas em proteínas fosforiladas,
ou por outros mecanismos moleculares.
Repetidamente eles acabam sem nada.
Nós sabemos quando a memória é fixada, há atividade em certas regiões do cérebro,
particularmente no hipocampos,
e quando as memórias são recuperadas, há atividade no cérebro
que pode ser detectada por escaneamento cerebrais,
mas entre um e outro, as memórias simplesmente parecem desaparecer.
Ora, isto faz as pessoas pensarem: 'Elas estão realmente lá?'
Não. Elas simplesmente dizem: 'Nós ainda não encontramos onde elas estão',
'nós precisamos de mais alguns bilhões de dólares e teremos uma outra tentativa decidida para achá-las.'
Mas veja, talvez exista uma razão muito simples para este fracasso repetitivo.
Depois de bilhões e bilhões e bilhões de dólares que foram gastos,
milhões de mamíferos foram gastos nesta busca.
O motivo deles não conseguirem achar, pode ser muito simples, elas podem não estar lá.
Poder ser parecido como: ir a uma casa tentando encontrar qual programa de TV você assistiu ontem à noite.
Você assitiu o discurso de posse de Obama?
Será que posso descobrir analisando os transistores e fios no seu aparelho de TV?
Não, eu não posso.
Porque, isto não deixa um rastro no aparelho de TV.
Não é assim que a TV funciona. Ela sintoniza, ela não armazena,
ela não é um gravador de vídeo, ela é um receptor.
Eu penso que os nossos cérebros são muito mais como receptores do que dispositivos de gravação.
E é claro que se você danifica o seu receptor, você pode danificar a habilidade de recuperar a memória.
Se eu vir e danificar o setor de som do seu aparelho de TV,
eu poderia fazer a sua TV ser muda, ela não falaria.
Mas isto não provaria que todos os sons que saem do aparelho de TV
têm origem dentro daquela peça do aparelho de TV, ou que estão armazenados lá.
Do mesmo modo, cérebros danificados por doenças, derrames ou doenças degenarativas como Alzeimer,
se as memórias são perdidas, isto não prova que elas são armazenadas no tecido danificado ou deteriorado.
Isto meramente mostra que isto está afetando a habilidade de recuperar a memória.
Então, acontece que 'a memória está armazenada no cérebro' é...
uma questão extremamente em aberto.
A evidência na verdade favorece uma teoria de ressonância,
por causa do fracasso repetitivo das tentativas de encontrar os seus rastros dentro dos cérebros.
O motivo... E também teoria de ressonância explica muito mais.
Ressonância mórfica depende da similaridade,
todos nós somos similares a muitas pessoas do passado, especialmente a membros da nossa família.
E...isto explicaria o que Jung chamou de inconsciente coletivo,
uma memória coletiva da qual todos nós retiramos.
Mas, o motivo de termos a nossa própria memória,
é porque nós somos mais similares a nós mesmos no passado do que somos a qualquer outra pessoa.
Se eu te perguntar quem é mais similar a você no passado?
A resposta tem que ser: você mesmo.
Você é mais similar a você mesmo há 10 anos atrás, 20 anos atrás, 1 dia atrás...
do que você é similar a qualquer outra pessoa.
Então é por isso que você tem as suas próprias memórias e não a de outras pessoas.
Deste ponto de vista, as memórias individual e coletiva são diferentes em grau, não em natureza.
Onde a teoria convencial diria: a memória coletiva não existe realmente,
ou é apenas uma herança cultural, não é nada do que você está dizendo,
e a memória individual está armazenada em algum lugar no cérebro,
ainda assim em rastros cerebrais não identificados.
Então, eu penso que a teoria da ressonância explica melhor o fato.
Então, isto é uma questão em aberto,
eu não estou dizendo: eu estou definitivamente certo sobre isto
e também estavam Bergson, Bertrand Russell e Ludowig Wittgenstein e Plotino...
Eu estou dizendo que há uma longa tradição
de pensamento que considera a memória de uma forma diferente,
e a evidência favorece esta forma alternativa em oposição a 'teoria dos rastros'.
E ainda assim 100% das pesquisas sobre a memória, pagos pela NIH e outros financiadores pareceiros,
onde são gastos bilhões de dólares por ano,
são baseadas na suposição inquestionável: tem que estar no cérebro.
Não há outras alternativas que você pode discutir dentro desta estrutura de pensamento.
E qualquer discussão de que não está no cérebro é tabu.
Depois chegamos na suposição de que 'a mente está no cérebro', 'a mente é o cérebro',
atividade mental é atividade cerebral.
Isto diz que tudo o que você experimenta está de alguma forma dentro de sua cabeça.
Mas está mesmo?
Todos nós fomos educados com esta suposição.
É algo que é dito por pessoas comuns, e mesmo em conversas comuns,
se eles fossem dizer: está na minha mente, eles frequentemente dizem: está na minha cabeça.
É uma suposição que funciona por toda a nossa civilização,
e que agora nós estamos ocupados espalhando ao resto do mundo
através da educação científica moderna.
Então...
Isto é verdade?
Bem, eu acho que se você pensar a respeito da visão, simplesmente como um ponto de partida,
é relativamente fácil ver que, quando você pensa a respeito,
aquilo simplesmente colapsa, como uma suposição.
Pense no que acontece durante a visão.
Exemplo: você está me vendo agora.
Todos nós conhecemos as explicações científicas:
a luz se reflete em mim, viaja pelo campo eletromagnético,
entra nos seus olhos, imagens invertidas na sua retina, alterações nas células cônicas,
impulsos sobem pelo nervo óptico, atividades em diferentes regiões do cérebro,
no córtex óptico e em outros lugares.
Até aqui tudo bem.
Nós sabemos mais detalhes sobre isto do que ninguém jamais soube antes.
Mas isto é uma explicação da visão?
Não. É apenas uma descrição das mudanças que ocorrem no seu sistema nervoso
e nos seus olhos.
Como isto explica a experiência consciente de enxergar?
Bem, a resposta é que isto não explica.
Nada disso absolutamente explica a consciência,
que é porque a mera existência da consciência é chamada do 'o problema difícil'
pelos filósofos da mente.
Então... o que pode estar acontecendo?
Bem, onde estas imagens estão localizadas?
A suposição usual é que o seu sistema nervoso
misteriosamente gera uma exibição de realidade virtual
totalmente colorida e em 3D, dentro da sua cabeça.
E é isto o que você está experimentando.
Mas isto é um grande exagero, ninguém jamais viu uma exibição de realidade virtual dentro da cabeça.
Mas vamos somente ficar com esta visão convencional por um tempo.
Isto significa que quando você de vê em pé aqui agora,
a sua imagem de mim não está localizada onde parece estar,
ela está dentro de sua cabeça.
Existe um pequeno Rupert em algum lugar dentro de sua cabeça.
E se você olha para o céu,
então o céu que você está vendo está dentro de sua cabeça também,
a sua imagem do céu está dentro do seu cérebro.
Havia um artigo seminal sobre este assunto, publicado recentemente no jornal principal,
chamado: O seu crânio está além do céu?
E o autor do artigo concluiu: sim, é claro que deve estar,
porque tudo o que você experimenta está dentro do seu cérebro,
então o seu crânio está além do céu, tudo o que você experimenta está dentro de sua cabeça.
Elas tinham que lhe parecer, as experiências parecem estar lá, isto é apenas uma ilusão visual
produzida como parte da exibição de realidade virtual,
porque o crânio verdadeiro está para fora de todo o seu universo de experiência.
Esta é, acredite ou não, a visão oficial,
levada até a sua lógica extrema.
A visão que eu estou apresentando, por outro lado, é tão simples que é difícil de compreender.
Eu estou sugerindo que a sua imagem de mim está localizada bem aqui.
Ela está na sua mente, mas não dentro do seu cérebro.
A visão envolve um movimento interior da luz e uma projeção ascendente de imagens,
que tudo o que você enxerga no mundo, ao seu redor, é projetado para fora.
A sua mente se estende para muito mais longe do que o seu cérebro.
Se você olhar para uma estrela distante, a mente se estende por distâncias astronômicas, literalmente.
Então...
A projeção da mente, em todo ato de percepção, não é algo limitado aos humanos.
Eu acho que esta é a maneira que todas as imagens formadas em olhos funcionam.
O mundo está cheio de projeções visuais invisíveis de outras pessoas,
de animais, de pássaros, insetos...
assim como esta sala está cheia de radiações eletromagnéticas invisíveis
que carregam mensagens de celulares, programas de TV e rádio.
Então quando você vai ao ar livre, em um dia claro e agradável,
como foi hoje em São Francisco,
o mundo está preenchido com estas projeções visuais, de todas estas criaturas,
que estão vendo o mundo, não apenas os humanos.
Ora...
Esta não é uma nova teoria da visão e eu não reivindico a originialidade dela.
Isto era o que Platão pensava, o que os gregos antigos acreditaram,
foi o que Euclides teve como base de sua teoria óptica da visão,
e a maneira com que ele explicou as imagens espelhadas,
o motivo de você enxergar coisas atrás do vidro/espelho, as imagens virtuais,
isto é porque quando você projeta para fora, a sua imagem, sendo projeções mentais,
elas não são curvadas pelo vidro, elas passam diretamente por ele,
e você cria estas imagens atrás do vidro/espelho.
Esta ainda é a teoria nos livros de física atuais.
e é basicamente baseada na idéia de projeção de imagens para o exterior.
A maioria das crianças com menos de 10 anos acredita que os olhos projetam para fora as imagens,
Jean Piaget, o psicólogo do desenvolvimento, descobriu que antes dos 10 anos,
a maioria das crianças européias acreditam que a visão envolve uma projeção para fora,
bem como um movimento de luz para o interior.
No entanto, Piaget disse, bem satisfeito consigo mesmo, que em torno de 10 anos
as crianças comuns aprendem a 'visão correta',
que é que os pensamentos e imagens são coisas invisíveis localizadas dentro da cabeça.
Ora, a maioria de nós aceitamos isto com confiança,
mas ninguém nunca viu um pensamento ou uma imagem dentro da cabeça,
tudo o que viram eram mudanças elétricas na atividade cerebral.
Então...
Isto é apenas uma questão filosófica ou pode ser testada?
Ora, alguns de vocês já sabem que isto é algo em que eu dediquei algum tempo,
porque se a sua mente se estende até tocar aquilo que você está olhando,
você deveria ser capaz de afetar aquilo que você está olhando, apenas pelo ato de olhar.
Se for para uma outra pessoa, se você a olha por trás, pela janela, ela não pode te ouvir,
ela não pode te cheirar, ela não pode te ver, ela não sabe que você está lá por qualquer outro meio.
Ela pode sentir o seu olhar?
Bem, assim que você pergunta isto, você percebe que isto é uma experiência comum.
A maioria das pessoas já tiveram a sensação de serem observadas.
E elas sentem quando outras pessoas as olham, por trás.
Eu fiz muitos experimentos,
alguns destes experimentos são tão simples que uma criança pode fazer,
e na verdade milhares de crianças já fizeram eles.
Foram feitos em escolas primárias e escolas secundárias, na Inglaterra,
na Alemanha, e pelo estado de Connecticut.
E...
Estes experimentos têm dado resultados repetitivos consistentes,
as pessoas podem dizer, acima do acaso, quando elas estão sendo observadas.
Estas experimentos também estão sendo conduzidos no Museu de Ciência de Amsterdam,
o Centro NEMO, por 15 anos agora.
Dezenas de milhares de pessoas participam, é um dos maiores experimentos já feito,
os resultados são majoritariamente positivos e estatísticamente significativos.
A sensação de ser observado parece ser real.
Contudo a ciência usual não pode explicar nada dele.
E isto é tratado completamente como um tabu, ou um assunto "paranormal",
fora do limite da ciência convencional.
Isto não é mencionado nos cursos de psicologia usual,
a não ser para se descartar, como uma superstição ou uma ilusão
que o ignorante se apega a acreditar,
porque eles não aprenderam a teoria científica adequada da visão.
Porém, as pessoas comuns podem estar totalmente certas sobre isto.
Eu penso que é uma abilidade muito fundamental, a maioria dos animais a têm também.
Eu acho que ela provavelmente evoluiu há muito tempo atrás
no contexto das relações entre predador e presa.
Uma presa animal que pudesse sentir quando um predador escondido estivesse olhando para ele
tenderia a escapar de melhor forma do que um que não pudesse.
Então, eu acho que isso é bem fundamental, bem básico,
é encontrado por todo o mundo, mais de 90% das pessoas experimentaram isto.
E se encaixa com a teoria da visão que não limita tudo para dentro da cabeça.
Por este motivo, é completamente um tabu, dentro da ciência.
E no entanto, isto parece estar acontecendo, não custa caro para fazer esta pesquisa,
e é na verdade muito muito interessante.
Então, eu acho que a idéia que a mente está confinada no cérebro,
esta é uma linha de argumento, que eu acho,
que é persuasiva em mostrar que a mente não está confinada dentro da cabeça.
A mesma teoria é tomada para entender que todas as nossas sensações do nosso corpo estão no nosso cérebro.
Se eu sinto uma dor no meu dedo do pé, a dor não está no dedo, está no meu cérebro.
E é "referida" como sendo do meu dedo do pé, de uma maneira bem inexplicável.
O que eu estou dizendo é que assim como a minha imagem de você está onde parece estar,
ou seja, lá fora onde você esta sentado,
se eu sinto uma dor no meu dedo do pé, esta dor está no dedo,
não está dentro do meu cérebro.
O cérebro pode fazer um papel nisto, ele tem um papel na sensação de dor e no registro dela,
mas a sensação não está no cérebro.
Então, eu não penso que a nossa imagem corporal
ou as nossas imagens do mundo externo estão no nosso cérebro.
Eu penso que os cérebros são brutalmente superestimados.
Assim como os genes são brutalmente superestimados,
porque as pessoas tentam amontoar tudo para dentro do cérebro: todas as percepções,
todos os pensamentos, todas as sensações, todas as percepções visuais, toda a memória,
têm sido amontoados dentro do cérebro.
Mas o cérebro simplesmente não faz isto. Não é o que ele está fazendo.
Ele está funcionando de uma forma bem diferente.
Assim como as pessoas tentam amontoar todas as informações hereditárias nos genes.
Eu penso que muito disto é transmitido por ressonância mórfica,
eu falarei mais sobre isto amanhã, em relação a herança biológica.
Bem, eu acho que isto é suficiente para mostrar.
Eu só lidei rapidamente com três dos dogmas esta noite,
a apenas com algumas partes deles.
Mas isto dá a vocês só uma 'amostra',
e quando você olha para estes dogmas de uma forma crítica e científica,
acontece que como hipóteses, eles não são apoiados pelas evidências.
Melhores hipóteses são possíveis.
Isto não significa que toda a ciência colapsa e a civilização ocidental cai em ruínas.
Isto significa que: a ciência fica mais empolgante, mais interessante e podemos fazer novas perguntas.
Será mais divertido.
E...
Como a ciência pode avançar?
Bem, eu penso que há duas maneiras disto ser importante.
Eu penso que a primeira é algo como que todos nós possamos ter um papel nisto.
O mundo profissional das ciências está cheio de pessoas que tiveram experiências psíquicas,
que têm crenças religiosas, que têm práticas espirituais, que buscam práticas alternativas e etc...
Eles não são todos fundamentalistas científicos, verdadeiros crentes materialistas.
Tais pessoas existem, e Richard Dawkins tem nos feito um grande favor
ao cristalizar estas visões e torná-las totalmente explícitas.
Este é certamente um ponto de vista.
Muitos cientistas, na verdade não são materialistas integralizados,
que sentem uma necessidade profunda de acreditar nesta visão de mundo.
Eles vão em acordo com isto em público, porque se não fizerem isto prejudicariam a suas carreiras.
É um pouco parecido com o Comunismo na Rússia com Brejnev.
Quantas pessoas na verdade acreditavam nas teorias do comunismo?
Em público, muitos deles deram apoio a elas.
Quando líderes partidários faziam discursos, dezenas de milhares de pessoas
estavam aplaudindo em uníssono nestes enormes salões de pessoas.
Mas isto significa que eles realmente acreditavam nisto?
Não.
Quando o comunismo colapsou, quantos foram realmente crentes no comunismo?
Uns poucos...certamente alguns.
Mas não eram a maioria.
E eu penso que isto é verdade sobre a ciência atual.
E outro fator que é importante aqui é que a demografia da ciência está mudando drasticamente.
No último ano, 2 milhões e meio de pessoas na Índia se formaram em ciências e engenharia.
1 milhão e meio na China, meio milhão nos EUA, 100 mil na Inglaterra,
e de todos estes... o nível de graduados nos EUA e na Inglaterra,
de todas estas pessoas, 1/3 eram asiáticos, eles eram indianos, chineses e coreanos.
A maioria dos jovens cientistas atualmente não são de base branca, européia e americana.
Eles são asiáticos, e eles não têm razão para acreditar nesta bagagem herdada
da visão de mundo materialista, que veio até nós pela história européia da ciência,
por causa de várias razões.
Eles não têm motivo de algum para se entregar a isto.
Eles fazem isto durante o trabalho, ou fingem assim
porque eles sabem que prejudicaria as suas carreiras se assim não fizessem.
Eu penso que uma coisa que mais mudaria a ciência,
é se os cientistas sentissem a aptidão de saírem com os seus colegas,
e conversassem sobre o que eles realmente estão experimentando
e sobre o que realmente eles estão interessados.
Isto me ocorreu, com mais força, quando eu dei um seminário em Cambridge, sobre alguns dos meus trabalhos
relacionados a cães que sabem quando os seus donos estão voltando para casa.
Havia 6 cientistas neste pequeno seminário,
e todos eles estavam interessados nos resultados, eles conversaram sobre isto educadamente,
eles foram bastante evasivos no período oficial de perguntas,
eles perguntaram sobre as estatísticas, sobre a metodologia e assim por diante...
Mas logo depois, um por um, eles vieram e eles disseram a mim:
'Sabe, eu sempre fui interessado nestes tipos de coisa e foi por isso que vim até o seminário.'
Sem dizer mais nenhuma palavra, olhou em volta durante o intervalo, se ninguém mais estava ouvindo,
'Sabe, eu tenho um cachorro que faz isto agora mesmo, sabe?'
'Quando eu saio do laboratório e vou para casa ele está esperando por mim na porta.'
E quando todos os seis me contaram que eles pensavam que isto estava acontecendo
e quando todos os seis disseram a mesma coisa para mim:
'mas eu não posso falar sobre isto com os meus colegas, porque eles são muito "sérios".'
Então eu disse a eles: Por que vocês não saem juntos?
Vocês irão se divertir muito mais.
E, eu acho que esta é a forma de se avançar dentro das ciências.
Eu acho que há tantas pessoas por aí que têm interesses espirituais, experiências psíquicas e etc...
eles não falam ou não podem falar sobre isto com os seus colegas,
se eles assim o fizerem, eles irão descobrir que muitos de seus colegas compartilham estes interesses,
e a conversa na sala de intervalo do laboratório se tornaria tão mais interessante do que é atualmente.
E estes tipos de grandes perguntas que eu estou falando a respeito se tornariam parte do debate científico,
ao invés de serem marginalizadas e mantidas em áreas tabus,
em que, se os cientistas de alguma forma falam sobre ela,
eles só o fazem com os seus colegas depois de alguns copos de vinho, com amigos confiáveis, à noite.
Eu sei que o mundo científico está cheio de pessoas que não acreditam nisto,
porque já que eu estou fora por décadas,
os cientistas se sentem bem livres em conversar comigo.
E desde que o meu livro 'A Ilusão da Ciência' saiu na Inglaterra,
eu venho recebendo e-mails de eminentes cientistas britânicos,
de diferentes áreas da ciência e medicina,
me contando sobre as visões deles, alguns deles pedindo para me encontrar para discutir isto.
Eu venho tendo uma série de encontros clandestinos
com cientistas eminentes.
E, por bons motivos, eles explicaram como
eles realmente não podem deixar que seus colegas saibam as suas verdadeiras visões.
E para um ou dois, o preço é muito alto, eles perdem os seus subsídios,
os artigos deles são publicados em jornais de 'peer review' de alta citação,
eles não conseguirão a promoção de 10 anos...
existe um grande preço a pagar por quebrar estes tabus.
Mas se muitas pessoas fizerem isto, seria como os gays nos movimentos de liberação gay.
Seria mutuamente capacitante.
E, iria apenas fazer com que a ciência fosse muito mais divertida
e muito mais atrativa para os jovens.
No momento, ela realmente exclui muitos dos jovens brilhantes,
porque eles a vêem como apenas um monte de fatos secos que você tem que aprender.
Se eles fossem cientes de que muitas perguntas estão realmente abertas,
eu acho que seria uma situação bem diferente.
Bem, eu acho que isto é o suficente para dar a vocês uma amostra deste livro,
e eu ficarei feliz em responder qualquer pergunta.
Eu sou uma chefe de ciências e eu fiquei completamente decepcionada pela maneira,
tal como você falou, a ciência foi fundada,
em certos princípios que deveriam ser estritamente constantes.
E você nos ensinou que a ciência quando se afastou da igreja, na época da iluminismo,
se tornou até mais dogmática ou talvez igualmente dogmática que a igreja.
Minha pergunta a você é:
Nós podemos usar certos aspectos positivos da ciência, tal como os métodos empíricos de pesquisa,
nós podemos tentar impor racionalidade ao paranormal?
E é possível que certos aspectos da realidade,
que estão além daquilo que conhecemos hoje como física clássica,
podem ser estabelecidos com experiências místicas ou com o paranormal?
Bem, antes de tudo, eu penso que nós podemos investigar muitas coisas
racionalmente e cientificamente que a ciência não investiga neste momento,
por causa destes tabus.
Eu sou totalmente à favor da razão e ciência, desde que sejam racionais e científicas.
Eu penso que se nós tomarmos um olhar racional e científico para um fenômeno, como a telepatia,
acontece que eles não são "paranormais", no sentido de 'ir além do normal', eles são normais.
Os animais os têm e isto parece ser uma forma normal de comunicação entre membros de grupos de animais.
Muitos cães e gatos e papagaios e cavalos mostram respostas telepáticas aos seus donos humanos.
No reino humano, a telepatia é comum.
Mais de 80% das pessoas tiveram uma experiência telepática relacionada a ligações de telefone.
Então... Antes de tudo...
Eu diria que reinos inteiros de coisas que são classificadas atualmente como "paranormais" são normais
e perfeitamente investigáveis usando métodos científicos padrões e estatísticas,
é bem isso que eu mesmo faço.
Eu sou à favor da ciência, não anti-ciência.
E o meu livro é à favor da ciência, não anti-ciência.
Então, eu penso que existe uma grande extensão de fenômenos que a ciência excluiu arbitráriamente
em razão da limitação dogmática, e que uma ciência expandida poderia incluir em um maior paradigma
e em um modelo maior de realidade.
Eu acho que, no entanto, existem certas coisas que talvez nunca possam ser trazidas para dentro
de uma pura visão científica de previsibilidade.
E umas destas é o próprio impulso criativo.
A criatividade parece ser inerente em todo o Cosmo,
em todos os níveis: químico, molecular, biológico, mental, social ...
O Universo inteiro em evolução é uma interação, na minha visão, entre hábitos e criatividade.
Os hábitos levam a repetições e a regularidade da natureza, que são muito importantes,
sem elas nós não estaríamos aqui.
Mas a criatividade, quando novas coisas acontecem, é literalmente imprevisível.
Se você pudesse prever a próxima inovação criativa em qualquer assunto, você iria fazer esta inovação.
Você não pode prever a criatividade, e eu acho que é proque existe um elemento de liberdade
em todo o processo evolutivo, uma liberdade de criação,
que funciona através da evolução e que não pode ser isolado pela ciência.
E eu acho que existe um elemento de liberdade na natureza humana,
por mais que algumas vezes pareça bem restrita,
que por definição não pode ser prevista.
É algo realmente livre, e não é previsível.
Você pode estatisticamente prever o que as pessoas farão em termos de escolhas livres,
aproximadamente quantas pessoas escolhem flocos de milho ao invés de grãos de arroz ou algo assim...
nas prateleiras dos supermercados, então são previsões estatísticas.
Mas, para as escolhas livres realmente importantes,
eu penso que há uma imprevisibilidade,
assim como é no nível quântico com a incerteza quântica.
Isto pode ser probabilidade, mas ainda assim imprevisível.
Então, eu penso que todos estes reinos que a ciência diz,
há reinos para os quais a ciência pode se expandir e para outros reinos possivelmente não possa.
E... há reinos de teoria, a teoria da expansão para 11 dimensões na teoria M, ou 10 na teoria das cordas,
são tentativas de explicar os fenômenos da Natureza
em termos de teorias matemáticas altamente complexas,
se estas teorias serão produtivas ou não eu não sei, até agora elas não fizeram nenhuma previsão útil.
Aproximadamente 80% dos físicos teóricos envolvem-se, no que me parece, especulações inúteis.
Mas, sabe? Talvez elas possam apresentar algo de útil.
Esta é uma área que eu não sei o suficiente para formar qualquer julgamento.
Mas, o seu ponto da expanção potencial da ciência, do paranormal se tornando normal,
eu acho que uma parte muito importante e já está acontecendo.
Um argumento que eu ouço de muitos cientistas materialistas
é que ao tentar complexificar e dar nuances a ciência,
isto deixa a porta aberta para, por exemplo, aqueles que querem negar a mudança climática,
ou negar a evolução, para então dizer, bem, a ciência está realmente algo como
enganada a respeito de muitas coisas então por que não podemos estar errados sobre estas coisas?
e concedemos, é claro, a evolução muito da excitação materialista, o que simplifica o quadro,
e dando explicação mecanicista da biologia e etc... e é tudo aleatório, seleção natural e...
este quadro precisa ser mais complexo, mas como você
pensa sobre a educação pública da ciência,
especialmente em um país como a América, onde
há um grande setor da população que estão ativamente negando
muitos dos que parecem ser fatos científicos?
Bem, não existe um país como a América.
E...
Este tipo de movimento 'anti-ciência', movimento criacionsita, começaram...
nós simplesmente não...
eles praticamente não existem nas Europa ou na maior parte do resto do mundo.
É um fenômeno peculiarmente americano.
Isto não significa que não sejam importantes, são muito importantes.
Mas eu mesmo acho que a melhor forma é ser honesto.
E, eu não acho que exista qualquer objetivo em
tentar combater fundamentalismo religioso com fundamentalismo científico.
O que temos no momento é um tipo de fundamentalistas científicos,
como Richard Dawkins, atacando criacionistas.
A área realmente interessante desta discussão não está nestes extremos absurdos,
mas no meio, a área entre eles, onde existem questões inteiramente novas para se desenvolver
e maneiras completas de se avançar adiante.
Então, eu mesmo não ...
quero dizer, o meu argumento é, a razão do título do meu livro ser diferente na América
é porque os editores americanos pensaram que a 'ilusão da ciência'
seria confundido na América como sendo considerado criacionista, negador da mudança climática e etc...
o que não é.
Então, 'a ciência libertada' na verdade expressa melhor o assunto do livro.
Eu acho que a maioria das pessoas são bem capazes de entender que pode haver incertezas.
Existem incertezas em tudo, no clima, nas perspectivas econômicas,
na saúde de alguém...
Tudo é incerto. A ciência criou uma ilusão de certeza,
que eu acho, fez muito dano, e é um dos motivos de termos a ilusão da ciência.
Então, minha própria abordagem é mostrar que a ciência na verdade pode investigar coisas que
as pessoas não olharam antes.
Por exemplo, minha pesquisa sobre cachorros que sabem quando os seus donos estão voltando para casa.
Eu não tive problemas com a direita religiosa ou criacionista com qualquer uma das minhas pesquisas.
A maioria das pessoas, de direita ou de esquerda, estão realmente interessadas em:
o meu cão realmente sabe quando eu estou voltando para casa?
E...
Isto não é um assunto político.
É um assunto científico.
E, sabe? Algumas pessoas dizem: bem, é apenas rotina, ou eles te farejam,
e então você pode fazer experimentos para descobrir se: é apenas rotina? Podem estar só farejendo?
E, quando eu falei sobre estas coisas em jornais populares e em canais de TV populares,
eu encontro a maioria das pessoas realmente curiosas,
não leventam respostas dogmáticas.
As pessoas não estão sentindo que a ciência deveria estar fazendo este tipo de coisa?
Eu acho que é o tipo de coisa que a ciência deveria estar fazendo.
Então, eu não vejo pessoalmente isto como um problema.
Eu acho que o problema é que a ciência materialista vem sendo retratada como o único tipo de ciência.
E a ciência materialista é inerentemente ateísta.
E, o materialismo diz que a única realidade é a matéria,
não há tal coisa como consciência além do cérebro, não há tal coisa como deus,
deus não é nada mais do que uma idéia nas mentes humanas,
e portanto nada mais que um padrão de atividade eletro-químico nos cérebros humanos.
Não está lá fora.
E eu acho que isto aparecendo forte com os ateístas, como Dawkins,
que vem apresentando esta visão do materialismo,
inevitavelmente antagoniza qualquer um que seja, de algum modo, religioso ou tenha idéias espirituais
e cria uma polarização que é completamente desnecessária.
Quer dizer, eu sou tanto, eu gosto de pensar espiritualmente, religiosamente e cientificamente,
e eu pessoalmente não experimento um conflito.
E eu acho que não existe razão para que outras pessoas pudessem ter também.
A menos que o único tipo de ciência em jogo seja dogmática, ateísta e o materialismo.
Eu penso que isto obrigatoriamente cria problemas.
Então, eu acho que avançando de uma forma verdadeiramente científica é a melhor forma de seguir.
E eu não acho pessoalmente que isto crie problemas.
Boa noite!
Eu estou curioso sobre a sua visão
ou como a sua teoria de ressonância pode ser reconciliada com a teoria da reencarnação.
Eu sou um grande fan da escola budista da mente única, que similarmente ao que eu ouvi hoje aqui,
propõe que o corpo e o reino físico é uma função da mente, ao invés da mente ser uma função do físico.
Mas neste modelo, não existe esta noção de um inconsciente coletivo,
existe mais a noção de que cada uma de nossas mentes são como diferentes rios
indo, talvez, para o oceano, mas...
Eu nunca fui capaz de reconciliar isto com a noção de um inconsciente coletivo, particularmente.
Então, eu estou apenas curioso sobre a sua visão a respeito desta divergência de corrente
em relação a isto e também sobre reencarnação em geral.
Eu tentei discutir algumas destas coisas com estudiosos budistas
de diferentes tradições, incluindo a tibetana.
E embora eles sejam muito bons no assunto da mente,
na maneira como a mente funciona tal como experimentada através da meditação,
eles são geramente muito interessados em questões cosmológicas maiores.
O próprio Buda não estava, sabe: não perca o seu tempo nisto quando você poderia,
você tem que realmente se concentrar em limpar a sua mente interior.
Em termos de reencarnação,
eu pessoalmente penso que reencarnação é uma exceção ao invés da regra.
A evidênica sugere que algumas crianças podem se lembrar das vidas passadas.
E, eu aceito esta evidência, ela parece convincente.
Mas depois a questão é: se elas se lembrar das vidas passadas,
isto prova que elas eram aquela pessoa?
Ou isto significa que elas estão apenas acessando as memórias de alguém que agora está morto?
Eu acho que todos nós estamos acessando as memórias de milhões de pessoas que agora estão mortas.
Algumas vezes, as pessoas podem acessar mais a memória de uma pessoa do que todas as outras.
Você pode ter uma transferência de memória.
Então depois a pergunta que surge: é a continuidade da memória prova de identidade pessoal, ou não?
E depois nós entramos em reinos inteiros de discussão metafísica,
quero dizer, a diferença entre as filosofias budista e hindu no geral, sobre este assunto, é que
os hindus diriam que existe a continuidade, e a doutrina budista de anatta, tal como a entendo,
é a que diz: que não há este tipo de 'alma' que se move de corpo para corpo,
existem feixes de tendência nas memórias.
Então, não é uma pergunta simples de responder.
Mas, eu acho que quando nós levamos em conta a transferência de memória por ressonância mórfica
isto de fato muda a discussão sobre reencarnação,
e de fato sobre qualquer tipo de discussão a respeito de sobrevivência.
Até mesmo em outras tradições religiosas, tal como a tradição cristã,
se a memória está armazenada no cérebro,
isto é o que a maioria das pessoas pensam,
e se o cérebro se degrada na morte, o que todo mundo concorda que acontece,
então todas as memórias serão destruídas na morte.
E nenhuma forma de sobrevivência será possível.
Esta é a razão do materialismo ser realmente algo como um dogma simples e direto.
Ele descarta todas as teorias religiosas de sobrevivência.
Mas se as memórias podem sobreviver à morte do corpo,
elas podem depois ser transferidas para outras pessoas,
o que afetaria o debate sobre reencarnação.
Elas também podem ser capaz de sobreviver em um forma não-física,
isto é inteiramente especulativo.
Se a memória é armazenada no cérebro, qualquer teoria de sobrevivência é encerrada.
Se elas não são armazenadas no cérebro, a questão está em aberto,
mas não se decide de uma forma ou outra.
Então, você vê que as memórias e...
porque eu não sou familiar com os seus escritos,
que há como uma coletiva... tipo uma,
quero dizer, assim como você está descrevendo as ondas no ar, que a nossa TV se sintoniza,
Sim.
Você está sugerindo que
a nossa consciência está, tipo, todas juntas fundidas neste... Onde você obtem...
Eu estou sugerindo que nós temos acesso a uma memória coletiva,
uma memória coletiva humana, animais...
ratos poderiam sintonizar em uma memória coletiva de ratos e etc...
Olá. Eu comecei a minha busca falando com siões, em cima da montanha,
e você aquele vídeo fascinante do papagaio psíquico, o cinza,
e era realmente bem impressionante,
e logo quando você estava partindo, você disse que estava indo a Filipinas, ou algum lugar assim,
para olhar um jovem garoto com o seu elefante, que afimava a mesma coisa:
que o elefante podia ler a mente dele.
E você deixou bem provado que o papagaio podia ler a mente daquela senhora.
Onde está o papagaio atualmente e o que aconteceu com o elefante?
Bem...
Eu fui até o sul da Índia para olhar os elefantes
e como eles eram telepáticos quando não houvesse uivos.
Eu descobri que havia algumas histórias bastante convincentes, mas
não houve nenhuma situação onde eu pudesse fazer experimentos facilmente.
Trabalhar com elefantes é um pouco pesado.
E...
Então, não existem notícias de última hora sobre os elefantes.
Em relação ao papagaio Nkisi.
Nkisi ainda está vivo e bem e agora tem ao redor de 14 anos,
os cinzas africanos podem viver até 75 anos, então, ele ainda é bem jovem.
O seu vocabulário continua a aumentar, ele tem agora um vocabulário em torno de 1500 palavras,
que é o maior já registrado na história para qualquer animal de qualquer espécie.
E, ele continua a falar frases criativas de uma forma apropriada.
Então, Aimee Morgana, que o papagaio está, está continuando a estudar ele,
e ela está trabalhando longe com o papagaio.
Ela ainda não publicou nada dos seus dados, ele tem enormes quantidades de dados.
Mas eu espero que cedo ou tarde ela irá.
E eu... Esto é um projeto de longo prazo.
Em todo o caso, o papagaio está vivo e bem, eu tenho o prazer de dizer.
Oi.
Eu estou só interessado neste conceito de que as leis da natureza estão mudando,
e não serem constantes e também ...
como isto se cruza com a sua idéia de que a mente
e a ressonância, algo como, de alguma forma contém o mundo físico.
Então, se estes se cruzam, eu estou interessado em saber o que você pensa sobre como
as leis da natureza e as suas mudanças refletem os nossos pensamentos,
e como estes padrões se afetam mutuamente, e como eles se cruzam.
Você quer dizer, as leis da natureza no reino não-humano,
como elas podem ser afetadas pela maneira com que pensamos?
Sim.
Bem, há um sentido em que as leis da natureza são construções humanas,
quero dizer, você na verdade não vai lá fora na natureza e econtra uma lei.
O que vocé, o que nós observamos é a regularidade na natureza.
Eu mesmo as interpreto como hábitos.
Muitos cientistas diriam que elas derivam de leis matemáticas eternas.
Eu diria que esta é apenas uma forma de pensar sobre elas.
Um dos problemas com ciência moderna é que ela é profundamente antropomórfica,
pretende não ser, mas é.
Se você olhar para o mundo natural, onde você encontra leis? Você não acha.
Se você olhar para o mundo humano, onde você as encontra?
Bem, não em sociedades tribais, eles têm costumes.
Você as encontra em civilizações. É o único lugar em que você encontra as leis.
E no século 17, o conceito de leis da natureza, era diretamente metafórico:
Deus era o imperador do Universo e ele fez as leis que governam a natureza
e sendo todo-poderoso e onipotente, Ele agiu como a agência de fiscalização do universo,
se certificando de que todos obedeçam a elas.
É um terrível conceito antropomórfico.
Nós não encontramos leis na natureza.
C. S. Lewis uma vez disse: "Dizer que uma pedra cai para a Terra porque ela está obedecendo a uma lei,
a transforma num homem, e até mesmo num cidadão."
É um conceito antropomórfico.
Então, o que nós de fato encontramos num universo em evolução é mudança nas regularidades da natureza.
E a ciência está num tipo de diálogo com o mundo natural através de experimentos e observação.
De qualquer forma, o melhor conceito que eu posso encontrar para explicar isto é o de hábitos.
E é claro que nós temos hábitos também, mas não são só os humanos que têm hábitos,
muitos animais têm hábitos, e até mesmo cristais têm hábitos.
É uma metáfora muito mais ampla do que lei,
que é restrita a apenas alguns tipos de sociedades humanas.
... Muito obrigado Rupert.
Video: Dan Drasin, Jlyn O'Hare
Agradecimentos especiais a: Centro de Estudos Integrais da California Primeira Sociedade Unitária Universalista de San Francisco