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Os apelos ancestrais ao preconceito racial, ***, religioso
ao fervor nacionalista radical começam a deixar de funcionar.
A questão de quem sou eu, se sou bom ou mau
bem-sucedido ou não, tudo isso é aprendido pelo caminho.
É só um passeio
e nós podemos mudá-lo quando quisermos. É apenas uma escolha.
Sem esforço, sem trabalho, sem emprego, sem economias.
Percebi que não tinha entendido o jogo.
O jogo era descobrir o que eu já era.
Estávamos a dizer
o quão importante
é trazer, na mente humana
a revolução radical.
A crise é uma crise de consciência.
Uma crise que não pode mais
aceitar as antigas normas
os velhos padrões
as tradições antigas.
E, considerando o que o mundo é hoje
com toda a miséria
conflito
brutalidade destrutiva
agressão
e assim por diante
O Homem
ainda é o mesmo de antes.
Ainda é bruto
violento
agressivo
acumulador
competitivo.
E, construiu uma sociedade nestes termos.
"Não é medida de saúde estar bem adaptado
a uma sociedade profundamente doente." - J. Krishnamurti
A sociedade de hoje é formada por várias instituições.
De instituições políticas
instituições legais
instituições religiosas
a instituições de classe social
valores familiares
e especialização profissional.
É óbvia a profunda influência
que estas estruturas tradicionais possuem
na formação das nossas compreensões e perspectivas.
Porém, de todas as instituições sociais nas quais nascemos
que nos guiam e condicionam
parece não existir nenhum sistema tão dado como certo
e mal compreendido
como o sistema monetário.
Tomando proporções quase religiosas
a instituição monetária estabelecida existe
como uma das formas mais incontestadas de fé.
Como o dinheiro é criado, as políticas que o governam
e como ele realmente afecta a sociedade
não são interesse da grande maioria da população.
Num mundo onde 1% da população possui 40% da riqueza do planeta.
Num mundo onde diariamente morrem 34 mil crianças
devido a pobreza e doenças evitáveis
e onde 50% da população
vive com menos de 2 dólares por dia...
uma coisa é certa:
"Algo está muito errado".
Estejamos cientes disso ou não
a força vital de todas as nossas instituições estabelecidas
e portanto da sociedade em si, é o dinheiro.
Logo, entender essa instituição de política monetária
é essencial para entender o porquê das nossas vidas serem como são.
Infelizmente, economia é um assunto frequentemente visto com confusão e tédio
Sequências intermináveis de termos financeiros
a par com cálculos intimidantes
rapidamente fazem desistir qualquer um de tentar entendê-la.
No entanto, o facto é que:
A complexidade associada ao sistema financeiro é somente uma máscara
criada para ocultar uma das estruturas mais estagnantes socialmente
que a humanidade já tolerou.
Ninguém está mais desesperadamente escravizado
do que aquele que falsamente acredita ser livre.
Johann Wolfgang von Goethe - 1749-1832
Há alguns anos
o Banco Central dos EUA, a Reserva Federal
criou um documento chamado Mecânica Monetária Moderna.
Esta publicação descrevia a prática institucionalizada
de criação de dinheiro utilizada pela Reserva Federal
e a rede global de bancos comerciais que ela sustenta.
Na página de abertura, o documento afirma o seu objectivo:
"O propósito deste livro é descrever
o processo básico de criação de dinheiro
num sistema bancário de reservas fraccionaria."
Ele então descreve esse processo de reservas fraccionadas
através de terminologia bancária
cuja tradução é qualquer coisa assim:
O governo dos EUA decide que precisa de dinheiro.
Então contacta a Reserva Federal
e pede, digamos, 10 mil milhões de dólares.
A Reserva Federal responde:
- Claro, compro-vos 10 mil milhões de obrigações do tesouro.
Então o governo pega em alguns papéis
imprime-os com símbolos de aspecto oficial
e chama-lhes obrigações do Tesouro.
Depois, atribui a esses papéis o valor de 10 mil milhões de dólares
e envia-os para a Reserva Federal.
Em troca, o pessoal da Reserva Federal
imprimem, eles próprios, uma quantidade de papéis impressionantes.
Só que desta vez, atribui-lhes o nome de "notas da Reserva Federal".
Também atribuindo o valor de 10 mil milhões a esses papéis,
a Reserva Federal utiliza essas notas e troca-as pelas obrigações.
Assim que a transacção é concluída
o governo usa os 10 mil milhões em notas da Reserva Federal
e deposita-os numa conta bancária.
E com esse depósito
as notas de papel passam oficialmente a ter valor comercial,
adicionando 10 mil milhões ao suprimento monetário dos EUA.
E aí está! Criaram-se 10 mil milhões de dólares em dinheiro.
Claro, este exemplo é uma generalização
pois, na realidade, essa transacção ocorreria electronicamente
sem se usar papel de todo.
Na verdade, só 3% do suprimento monetário dos EUA existe em moeda física.
Os outros 97% existem somente em computadores.
Então, obrigações do tesouro são, por definição, instrumentos de endividamento.
E quando a Reserva Federal compra esses títulos
com dinheiro criado basicamente do nada
o governo está na verdade a prometer
pagar de volta esse dinheiro à Reserva Federal.
Por outras palavras, o dinheiro foi criado a partir de uma dívida.
Este paradoxo estarrecedor
de como o dinheiro ou o valor podem ser criados
a partir de dívidas ou de uma responsabilidade
ficará mais claro à medida que continuamos este exercício.
Bem, a troca foi realizada
e agora 10 mil milhões de dólares estão numa conta bancária comercial.
É aqui que fica interessante.
Visto que, com base na prática de reservas fraccionadas
este depósito de 10 mil milhões
torna-se instantaneamente parte das reservas do banco
tal como todos os depósitos.
E, no que se refere a exigência de reservas
como indicado na "Mecânica Monetária Moderna":
"Um banco deve manter reservas legalmente exigidas
equivalente a uma percentagem definida dos seus depósitos ".
Isso é então quantificado quando afirma que: "Pelas normas vigentes
a reserva exigida para a maioria das contas correntes é de 10%".
Isto significa que dos 10 mil milhões depositados
10%, ou 1 milhar de milhão, é guardado como a reserva exigida
enquanto os outros 9 mil milhões são considerados excedente de reserva
e podem ser usados como base para novos empréstimos.
O lógico seria presumir que esses 9 mil milhões
estão literalmente a sair do depósito existente, de 10 mil milhões.
Porém, esse não é o caso.
O que ocorre é que os 9 mil milhões
são criados a partir do nada
sobre o depósito existente de 10 mil milhões.
É assim que o suprimento monetário é expandido.
Como é afirmado na Mecânica Monetária Moderna:
Naturalmente eles, os bancos
não saldam os empréstimos do dinheiro que recebem como depósitos.
Se isso fosse feito, nenhum dinheiro adicional seria criado.
O que eles fazem ao realizar empréstimos
é aceitar notas promissórias, "contratos de empréstimo"
em troca de créditos, "dinheiro"
para as contas correntes de quem requer o empréstimo.
Por outras palavras, os 9 mil milhões podem ser criados do nada
simplesmente porque existe uma demanda por tal empréstimo
e porque existe um depósito de 10 mil milhões
que atende às exigências de reserva.
Agora vamos imaginar que alguém entra nesse banco
e pede emprestado os 9 mil milhões recém-disponibilizados.
Eles provavelmente vão usar esse dinheiro
e depositá-lo na sua própria conta bancária.
O processo repete-se então
já que esse depósito torna-se parte das reservas do banco.
10% é isolado e de seguida 90% dos 9 mil milhões, ou 8,1 mil milhões
torna-se dinheiro recém-criado, disponível para mais empréstimos.
E claro, esses 8,1 podem ser emprestados e redepositados
criando mais 7,2 mil milhões
mais 6,5 mil milhões... mais 5,9 mil milhões... etc.
Este ciclo de criação de dinheiro
pode tornar-se tecnicamente infinito.
O cálculo médio é de que cerca de 90 mil milhões
podem ser criados a partir dos 10 mil milhões originais.
Por outras palavras: para cada depósito
que é feito no sistema bancário
pode-se criar nove vezes esse valor a partir do nada.
A precisar de dinheiro? Peça ao Bank of America
um pouco de dinheiro instantâneo!
D-I-N-H-E-I-R-O na forma de um conveniente empréstimo pessoal!
Agora que nós entendemos como o dinheiro é criado
por este sistema de reservas fraccionadas.
Pode-nos ocorrer uma pergunta lógica, ainda que desconcertante:
O que é que e está a dar valor a esse dinheiro recém-criado?
A resposta: o dinheiro que já existe.
O dinheiro novo basicamente tira valor do suprimento monetário já existente
pois o montante total de dinheiro está a aumentar
independentemente da demanda por bens e serviços.
E como a oferta e demanda procuram equilíbrio, os preços sobem
reduzindo o poder de compra de cada dólar.
Isto é normalmente designado por inflação
e a inflação é basicamente um imposto oculto cobrado aos cidadãos.
Qual é o conselho que costuma receber?
O conselho é: inflacione a moeda.
Não dizem: depreciem a moeda.
Não dizem: desvalorizem a moeda.
Não dizem: enganem quem já está garantido;
Dizem é: reduza as taxas de juros.
A verdadeira fraude ocorre quando distorcemos o valor do dinheiro.
Quando criamos dinheiro do nada, não temos economias.
E há ainda o que se chama de capital.
A minha pergunta resume-se a:
como é que podemos esperar resolver os problemas da inflação
ou seja, o aumento da oferta de dinheiro, com mais inflação?
Claro que não podemos.
O sistema de reservas fraccionadas para expansão monetária
é inflacionário por si só
uma vez que o acto de aumentar a oferta de dinheiro
sem que haja uma expansão proporcional de bens e serviços
na economia, vai sempre depreciar uma moeda.
De facto, uma análise rápida dos valores históricos do dólar norte-americano
em comparação com a oferta de dinheiro, reflecte claramente essa questão
visto que a relação inversa é óbvia.
1 dólar em 1913 valia o equivalente a 21,60 dólares em 2007.
Isto é uma desvalorização de 96%
desde que a Reserva Federal passou a existir.
Agora, se essa realidade de inflação inerente e perpétua
parece absurda e economicamente auto-destrutiva...
Espere um pouco, pois "absurdo" é pouco para definir
como o sistema financeiro realmente opera.
Pois, no nosso sistema financeiro, dinheiro é dívida
e dívida é dinheiro.
Eis um gráfico do suprimento monetário nos EUA de 1950 a 2006.
E este é um gráfico da dívida nacional dos EUA no mesmo período.
Veja que interessante: as tendências são virtualmente as mesmas,
pois quanto mais dinheiro existe, mais dívidas existem.
E quanto mais dívidas existem, mais dinheiro existe.
Colocando de outro modo: cada dólar na sua carteira
é uma dívida de alguém para com outro alguém. Lembre-se:
o único modo de o dinheiro passar a existir é através de empréstimos.
Logo, se todos no país pudessem pagar todas as suas dívidas
incluindo o governo
não haveria um único dólar em circulação.
Se não houvessem dívidas no nosso sistema financeiro
não haveria dinheiro algum.
- Martinez Eccles - Governador da Reserva Federal - 1941
Na verdade, a última vez na história norte-americana
em que a dívida nacional ficou liquidada foi em 1835
depois do presidente Andrew Jackson fechar o banco central
que precedeu à Reserva Federal.
Toda a plataforma política de Jackson girava essencialmente
em torno desse compromisso de fechar o banco central.
Declarou, certa vez que:
"Os grandes esforços feitos pelo banco actual para controlar o governo...
são apenas premonições do destino que aguarda o povo norte-americano
caso sejam induzidos à perpetuação desta instituição
ou ao estabelecimento de outra do mesmo género."
Infelizmente esta mensagem teve uma vida breve
e os banqueiros internacionais
conseguiram instalar outro banco central em 1913, a Reserva Federal.
E enquanto essa instituição existir, o endividamento perpétuo é inevitável.
Bom, até agora discutimos o facto real
de que o dinheiro é criado de dívidas a partir de empréstimos.
Estes empréstimos são baseados nas reservas de um banco
e as reservas são originadas por depósitos.
E através desse sistema de reservas fraccionadas
qualquer depósito pode criar nove vezes o seu valor original.
Por sua vez, depreciando do dinheiro em circulação
elevando os preços na sociedade.
E, como todo esse dinheiro é criado a partir de dívidas
e circula aleatoriamente através do comércio
as pessoas acabam distanciadas de sua dívida original;
e um desequilíbrio existe quando
as pessoas são forçadas a competir por empregos
a fim de obter dinheiro suficiente do suprimento monetário
para cobrir o seu custo de vida.
Por mais disfuncional e distorcido que tudo isto pareça
ainda falta um elemento que omitimos desta equação.
E é esse elemento da estrutura
que revela a natureza verdadeiramente fraudulenta inerente ao sistema:
a cobrança de juros.
Quando o governo recebe dinheiro emprestado da Reserva Federal
ou quando uma pessoa faz um empréstimo bancário
este quase sempre deve ser devolvido com juros.
Por outras palavras, quase todos os dólares que existem
um dia terão de ser devolvidos a um banco com pagamento de juros incluído.
Porém, se todo o dinheiro é emprestado do Banco Central
e expandido pelos bancos comerciais através de empréstimos
somente o que chamamos de "principal"
está a ser criado no suprimento de dinheiro.
Então, onde está o dinheiro
para cobrir os juros que são cobrados?
Em lugar nenhum.
Não existe.
As ramificações deste problema são inacreditáveis
pois a quantia de dinheiro devida aos bancos será sempre maior
que a quantia de dinheiro em circulação.
É por isso que a inflação é uma constante na economia
pois o dinheiro novo é sempre necessário
para ajudar a cobrir o défice perpétuo embutido no sistema
causado pela necessidade de se pagar juros.
Isto também significa que, matematicamente
os incumprimentos e as falências são literalmente partes do sistema.
E haverá sempre a parte mais pobre da sociedade
que fica com o palito mais curto.
Uma analogia seria a dança das cadeiras que:
quando a música pára, fica sempre alguém de fora.
E a ideia é essa.
Os bens verdadeiros são invariavelmente transferidas das pessoas para os bancos
pois se não puder pagar a hipoteca
os bancos ficarão com a sua propriedade.
Isto é particularmente revoltante quando se percebe
não só que o incumprimento é inevitável
devido à prática de reservas fraccionadas, mas também porque
o dinheiro que o banco lhe emprestou
nunca chegou a existir legalmente em primeiro lugar.
Em 1969, houve um caso na justiça do Minnesota
envolvendo um senhor chamado Jerome Daly,
que estava a recorrer a posse da sua casa pedida pelo banco
que lhe cedeu o empréstimo para comprá-la.
O seu argumento era que o contrato de hipoteca
exigia que ambas as partes, ele e o banco
possuíssem uma forma legítima de propriedade para a transacção.
Em linguagem legal, isto é chamado de contraprestação.
Um contrato baseia-se numa troca
de contraprestações.
O Senhor Daly explicou que, na verdade o dinheiro
não era propriedade do banco pois o dinheiro tinha sido criado do nada
assim que o contracto de empréstimo foi assinado.
Lembra-se do que a Mecânica Monetária Moderna diz sobre empréstimos?
"O que os bancos fazem, quando proporcionam empréstimos é
aceitar notas promissórias em troca de créditos.
As reservas não são alteradas pelas transacções de empréstimos.
Porém, os créditos de depósitos são considerados como adições
ao total de depósitos do sistema bancário."
Ou seja: o dinheiro não vem dos bens que já existem.
O banco está simplesmente a inventá-lo, sem pôr nada que lhe pertença
excepto uma suposta responsabilidade no papel.
À medida que o caso evoluiu
o presidente do banco, o Sr. Morgan, prestou depoimento.
E no memorando pessoal do juiz, ele registou que
o reclamante, presidente do banco, admitiu que
juntamente com o banco da Reserva Federal
criaram o dinheiro e os créditos através de lançamentos no livro-caixa.
O dinheiro e o crédito passaram a existir quando eles os criaram.
O Sr. Morgan admitiu
que não havia lei ou estatuto nos EUA que lhe desse o direito de fazer isso.
Uma contraprestação legal precisa de existir
e ser oferecida para validar a nota.
O júri concluiu que não havia uma contraprestação legal, e estou de acordo.
Ele poeticamente completou:
Somente Deus pode criar algo de valor a partir do nada.
Diante dessa revelação
o tribunal rejeitou o pedido de posse do banco
e Daly ficou com a sua casa.
As implicações dessa decisão judicial são imensas
pois sempre que você pede dinheiro emprestado a um banco
seja uma hipoteca ou um cartão de crédito
o dinheiro que lhe dão não só é falso
como também é uma forma ilegítima de contraprestação,
o que por sua vez anula o contrato
uma vez que o banco nunca teve o dinheiro como sua propriedade.
Infelizmente esses acontecimentos são reprimidos e ignorados
e o jogo perpétuo de transferência de riqueza e de dívidas continua.
Isso leva-nos à pergunta final:
Porquê?
Durante a Guerra Civil norte-americana
o presidente Lincoln rejeitou os empréstimos com juros elevados
oferecidos pelos bancos europeus
e decidiu fazer o que os patriarcas fundadores defendiam
que era criar uma moeda independente e livre de dívidas.
A moeda designava-se "The Greenback"
Pouco depois dessa medida ser tomada, um documento interno circulou
entre bancos norte-americanos e ingleses, dizendo que:
"A escravidão é simplesmente a posse de mão-de-obra
e exige cuidar dos trabalhadores
enquanto o plano europeu,
é que o capital controle a mão-de-obra controlando os seus salários.
Isto pode ser feito controlando o dinheiro.
Não podemos permitir o Greenback pois não podemos controlá-lo."
A política de reservas fraccionadas
praticada pela Reserva Federal que se espalhou como prática
à maioria dos bancos do mundo
é na verdade um sistema moderno de escravidão.
Pense: o dinheiro é criado a partir de dívidas.
O que fazem as pessoas quando possuem dívidas?
Procuram empregos para poder pagá-las.
Mas se o dinheiro só pode ser criado a partir de empréstimos
como pode a sociedade algum dia ficar livre de dívidas?
Não pode, e esse é o objectivo.
E é o medo da perda de bens
juntamente com a luta para se aguentar
com as dívida perpétua e inflação inerentes ao sistema
compostos pela escassez inevitável característica da oferta de dinheiro
criados pelos juros que nunca poderão ser pagos
que mantém o escravo do salário na linha
correndo sem sair do lugar, com milhões de outros;
efectivamente, fortalecendo um império
que só beneficia a elite no topo da pirâmide.
No fim das contas, para quem é que você realmente trabalha?
Para os bancos.
O dinheiro é criado no banco e acaba invariavelmente de volta ao banco.
Eles são os verdadeiros senhores
junto com as corporações e governos que apoiam.
A escravidão física exige que se dê alojamento e comida ás pessoas.
A escravidão económica exige que pessoas se alojem e alimentem elas próprias.
Esta é uma das fraudes mais engenhosas
para manipulação social alguma vez criadas.
E na sua essência
é uma guerra invisível contra a população.
A dívida é a arma usada para conquistar e escravizar sociedades,
e os juros são a sua principal munição.
Enquanto a maioria de nós circula sem saber dessa realidade
os bancos, associados aos governos e corporações
continuaram a aperfeiçoar e expandir as suas tácticas de guerra económica
implantando novas bases como o Banco Mundial
e o Fundo Monetário Internacional (FMI)
enquanto também inventando um novo tipo de soldado:
o nascimento do mercenário económico.
"Há dois modos de subjugar e escravizar uma nação.
Um é pela força, o outro é pela dívida". - John Adams - 1735-1826
Nós, mercenários económicos, de facto fomos os responsáveis pela criação
desse primeiro império realmente global e trabalhamos de muitas maneiras diferentes.
Jonh Perkins, anterior Economista Chefe para Chas.T.
Main Inc. Autor: Confissões de um Mercenário Económico
Talvez a mais comum seja
identificar um país que tenha recursos, como petróleo
E em seguida, arranjar um enorme empréstimo para esse país
através do Banco Mundial ou uma das suas organizações.
Só que o dinheiro nunca vai realmente para o país.
Ao invés acaba indo para as nossas grandes corporações
para criar projectos de infra-estrutura nesse país.
Centrais energéticas, parques industriais, portos.
Coisas que beneficiam alguns ricos desse país
e também as nossas corporações
mas realmente não ajudam a maioria das pessoas.
Entretanto, essas pessoas e o país inteiro acabam por ficar com uma enorme dívida.
A dívida é tão grande que não conseguem pagá-la, e isso é parte do plano
que não possam pagá-la. Então, a dada altura
nós, mercenários económicos, vamos lá e dizemos: "Ouça
você deve-nos muito dinheiro. Não consegue pagar
a sua dívida. Então, venda o seu petróleo
bem barato para as nossas petrolíferas."
"deixe-nos construir uma base militar no seu país" ou
"envie tropas para apoiar uma das nossas
bases em algum lugar do mundo como o Iraque"
ou "vote connosco na próxima votação da ONU"
Que privatizem a sua companhia eléctrica e
vendam o sistema de água e esgotos
a corporações dos EUA, ou outras corporações multinacionais.
Então é algo que só cresce como um cogumelo
e é tão típico, o modo como o FMI e o Banco Mundial operam.
Emdividam um país com uma dívida tão grande que não a conseguem pagar
e então oferecem-se para refinanciar a dívida e cobram ainda mais juros.
E exigem esse escambo
a que chamam de "condicionalidade" ou "boa governação"
que basicamente significa que têm de vender os seus recursos
incluindo muitos serviços sociais, empresas de serviços básicos
às vezes os sistemas educacionais, os sistemas penitenciários
e os sistemas providenciários para corporações estrangeiras.
Isso é um ganho duplo, triplo, quádruplo!
IRÃO; 1953
A introdução do Mercenário Económico começou mesmo no início dos anos 50
quando Mossadegh foi eleito democraticamente no Irão.
Ele era considerado a esperança da democracia no Médio Oriente
e no mundo. Ele foi o Homem do Ano da revista Time. Porém...
Uma das questões que ele trazia e queria implementar era
a ideia de que as petrolíferas internacionais
deveriam pagar muito mais ao povo iraniano
pelo petróleo que estavam a retirar do Irão
e de que o povo iraniano deveria beneficiar com
o seu próprio petróleo. Política estranha.
Claro que não gostámos disso, mas
tivemos medo de fazer o que normalmente faziamos
que era enviar os militares. Em vez disso, enviámos um agente da CIA
Kermit Roosevelt, parente de Teddy Roosevelt.
E Kermit, com alguns milhões de dólares
mostrou-se muito eficiente e em pouco tempo
ele conseguiu que Mossadegh fosse deposto
e foi substituíu-o pelo Xá do Irão
que sempre foi favorável ao petróleo. E isso foi muito eficaz.
REVOLTA NO IRÃO
"Manifestações depõe Teerão.
Oficiais do exército gritam que Mossadegh se rendeu e o seu regime
como ditador virtual do Irão acabou. Fotos do Xá são exibidas
pelas ruas à medida que os sentimentos mudam.
O Xá é bem-vindo ao seu lar."
Então, aqui nos EUA, em Washington
as pessoas olharam aquilo e disseram: "Uau! Foi fácil e barato!"
Então isto estabeleceu um novo modo
de manipular países para criar impérios.
O único problema de Roosevelt era que ele era
um agente da CIA identificado. E se ele tivesse sido apanhado
as implicações teriam sido muito sérias.
Assim, naquele momento, tomou-se a decisão
de usar consultores privados, canalizar o dinheiro através
do Banco Mundial ou do FMI ou uma das outras agências do tipo
de incluir pessoas como eu, que trabalham para empresas privadas
para que se fôssemos apanhados
não haveria ramificações governamentais.
GUATEMALA 1954
Quando Árbenz tornou-se presidente da Guatemala,
o país encontrava-se sob o poder da
empresa United Fruit, grandes cooperações internacionais
e Árbenz abraçava o seguinte discurso:
"Queremos devolver a terra às pessoas."
E assim que ele assumiu o poder começou a implementar políticas que fariam
exactamente isso devolver o direito sobre a terra ao povo.
A United Fruit não gostou.
E então contratou uma empresa de relações públicas para realizar uma grande campanha
nos EUA para convencer o país
o povo os cidadãos dos EUA, a imprensa dos EUA, e
o congresso dos EUA, que Árbenz era uma marionete soviética.
E se permitissem que ele continuasse no poder
os soviéticos teriam uma base neste hemisfério
E isto, naquela época, era um medo enorme na mente de todos
do terror vermelho, do terror comunista.
Para resumir a história, a partir dessa campanha de relações públicas
surgiu um compromisso por parte da CIA e dos militares para derrubar esse homem.
E de facto, conseguimos!
Enviámos aviões, enviámos soldados, enviámos
chacais, enviámos tudo o que tínhamos para derrubá-lo. E conseguimos.
Assim que ele foi removido
a pessoa que o sucedeu basicamente devolveu tudo
para as mãos das grandes corporações internacionais, incluindo a United Fruit.
O Equador, por muitos anos, tinha sido governado por ditadores a favor dos EUA
normalmente muito violentos. Então decidiu-se que haveria
uma eleição realmente democrática.
Jaime Roldós candidatou-se declarando que a sua meta
como presidente, seria garantir que os recursos do país
fossem usados para ajudar o povo. E ele venceu, com grande margem.
Com uma vantagem jamais vista no Equador.
E ele começou a implementar as suas políticas
para garantir que os lucros do petróleo fossem para ajudar as pessoas.
Bem, nós nos EUA não gostámos disso.
Fui enviado juntamente com outros mercenários
económicos para convencer Roldós
para corrompê-lo, mudá-lo para lhe dizer que
"Bem, sabe que você e sua família podem ficar muito ricos se jogarem
o nosso jogo, mas se continuar com essas políticas que prometeu
você vai ter de sair. " Ele não quis ouvir-nos.
Ele foi assassinado.
Assim que o avião caiu, toda a área foi cercada
e as únicas pessoas autorizadas foram militares dos EUA de uma base próxima
e alguns militares do Equador.
Quando começaram a investigação
duas testemunhas chave morreram em acidentes
antes de prestarem depoimento.
Aconteceram muitas coisas estranhas em relação
ao assassinato de Jaime Roldós.
Quem investigou o caso como eu
não tem dúvidas de que ele foi assassinado.
E, claro, sendo eu um assassino económico
sempre imaginei que algo aconteceria com Jaime
fosse um golpe ou assassinato, não tinha a certeza, mas
ele seria tirado de cena porque não era corrupto
ele não se deixava corromper da maneira que queríamos.
PANAMÁ 1981
Omar Torrijos, presidente do Panamá
era uma das minhas pessoas favoritas, eu realmente admirava-o.
Ele era muito carismático.
Era um homem que realmente queria ajudar o seu país.
Quando eu tentei suborná-lo ou corrompê-lo, ele disse: "Olha, John"
- ele chamava-me de Juanito. "Olha, Juanito
eu não preciso do dinheiro, o que eu preciso é que o meu país
seja tratado com justiça. Preciso que os EUA paguem
as dívidas que devem ao meu país por toda a destruição que causaram aqui.
Preciso de estar numa posição em que possa ajudar outros países latinos
a tornarem-se independentes e se libertarem desta
presença terrível do norte,
com a qual vocês nos têm vindo a explorar tão terrivelmente.
Preciso que o Canal do Panamá seja devolvido às mãos do povo Panamiano.
É isso que eu quero.
Deixem-me em paz, parem de me tentar subornar.
Isto foi em 1981, e em Maio desse mesmo ano, Jaime foi assassinado.
Omar sabia muito bem o motivo
então juntou a sua família e disse:
"Provavelmente eu serei o próximo, mas tudo bem
porque eu fiz o que vim cá fazer
renegociei o canal.
Agora ele estará nas nossas mãos. " Ele tinha acabado de fazer
um acordo com Jimmy Carter.
Em Junho de 1981, apenas dois meses depois
Omar também morreu num acidente aéreo
que certamente foi realizado por "chacais" apoiados pela CIA.
Há evidências tremendas de que
um dos guardas de Torrijos entregou -lhe, no último momento
quando ele embarcava, um pequeno gravador.
Que continha uma bomba.
VENEZUELA 2002
É interessante ver como
este sistema continua o mesmo
através dos anos, com a diferença de que os mercenários económicos
estão a ficar cada vez melhores.
Temos também o que aconteceu recentemente na Venezuela.
Em 1998, Hugo Chávez foi eleito presidente
depois de uma longa sequência de presidentes
muito corruptos que tinham basicamente destruído a economia
do país. Chávez foi eleito nessa época.
Ele enfrentou os Estados Unidos
começando por exigir que o petróleo venezuelano
fosse usado para ajudar o seu povo.
Bom, não gostámos nada disso nos EUA.
Então, em 2002
foi organizado um golpe, que para mim e outras pessoas
não há dúvidas que a CIA estava por trás desse golpe.
O modo como o golpe foi organizado
era muito parecido com o que Kermit Roosevelt tinha feito no Irão.
Eles pagaram às pessoas para irem às ruas
protestar, para mostrar o governo como impopular.
Se conseguir que alguns milhares façam isso
a TV pode fazer com que isso pareça que está a acontecer no país inteiro
e as coisas espalham-se.
Porém, no caso de Chávez, ele foi inteligente
e o povo estava tão do seu lado que conseguiram superar o golpe.
O que foi um fenómeno na história da América Latina.
IRAQUE 2003
O Iraque é um exemplo perfeito
de como todo o sistema funciona.
Nós, mercenários económicos, somos a primeira linha.
Entramos em cena e tentamos corromper o governo
fazendo com que aceitem enormes empréstimos
por meio dos quais nós passamos basicamente a controlá-los.
Se falharmos, como falhei no Panamá com Omar Torrijos
e no Equador com Jaime Roldós, que se recusaram a ser subornados
então enviaríamos a segunda linha de defesa, que é o envio dos "chacais".
Eles são os que derrubam governos ou assassinam líderes.
E, quando é assim e começa um novo governo
ditamos a política, afinal de contas
o novo presidente sabe o que acontecerá se não obedecer.
No caso do Iraque, ambas as estratégias falharam.
Os assassinos económicos não conseguiram estabelecer contacto com Saddam Hussein.
Nós tentámos persuadi-lo para assinar um acordo
muito similar ao que temos com os sauditas na Arábia
mas ele não aceitou.
Então mandámos os "chacais" para matá-lo.
Eles não conseguiram: a segurança dele era muito eficiente.
Afinal de contas, Saddam Hussein já tinha trabalhado para a CIA.
Ele fora contratado para assassinar um presidente anterior do Iraque, mas falhara.
Portanto, ele conhecia o sistema.
Então, em 1991 mandámos as tropas, e vencemos o exército iraquiano.
A partir daí, presumimos
que Saddam Hussein mudaria de ideias.
Nós poderíamos tê-lo morto naquela época
mas não queríamos. Ele é o tipo de líder que nos agrada;
controla o seu povo. Pensámos que ele conseguiria controlar os Curdos
manter os iranianos no seu país e continuar a abastecer-nos com petróleo.
E já que tínhamos derrubado o seu exército, ele cederia.
Então, os mercenários económicos voltaram nos anos 90 mas falharam.
Se tivesse dado certo, ele ainda estaria a governar o seu país.
Estaríamos a vender-lhe todos os caças que quisesse
e tudo o mais, mas eles não conseguiram.
Os "chacais" não conseguiram derrubá-lo de novo
então enviámos o exército uma vez mais
e dessa vez completámos o trabalho; nós derrubámo-lo.
E no processo foram criados
contratos de construção civil muito lucrativos
para reconstruir o país que tínhamos destruído.
O que é um óptimo negócio
para alguém com uma empresa no ramo da construção.
Então o Iraque ilustra as três etapas.
Os mercenários económicos, que falharam;
os "chacais", que falharam; e como última medida, o exército foi enviado.
E assim criámos um império mundial
mas fizemo-lo muito subtilmente, clandestinamente.
Todos os impérios do passado foram construídos com força militar
e todos os povos sabiam que o império estava a ser construído.
Os britânicos, os franceses
os alemães, romanos, gregos
e tinham orgulho nisso e existia sempre alguma desculpa
como espalhar a civilização ou a religião...
Mas todos sabiam o que estavam a fazer.
Nós não!
A maioria do povo dos EUA não faz ideia
que vivemos às custas de um império clandestino.
Que hoje em dia há mais escravidão no mundo do que em qualquer outra época.
Então perguntamo-nos:
se isto é um império, quem é o imperador?
Obviamente, não é o presidente dos EUA.
Um imperador não é eleito
não tem duração de mandato
e não dá satisfações a ninguém.
Não podemos classificar os presidentes assim
mas temos o que considero um equivalente de imperador
que é o que eu chamo de Corporatocracia.
A corporatocracia é um grupo de indivíduos
que dirigem as grandes empresas
e que agem realmente como os imperadores deste império.
Eles controlam os média
directa ou indirectamente através da publicidade
controlam a maioria dos políticos
pois financiam as suas campanhas
tanto através das corporações como de doações pessoais
provenientes das empresas.
As corporações não são eleitas, não cumprem um tempo de mandato
não dão satisfações
e no topo da corporatocracia
você não consegue saber se os líderes
trabalham para as corporações ou para o governo
pois estão sempre a trocar de posições
Alguém num determinado momento
é o presidente de uma grande construtora, como a Halliburton
e no momento seguinte é vice-presidente dos EUA
ou o presidente que estava no ramo petrolífero. E isto é válido
seja com republicanos ou democratas
Tens este entra e sai por uma porta giratória.
E de certa forma, o nosso governo é invisível na maior parte do tempo
e as suas políticas são aplicadas pelas corporações
num nível ou noutro. E novamente
as políticas do governo basicamente
são criadas pela corporatocracia e apresentadas aos líderes políticos
e tornam-se politicas governamentais. Há uma
relação muito profunda.
Isto não é uma teoria da conspiração, estas pessoas não
se reúnem para planear.
Todos eles trabalham a partir de uma premissa básica
que é "maximizar lucros"
independentemente do impacto social e ambiental.
Este processo de manipulação corporativa
através de dívidas, corrupção e golpes políticos, também é conhecido por
GLOBALIZAÇÃO.
Assim como a Reserva Federal mantém o povo americano numa posição
de servidão incondicional através de dívidas perpétuas, inflação e juros,
o Banco Mundial e o FMI cumprem esse papel a nível global.
A farsa é simples:
Coloque um país em dívida, seja pela sua própria imprudência
ou pela corrupção do líder desse país
e então imponha condicionalidades ou políticas de ajuste estrutural
que frequentemente consistem em:
Desvalorização da moeda.
Quando o valor de uma moeda cai, o mesmo acontece para tudo avaliado através dela.
Isto torna os recursos nativos disponíveis para países predadores
por uma parcela de seu valor real.
Cortes no financiamento de programas sociais
que normalmente incluem educação e saúde
comprometendo o bem-estar e a integridade da sociedade
deixando as pessoas vulneráveis à exploração.
Privatização de empresas públicas.
Isto significa que sistemas com importância social
podem ser comprados e controlados por corporações estrangeiras para obter lucro.
Por exemplo, em 1999 o Banco Mundial insistiu
para que o governo boliviano vendesse
o sistema de água e esgotos da terceira maior cidade
a uma subsidiária da norte-americana Bechtel.
Assim que isso aconteceu, as contas da água
dos moradores locais já empobrecidos, dispararam.
Foi só depois de uma intensa revolta popular
que o contrato com a Bechtel foi anulado.
E existe a liberalização do comércio
ou a abertura da economia
pela remoção de obstáculos para o comércio exterior.
Isto dá margem a uma série de manifestações de abuso económico
como corporações transnacionais
trazerem os seus produtos de fabricação em ***
prejudicando a produção nativa e arruinando economias locais.
Um exemplo disso mesmo é a Jamaica
que, depois de aceitar empréstimos e condicionalidades do Banco Mundial
perdeu os seus maiores mercados de safras
por causa da competição com importações ocidentais.
Hoje, muitos agricultores estão sem trabalho porque não podem competir
com as grandes corporações.
Outra variação é a criação
aparentemente despercebida de várias fábricas
exploradoras desumanas e não-fiscalizadas
que se aproveitam das dificuldades económicas vigentes.
Além disso, devido à produção descontrolada
a destruição do meio ambiente é contínua uma vez que os recursos de um país
são frequentemente explorados por corporações indiferentes
que também emitem enormes quantidades de poluição propositada.
O maior processo em direito ambiental da história mundial
está a ocorrer a favor de
30 mil pessoas do Equador e da Amazónia
contra a Texaco, agora propriedade da Chevron;
logo, é contra a Chevron, mas sobre actividades realizadas pela Texaco.
Estima-se que a quantidade de poluição seja 18 vezes maior
do que a Exxon Valdez despejou na costa do Alasca.
No caso do Equador, não se tratou de um acidente.
As petrolíferas agiram de propósito, sabiam que o faziam
para economizar, em vez de fazer o escoamento correcto.
Além disso, uma rápida observação
do histórico de desempenho do Banco Mundial
revela que a instituição que declara publicamente
ajudar países pobres a reduzir a miséria
não fez nada mais do que aumentar a pobreza e as diferenças sociais
enquanto os lucros corporativos continuam a crescer.
Em 1960, a desigualdade do rendimento entre
o quinto da população mundial nos países mais ricos
e o quinto da população nos países mais pobres, era de 30 para 1.
Em 1998, era de 74 para 1.
Enquanto o PNB global cresceu 40% entre 1970 e 1985
a margem de pessoas no limiar de pobreza cresceu 17%.
Enquanto entre 1985 e 2000,
o número de pessoas a viver com menos de um dólar por dia cresceu 18%.
Mesmo a Comissão Conjunta de Economia do Congresso Americano
admitiu que a taxa de sucesso dos projectos
do Banco Mundial é de apenas 40%.
No fim dos anos 60, o Banco Mundial
interveio no Equador, com grandes empréstimos.
Nos 30 anos seguintes, a pobreza cresceu de 50% para 70%.
O desemprego aumentou de 15% para 70%.
A dívida pública saltou de 240 milhões para 16 mil milhões,
enquanto a parcela de recursos destinada aos pobres
caiu de 20% para 6%.
De facto, em 2000, 50% do orçamento nacional do Equador
estava destinado para pagamento de dívidas.
É importante entendermos que o Banco Mundial é na verdade
um banco norte-americano, atendendo a interesses norte-americanos.
Pois os EUA têm poder de veto sobre as decisões
visto que é o maior fornecedor de capital.
E onde arranjaram eles esse dinheiro?
Acertou: Foi criado do nada
pelo sistema bancário de reservas fraccionadas.
Das 100 maiores economias do mundo, com base no PIB
51 são corporações, das quais 47 têm sede nos EUA.
A Wal-Mart, a General Motors e a Exxon têm mais poder económico
que a Arábia Saudita, a Polónia, a Noruega, a África do Sul
a Finlândia, a Indonésia e muitos outros.
E à medida que barreiras comerciais são quebradas
moedas são unificadas e manipuladas nos mercados de especulação
e economias dos governos viradas a favor de competição aberta
no capitalismo global, o império expande-se.
Você fica diante do seu televisor de 21 polegadas
e reclama sobre os EUA e a democracia.
Os EUA não existem, nem a democracia.
Existem apenas a IBM, a ITT e AT&T
DuPont, Dow, Union Carbide e a Exxon.
Estas são as nações do mundo de hoje.
O que acha que discutem os russos nos seus conselhos de estado?
Karl Marx?
Eles agarram nos seus gráficos de planeamento linear
teorias de decisões estatísticas, soluções mínimas e máximas
e calculam as probabilidades de custo-benefício
das suas transacções e investimentos, tal como nós.
Não vivemos mais num mundo de nações e ideologias, Sr. Beale.l.
O mundo é um grupo de corporações
inevitavelmente determinadas pelas regras imutáveis dos negócios.
O mundo é um negócio, Sr. Beale.
Cumulativamente, a integração do mundo como um todo
particularmente em termos de globalização económica
e das qualidades míticas do capitalismo de mercado livre
representa um verdadeiro império na sua essência.
Poucos têm sido capazes de escapar aos ajustes estruturais
e condicionalidades do Banco Mundial, do FMI, ou da Organização Mundial de Comércio
essas instituições financeiras internacionais que, mesmo inadequadas
determinam o significado de globalização económica.
O poder da globalização é tão grande que, no nosso tempo de vida, provavelmente
vamos ver a integração, mesmo que desigual, de todas as economias do mundo
num único sistema de mercado livre global.
O mundo está a ser dominado por um punhado de poderes do ramo de negócios
que controlam os recursos naturais que precisamos para viver
enquanto controlando o dinheiro que precisamos para obtê-los.
O resultado final será um monopólio mundial
baseado não na vida humana, mas em poder corporativo e financeiro.
E, enquanto a desigualdade cresce, naturalmente
mais e mais pessoas começam a desesperar.
Então o sistema foi forçado a criar um novo modo
de lidar com quem desafia o sistema.
Assim nasceu o "Terrorista".
O termo terrorista é uma descrição vazia
dada a qualquer pessoa ou grupo
que escolhe desafiar o poder.
Isto não deve ser confundido com a fictícia Al Qaeda,
que é na verdade o nome de uma base de dados
criada pelos Mujahadeen com apoio norte-americano nos anos 80.
"Na verdade, não existe nenhum exército terrorista islâmico
intitulado Al Qaeda e qualquer oficial bem informado dos serviços secretos sabe isso.
Mas existe uma campanha de propaganda para que o povo acredite
na presença de uma entidade identificada.
O país responsável por essa propaganda é os EUA."
Pierre-Henry Bunel, Serviços Secretos Militares Franceses
Em 2007
o Departamento de Defesa recebeu 161,8 mil milhões de dólares
para a chamada guerra global contra o terrorismo.
De acordo com o centro nacional de anti-terrorismo
em 2004 cerca de 2000 pessoas tinham sido mortas internacionalmente
devido a supostos actos terroristas.
Desse número, 70 eram norte-americanos.
Usando este número como uma média, o que já é muito generoso
é de notar que por ano morrem o dobro de pessoas
devido a alergia aos amendoins, comparado com o terrorismo.
Ao mesmo tempo, a causa principal de mortes nos EUA
são doenças coronárias, que matam cerca de 450 mil por ano.
Em 2007, os fundos destinados pelo governo para pesquisa
nesta área foram de cerca de 3 mil milhões de dólares.
Isto quer dizer que em 2007, o governo dos EUA
gastou 54 vezes mais dinheiro prevenindo o terrorismo
do que gastou prevenindo uma doença
que mata 6600 vezes mais pessoas por ano do que o terrorismo.
Ainda assim, enquanto que os nomes "terrorismo"
e "Al Qaeda" são arbitrariamente estampados
em qualquer notícia ligada a qualquer acto realizado contra os interesses dos EUA
o mito expande-se.
Em meados de 2008, o Procurador Geral dos EUA chegou a propor
que o congresso dos EUA declarasse oficialmente guerra à fantasia.
Para não dizer que, até Julho de 2008 existiam mais de 1 milhão de pessoas
na lista de terroristas monitorizados pelos EUA.
Estas assim chamadas "Medidas Anti-Terrorismo"
naturalmente nada têm a ver com protecção social
mas sim, com a preservação do sistema
face ao crescente sentimento anti-americano
dentro do país bem como internacionalmente
que é legitimamente baseado
na expansão gananciosa do império corporativo
que está a explorar o mundo.
Os verdadeiros terroristas do nosso mundo não se encontram no escuro à meia-noite
nem gritam Allah Akbar antes de um acto violento.
Os verdadeiros terroristas usam fatos de cinco mil dólares
e trabalham nos mais altos cargos das finanças, do governo e das empresas.
E então, o que fazemos?
Como paramos um sistema de ganância e corrupção
que tem tanto poder e impetuosidade?
Como paramos este comportamento aberrante, que não tem compaixão
por, digamos, os milhões massacrados no Iraque e no Afeganistão
para que a corporatocracia controle
recursos energéticos e a produção de ópio, para gerar lucro em Wall Street?
Antes de 1980, o Afeganistão produzia 0% do ópio mundial
Depois dos Mujahadeen, com apoio da CIA e dos EUA, ganharem a guerra contra a URSS
passaram a produzir 40% da heroína mundial em 1986.
Em 1988, produziam 80% do total no mercado.
Mas depois, algo inesperado aconteceu.
Os talibãs subiram ao poder e em 2000, tinham destruído muita da produção de ópio.
A produção caiu de 3 mil toneladas para apenas 185 toneladas, uma redução de 94%.
No dia 9/11/2001, os planos de invasão do Afeganistão estavam na mesa de Bush.
Dois dias depois, encontraram uma desculpa.
Hoje, a produção de ópio na parte do Afeganistão controlado pelos EUA
fornece mais de 90% da heroína do mundo
e quebra recordes de produção todos os anos.
Como paramos um sistema de ganância e corrupção
que condena populações pobres à escravidão nas fábricas desreguladas
em benefício da avenida Madison?
Ou que arquitecta ataques terroristas falsos
com o propósito de manipular?
Que cria sistemas de operação social próprios
inerentemente exploradores?
Ou que reduz sistematicamente as liberdades civis
e viola direitos humanos
para se proteger das consequências dos seus próprios actos?
Como lidamos com as inúmeras instituições encobertas
como o Conselho de Relações Internacionais
a Comissão Trilateral e o grupo Bilderberg
e outros grupos eleitos de forma não-democrática
que a portas fechadas, se reúnem para controlar os elementos políticos
financeiros, sociais e ambientais das nossas vidas?
Para encontrar a resposta, primeiro devemos encontrar
a verdadeira causa principal.
Pois o facto é que
os grupos egoístas, corruptos e famintos de lucro
não são a verdadeira fonte do problema.
Eles são sintomas.
"A ganância e a competição não advêm de um temperamento humano imutável.
Ganância e o medo da escassez, estão a ser, na verdade, criados e ampliados.
A consequência directa é que temos de lutar uns contra os outros para sobreviver."
- Bernard Lietaer - Fundador do Sistema Monetário da UE
O meu nome é Jacque Fresco.
Sou designer industrial e engenheiro social.
Eu estou muito interessado na sociedade
e no desenvolvimento de um sistema que seja sustentável para todas as pessoas.
Primeiro: a palavra "corrupção" é uma invenção monetária
uma conduta aberrante
e destrutiva para o bem-estar das pessoas.
Bem, estamos a falar de comportamento humano
algo que parece ser determinado pelo ambiente.
Por exemplo, se uma pessoa for criada pelos índios Seminoles, desde bebé
e nunca conhecer nada diferente, ela abraça esse sistema de valores.
E isso aplica-se a nações, indivíduos, famílias.
Tentam educar os seus filhos no seu sistema de crenças específico
e no do seu país, o fazê-los sentir como parte disso.
E assim constroi-se uma sociedade à qual chamam de "estabelecida".
Um ponto de vista funcional é estabelecido que tende a ser perpetuado.
Enquanto que todas as sociedades são na verdade emergentes, não "estabelecidas".
Então, a sociedade rebate novas ideias
que poderiam interferir no "estabelecimento".
Os governos tentam perpetuar aquilo que os mantém no poder.
As pessoas não são eleitas para melhorar as coisas
mas sim para manter as coisas como estão.
Estás a ver, a base da corrupção está na sociedade.
Deixa-me clarificar. Todas as nações são basicamente corruptas
pois tendem a conservar as instituições existentes.
Não falo de sustentar ou destruir todas as nações
mas o comunismo, o socialismo, fascismo, neoliberalismo
e todas as outras sub-culturas são a mesma coisa.
Todas são basicamente corruptas.
A característica mais fundamental das nossas instituições sociais
é a necessidade de auto-preservação.
Isso é válido para as corporações, as religiões, ou um governo
e o interesse principal é a preservação da própria instituição.
Por exemplo, a última coisa que uma petrolífera quer
é o uso de energia não controlada por ela,
pois isso torna-a menos importante para a sociedade.
Igualmente, a Guerra Fria e a queda da União Soviética
foram na verdade uma forma de preservar e perpetuar
a hegemonia global e económica, estabelecida, dos EUA.
Do mesmo modo, as religiões condicionam as pessoas
a sentirem-se culpadas por inclinações naturais
e cada uma afirma oferecer o único caminho para o perdão e a salvação.
No coração desta auto-preservação institucional
está o sistema monetário.
Pois é o dinheiro que possibilita os meios de poder e sobrevivência.
E assim, do mesmo modo que uma pessoa pobre
se vê forçada a roubar para sobreviver
é uma tendência natural fazer o que for preciso
para manter a rentabilidade de uma instituição.
Isto torna-o inerentemente difícil
que instituições baseadas em lucro mudem, pois isso ameaça
não só a sobrevivência de grupos de pessoas
mas também os invejados estilos de vida materialistas
associados aos poderosos.
Assim, a necessidade paralisante de preservar as instituições
independentemente da sua relevância social
está fortemente baseada na necessidade de dinheiro, ou lucro.
INDÚSTRIA
"O que ganho com isso? " É o que as pessoas pensam.
E então, se alguém ganha dinheiro vendendo um certo produto
naturalmente vai combater a existência de um outro produto
que possa ameaçar a sua instituição.
Por isso, as pessoas não podem ser justas.
E as pessoas não confiam umas nas outras.
Alguém lhe diz:
"Eu tenho a casa certa que você procura! " Ele é um vendedor.
Quando um médico diz: "Temos de retirar o seu rim."
Não sei se o médico precisa de pagar o seu iate
ou se o meu rim tem mesmo que ser removido.
É difícil, no sistema monetário, de confiar nas pessoas.
Se viesse à minha loja e eu lhe dissesse: "Este candeeiro
é muito bom, mas o da loja do lado é muito melhor."
Eu não duraria muito no mercado... não resultaria.
Se eu tivesse ética, não resultaria.
Então, quando dizem que a indústria importa-se
com as pessoas, isso não é verdade.
Eles não podem dar-se ao luxo de ter ética.
O sistema não foi projectado para servir o bem-estar das pessoas.
Se não entendeu isto, não haveria subcontratação nos empregos
se eles se importassem com as pessoas.
A indústria não se importa. Eles só contratam pessoas
porque ainda não automatizaram tudo.
Então não venham falar-nos de decência e ética.
Sai-nos demasiado caro para mantermo-nos no negócio.
É importante destacar que independentemente do sistema financeiro
seja ele fascista, socialista, capitalista ou comunista
o mecanismo por trás disso ainda é o dinheiro, o trabalho e a competição.
A China comunista não é menos capitalista do que os EUA.
A única diferença é o grau
de interferência do governo nas empresas.
A realidade é que o monetarismo, por assim dizer
é o verdadeiro mecanismo que guia os interesses
de todos os países no planeta.
A mais agressiva, e portanto dominante, variação
deste monetarismo é o sistema de livre comércio.
A ideia base apresentada
pelos economistas proponentes do livre comércio, como Adam Smith
é de que o auto-interesse e a competição levam a prosperidade social
visto que a competição gera incentivo
o que motiva as pessoas para seguir em frente.
Porém, o que não é falado é, como uma economia baseada em competição
acaba invariavelmente em corrupção estratégica
consolidação de poder e riquezas, estratificação social
paralisia tecnológica, abuso de mão-de-obra e finalmente, a uma forma encoberta
de ditadura governamental pela elite rica.
A palavra corrupção costuma ser definida como perversão moral.
Se uma empresa faz descargas de lixo tóxico no mar para economizar dinheiro
a maioria das pessoas reconhecem isso como um comportamento corrupto.
De um modo mais subtil, quando o WalMart se muda para uma cidade pequena
e força as lojas pequenas a fecharem portas
por não poderem competir, caímos numa zona de dúvida.
Afinal, o que está exactamente o WalMart a fazer de errado?
Porque se importariam eles com as organizações que destroem?
Porém, mais discretamente ainda, quando alguém perde o emprego
porque uma nova máquina foi inventada
que pode fazer o seu trabalho por menos dinheiro
as pessoas tendem a aceitar isso como "o modo como as coisas são"
sem ver a desumanidade corrupta que existe nesse gesto.
O facto é que: seja despejando lixo tóxico
possuindo um monopólio, ou reduzindo a força de trabalho
o motivo é sempre o mesmo: Lucro.
São todos níveis diferentes do mesmo mecanismo de auto-preservação
que coloca sempre o bem-estar do povo atrás da necessidade de ganho monetário.
Portanto, a corrupção não é um subproduto do monetarismo.
É a sua base!
E enquanto algumas pessoas reconhecem esta tendência
a algum nível, a maioria continua sem saber
das amplas consequências
de termos este mecanismo tão egoísta
como a mentalidade orientadora da sociedade.
- Documentos internos mostram
que depois desta empresa saber absolutamente que
tinha uma medicação que estava infectada com o vírus da SIDA
tiraram o produto do mercado norte-americano e enviaram-no
para os mercados da Europa, Ásia e América Latina.
O governo dos EUA permitiu isso.
A FDA permitiu que isso acontecesse
e agora o governo finge ignorar o caso.
Milhares de hemofílicos inocentes morreram de SIDA.
Esta empresa sabia que os medicamentos estavam infectados com ***.;
enviaram os produtos para outros países para transformar o desastre em lucro.
- Como vê, a corrupção é inerente ao sistema.
Estamos todos a tirar proveito uns dos outros
e não se pode esperar muita decência nesta atitude.
POLÍTICA
...um sentimento de que não sabem quem eleger.
Elas pensam em termos de democracia
o que não é possível numa economia baseada em moeda.
Se dão dinheiro para a campanha
do candidato que querem eleger, isso não é democracia.
Isso serve as pessoas em posições de vantagem económica.
Então, temos sempre uma ditadura das elites, dos ricos.
"Podemos ter ou democracia neste país
ou ter muita riqueza concentrada nas mãos de poucos
mas nunca os dois." - Louis Brandeis - Tribunal Supremo de Justiça
- É interessante observar
como personalidades aparentemente desconhecidas, aparecem
como que por magia, como candidatos a presidente.
E então, do nada, resta-nos escolher
entre um pequeno grupo de pessoas muito ricas
que suspeitosamente têm as mesmas visões sociais gerais.
Obviamente, é uma piada.
As pessoas que concorrem às eleições estão ali
porque foram definidas como aceitáveis
pelo poder financeiro estabelecido que toma as decisões.
Mesmo assim, muitos dos que entendem esta ilusão da democracia, pensam:
"que bom seria se pudéssemos ter o nosso candidato honesto no poder
então ficaria tudo bem."
Bem, apesar desta ideia parecer razoável
dentro da nossa visão pré-estabelecida do mundo
é, infelizmente, outra falácia.
Pois quando nos focamos no que realmente importa
a instituição política, assim como os políticos
não têm nenhuma relevância no que diz respeito
às coisas que fazem o nosso mundo e a nossa sociedade funcionarem.
- Os políticos não podem resolver problemas.
Não têm capacidade técnica para isso.
Não sabem resolver problemas.
Mesmo que fossem sinceros, não saberiam resolver os problemas.
São os técnicos que fazem os complexos de dessalinização.
São os técnicos lhe dão a electricidade.
Que lhe dão veículos a motor.
Que aquecem a sua casa e a refrescam no Verão.
É a tecnologia que resolve os problemas, não a política.
A política não pode resolver problemas, pois não possui competências para isso.
- Poucas pessoas hoje param para pensar
sobre o que realmente melhora as suas vidas.
É o dinheiro? Certamente que não.
Não podemos comer dinheiro, nem abastecer dinheiro no carro para fazê-lo trabalhar.
É a política?
Tudo que os políticos podem fazer é criar leis
definir orçamentos e declarar guerras.
É a religião? Claro que não.
A religião não cria nada, excepto
apoio emocional intangível para quem o busca.
O verdadeiro dom que temos como seres humanos
que foi unicamente responsável por tudo aquilo
que melhorou as nossas vidas
é a tecnologia.
O que é tecnologia?
Tecnologia é um lápis
que permite a alguém consolidar ideias no papel para comunicar.
Tecnologia é um carro, que nos permite viajar mais rápido
do que os nossos pés.
Tecnologia são um par de óculos
que fornecem visão a quem precisa.
Em si, a tecnologia aplicada é simplesmente uma extensão das nossas capacidades
a qual reduz o esforço humano
libertando-nos de uma tarefa ou problema específico.
Imagine como seria a vida de hoje
sem um telefone, sem um fogão
ou um computador, ou um avião?
Tudo na sua casa que toma por garantido
desde a campainha na porta a uma mesa
a um lava-louças, tudo é tecnologia
gerada pela engenhosidade criativa e científica de técnicos humanos.
Não é dinheiro, política ou religião.
Estas são instituições falsas.
- ...e escrever para o seu deputado é fantástico.
Dizem para escrever ao seu deputado se quer ver algo resolvido.
Os homens em Washington deveriam saber tudo sobre tecnologia
sobre ciências humanas
sobre criminalidade.
Todos esses aspectos que moldam o comportamento humano.
Você não tem que escrever para o seu deputado.
Que tipo de pessoas temos nós lá, que foram escolhidas para fazer esse trabalho?
Teremos uma grande dificuldade no futuro....
e a pergunta que interessa aos políticos é:
Quanto vai um projecto custar?
A questão não é "quanto ele vai custar?"
mas sim "Temos os recursos?"
E hoje nós temos os recursos para dar casa a todos
para construir hospitais no mundo inteiro
construir escolas pelo mundo fora
para o melhor equipamento em laboratórios para o ensino e pesquisa em medicina.
Então já vez, nós temos tudo isto, mas estamos num sistema monetário
e no sistema monetário o que interessa é o lucro.
- E qual é o mecanismo principal que motiva o sistema baseado em lucro
além do interesse próprio?
O que é, exactamente, que mantém essa competição como sua essência?
Eficiência e sustentabilidade?
Não. Isso não é parte do projecto.
Nada produzido na nossa sociedade orientada para o lucro
é de alguma forma sustentável ou eficiente.
Se fosse, não haveria uma indústria multi-milionária
de serviços automóveis.
Nem a longevidade média dos equipamentos electrónicos
seria menor que 3 meses, antes de ficarem obsoletos.
Abundância?
De modo algum.
As leis de oferta e da procura ditam que a abundância
na verdade é algo negativo.
Se uma empresa de diamantes encontrar
uma quantidade 10 vezes maior que o normal
isto quer dizer que a oferta de diamantes aumentou
logo o preço e o lucro por diamante decrescem.
O facto é que eficiência, sustentabilidade e abundância
são inimigas do lucro.
Resumindo
é o mecanismo de escassez que aumenta os lucros.
O que é escassez?
A escassez mantém os produtos valiosos.
Reduzir a produção de petróleo eleva o seu preço.
Manter a escassez de diamantes mantém o seu preço elevado.
Eles queimam diamantes na mina Kimberly Diamond
e transformam-no em carbono para manter o preço elevado.
Então, o que significa para a sociedade quando a escassez
seja produzida naturalmente ou por manipulação
é uma condição positiva para a indústria?
Significa que sustentabilidade e abundância
jamais irão acontecer num sistema baseado em lucro
pois simplesmente vão contra a natureza dessa estrutura.
Portanto, é impossível ter um mundo sem guerras ou pobreza.
É impossível a tecnologia continuar a avançar
até aos seus níveis mais eficientes e produtivos.
E, mais dramático
é que é impossível esperar que o ser humano
se comporte de modo realmente ético e decente.
"Natureza Humana
ou Comportamento Humano?
- As pessoas usam a palavra instinto
porque não conseguem explicar o comportamento.
Eles encostam-se na cadeira e avaliam
com a sua falta de conhecimento
e dizem coisas como:
"Os humanos são feitos de um certo modo. A ganância é algo natural"
como se eles trabalhassem nisso há anos.
Mas não é mais natural do que o hábito de usar roupa.
- O que queremos fazer é eliminar
as causas dos problemas.
Eliminar os processos
que produzem a ganância, a intolerância e o preconceito
e as pessoas tirarem vantagem umas das outras, o elitismo
acabando com a necessidade de prisões e serviço social.
Sempre tivemos estes problemas
porque sempre vivemos com escassez e sistemas de trocas
e com sistemas monetários que produzem escassez.
- Se erradicar a condição que gera aquilo a que
chamamos de comportamento socialmente ofensivo, ele não existe.
Alguém pergunta: "Não é algo com que nascemos?" Não, não é.
Não existe uma natureza humana, existe comportamento humano
e este sempre mudou através dos tempos.
Uma pessoa não nasce com intolerância, ganância, corrupção ou ódio.
Ela vai aprendendo com a sociedade.
- Guerra, pobreza, corrupção, fome, miséria, sofrimento humano
não vão mudar dentro do sistema monetário;
quero dizer, mudará muito pouco significativamente.
Será preciso redesenhar a nossa cultura, os nossos valores
e isso tem de estar relacionado com a capacidade de aporte da Terra
não com uma opinião humana ou com as noções de alguns políticos
sobre como o mundo deveria ser
ou com noções religiosas da conduta humana.
E é disso que trata o Projecto Vénus.
O Projecto Vénus - A sociedade da qual vamos falar
é uma sociedade livre de todas as antigas superstições
encarceramento, prisões, crueldade, policia e leis.
Todas as leis desaparecerão
e certas profissões também, as que não são mais válidas
como correctores da Bolsa, banqueiros e publicitários.
Extintas! Para sempre!
Porque já não são relevantes.
- Quando entendermos que é a tecnologia
criada pela engenhosidade humana
que liberta a humanidade e aumenta a nossa qualidade de vida
percebemos então que o foco mais importante que podemos ter
é a gestão inteligente dos recursos da Terra.
Pois é a partir dos recursos naturais que adquirimos os materiais
para continuar o nosso caminho de prosperidade.
Ao entender isto, podemos observar
que o dinheiro existe fundamentalmente como um obstáculo a estes recursos
pois, virtualmente, tudo tem um custo financeiro.
E porque precisamos de dinheiro para obter estes recursos?
Por causa de uma escassez real ou assumida.
Nós normalmente não pagamos pelo ar e pela água da torneira
pois são tão abundantes
que vendê-los não teria sentido.
Então, logicamente falando, se os recursos
e tecnologias aplicáveis à criação de tudo nas nossas sociedades
como casas, cidades e transportes, existissem em abundância
não haveria motivo para vender nada
Da mesma forma, se a automação e maquinaria fossem tecnológicamente avançadas
ao ponto em que os humanos não precisassem de trabalhar
não haveria motivo para ter um emprego.
Se cuidarmos destes aspectos sociais
não haveria nenhum motivo para o dinheiro existir.
Então, a pergunta final permanece:
Temos nós na Terra recursos suficientes
e conhecimento tecnológico
para criar uma sociedade de tal abundância
onde tudo que temos agora estaria disponível sem uma etiqueta de preço
e sem a necessidade de submissão através de empregos?
Sim, nós temos!
Nós temos os recursos e a tecnologia para possibilitar isso
junto com a capacidade de elevar os padrões de vida de tal modo
que as pessoas no futuro olharão para a nossa civilização de agora
e vão pasmar ao quão primitiva e imatura a nossa sociedade era.
- O que o Projecto Vénus propõe é um sistema totalmente diferente
que está actualizado ao nível de conhecimento de hoje.
- Nunca demos aos cientistas o problema
de como projectar uma sociedade que
eliminaria empregos monótonos e chatos
que eliminaria acidentes de trânsito
que permitiria que as pessoas tivessem um elevado padrão de vida
que eliminaria os tóxicos da nossa comida
que nos desse outras formas de energia, limpas e eficientes.
Nós podemos chegar lá.
Uma economia baseada em recursos.
A grande diferença entre
uma economia baseada em recursos (EBR) e um sistema monetário
é que uma economia baseada em recursos está realmente
preocupada com as pessoas e o seu bem-estar.
enquanto o sistema monetário tornou-se tão distorcido que
as necessidades das pessoas são secundárias se é que são consideradas de todo.
Os produtos feitos são para: Quanto dinheiro pode ganhar?
Se existe um problema na sociedade
e você não pode lucrar com a solução, nada será feito.
A economia baseada em recursos não se parece
com nada que já tenha sido tentado.
E com toda a nossa tecnologia, hoje podemos criar abundância.
Ela pode ser usada para melhorar a vida de todos.
Haverá abundância no mundo todo, se usarmos a nossa tecnologia sabiamente
e preservarmos o meio ambiente.
- É um sistema muito diferente e é muito difícil falar sobre ele
porque o público não está informado o suficiente
sobre o estado em que se encontra a tecnologia.
ENERGIA
No momento actual, não precisamos de queimar combustíveis fósseis.
Não precisamos de usar nada que contamine o meio ambiente.
Há muitas fontes de energia disponíveis.
- Soluções de energia alternativa promovidas pelo sistema
como hidrogénio, biomassa e energia nuclear
são muito insuficientes, perigosas e só existem
para perpetuar a estrutura lucrativa que a indústria criou.
Quando vislumbrarmos além da propaganda e das soluções convenientes
apresentadas pelas companhias de energia
descobrimos uma fonte aparentemente infinita
de energia renovável e abundante para gerar electricidade.
As energias solar e eólica são bem conhecidas do público
mas o potencial real destes meios continua desconhecido.
A energia solar, derivada do Sol
é tão abundante que uma hora de luz ao meio-dia
contém mais energia do que o que o mundo inteiro consome num ano.
Se pudéssemos captar 1 centésimo dessa energia
o mundo nunca precisaria de usar petróleo, gás, ou outra coisa qualquer.
A questão não é disponibilidade
mas sim a tecnologia para explorá-la
e hoje há muitos meios avançados
que chegariam a esse resultado
se não fossem obstruídos pela necessidade de competir por quotas de mercado
com as estruturas de poder energético já implantadas.
E há a energia eólica.
A energia eólica vem sendo anunciada como fraca
e impraticável por depender da localização.
Isto simplesmente não é verdade.
O Departamento de Energia dos EUA admitiu em 2007
que se o vento fosse totalmente aproveitado só em 3 dos 50 estados dos EUA
poderia gerar energia para o país inteiro.
E há ainda meios relativamente pouco conhecidos
como a energia das marés e das ondas.
A energia das marés é obtida pela variação das marés no oceano
instalando-se turbinas que captam esse movimento, gerando energia.
No Reino Unido, 42 locais estão marcados como disponíveis
prevendo-se que 34% da energia do Reino Unido
poderia vir só dessa fonte.
A energia das ondas, que extrai energia
dos movimentos da superfície dos oceanos
possui estimadamente um potencial global
de 80 mil terawatts-hora por ano.
Isto significa que 50% de todo o consumo energético do planeta
poderia ser produzido só com este meio.
Agora, é importante destacar que
as energias solar, eólica, das marés e das ondas
não requerem virtualmente nenhuma energia preliminar para captação
diferente do carvão, petróleo, gás, biomassa, hidrogénio e outros.
Só esses quatro meios combinados,
se captados com eficiência através da tecnologia
poderiam fornecer energia ao mundo para sempre.
Dito isso, ainda existe uma outra forma
de energia limpa e renovável, que supera todas as outras.
Energia geotérmica.
A energia geotérmica utiliza o que designamos por mineração de calor
que, através de um processo simples usando água
é capaz de gerar enormes quantidades de energia limpa.
Em 2006, um relatório do MIT sobre a energia geotérmica
descobriu que 13000 zeta joules (ZJ) de energia
estão disponíveis actualmente na Terra
com a possibilidade de canalizar-se 2000 ZJ facilmente
com tecnologia de ponta.
O consumo total de energia de todos os países no planeta
é de cerca de 0.5 zeta joule por ano.
Isso quer dizer que 4 mil anos de energia planetária
poderiam ser captados só através deste meio.
Quando percebermos que a geração de calor da Terra
é constantemente renovada, esta energia é na verdade infinita.
Poderia ser usada para sempre!
Estas fontes são apenas alguns
dos meios de energia limpa renovável disponíveis.
E com o tempo, descobriremos outros.
A grande percepção é a de que temos abundância total de energia
sem necessidade de poluição
conservação tradicional, ou de facto, uma etiqueta de preço.
E quanto ao transporte?
Os meios de transporte predominantes nas nossas sociedades
são o automóvel e o avião
sendo que ambos precisam principalmente de combustíveis fósseis para funcionar.
No caso do automóvel, a tecnologia em baterias
necessária para alimentar um carro eléctrico
que vá a 160 km/h
por mais de 300 km com uma única carga
já existe há muitos anos.
Porém, devido a patentes das baterias controladas pela indústria petrolífera
que limitam a capacidade de manter a sua quota de mercado
juntamente com pressões políticas da indústria energética
a viabilidade financeira e o acesso a estas tecnologias são limitados.
Não há outro motivo
senão puros interesses corruptos em lucro
para que cada carro no mundo
não seja eléctrico e limpo, sem necessidade nenhuma de gasolina.
Quanto aos aviões, já é hora de percebermos
que este meio de transporte é ineficiente, desconfortável
lento e causa muita poluição.
Isto é um comboio de levitação magnética (maglev).
Usa ímanes como meio de propulsão.
É totalmente suspenso por um campo magnético
e exige menos de 2% da energia utilizada numa viagem de avião.
O comboio não tem rodas, logo não há desgaste.
A velocidade máxima actual de versões desta tecnologia
como a usada no ***ão, é de quase 600 km/h.
Porém, esta versão já está ultrapassada.
Uma organização chamada ET3
que tem ligações com o Projecto Vénus
desenvolveu um comboio Maglev de tubo
que pode viajar até 6.500 km/h,
por um túnel imóvel e sem atrito
que pode passar sobre a terra ou por baixo de água.
Imagine ir de Los Angeles a Nova York para um almoço mais demorado
ou de Washington D.C. a Beijing, China, em duas horas.
Este é o futuro das viagens continentais e intercontinentais.
Rápido, limpo e consumindo apenas uma fracção da energia
que usamos hoje para o mesmo fim.
De facto, entre a tecnologia maglev
o armazenamento avançado de baterias e a energia geotérmica
não haverá motivo para voltarmos a queimar combustíveis fósseis.
E isso poderia ser feito agora
se não estivéssemos sendo atrasados pela paralisante estrutura do lucro.
Trabalho
- Hoje, os EUA têm uma tendência para o fascismo.
Há uma propensão, pela sua religião e filosofia dominantes
de apoiar pontos de vista fascistas.
A indústria norte-americana é basicamente uma instituição fascista.
Se não entende isso, quando pica o ponto
está a entrar numa ditadura.
Nós recebemos noções da respeitabilidade do trabalho.
Mas eu vejo-o como uma escravidão paga.
Você foi educado para acreditar que você deve ganhar a vida
pelo suor do seu trabalho. Mas isso atrasa as pessoas.
Libertar as pessoas de empregos repetitivos
desagradáveis que as tornam ignorantes.
Você rouba-as.
Nesta nossa sociedade, que é uma economia baseada em recursos
as máquinas libertam as pessoas.
Veja, não conseguimos imaginar isso
porque nunca conhecemos esse tipo de mundo.
Automatização
Se examinarmos a história
veremos um padrão da automatização muito claro
lentamente substituindo o trabalho humano.
Do desaparecimento do homem do elevador
à automação quase total das fábricas de automóveis
o facto é que, à medida que a tecnologia evolui
a necessidade de mão-de-obra humana diminuirá continuamente.
Isto cria um conflito sério,
que comprova a falsidade do sistema de trabalho baseado em dinheiro
pois o trabalho humano está em competição directa
com o desenvolvimento tecnológico.
Portanto, dada a prioridade do lucro para a indústria
com o tempo mais pessoas serão dispensadas
e substituídas por máquinas.
- Quando a indústria compra uma máquina
em vez de reduzir o horário dos funcionários, eles fazem cortes
e você perde o emprego, então é justo que se receie as máquinas.
- Numa economia de alta tecnologia baseada em recursos
podemos dizer que cerca de 90% de todas as profissões que existem
podem ser desempenhadas por máquinas
libertando os humanos para viverem as suas vidas sem servidão.
Afinal, esta é a razão de termos tecnologia.
Com o tempo, com a nanotecnologia
e outras formas de ciência avançada
não é muito difícil imaginarmos como complexos procedimentos médicos
também poderão ser feitos por máquinas.
E baseando-se no padrão, com muito mais sucesso
do que os humanos conseguem hoje.
O caminho é claro, mas a nossa estrutura baseada em dinheiro
que exige trabalho em troca de rendimento, bloqueia esse progresso.
As pessoas precisam de empregos para sobreviver.
O crucial é que: este sistema tem de acabar
ou nunca seremos livres
e a tecnologia estará sempre paralisada.
- Temos máquinas que limpam esgotos
e evitam que uma pessoa tenha de fazer esse trabalho.
Então pense nas máquinas como extensões do desempenho humano.
Além disso, muitas profissões de hoje
não terão motivo para existir numa economia baseada em recursos
como qualquer área ligada à gestão de dinheiro
publicidade e o próprio sistema legal.
Pois, sem dinheiro, a grande maioria dos crimes
que são cometidos hoje em dia, jamais ocurreriam.
Praticamente todas as formas de crime são consequências
do sistema monetário, seja directamente ou por neurose
infligida por dificuldades financeiras.
Assim, até mesmo as leis se tornariam extintas.
- Em vez de colocar uma placa "Conduza com cuidado
escorregadio quando molhado", coloque um abrasivo na estrada
para que ela não fique escorregadia com a chuva.
E quando uma pessoa entra embriagada num carro
e o carro oscila bastante
há um pequeno pêndulo que vai de um lado a outro
e faz com que o carro se dirija para a borda.
Não é uma lei. É uma solução.
Ponha-se sonares e radares nos carros para que eles não batam uns nos outros.
As leis feitas pelo homem são tentativas
de lidar com problemas que existem
e sem saber como resolvê-los
cria-se uma lei.
Nos EUA, o país mais privatizado
e capitalista do planeta, não é surpresa que ele
também tenha a maior população prisional do mundo
que cresce a cada ano.
Estatisticamente, a maioria dessas pessoas não tiveram educação
e vêm de sociedades pobres e carentes.
Ao contrário do que se divulga, é este condicionamento ambiental que
os leva ao comportamento violento e criminal.
No entanto, a sociedade finge ignorar
este problema.
Os sistemas legal e penal são só mais exemplos
de como a nossa sociedade evita examinar
as verdadeiras causas do comportamento.
Milhões são gastos todos os anos com prisões e polícia
enquanto apenas uma fracção é gasta com programas para pobreza
que é uma das variáveis mais fundamentais
na ocorrência de crimes.
Enquanto tivermos um sistema económico
que prefere e, de facto, cria
escassez e carência, a criminalidade nunca irá parar.
Incentivo
- Se as pessoas tiverem acesso às necessidades básicas
sem servidão, dívidas, troca, comércio
elas comportam-se de modo bastante diferente.
Você quer que tudo isto esteja disponível sem uma etiqueta de preço.
Agora... "Se as coisas não tiverem um preço, o que motivará as pessoas?
Se alguém consegue tudo o que quer, vai ficar só deitado ao sol."
Este é um mito que é perpetuado.
As pessoas na nossa cultura são treinadas para acreditar
que o sistema monetário produz incentivos.
Se tiverem acesso a tudo, porque vão querer fazer alguma coisa?
Eles perderiam o seu incentivo.
Isto é o que ensinam para que você apoie o sistema monetário.
- Quando se tira o dinheiro de cena
existiriam incentivos muito, muito diferentes.
- Quando as pessoas têm acesso às suas necessidades básicas
os seus incentivos mudam.
E a lua, e as estrelas?
Surgem novos incentivos.
Se pintar um quadro que goste
vai querer oferece-lo a outra pessoa, não vendê-lo.
Educação
Acho que quase tudo o que já vi sobre educação até hoje passa essencialmente
por preparar uma pessoa para um emprego.
É tudo muito especializado, eles não são generalistas.
As pessoas não sabem muito sobre assuntos diversos.
Acho que não se convenceria pessoas a irem para a guerra
se elas soubessem muito sobre muitas coisas.
Acho que a educação é basicamente por repetição
e as pessoas não aprendem a solucionar problemas.
Não lhes são dadas as ferramentas, emocionais ou na sua área de trabalho
para pensar criticamente.
Numa economia baseada em recursos, a educação seria muito diferente.
A maior preocupação de nossa sociedade é o desenvolvimento mental
e motivar cada pessoa para alcançar o seu máximo potencial.
Pois a nossa filosofia é quanto mais
inteligentes são as pessoas, melhor é o mundo
pois todos passam a contribuir.
Quanto mais inteligentes são os seus filhos melhor será a minha vida.
Pois eles contribuirão de forma mais construtiva
para o ambiente e para a minha vida.
Pois tudo o que desenvolvermos numa economia baseada em recursos
seria aplicado à sociedade, nada existiria para o impedir.
Civilização
Patriotismo, armas, exércitos, marinhas
tudo isso é um sinal de que ainda não somos civilizados.
As crianças perguntarão aos pais:
"Não tinhas percebido a necessidade das máquinas?
Pai, não percebeste que a guerra seria inevitável
quando se produz escassez? Não é óbvio?"
Claro, a criança entenderá que vocês eram uns tolos
educados somente para servir as instituições "estabelecidas".
Esta é uma sociedade tão abominavelmente doente
que não vamos constar na história.
Vai-se apenas dizer que países grandes foram tomando posse de países menores
recorrendo à força e violência.
A história vai ser descrita como comportamento corrupto
ao longo de todo o caminho até ao começo do mundo civilizado.
Que é quando todas as nações começam a trabalhar juntas.
A unificação mundial visando o bem de todos
para todos os seres humanos
e sem ninguém ser subserviente a ninguém outro.
Sem estratificação social, seja elitismo técnico
ou qualquer outro tipo, erradicado do planeta.
o Estado não faz nada, pois não há Estado.
Porque não há estado...
O sistema que sugiro, uma economia baseada em recursos
não é perfeito, é simplesmente muito melhor do que o que temos.
Nunca podemos atingir a perfeição.
"A minha pátria é o mundo... E a minha religião é fazer o bem."
- Thomas Paine - 1737-1809
- Os valores sociais da nossa sociedade
que se manifestam em guerra perpétua, corrupção
leis opressivas, estratificação social, superstições irrelevantes
destruição do meio ambiente, e uma classe dominante
opressora, socialmente indiferente e orientada para o lucro
são fundamentalmente o resultado da ignorância colectiva
sobre duas das percepções mais básicas que os
seres humanos podem ter sobre a realidade:
os aspectos emergentes e simbióticos das leis da natureza.
A natureza emergente da realidade é de que todos os sistemas
seja o conhecimento, a sociedade, a tecnologia
a filosofia, ou qualquer outra criação
passará, quando não inibida, por transformações fluidas e perpétuas.
O que nos parece tão comum hoje
como a comunicação moderna e o transporte
teria sido algo inimaginável no passado.
Do mesmo modo, o futuro terá tecnologias
realizações e estruturas sociais
que nem sequer imaginamos no presente.
Fomos da alquimia para a química
do universo geocêntrico para o heliocêntrico
da crença que demónios causavam as doenças
à medicina moderna.
Este desenvolvimento parece não ter fim
e é essa perepção que nos alinha e nos leva
no caminho contínuo do crescimento e do progresso.
Não existe conhecimento empírico estático.
Ao invés, é a percepção do carácter emergente de todos os sistemas
que temos que reconhecer.
Isto quer dizer que devemos estar sempre abertos a novas informações
mesmo que isso ameace o nosso sistema actual de crenças
e portanto, as nossas identidades.
Infelizmente, a sociedade de hoje falhou em reconhecer isso
e as instituições "estabelecidas" continuam a paralisar o crescimento
preservando estruturas sociais desactualizadas
Ao mesmo tempo, a população sofre de medo da mudança
pois o seu condicionamento assume uma identidade estática
e desafiar as crenças de alguém
normalmente acaba em insultos e apreensão.
Pois estar errado é incorrectamente associado ao fracasso
quando na verdade, provar estar-se errado é algo que se deve celebrar.
Pois isso eleva alguém a um novo nível de entendimento
estendendo consciência.
A verdade é que não existe um ser humano sábio
pois é uma questão de tempo
para que as suas ideias sejam actualizadas, alteradas ou erradicadas.
Esta tendência de se agarrar cegamente a um sistema de crenças
isolando-as de informações novas e possivelmente transformadoras
não é nada além de uma forma de materialismo intelectual.
O sistema monetário perpetua este materialismo
não só pelas suas estruturas auto-preservadoras
mas também pelo enorme número de pessoas
que são condicionadas a cegamente
apoiar essas estruturas
tornam-se guardiãs voluntárias do status quo.
Ovelhas que já não precisam de um cão pastor para controlá-las
pois elas controlam-se umas às outras
ao isolar aqueles que se comportam de modo diferente.
Esta tendência de resistir à mudança e apoiar instituições existentes
em nome da identidade, conforto, poder e lucro
é completamente insustentável.
E só produz mais desequilíbrio
fragmentação, distorção e, invariávelmente
destruição.
É hora de mudar.
Da caça e colecta
à revolução da agricultura
à revolução industrial
o padrão é claro:
está na hora de um novo sistema social
que reflicta as compreensões que temos hoje.
O sistema monetário é um produto de uma época
onde a escassez era realidade.
Agora, na era da tecnologia, este sistema já não é relevante para a sociedade.
Que desapareça com os desvios de comportamento que manifesta.
Do mesmo modo, visões do mundo dominantes como religiões teístas
funcionam com a mesma irrelevância social.
O islamismo, cristianismo, judaísmo, hinduísmo e todas as outras
existem como barreiras para o crescimento pessoal e social
pois cada grupo perpetua uma visão do mundo fechada.
e a compreensão finita que eles reconhecem
é simplesmente impossível num universo emergente.
Ainda assim, a religião conseguiu bloquear
o conhecimento deste carácter emergente
ao instituir a distorção psicológica
designada por "fé" entre os seus seguidores.
Onde a lógica e as novas informações são rejeitadas
em favor de crenças tradicionais e obsoletas.
- O conceito de Deus
é na realidade um método para explicar as coisas da natureza.
Antigamente, as pessoas não sabiam o suficiente
sobre como as coisas se formavam
como a natureza funcionava
e então inventavam as suas pequenas histórias.
E inventaram Deus à sua própria semelhança:
um sujeito que fica zangado
quando as pessoas não se portam bem, que cria inundações, terramotos...
E aí dizem, isso é um acto de Deus.
- Uma análise da história suprimida das religiões
revela que mesmo os mitos fundadores
são combinações emergentes desenvolvidos por
influências recebidas através dos tempos.
Por exemplo, uma doutrina crucial da fé cristã
é a morte e a ressurreição do Cristo.
Esta noção é tão importante que a própria Bíblia afirma:
"E se o Cristo não se levantar
toda a nossa pregação será em vão, assim como a sua fé", Coríntios 15:14
No entanto, é difícil entender isto literalmente
pois não só não existem evidências
desse evento sobrenatural na história secular
termos conhecimento do grande número de salvadores pré-cristãos
que também morreram e ressuscitaram
imediatamente coloca a história em contexto mitológico por associação.
Figuras antigas da Igreja, como Tertuliano,
fizeram grandes esforços para romper estas associações
alegando até que o demónio causou essas similaridades.
No séc. II, disse:
"O diabo, cujo interesse é distorcer a verdade
imita as circunstâncias exactas do Sacramento Divino.
Ele baptiza os seus adeptos e promete o perdão dos pecados...
celebra a oblação do pão
e traz o símbolo da ressurreição.
Reconheçamos portanto a artimanha do diabo
que copiou certas coisas Divinas. " Tertuliano (155- 222 D.C.)
Porém, o que é realmente triste
é que quando deixamos de ver as histórias do cristianismo
judaísmo, islamismo e todas as outras
como história literal
e as aceitamos pelo que realmente são
expressões puramente alegóricas originadas em muitas crenças
vemos que todas as religiões compartilham algo em comum.
É esse aspecto unificador
que precisa de ser reconhecido e apreciado.
Crenças religiosas causaram mais divisão e conflito
do que qualquer outra ideologia.
Só o cristianismo tem mais de 34 mil vertentes.
- A Bíblia está sujeita a interpretações.
Quando alguém a lê, diz:
"Acho que Jesus queria dizer isto. Acho que José quis dizer aquilo.
Não, ele quis dizer isto!"
Então aparece o protestantismo, os adventistas de sétimo dia, os católicos...
e uma igreja dividida não é igreja nenhuma...
E uma igreja dividida não é igreja nenhuma...
E essa questão da divisão
que é marca registada de todas as religiões teístas
leva-nos à nossa segunda falha de percepção:
a falsa ideia de separação
ao rejeitarmos o aspecto simbiótico da vida.
Além de entender que todos os sistemas naturais são emergentes
onde todas as nossas noções de realidade serão sempre desenvolvidas
alteradas e até mesmo erradicadas
também temos que entender que todos os sistemas são
fragmentos inventados, basicamente para o fim de conversação.
Pois não existe independência na natureza.
A natureza é um sistema unificado de variáveis interdependentes
cada qual como causa e consequência, existindo somente como um todo.
- Você não vê a ficha conectada ao ambiente
então parece que somos livres, andando por aí.
Tire o oxigénio e todos nós morremos imediatamente.
Tire a vida vegetal, nós morremos.
E sem o Sol, todas as plantas morrem.
Então, estamos interligados.
- Realmente precisamos de considerar a totalidade.
Esta não é uma experiência exclusivamente humana deste planeta
é uma experiência total.
E sabemos que não sobrevivemos sem plantas e animais.
Sabemos que não sobrevivemos sem os quatro elementos, não?
Então, quando é que iremos começar a levar isso a sério?
E isto que é ser bem-sucedido:
o sucesso depende de quão bem nos relacionamos com o que está ao nosso redor.
Estou bem ciente do facto de que o meu neto
não pode nem sonhar em herdar um mundo sustentável
pacífico, estável e socialmente justo
a menos que cada criança a crescer hoje
na Etiópia, na Indonésia, na Bolívia, na Palestina, em Israel
tenha também essa expectativa.
Temos que cuidar de toda a comunidade
ou teremos problemas sérios.
Hoje temos de ver o mundo todo como uma comunidade.
E precisamos de cuidar uns dos outros desse modo.
E não é só uma comunidade de pessoas;
é uma comunidade de plantas, animais e elementos.
E nós precisamos mesmo de compreender isto.
É isso que nos trará alegria também, e prazer.
É isso o que falta nas nossas vidas, de momento.
Podemos chamá-lo de espiritualidade mas o facto é que
a alegria vem pelo êxtase de se sentir interligado.
Isso é o nosso espírito deus, aquele lado de nós
que realmente o sente, e sente-se profundamente.
É um sentimento fantástico, maravilhoso, e sabe-se quando se o tem.
E não se o obtém com dinheiro; obtém-se com conexão.
- E agora, não é que é um perigo para este país?
Como vamos continuar a construir armas nucleares
tas a ver?
O que acontecerá à indústria de armamento
Quando percebermos que somos todos um?
Vai lixar a economia!
A economia que é falsa, de qualquer forma!...
O que seria uma pena.
Já se vê porque é que o governo está a reprimir energicamente...
...a ideia de experienciar amor incondicional.
"Eu acredito que a verdade desarmada e o amor incondicional
terão a palavra final na realidade."
- Dr. Martin Luther King (1929-1968)
- Quando entendermos que a integridade da nossa existência pessoal
é completamente depende da integridade
de tudo o resto no nosso mundo
teremos entendido de verdade, o significado de amor incondicional.
Pois o amor é extensionalidade, e ver-se tudo como sendo tu próprio
e a ti como sendo tudo o mais, não pode ter condicionantes
pois, de facto, todos nós somos tudo ao mesmo tempo.
- Se for verdade que todos viemos do centro de uma estrela
cada átomo em nós veio do centro de uma estrela
então somos todos a mesma coisa.
Mesmo uma máquina de refrigerante ou uma ponta de cigarro na rua
é feita de átomos que vieram de uma estrela.
Todos foram reciclados milhares de vezes
como tu e eu. Portanto, sou apenas eu aí fora.
Portanto, o que é que há a temer?
Porquê essa necessidade de buscar consolo?
Por nada! Não há nada a temer, pois tudo é parte de nós próprios!
O problema é termos sido separados por termos nascido
dado um nome, uma identidade e sido individualizados.
Fomos separados da unidade, e isso é o que a religião explora.
Que as pessoas têm ânsia de fazer parte da unidade novamente.
Então eles exploram isso, chamam-lhe deus, dizem que ele tem regras
e eu acho que é cruel.
Penso que se o pode fazer ausente de religião.
"Um extraterrestre que examinasse as diferenças entre as sociedades humanas
consideraria as diferenças triviais quando comparadas às semelhanças.
As nossas vidas, passado e futuro estão ligadas ao sol, à lua e às estrelas...
Vemos os átomos que compõem tudo na natureza,
e as forças que esculpiram essa obra...
e nós, que possuímos os olhos, os ouvidos e os sentidos locais do cosmos
começámos a imaginar as nossas origens... Matéria estelar contemplando as estrelas
grupos organizados de mil milhões de milhões de átomos
contemplando a evolução da natureza, traçando este longo caminho
pelo qual chegou à consciência aqui na Terra...
Devemos lealdade às espécies e ao planeta. Falamos em seu nome.
O nosso dever de sobreviver e progredir é devido não apenas a nós
mas também ao vasto e ancestral cosmos de onde viemos.
Somos uma espécie. Somos matéria estelar nutrindo-se da luz das estrelas.
Carl Sagan (1934-1996)
- É hora de reivindicar a unidade
os nossos sistemas sociais obsoletos se desfizeram
e trabalharmos juntos para criar uma sociedade global e sustentável
onde cuidamos de todos, e todos são livres.
Quaisquer que sejam as suas crenças pessoais
são irrelevantes quanto às necessidades da vida.
Todo o ser humano nasce nu
e precisa de calor de alimento, de água, de abrigo.
Tudo o resto é auxiliar.
Portanto, a questão mais urgente
é a gestão inteligente dos recursos da Terra.
Isto nunca acontecerá num sistema monetário
pois a busca do lucro é a busca do interesse próprio
e portanto, o desequilíbrio é inerente.
Ao mesmo tempo, os políticos são inúteis
pois os nossos verdadeiros problemas na vida são técnicos, e não políticos.
Além disso, as ideologias que separam a humanidade
como a religião, precisam grande reflexão pela comunidade
relativamente aos valores, propósitos e relevância social.
A esperança é que com o tempo
a religião perca o seu carácter materialista, supersticioso
e passe para a área útil da filosofia.
O facto é que a sociedade de hoje está do avesso
com os políticos a falarem sempre de protecção e segurança
em vez de criação, unidade e progresso.
Só os EUA gastam cerca
de 500 mil milhões de dollares todos os anos na defesa.
Isso bastaria para enviar todos os alunos do secundário dos EUA
para uma faculdade durante quatro anos.
Nos anos 40, o projecto Manhattan
produziu a primeira arma de destruição em ***.
Este programa deu emprego a 130 mil pessoas com um custo financeiro extremo.
Imagine como seria a nossa vida de hoje se esses cientistas
em vez de trabalharem num modo de matar pessoas
tivessem trabalhado num modo de criar um mundo abundante e auto-sustentável?
A vida hoje em dia seria bem diferente se esse tivesse sido o seu objectivo.
Em vez de armas de destruição em ***
é hora de libertarmos algo muito mais poderoso:
Armas de Criação em ***.
A nossa verdadeira divindade está na capacidade de criar.
E munidos da compreensão das conecções simbióticas da vida
enquanto somos guiados pela natureza emergente da realidade
não há nada que não possamos fazer ou alcançar.
Claro, que encontramos fortes barreiras
na forma das estruturas de poder "estabelecidas" que se recusam a mudar.
No coração destas estructuras, está o sistema monetário.
Como explicámos antes, o sistema de reservas fraccionadas
é uma forma de escravidão através de dívidas
no qual é literalmente impossível que a sociedade seja livre.
Por sua vez, o capitalismo neoliberal, na forma de livre comércio
usa as dívidas para aprisionar o mundo e manipular países
tornando-os subservientes a um punhado de poderes financeiros e políticos.
Além destas amoralidades óbvias
o sistema em si é baseado em competição
o que imediatamente acaba com a possibilidade
de colaboração em grande escala em nome do bem comum
paralisando, assim, qualquer tentativa de se alcançar a sustentabilidade global.
Estas estruturas financeiras e corporativas são agora obsoletas
e devem ser transcendidas.
Claro que não podemos ser ingénuos e achar
que os líderes financeiros e políticos vão aderir a esta ideia
pois eles perderão poder e controlo.
Portanto, uma atitude pacífica e estratégica tem que ser adoptada.
O curso de acção mais poderoso é simples:
temos de mudar o nosso comportamento
para forçar a estrutura de poder à vontade das pessoas.
Temos de parar de apoiar o sistema.
O único modo do "sistema" mudar
é pela recusa em participar, enquanto continuamente tomamos conhecimento
das as suas falhas e corrupções.
- Eles não vão desistir do sistema monetário
por causa do nosso projecto ou do que sugerirmos.
O sistema tem de falhar
e as pessoas precisam de perder a confiança nos seus líderes eleitos.
Esse será um importante ponto de mudança
se o Projecto Vénus for oferecido como uma alternativa.
Caso contrário, temo as consequências.
As tendências indicam que os EUA está a caminhar para a falência.
A probabilidade é de que o país vá
em direcção a uma ditadura militar para evitar revoltas sociais
e o colapso social completo.
Quando os EUA colapsarem, todas as outras culturas
passarão por coisas semelhantes.
Neste momento, o sistema financeiro mundial
está à beira do colapso devido às suas próprias falhas.
O controlo de câmbios declarou em 2003
que os juros sobre as dívidas dos EUA
não serão possíveis de pagar em menos de 10 anos.
Isto, teoricamente, significa a falência total da economia dos EUA.
As suas consequências para o mundo são imensas.
Por sua vez, o sistema monetário baseado na reserva fraccionária
está a chegar aos seus limites teóricos de expansão
as falhas nos bancos que estão a acontecer são apenas o começo.
Por esta razão é que a inflação disparou, as dívidas estão a bater níveis recorde
e o governo e a Reserva Federal estão a imprimir mais dinheiro
para pagar a conta desse sistema corrupto.
Pois o único modo de manter os bancos
é criando mais dinheiro.
O único modo de produzir mais dinheiro é criando mais dívidas e inflação.
É só uma questão de tempo até que o jogo vire
e mais ninguém queira fazer empréstimos
enquanto os incumprimentos aumentem pois as pessoas não conseguirão
pagar as dívidas que já possuem.
Então, a expansão do dinheiro irá parar
e a recessão virá em níveis jamais vistos
acabando com um esquema em pirâmide que durou um século.
Isto já começou a acontecer.
Portanto, temos que expor este fracasso financeiro tal como é
usando essa fraqueza a nosso favor.
Aqui estão algumas sugestões:
- Acções para transformação - Exponha a fraude bancária.
Citibank, JP Morgan Chase e Bank of America
são os mais poderosos controladores
dentro do sistema corrupto da Reserva Federal.
É hora de boicotar estas instituições.
Se possui uma conta bancária ou um cartão de crédito destas instituições
transfira o seu dinheiro para outro banco.
Se tem uma hipoteca, refinancie-a com outro banco.
Se possui acções destas instituições, venda-as.
Se trabalha para eles, demita-se.
Este gesto vai expressar desprezo
pelos verdadeiros poderosos por trás do cartel de bancos privados
conhecido por Reserva Federal.
E criar consciência sobre a fraude do próprio sistema bancário.
Segundo: desligue o noticiário da TV.
Visite as agências emergentes e independentes de notícias na internet
para se informar.
CNN, NBC, ABC, FOX e todos os outros
exibem todas as notícias pré-filtradas, para manter o status quo.
Com quatro corporações possuindo todos os meios de comunicação social
torna-se impossível obter informação objectiva.
Esta é a verdadeira beleza da internet
e o sistema está a perder o controlo
por causa deste fluxo livre de informações.
Devemos sempre proteger a internet
pois é a nossa real salvação neste momento.
Terceiro: nunca permita que a sua família ou alguém
que conheça, se aliste no exército.
Esta instituição é obsoleta
agora usada exclusivamente para manter o "sistema"
que já não é relevante.
Os soldados americanos no Iraque trabalham para
as corporações americanas, não para o povo.
A propaganda força-nos a acreditar que a guerra é natural
e que o exército é uma instituição honrada.
Bem, se a guerra é natural
porque é que há 18 suicídios por dia
de veteranos norte-americanos em consequência do stress pós-traumático?
Se os nossos soldados são tão honrados
porque razão 25% dos sem-abrigo norte-americanos são veteranos?
Quatro: pare de sustentar as companhias de energia.
Se vive numa casa, saia da rede.
Investigue meios de tornar o seu lar auto-sustentável
com energia limpa.
A energia solar, eólica, e outras formas renováveis
já são realidades de consumo baratas
e se considerarmos o custo infinitamente crescente das energias tradicionais
provavelmente serão um investimento mais barato ao longo do tempo.
Se conduz, compre um carro de menores dimensões
e considere uma das muitas novas tecnologias
que podem tornar o seu carro num híbrido
eléctrico ou que o faça funcionar com outras formas que não as do sistema.
Quinto: rejeite o sistema político.
A ilusão da democracia é um insulto à nossa inteligência.
Num sistema monetário não existe verdadeira democracia
e nunca existiu.
Há dois partidos políticos
controlados pelo mesmo grupo de lobistas corporativos.
que são colocados nas suas posições pelas corporações
com a popularidade criada artificialmente pelos média que elas próprias controlam.
Num sistema de corrupção inerente
a mudança de liderança a cada quatro anos
é quase irrelevante.
Em vez de fingir que o jogo político faz algum sentido
foque a sua energia em como transcender este sistema falhado.
Sexto: junte-se ao movimento.
Vá a thezeitgeistmovement.com
e ajude-nos a criar o maior movimento em *** pela mudança social
que o mundo já viu.
Temos de mobilizar e educar toda a gente
sobre a corrupção inerente do nosso sistema mundial actual
junto com a única verdadeira solução sustentável:
declarar todos os recursos naturais do planeta
como bem comum de todas as pessoas
informando todas as pessoas sobre o estado real da tecnologia
e como todos podemos ser livres, se o mundo trabalhar junto
em vez de lutar entre si.
A ESCOLHA É SUA.
Você pode continuar a ser um escravo do sistema financeiro
e assistir às contínuas guerras, depressões e injustiças por todo o globo
enquanto se distrai com entretenimento fútil
e lixo materialista;
ou, pode focar a sua energia numa verdadeira
mudança, holística, duradoura e significativa
com o poder real de sustentar
e libertar todos os humanos sem deixar ninguém para trás.
Mas, entretanto, a mudança mais relevante
tem de ocorrer primeiro dentro de si.
A verdadeira revolução é a revolução da consciência
e cada um de nós precisa primeiro de eliminar
o ruído dissociador e materialista
que fomos condicionados a pensar como real;
enquanto descobrimos, amplificamos e sintonizamos
com o sinal vindo da verdadeira e empírica unidade.
ESTÁ NAS SUAS MÃOS.
- O que estamos a tentar, com todas estas discussões e conversas
é ver se podemos provocar uma transformação radical da mente.
Não aceitar as coisas como elas são
mas entendê-las, mergulhar nelas, examiná-las
pôr o coração e a mente e tudo o que possui para descobrir
um modo diferente de viver.
Mas isso depende de si e de mais ninguém.
Porque nisto não há professor
nem aluno
não há líder
não há guru
não há mestre, nem salvador.
Você mesmo é o professor, o aluno, o mestre, o guru e o líder.
Você é tudo!
E...
entender
é transformar o que existe.