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Vem da infância mesmo. Brincando na casinha de costura da minha mãe...E, acho que foi
Vem da infância mesmo. Brincando na casinha de costura da minha mãe...E, acho que foi
aí que eu comecei a tomar gosto mesmo, pelo mundo dos tecidos
e disso tudo.
Eu sempre tive uma admiração por fotos, por materiais que eu ia recolhendo, eu tenho mania de recolher coisas
e pesquisar, eu nem trabalhava com roupa e eu ia nas feirinhas e comprava roupas
Por acaso, a oito anos agora, né? eu abandonei a carreira de designer e passei
a costurar. Mudei o substrato: do papel para o tecido.
A gente resolveu montar a loja,e a proposta era que fosse uma homenagem ao trablaho de costura, ao trabalho manual, das
pessoas que trabalham com amor e fazem as coisas realmente e é um trabalho que tá
morrendo, né? E uma homenagem muito grande à minha mãe,
que me ensinou tudo, na verdade, que eu sei fazer hoje.
Chegavam uns homens aqui para contar, a gente não espera isso
de homens, de senhores, eles chegavam pra contar a história da avó, da mãe, na hora
que via o escrito A Modista, tinha a maquinhinha pregada na parede, então vinha muita emoção
de fora e isso é o que move acho que a gente. O retorno que você tem
das emoções que você causa nas pessoas.
Como a loja sempre teve esse jeito romântico, algumas clientes começaram a pedir:
- "Ai, faz meu vestido de noiva?" E já era clientes já de tempos e aí...
No começo eu fiquei meio assim, por ser uma responsabilidade, né? Fazer o vestido de noiva...
Enfim! Fui fazendo! Aí uma foi contando prá outra, foi contando prá outra e... Rs,
as noivas tomaram conta da loja!
Sempre parte de uma conversa, de conhecer um pouco a história dela
e aí a gente passa isso em forma de tecido.
Eu amo meu fazer porque eu conto histórias de amor, em forma de vestido.