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Oitavo Episódio
De Lucie a Marie
Escute, você vai partir.
Leve todas estas coisas...
Pauline, Pauline...
Dê-me um pouco.
Dê um pouco de vinho quente a Prometeu!
-Ah, falta de prática. -Dê ao seu Prometeu um pouco de vinho quente!
-Vai manchar... -Prometeu... Lolô... vinho quente...
-Quer que eu o ajude? -Sim, ajude-me.
Você consegue beber?
Uma pedra. Não, já está adoçado. Obrigado.
-Então, sua pequena canção... -Não quero cantar.
-Ah, sim, cante uma cançãozinha! -Ah, Thomas, qual é?
Se você cantar uma cançãozinha, eu cantarei uma cançãozinha.
Eu cantei no circo, mas agora não quero.
Sim, cante um pouco para Prometeu!
-Então cante você. -Não, prefiro contar uma história.
Você gostaria que ele contasse uma história?
-Agora estou ocupada. -Deixe-o contar-lhe uma história.
Uma história que se passa na Mongólia.
-Onde? -Na Mongólia.
Na Mongólia?
Você está doente, né?
-Sim, sim... Onde? -Na Mongólia Exterior.
Havia um homem muito, muito, muito feio.
Ele era horrível. Verdadeiramente horrível.
-Por quê? -Não sei por que ele era feio,
mas era o homem mais feio da Mongólia.
E encontrou uma esposa que era ainda mais feia do que ele.
Pode imaginar?
Eles tiveram um filho... E tiveram que jogá-lo fora.
Ah, eu a conheço.
-Jogar onde? -Jogaram-no
-...aos mongóis. -Essa história não é engraçada.
Você odeia histórias engraçadas.
Acho que é uma boa história.
Especialmente porque é um fiasco.
Ele tem o hábito de não entendê-las.
Por que estamos sentados nesta corrente? Não podem fechar a porta?
Porque você quis que ficássemos aqui, meu caro.
-Lili, querida, feche a porta. -Ela está dormindo.
-Dormindo? -Lili está na cama.
Então, vou pedir a Sarah, Sarah, feche a porta.
-Sarah também está dormindo. -Sarah não está aqui.
-É verdade, Sarah não está aqui. -Quem lhe disse que Sarah estava aqui?
-Sim, o que prova que Sarah não está? -O que o prova que Sarah não está?
-O que prova que Sarah não está? -Não pode escutá-la andando?
-O que o faz pensar que Sarah não está? -Não sei.
-Eu não a vi durante uns dias. -Como pode dizer que Sarah não está?
Peçamos à Lucie... Lucie! Feche a porta.
Não ouviu passos à noite?
-Você vai assustá-la. -Não, mas é casa é muito grande.
É uma grande casa, mas, às vezes, você não anda?
-Você não ouviu...? -Não! Nunca ouvi um barulho assim.
Não se agite. Entendeu?
Não fale muito, você está doente.
Há coisas acontecendo nesta casa.
-Estranho... -Pierre, feche a porta!
-Oh, mas ele tampouco está aqui. -Pierre está no porão.
-No porão? -Em Mongólia.
-Você o fez engasgar... -Foi sem querer.
Deve-me mais vinho quente.
Você é verdadeiramente impossível.
-A quem vamos pedir agora? -O que acha, Emilie?
Vamos lá, chame.
-Ajude-nos. -Chame o fantasma...
O fantasma do segundo andar.
Que tal uma cançãozinha?
-Quem vai cantar essa canção? -Emilie.
-Emilie, cante a cançãozinha. -Sabe como cantar?
A cançãozinha de desespero, Emilie.
-A canção do estrangeiro. -Esperem, fiquem quietos.
Ouviram?
Sim, alguém se move.
-Não tem medo? -Cale a boca e ouça...
Eles estão de volta.
-Já estavam aqui, quando chegamos? -São muito discretos.
Sempre notei que havia um barulho estranho.
-Por que estranho? -Não sei.
-De onde veio? -Ouçam.
Não funciona.
Cante uma cançãozinha.
Você a canta lindamente.
Falem baixo.
Lili está dormindo!
-O que é isso? -A echarpe de Igor.
A echarpe de Igor... Não, é a echarpe de Achille.
É a echarpe de Thomas.
Nunca uso echarpes como essa...
-Não é sua? -Não, é de Igor...
-Você vê Igor em toda parte. -Eu reconheço o cheiro.
Todo mundo veste roupa indiana hoje em dia, Emilie!
Sim, é a grande moda, Emilie.
Boa noite, Emilie.
Durma bem.
Olá, Sarah. Não sabia que viria.
Como vai?
Bem.
Sinto muito pelo outro dia, sabe? Foi ridículo!
Mas mesmo assim, eu fui insuportável.
É o assunto que me faz sofrer.
Sim, mas de qualquer jeito tinha razão, pois não deveria ter mandado as cartas.
O que vai fazer agora?
Não sei.
Não sei, pois...
Estou um pouco desgostosa.
-E quanto à loja? -A loja está...
A loja está fechada.
Eu estava...
Eu estava...
Você estava certa, com aquela história de Pierre, é...
não foi uma boa maneira...
Não está certo fazer uma coisa como aquela.
Está tudo arranjado.
Deveria ter me posicionado de uma outra maneira.
Não foi certo!
-Foi tudo arranjado. -Como foi tudo arranjado?
Liguei para Pierre. Não é sério.
Não foi certo. Foi a mesma coisa com Colin.
Você conhece Colin?
Eu o vi na sua loja.
Você disse que ele a seguiu até o teatro.
Eu também o magoei muito.
Gostaria de vê-lo novamente...
-Não sei o que fazer. Você sabe? -Não.
-A loja? -Não ligo para a loja...
E seus filhos?
Gostaria de rever Colin...
Eu o amo muito, sabe?
Por que está olhando para mim dessa maneira?
E como a olho? Estou olhando-a normalmente.
E quanto as suas crianças?
Minhas crianças, não sei... elas estão em casa.
Você pensa muito em Colin.
Sim, porque...
Era alguém que estava sempre lá e agora não mais, então eu penso nele.
Por que você veio para cá?
Porque, com a loja fechada, as cartas...
Eu tinha que fugir.
Mas esta é a casa de Igor!
Foi Igor quem você veio procurar aqui, não Colin.
Não sei.
Acho que você deveria deitar e dormir.
Eu gostaria de...
Eu gostaria de...
Não vai encontrar Colin em Aubade!
Não vim à procura de Colin.
Deite-se...
Deite-se...
Deite-se... durma.
De que quer falar?
De que quer falar?
Gostaria de falar de...
de Colin.
-Então, fale de Colin! -Ao mesmo tempo...
Ao mesmo tempo...
Não posso, por causa de Igor...
Mas Igor não está aqui!
Sim, mas...
Acho que deveria dormir...
A coisa certa a fazer é partir.
Para ir aonde?
Não sei.
Realmente gosto de Colin.
Por que está chorando, Emilie?
Já lhe disse o porquê. Não há motivo para repetir 10 vezes a mesma coisa...
Pare de me olhar assim...
Mas estou olhando normalmente...
Porque é preciso que eu vá...
Mas quem quer encontrar, Igor ou Colin?
Pare de ser assim, de fazer perguntas!
Não lhe pergunto nada.
Deite-se e durma!
Tire suas roupas, deite-se e durma!
Por que está me olhando dessa maneira?
Estou olhando-a normalmente.
Por que está me olhando dessa maneira?
Deve se deitar agora...
Não quero me deitar!
Quer conversar?
Sobre Colin?
Por que está me olhando dessa maneira? Está zangada por causa de Pierre!
Não, eu a olho normalmente...
Por que veio para Aubade?
Por que você sempre faz as mesmas perguntas?
Porque quero saber quem você veio encontrar em Aubade.
Deite-se.
-Quer conversar? -Sim!
Então, fale!
Fale...
Gosto muito de Colin.
Você o mandou embora?
-Mandou-o embora por causa de Igor? -Sim.
Você ama os dois?
Sim.
E suas crianças?
O que tem minhas crianças?
Pare de me olhar dessa maneira!
Eu a olho normalmente...
Você deveria se deitar agora...
Deveria se deitar e dormir.
Deite-se.
O que vai fazer agora?
Gostaria de partir...
-Quer encontrar Colin? -Não.
Quer encontrar Igor?
-Quer encontrar Igor? -Não.
Se você quiser conhecer os segredos dos Companheiros do Dever.
esteja na Praça de Roma, amanhã, 6h. Renaud.
Os Companheiros do Dever cresceram na mesma família e talvez
e possam pertencer aos Devoradores.
Os Companheiros Devoradores
Os Devoradores...
O que é isto?
Isso...
-isto é um osso de... -Você não sabe?
Sim, é o esqueleto de...
Não sei. Tome, pode guardar.
Obrigada, Thomas.
-Deixe-me ver seus olhos um pouco. -Não.
-Você parece cansada. -Sim.
-Você também. -Eu sei.
Muito.
-O que houve, pobre Thomas? -Belas e grandes misérias.
Cheguei a um ponto onde
realmente não sei o que fazer.
Fiz Prometeu, fi-lo
um pouco como uma reação contra você.
Não queria deixar Ésquilo ir, e não podia fazer Tebas por sua causa...
Mas sabe, de uma maneira você não me deixou. Eu me dei conta.
Você é muito gentil, Thomas!
Não sei, só sei que algo em mim
que partiu, que morreu.
Todas as vezes eu dizia: "Oh, merda, se Lili estivesse aqui,
outra coisa aconteceria."
Não creio.
Sim, você sabe que eu penso
que algumas coisas são nossas.
Após 6 anos trabalhando juntos, não podemos nos separar assim, sem mais.
-Eu costumava... -Mas sim, justamente.
Se nós nos separamos era porque tínhamos que nos separar.
Sim, mas todo meu trabalho foi construído
em oposição ao que você pensava. Eu lhe dizia uma coisa, você me rebatia
e tudo existia por causa daquilo.
Sim.
Não sei.
-Não senti muito sua falta. -Hã?
Disse que não senti sua falta!
Bem, não muda nada, é provável que a culpa seja minha.
Não é um jogo, mas é um tipo de jogo que faço
para confundir, não?
Sim, mas para mim isso é um erro.
Uma decisão que tomei com relação a você. Não quero mais atuar, é tudo.
O que mais vai fazer?
Para mim, você parece menos deprimido que agora mesmo,
por acaso, acabou?
Eu exagero um pouco minha depressão para ter paz, porque
Emilie, eu não quero...
Eu quero ficar em paz, não quero ser afetado bem agora.
Salvo os que valem, como você.
-E se eu não quiser? -Mas você quer.
Eu a fiz sorrir. Você está melhor. Vamos!
Você me pegou, sim...
Eu queria, eu queria...
queria que nós dois ardêssemos na mesma fogueira.
Quando eu penso em você, penso num grande fogo...
-Na praia? -Sim.
Sim e nós dois nos jogamos na fogueira.
-Você está louco! -Não.
-É Prometeu que o segue. -Hã?
É Prometeu que o segue.
Não quero morrer. Não quero queimar.
-Por que não quer queimar? -É a morte.
Não quero.
Eu sou a água.
-Eu sou a água. -Espere. Vire-se para o sol.
Por que veio para cá?
Todas as razões possíveis.
Sabia que eu tinha vindo?
Não, achei genial mandar Emilie para cá.
O que ela lhe disse?
Emilie? Nada.
Mas ela está muito na defensiva, contra Pierre.
Mas não é disso que eu quero falar com você.
Não quero falar com você o assunto que você quer falar.
-Por quê? -Porque não é o momento.
Acredita que vai poder trabalhar sem mim?
Não pretendo trabalhar mais.
Então, o que vai fazer?
-Vou entrar para a política. -Aiaiai...
Não, não sei.
Francamente, não sei.
Se trabalhássemos juntos, o que poderíamos fazer?
Poderíamos fazer uma espécie de mistura...
Os Sete Contra Tebas, Prometeu... faríamos uma sopa.
-Sopa de Ésquilo... -Então, eu não quero!
Você está zombando. Sabe, isso que me irrita.
Não quer fazer sopa de Ésquilo.
Ouça!
Então, o que quer fazer?
A menos que façamos nós mesmos. E nós escreveremos.
E montaremos.
Gostaria de fazer isso.
Então podemos fazer, se você quiser.
Eu pedi a Sarah que nos ajudasse um pouco, mas...
Sarah?
-Não funcionou... -Por quê?
Porque ela aprontou comigo.
O que ela fez?
Thomas veio me ver com a história de documentos,
o que deveríamos fazer com os jornais.
Claro que me ocupei disso, nada acontecerá,
mas ela se tornou um estorvo!
Sim, sim, entendo.
Na verdade, não é surpresa alguma vindo de Pierre.
Quero dizer, faz parte do seu caráter profissional.
O que você me disse agora mesmo... ah, o que você não me disse,
quando falávamos de Igor... Você não me disse nada de Igor.
Você está a par de alguma coisa?
Ou você tem novidades, reflexões,
-Isso o interessa? -Não, de jeito algum.
-Eu me perguntava... -Foi só por curiosidade?
Por estupidez...
O que você procura, você vai me culpar?
Não, claro que não. Só queria saber. Pierre, não sei, você sempre me fala
de uma maneira muito profissional.
Não estritamente profissional, falamos bastante dele, há dois anos.
Sim, mas há dois anos, talvez seja uma velha história.
Sabe que ele não mudou. Sabe o que ele pensa. Já o viu.
Sim, um pouco. E você? Mudou?
Sabe... eu...
ocupo-me de tanta coisa. Tento arrumar as coisas do grupo.
Thomas, então, ele partiu com seu Prometeu. Só fala nisso.
Ele queimou todos os papéis, sem saber o que isso implicava.
Isso a deixa triste por razões sentimentais, não? O grupo.
-Mas você sabe o tanto que eu os amo. -Sim, eu também.
-Sabe quanto significa para mim. -Claro...
Essa é a amizade que importa...
mas o grupo, o grupo?
Há grupos por toda a parte. Por que o nosso não poderia existir?
É muito válido, não acha? Seria muito válido entre a gente.
Estou sabendo...
Estou sabendo...
Talvez você me tenha trazido uma mensagem?
Eu lhe trouxe uma mensagem de alegria.
De alegria, porque estou muito bem.
Vou muito bem depois que compreendi
sua história dos Treze...
sua história dos Treze e desses homens que queriam
segurar toda a sociedade em suas mãos.
A história dos Treze era uma pura fantasia de adolescente.
Uma farsa...
e eu diria até que é uma fantasia ideologicamente falsa.
Entretanto, essa fantasia me levou muito, muito longe
num pesadelo pavoroso, pesadelo que quase me levou à loucura.
Quase à morte.
Eu encontrei a Esfinge,
e não encontrei o amor
porque... Eu perguntei à Esfinge esta questão.
Que, entretanto, foi uma pergunta mal feita.
Essa questão dos Treze foi mal
formulada e me impediu de encontrar a realidade.
De minha parte, eu parei e estou bem.
Vou muito, muito, muito muito bem
e os deixo a essa conversa mundana.
-É seu aluno? -Não, é um discípulo de Pierre
se entende o que quero dizer.
Como assim, discípulo de Pierre? Explique isso!
Esse rapaz veio me ver há 5 ou 6 dias,
ele se apresentou como o mensageiro dos Treze.
Ele me...
ele leu-me uma mensagem.
O estilo não deixou dúvidas.
-Ele escreveu? -Sim, sem dúvida.
-Eu telefonei para Pierre. -E então?
E, bem, Pierre, me disse, com o tom que você conhece
infinitamente interessado naquele jovem,
que ele pôs suas grandes esperanças nele,
que ele não podia estar errado em sua escolha.
E assim que eu lhe perguntei por que, ele me deu uma resposta:
"seja você o juiz."
Ele disse: "Eu cri pressentir
seu nome na leitura dos astros."
Com seu tom de voz que você já conhece e que sempre dá vontade de lhe bater.
Vindo dele, não me surpreende. Você deve ter começado a ponderar.
Diga, você fez alguma pergunta?
Não é questão de perguntar, mas eu questionei se...
em seu pequeno jogo
que agora remonta a mais de 2 anos, ah, sim, 2 anos...
Perguntei se seu pequeno jogo iria me proporcionar certas visitas,
como essa que você viu, e se ele estava à caça dessas pessoas
Ele lhe falou desse jovem?
Mais ou menos.
Devia ter algo em mente.
Sim, sua ideia me pareceu bem clara.
Ele tem saudade
do grupo.
E como ele não se incomoda com ele mesmo
ele é hábil o suficiente para encontrar assim, um mensageiro,
pois esse senhor é um mensageiro, como viu, batendo às portas, trazendo
mensagens que conhece.
-Não há dúvida. -É comovente, na verdade, tudo isso.
Prova que ele precisa de nós.
-Deveria haver uma maneira mais simples. -Ele crê nessa cidade ideal, sabe?
Ele sempre creu. Sempre quis.
Pergunto-me se não tem razão.
Às vezes, me pergunto se não é ele quem está certo.
Em vez de irritar seu círculo de amigos.
Ele não me amola de jeito algum. Acho que faz algo muito interessante
que todas suas ideias são válida, que ele tem muito talento.
Não estou discutindo nem seu talento, nem suas habilidades profissionais...
Há uma parte dele com que eu me simpatizo muito.
Ele tem uma imaginação muito fértil,
-...que nos emociona. -Que nos fascina.
-Você se colocou no tema. -O que é isso?
E ele nos fascina.
Hoje você está no clima de confidências, não?
Mas ele conseguiu. Ele o contatou. Fazia tempo que não o via, não?
Sim, sim, muito tempo.
É maravilhoso! Realmente maravilhoso! Perseguiu sua ideia até o fim.
Não acabamos com ele, hein?
Eu sei que é muito sério para ele. Para você, evidentemente, tudo isso...
Ele não pensa muito sério, em todo caso, não pensa seriamente em coisas sérias.
Acho que ele pensa seriamente naquilo que é sério. É você quem não é sério.
É você que não é sério, não crendo em nada.
É muito, muito fácil ser cético. É muito fácil discutir tudo. É muito fácil.
Acreditar nas coisas que é difícil. Ele está tentando criar as coisas.
Nós é que não conseguimos segui-lo, pois temos um... um...
Ele é genial. Ele é genial e nós não conseguimos segui-lo.
Somos incapazes de criar algo porque nossas atividades nos conduzem alhures
porque temos outras coisas para fazer. Coisas mais interessantes.
Nós suportamos nossas pequenas vidas.
-Não somos generosos. -Se não somos generosos...
Por que Pierre disse a esse jovem sobre os Treze? Isso me intriga um pouco.
Talvez porque como foi conosco
ele está procurando por outras vítimas.
Sangue novo!
De fato. Sangue novo.
Acho que ele sente saudade daquela época, de seus amigos.
-Você fala como se ele fosse débil! -Não acho que seja débil, mas
-...sob certo aspecto, é. Um pouco. -Não concordo com você.
Não estou tentando persuadi-la, não quero morrer. Gosto de Pierre.
Você não o leva a sério, o que é uma pena.
Eu o analiso em bloco, mas...
as consequências de seu comportamento são bem aborrecidas para mim.
Não acha que há coisas um pouco mais proveitosas...
Podemos fazer algo de útil.
E é isso que ele está tentando criar.
Juntando-nos novamente a fim de proceder algo
um pouco estranho, romântico, mas...
Acho que isso é uma grande piada, esse...
esse objetivo de complô, estranhos segredos...
Mas você fez parte disso, você achava genial!
Distraia-me por um tempo, era engraçado por 5 minutos, mas...
Mas por que você nos centrou lá então? Se era tudo uma parte do jogo.
Foi ótimo enquanto durou!
Penso que deveríamos concretizar algo e e depois, fazer qualquer coisa de...
Não consigo explicar, mas poderia valer a pena.
Agrupar-se é ótimo.
Vocês são todos sonhadores, sonhadores incapazes de fazer qualquer coisa.
Ah, é ótimo escrever livros, artigos para jornais...
É muito legal nos encontrarmos nos cafés.
-Sentamos lá e nada muda. Não é? -Bem, está certo, se precisar agora...
-É isso. -Está bem, mas se precisar por agora...
-Eu não sonho, não sonho... -Vamos planejar, formar um grupo,
uma equipe, para uma ação especifica,
mas as ambições de Pierre...
era engraçado, tudo era agradável, mas realmente...
De um jeito, você me deu a contradição para saber o que penso de tudo.
Acho que este era o propósito, não?
Conhecemo-nos tão bem. Poderíamos fazer alguma coisa!
Gostaria de falar com Lucie de Graff, rápido, por favor...
Olá, senhora, fui quem viu vestida como um rapaz... Sim, essa mesma.
É muito sério agora.
Tenho um amigo
que pensa ser um dos Companheiros do Dever...
Não estou brincando, juro!
E eu creio que, de fato, são os Devoradores...
Sim, Devoradores, sim!
Por favor, não ria.
O que foi?
Não é verdade!
Está falando sério?
Igor...
Você está bem?
Está em Paris?
É formidável poder escutá-lo! Inacreditável!
Poderia ter me escrito, na realidade. Umas palavrinhas. Só umas palavrinhas...
Não pode mais falar?
Sinto ter feito toda essa história. Estava desesperada, o que deveria fazer?
Estou tão feliz em ouvi-lo.
Não, estou escutando. Estou escutando.
Bem, eu vou pegar o carro e irei para a casa de Warok.
Um beijão.
Sim, claro.
Até logo.
Vire-se!
-Emilie? -Sim?
-Já vai? -Sim... sabe da última?
-Sabe quem acabou de me ligar?
-Não, eu vim lhe perguntar. -Igor!
-Igor? -Igor acabou de me chamar de Paris.
-Tem certeza de que era ele? -Absolutamente!
-Você reconheceu sua voz? -Sim, vou encontrá-lo na casa de Warok.
-Mas não é possível. -Sim, asseguro-lhe que é verdade.
-É fabuloso, não? -Sim. Ele a chamou de onde?
Chamou-me da casa de Warok. Vou encontrá-lo imediatamente.
Falamos por 10 minutes.
Você ouviu?
Eu o deixo, pois estou com pressa, você sabe...
-Posso ir com você? -Pode.
Ótimo. Encontramo-nos lá embaixo.
Até logo, Thomas.
Até logo... mas isso não é possível!
-Sim, é verdade! -Você acredita?
-Você parece desesperado. -Não, não estou desesperado,
mas tenho uma boa razão para... Escute, não a deixe, hein?
Fique com ela e... depois você me liga de lá.
Sim, sim, Thomas.
Até logo, querida.
-Eu ligarei, Thomas. -Sim, não se esqueça.
Eu não quero!
-O quê? -Eu não quero!
-O que houve, Thomas. -Eu não quero!
Deixem-me! Deixem-me! Deixem-me! Deixem-me!
Que idiota!
Simulador!
Você realmente nos assustou.
Mas como você é tonto!
Ei, Thomas!
Não, Thomas.
Legenda em Português: Lu Stoker Revisão: Cinebaixar