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Nye: Olá! Bem-vindos ao Laboratório espacial do YouTube.
Sou Bill Nye, o cara da ciência,
transmitindo ao vivo da Terra
no Espaço do Criador do Google em Londres
para amantes do espaço ao redor do mundo.
Durante os próximos 40 minutos terrestres,
criaremos nossa própria teoria do caos aqui no estúdio.
Serei ajudado por um grupo especial de convidados do Hangout,
verdadeiros nerds espaciais
que conheceremos mais tarde.
Mas na melhor parte deste programa espacial
conversaremos ao vivo com a Estação Internacional
que está a 250 milhas... naquela direção,
desbravando o espaço
e conversaremos ao vivo com a astronauta Sunita Williams.
Se houver perguntas
que desejam fazer a um astronauta de verdade,
vocês podem enviar pelo Twitter, Facebook
ou Google+ agora mesmo.
Mas afinal, por que estamos aqui?
No ano passado, o YouTube e o pessoal esperto da NASA
se reuniram para lançar uma competição incrível
que ofereceu a vocês a chance de usar sua imaginação
e criar um experimento
a ser conduzido por astronautas da NASA
na Estação Espacial Internacional.
Mas o que desejo saber é:
como essas ideias loucas foram criadas?
Aqui comigo está Zahaan Bharmal, criador do Laboratório espacial,
para nos contar um pouco mais.
O que é o Laboratório espacial?
Bharmal: O Laboratório espacial do YouTube é uma competição global,
na qual pedimos a estudantes de todo o mundo
que criassem uma ideia para um experimento
que pudesse ser realizado no espaço.
O professor Stephen Hawking, um herói da minha infância,
e outras mentes brilhantes escolheram os melhores
e estamos aqui hoje na aula de ciências
mais incrível do mundo
para ver em ação os dois experimentos vencedores.
Nye: E foi sua ideia.
Bharmal: Sim, foi.
Nye: E como você pensou nela?
Bharmal: O Laboratório espacial foi criado a partir do desejo
de inspirar a próxima geração.
Quando eu tinha a idade dos vencedores do concurso,
o espaço me inspirava, e espero que
o Laboratório espacial inspire a próxima geração
e que os vencedores de hoje
sejam os exploradores espaciais de amanhã.
Nye: As pessoas que um dia caminharão em Marte
podem ser crianças hoje.
Bharmal: Com certeza.
Nye: É algo incrível. Muito obrigado.
Bharmal: Obrigado.
Nye: Vamos para o meu laboratório?
Pessoal, siga-me.
A história do Laboratório espacial começou cerca de um ano atrás.
Armados apenas com um quadro, uma câmera
e um conjunto de marcadores coloridos,
milhares de jovens cientistas
decidiram criar experimentos para enviar à NASA.
Mas, infelizmente, somente dois deles
venceram o grande prêmio.
Chen: Meu nome é Dorothy Chen. Tenho 16 anos.
Ma: Sou Sara Ma. Tenho 16 anos
da Troy High School, em Troy, Michigan.
Mohamed: Olá, meu nome é Amr.
Tenho 18 anos. Venho de Alexandria, no Egito
e, no momento, estou em um ano sabático.
Ma: A inspiração para nosso experimento
veio de nossa pesquisa anterior sobre salmonela.
Uma cepa dessa bactéria foi cultivada no espaço.
Ao ser trazida de volta à Terra,
ela estava mais infecciosa do que a cepa original.
Em nossa pesquisa, descobrimos que íons de fosfato
impediram o aumento na toxicidade da salmonela.
Decidimos investigar se o mesmo inibidor
poderia reduzir a eficácia do bacilo subtilis.
Estamos planejando enviar a cepa QST-713
do bacilo subtilis ao espaço
para ver se ele se tornará mais tóxico aos fungos
como a salmonela foi aos ratos.
Mohamed: Meu experimento visa investigar
o efeito da microgravidade na forma como a aranha saltadora,
especificamente a aranha-zebra, Salticus scenicus,
captura sua presa.
Será que a Salticus scenicus consegue pegar sua presa
na microgravidade?
Acho que não.
Nye: Aqui estão eles, nossos grandes vencedores!
Amr Mohamed de Alexandria, Egito,
e Dorothy Chen e Sara Ma de Michigan
nos EUA.
Pessoal, antes de tudo, parabéns!
Todos: Obrigado. Nye: Isto é fantástico.
Esses vídeos enviados devem parecer
muito antigos hoje em dia.
Chen e Ma: Sim. Nye: Agora, Amr,
vamos falar sobre um local que poucos homens, mulheres,
um cachorro, um macaco, e agora, graças a você,
algumas aranhas saltadoras já conhecem:
o espaço sideral.
O que mais atrai você em relação ao espaço?
Mohamed: Eu gosto do espaço porque,
ao contrário de outras ciências,
para onde você olhar no espaço, há um novo mistério,
um novo desconhecido, uma nova pergunta interessante
que inspira a busca por respostas.
Nas outras ciências, é preciso ir mais longe,
pesquisar profundamente
para pensar em uma pergunta realmente interessante.
Nye: Muito bem. Excelente. Dorothy?
Dorothy, Sara, como vocês se sentem
ao saber que um experimento que vocês criaram
está sendo realizado por astronautas da NASA
na Estação Espacial Internacional, no espaço?
Ma: Definitivamente, é algo surreal
pensar que nossa ideia,
a ideia que criamos muitos meses atrás
está sendo realmente conduzida na estação espacial.
Chen: É uma grande honra. Nye: É de vocês.
Muito bom.
Olhem para vocês. É incrível, pessoal.
Chen: Estamos animados. Nye: Que legal.
Vamos ver os resultados em alguns instantes.
Amr, esse não é seu único prêmio.
Digo, tem mais.
Você foi para a Rússia, não?
E conheceu o treinamento que é preciso para ser tornar
um cosmonauta completo.
Vamos ver como você se saiu.
Mohamed: Sempre fui fascinado pela ciência
porque, com algumas equações,
consigo explicar o mundo a meu redor.
Enviar um experimento ao espaço
é a ideia mais incrível
que já ouvi na minha vida.
Agradeço por estar aqui na Cidade das Estrelas
e conhecer as atividades dos cosmonautas.
É uma experiência incrível testar a força G
da inserção e da aterrissagem.
E estou ansioso por ver as viagens espaciais.
Fiquei surpreso com a quantidade de equipamentos
que os astronautas precisam estudar
antes de vestir o traje espacial na simulação da gravidade zero.
É mais difícil do que parece.
Foi maravilhoso vestir o traje espacial,
ter vindo aqui para a Cidade das Estrelas
e conhecer as atividades dos cosmonautas.
Com certeza nunca vou esquecer.
Nye: Nada mal.
Amr, você teve a sensação de como é ser um cosmonauta?
Mohamed: Foi fascinante,
e acho que vou me tornar um cosmonauta.
Nye: Esperamos que sim.
Acene para nós quando estiver lá em cima.
Mohamed: Pode deixar. Nye: Dorothy, Sara,
vocês foram para o ***ão para assistir
ao lançamento de um foguete levando o experimento de vocês.
Vocês devem ter confiado que eles acertariam.
Ma: Sim. Chen: Sabíamos que fariam certo.
Nye: Vamos dar uma olhada.
Chen: O que mais espero ver
durante a visita ao ***ão
é o lançamento do foguete.
Deve ser algo
que as pessoas geralmente não conseguem ver.
Não é fácil de testemunhar.
Ma: É o mais perto
que conseguiremos chegar
do lançamento de um foguete.
É algo que sempre sonhei em ver
desde criança.
Chen: É emocionante pensar
que nosso experimento está a bordo.
- Uhu!
Foi inesquecível ver o foguete
ser lançado
com nosso experimento.
Ma: Dava para sentir a vibração
e ver o fogo e a fumaça.
Foi... foi demais!
Os sonhos são realizados.
Nosso experimento está indo para o espaço.
Ele foi desenvolvido em uma sala de aula
em Troy, Michigan,
e agora está indo para a EEI.
Nye: Pessoal, isso foi...
Isso foi sensacional. Muito legal.
Como é saber que seu experimento foi lançado ao espaço?
Chen: É uma sensação indescritível.
Quer dizer, fico muito honrado
e muito agradecido.
Há muito que agradecer, entende...
Fico muito feliz por ter essa oportunidade.
Ma: Sim, emocionante, com certeza.
Nye: Veremos os resultados
em alguns minutos.
Alguém entrará em contato lá da órbita,
nem acredito.
E agora, como avisei no começo,
estamos em contato com algumas personalidades
da comunidade do Laboratório espacial por meio do Google Hangouts.
Estão presentes a jurada e educadora Becky Parker.
Parker: Olá! Nye: Saudações.
Astronauta da Agência Espacial Europeia e ex-comandante espacial
da EEI, Frank De Winne.
[risos]
Ok.
Está conosco? Está conosco? Saudações, saudações.
De Winne: Com certeza Estou aqui, sim.
Nye: Muito bom.
Também temos o eminente cientista,
que estuda aranhas,
Peter Smithers da Universidade Plymouth.
Smithers: Olá.
Nye: E da BioServe, Stefanie Countryman.
Você... aí está. Saudações.
Countryman: Oi.
Nye: Obrigado a todos
por ficar conosco no Hangout.
Becky, vou começar com você.
Você é uma professora.
Que importância tem despertar a ciência nas crianças,
e especialmente o setor espacial?
Parker: O estudo do espaço
é absolutamente fantástico, assim como o estudo do universo,
e todos têm que estudar isso,
mas é essencial fazermos com que os jovens
se interessem pela ciência e possam solucionar
alguns dos graves problemas, como energia e alimentação.
Na verdade, precisamos que eles se tornem cientistas
para estudar os problemas que temos na Terra também.
Nye: Exatamente. Fantástico.
Peter, agora é sua vez.
Você acha que a ciência fará os avanços necessários
sem a exploração espacial?
Smithers: Ela poderá obter alguns avanços.
Você tem razão.
Mas é como se tentássemos entender nosso planeta
dando uma volta no parque.
Precisamos ir ao espaço para entender completamente
os mistérios e as maravilhas do Universo.
Nye: Esplêndido, Frank,
você é ex-comandante da Estação Espacial.
Por que isso é tão importante para você?
Por que é importante a exploração espacial?
De Winne: Realmente, é vital.
Se olharmos para o passado,
qualquer período de avanço das sociedades
ocorreu porque elas começaram a explorar.
Com isso, elas adquiriram conhecimento
e novas experiências.
Temos muitos problemas aqui na Terra
e se quisermos solucionar esses problemas
e fazer a humanidade progredir, precisamos continuar explorando.
E, claro, a próxima fronteira é o espaço,
que é uma das áreas
em que temos muito o que explorar.
Nye: Muito bom!
Você consolidou minhas ideias.
Stefanie, você consegue lembrar
o que a atraiu,
por que você se interessou pela ciência e pelo espaço?
Countryman: Sim, sempre fui fascinada pela ciência,
desde que era criança.
Lembro de me interessar
principalmente pela natureza e pelos organismos vivos
e de tentar entender como eles funcionam.
Desde que comecei a trabalhar na BioServe, há 13 anos,
poder analisar esses organismos no espaço
tem sido uma oportunidade única.
Espero que outras pessoas tenham essa oportunidade.
Nye: E isso muda a pessoa. É fantástico.
Olha só, sou o CEO,
o Diretor Executivo da Planetary Society
há dois anos.
E sou um membro há 32 anos.
E estou muito animado com o que ocorrerá hoje.
Pessoal, teremos que encerrar neste momento
porque fiquei sabendo
que faremos contato com a EEI
em alguns instantes.
Ela está...
sobre o Atlântico agora.
Para quem tem curiosidade sobre fatos da EEI,
ela viaja a 28 mil quilômetros por hora.
São 470 quilômetros por minuto,
oito quilômetros por segundo.
É algo como 17.500 milhas por hora.
Dez vezes mais rápido que uma bala.
Espero que nossos satélites consigam acompanhar.
Ha ha!
Estou brincando.
Na verdade, eles viajam um pouco mais rápido.
Vamos contatar a EEI
e nossa astronauta Sunita Williams,
em cerca de 10 minutos.
Acho que podemos conhecer os experimentos vencedores
que estão neste momento cruzando o espaço.
Amr, você pode pegar
o experimento da aranha na estante?
Mohamed: Claro.
Nye: O que exatamente você desejava descobrir
com uma aranha enjaulada no espaço?
Mohamed: Eu queria descobrir os efeitos
que a microgravidade tem sobre aranhas saltadoras
quando elas caçam suas presas.
Escolhi esse habitat porque tem uma câmara
na qual a aranha pode ficar até que a caixa chegue
à Estação Espacial Internacional.
A câmara protege a aranha e...
Nye: Tem água... Mohamed: oferece tudo
que a aranha precisa para sobreviver.
Tem outra câmara para as moscas das frutas,
que escolhi como presas.
Nye: Ah! Mohamed: E...[risos]
Uma vez no espaço e pronto para começar,
o astronauta usa o sistema de êmbolo
para libertar as moscas. Nye: Ah, libertar. Certo.
Mohamed: para a câmara principal, e o experimento pode começar.
Nye: Vamos dar uma olhada em nossa amiga de oito patas.
Esta é a aranha-zebra,
zebra porque tem as listras no...
Mohamed: É a Salticus scenicus, a aranha-zebra.
Ela tem quatro pares de olhos grandes,
pernas curvadas, oito pernas curvadas
e fiandeiras. Nye: para fazer a seda.
Fiandeiras, isso. Mohamed: Para colar as teias.
Nye: Esses olhos, é uma característica especial.
Uau, são muitos olhos.
Mohamed: Os quatro pares de olhos
dão à aranha uma visão bastante ampla,
muito ampla.
Mais ampla que a visão humana.
Onde a presa estiver,
sempre estará no radar da aranha.
A aranha pode localizar a presa,
e os olhos são quase tão bons quanto os nossos.
Nye: E elas distinguem as cores. Mohamed: Sim.
Nye: Esta é uma representação.
A aranha visualiza a presa.
Uma pobre mosca da fruta. E o plano é...
Acho que a aranha vai saltar sobre ela, certo?
Mohamed: Aqui na Terra, a aranha pode se aproximar...
pode calcular a distância e ajustar a trajetória
para compensar a gravidade e pousar precisamente sobre a presa.
Nye: E o que é isso?
Mohamed: Antes de saltar a aranha tece uma linha
até a superfície de onde está saltando
porque se errar o salto
ela pode voltar pela linha e tentar novamente.
Nye: Em uma superfície é fácil,
mas se ela saltar de uma planta...
Mohamed: Sim, ou de uma flor. Nye: Isso.
Mohamed: Pode salvar a vida dela.
Nye: Temos então a representação
comparando o salto da aranha
com o salto em distância das Olimpíadas.
A aranha salta... não, esse é o saltador
que chega a 8,31 metros.
Oito metros...
Esse foi o salto da medalha de ouro.
É a distância de uns quatro corpos humanos.
Mas a aranha saltadora vai mais longe que isso,
em relação ao tamanho do corpo. Mohamed: Em termos de
tamanho do corpo, a aranha consegue saltar mais
do que quatro vezes o tamanho do corpo dela,
usando músculos especiais.
Nye: E sem a corrida inicial. Mohamed: Ela não precisa.
Nye: Então a ideia é que
você acha que a aranha precisará se adaptar
no espaço, certo?
Mohamed: Para sobreviver, ela precisará se adaptar,
porque na primeira tentativa,
a aranha foi... Nye: Longe demais.
Mohamed: Sim, ela vai compensar a gravidade,
como faz aqui na Terra,
vai errar o cálculo e continuar o salto.
Nye: A presa está aqui. Mas você acha que mais tarde
a aranha conseguirá se adaptar, correto?
Mohamed: Eu pensava que ela poderia morrer,
mas espero que consiga se adaptar.
Nye: É o que veremos. Mas olhem, pessoal.
Puxa vida, aranhas em uma estação espacial.
O roteiro está quase pronto.
Uau! [garotas rindo]
Você disse que esta é uma réplica fiel
da jaula da aranha?
Mohamed: Igual à do espaço.
Nye: O habitat da aranha.
Tudo está indo bem, mas não tem aranhas aqui.
Mohamed: Não tem? Onde elas estão?
Nye: Vocês viram isso? Viram isso?
Um pequeno passo para Amr,
um grande passo para as aranhas.
Está ótimo. Obrigado, está excelente.
Mohamed: Obrigado. Nye: Obrigado, Amr.
Muito bem, vamos ao outro experimento.
Dorothy, Sara,
o de vocês foi inspirado em um trabalho anterior
realizado pela NASA
na Estação Espacial Internacional
sobre a bactéria mais danosa ao nosso estômago,
salmonela.
Certo? Isso me dá arrepios.
Os astronautas acham que essas bactérias que foram ao espaço
e voltaram para a Terra
ficaram mais maléficas,
os cientistas chamam de mais virulentas
do que antes de partir.
Então, Sara e Dorothy,
como vocês pensaram nisso?
Qual foi a ideia? O que atrai vocês nisso?
Chen: O que queríamos descobrir
era que como a salmonela ficava
ainda mais perigosa no espaço, mais virulenta,
pensamos que se isso acontecia,
porque não melhorar uma bactéria "boa"
e torná-la mais virulenta
mas de forma benéfica aos humanos?
Então essas duas bactérias de um gene comum,
chamado gene HFQ, que... Nye: Nosso amigo HFQ.
Sim. Chen: E um bom amigo.
Nye: Você pode pegar o aparato ali na estante?
Chen: Claro. Ma: Sim.
Nye: Então vocês colocaram as bactérias
nesses tubos adaptados ao espaço, certo?
Chen: Certo. Colocamos na parte superior
e Sunita Williams, a astronauta,
ela abre e, quando estiverem no espaço,
as bactérias serão levadas à câmara inferior,
onde existem meios diferentes para elas crescerem.
Nye: Elas não devem se misturar antes de chegar lá.
Isso estragaria o experimento.
Ma: Sim, elas serão cultivadas no espaço.
Nye: Então essa é a aparência do bacilo subtilis.
Corrijam-me se eu estiver errado,
mas na realidade eles não são tão grandes, certo?
Chen: Certo. Ma: Não.
Nye: Então é de se pensar que,
se as bactérias se dividem em dois,
a divisão ocorrerá aqui como um cachorro quente.
Mas a divisão ocorre aqui, certo?
Chen: Certo. Nye: Elas se dividem dessa forma.
Elas me lembram do Cheetos.
E estamos na Inglaterra.
Aqui não são chamados Cheetos.
São chamados Wotsits.
Vocês diriam: Wotsit?
E eu diria que sim. [garotas rindo]
Quer um? Chen: Não gosto.
[risos]
Nye: Eu nunca, que eu saiba,
provei o Bacillus subtilis.
Mas esses aqui devem ter um gosto melhor.
A ideia é que as bactérias reproduzirão rapidamente?
São bactérias, então... Ma: Sim.
Nye: E quando estiverem no espaço,
Elas se dividem rapidamente.
Obtém-se duas, depois quatro,
depois 8, 16, 32, 64...
Obtém-se várias delas.
E de alguma forma vocês acham que
elas se reproduzirão melhor,
ficarão mais em forma, mais fortes,
ficarão mais animadas.
Chen: Sim.
Nye: Elas se multiplicarão dessa forma, rapidamente,
muitas, muitas delas.
Mas vocês acham que algo pode impedir isso?
Então vocês criaram um conjunto...
de tubos de ensaio. Ma: Sim.
Para controle, pensamos que
esse seria o crescimento normal do bacilo.
Nye: Aqui? Ma: Isso.
Nye: Esse seria o crescimento na Terra.
Ma: Sim, inalterado,
que seria o mesmo tubo de ensaio que o controle,
mas no espaço.
Nye: Este aqui. Ma: Sim.
Nye: E isso representa
poucas bactérias aqui, muitas mais aqui.
Ma: Sim. Nye: Então...
vocês misturaram algo a elas, certo?
Ma: Pensamos que como o íon de fosfato
reduz o crescimento
da virulência na salmonela...
Nye: Em outro experimento.
Ma: Sim, no experimento anterior.
Pensamos que sendo o mesmo gene,
o fosfato ajudará a conter o crescimento
na virulência do bacilo subtilis.
Nye: Dorothy, o que acontece com esse?
Chen: Acreditamos que o fertilizante...
ele tem íons de fosfato,
o fertilizante é feito disso,
mas também tem outras impuridades, outros elementos químicos
que são adicionados ao fertilizante.
Nye: Outros similares, como nitratos e fosfatos.
Chen: Achamos que eles podem interferir
e reduzir o crescimento ainda mais.
Nye: Pessoal, em alguns minutos
veremos o que aconteceu. Muito legal.
Vamos voltar ao Hangout,
Frank, se a hipótese estiver correta
significa que os resultados desses experimentos
facilitarão a presença de astronautas
no espaço por mais tempo, possibilitando ir
mais longe do que já se foi?
De Winne: Esperamos que sim.
Com certeza, essa é uma das ideias
que estamos analisando.
Hoje, estamos voando em volta da Terra,
mas queremos ir mais longe.
Queremos explorar, voltar à Lua,
chegar a Marte e sabe-se lá até onde iremos.
Mas existem muitas dúvidas
que precisaremos responder antes.
A parte interessante, é que
se conseguirmos responder a todas essas perguntas
essas questões científicas,
isso não ajudará apenas os astronautas
a ir mais longe, à Lua, a Marte,
mas também beneficiará
as pessoas aqui na Terra.
Essa é a parte realmente interessante
de tudo que está ligado à exploração espacial.
Nye: Muito interessante. Você já foi ao espaço, certo?
O que você nos conta?
De Winne: Ir ao espaço é incrível.
Primeiro, é possível flutuar,
mas assim como as aranhas, no começo
é preciso se adaptar, porque se mirar em algo,
provavelmente erramos o alvo.
E nosso cérebro humano consegue se adaptar.
Será interessante ver se as aranhas também conseguem.
E ver nosso... Nye: Quanto tempo levava...
Quando você estava no espaço
e tentava alcançar algo a alguém,
quanto tempo levava para fazer isso direito?
De Winne: Poucas vezes.
Não muitas,
porque nosso cérebro é muito desenvolvido
e somos uma espécie muito adaptável.
Será fascinante ver
como o cérebro ou os reflexos da aranha se adaptam.
Mas queria dizer que também é interessante,
quando se está no espaço, ver a Terra lá de cima.
Quando estamos lá, percebemos que,
bem, eu era um astronauta, viajava em uma espaçonave,
mas todos somos astronautas na espaçonave da Terra.
Obviamente, isso é importante.
Somos apenas uma pequena bola
neste vasto Universo. Nye: Sim, é espetacular.
É impressionante, e você já esteve lá.
Desculpe, Frank, mas precisamos continuar.
Fui informado
que conversaremos com seus colegas
na Estação Espacial Internacional em alguns instantes.
Muito obrigado. Vamos adiante.
Muito bem.
Vamos para o outro lado do laboratório,
para o esconderijo.
Vamos passar pela porta secreta.
Bem, não é secreta, está bem aqui.
Nada mal, hein?
Então, Becky, você foi uma jurada.
O que diferenciou os experimentos vencedores?
Parker: Bem, foram três coisas.
Se eles exploraram de forma original
as oportunidades de estar na microgravidade
Há aspectos muito rigorosos da ciência.
Eles demonstraram métodos científicos muito bons.
E também estavam muito animados.
Serão cientistas brilhantes no futuro,
porque se destacaram com projetos fantásticos.
Nye: Stefanie, estes são jovens cientistas,
mas os experimentos são válidos testar no espaço?
São tão bons quanto os outros experimentos
na Estação Espacial Internacional?
Countryman: Sim, são muito similares
aos experimentos científicos
que temos na estação espacial.
E eles tinham uma base científica
para serem conduzidos em ambiente de microgravidade,
então são bastante válidos
e dignos de serem realizados no espaço.
Nye: Excelente.
Pessoal, precisamos acabar por aqui
porque posso ver que
a EEI está cruzando a órbita
de nosso satélite de comunicação.
E mesmo não sendo astronauta,
eu tentei, posso dizer que
temos um laptop tão legal
quanto o que eles têm.
Vamos então ao Controle da Missão da NASA
para nos comunicarmos com a estação espacial.
Vejam essas pessoas.
Elas estão no Controle da Missão. [risos]
Imagino que estejam controlando a missão.
Estão pensando seriamente...
Vejam, estão sentados de forma relaxada.
A nave está viajando a 28 mil...
viajando a dez quilômetros por segundo.
"Ah, grande coisa!"
Oito quilômetros por segundo, dez vezes mais rápido que uma bala,
e eles não estão nem aí.
Então... [conversa no rádio inaudível]
Acho que conseguimos.
Houston? É Bill, de Londres.
Conseguem nos ouvir?
mulher: Estação Houston em dois. Estamos prontos para o evento.
Laboratório espacial do YouTube, aqui é Houston.
Chamar a estação para verificação de voz.
Nye: Estação, conseguem nos ouvir?
Sou Bill Nye na sede do YouTube em Londres.
Vocês nos ouvem?
Williams: Estamos ouvindo você
aqui na Estação Espacial Internacional.
Nye: Maravilha.
Williams: Como vai, Bill Nye, o homem-ciência?
Nye: Excelente.
Você está ótima. É muito empolgante.
Você pode confirmar para nós
que está de fato na estação espacial
e não está suspensa por fios em uma sala qualquer?
Acho que seu cabelo já diz tudo.
[risos]
[conversa de rádio inaudível]
Sim, está ótimo.
Williams: Precisaria de muitos fios
para deixar meu cabelo dessa forma.
Mas eu garanto, estamos no espaço.
Não acho que...
não sou uma ginasta, e na vida real
não conseguiria fazer isso.
Nye: Muito bom. [aplausos]
E você conseguiu fazer em câmera lenta.
Williams: Aqui eu consigo, ganharia uma nota 10.
Nye: Muito bom.
Eu agradeço por você reservar um tempo
Excelente, ela cravou a saída.
Obrigado por reservar um tempo em sua agenda.
Você tem muito que fazer aí.
Gostaria de apresentar algumas pessoas
que estão aqui comigo.
São os vencedores da competição do Laboratório espacial do YouTube.
Temos Dorothy, Sara e Amr.
Saudações, pessoal.
Saudações, saudações.
Sunny,
você vem trabalhando nos experimentos deles?
Williams: Estou animada por estar aqui com vocês.
Fiquei feliz de conhecê-los em Washington,
e parabéns.
Deve ter sido um turbilhão para vocês,
desde aquela época, espero que estejam se divertindo.
Estamos curtindo seus experimentos aqui.
Obrigado.
Nye: Você parece estar confortável,
deixou o microfone de lado.
Muito bom.
Ou deixou o microfone em cima?
Ou onde fica em cima?
Como são os dias?
Parece que vocês sempre estão ocupados.
Williams: Cada dia é diferente.
Estamos sempre ocupados.
Temos um dia de trabalho normal, como o de vocês.
Nos levantamos às 6h
e tentamos dormir às 22h,
mas cada dia é uma novidade. Fazemos experimentos científicos,
nos exercitamos, fazemos trabalhos fora da estação,
outros trabalhos em robótica.
Acabamos de lançar o HTV,
o módulo japonês que estava aqui e partiu ontem.
Sempre tem algo.
Mas cada dia é diferente.
É espetacular.
Nye: Trabalhar fora da estação, lançar módulos japoneses,
fazer descobertas científicas, isso faz parte da rotina.
Mas vocês também precisam fazer outras coisas,
como lavar roupas e pratos e coisas dessa natureza?
Williams: Bem, por sorte,
a maior parte de nossa comida está em recipientes,
e jogamos quase tudo fora.
Então, não precisamos lavar os pratos.
Para falar a verdade, os pratos não funcionariam
aqui no espaço, apenas comemos a comida
direto desses recipientes,
então não precisamos disso.
Nye: Que tipo de comida vocês comem?
Williams: E também não há muita sujeira aqui,
nossas roupas não sujam, em geral.
Nye: Que tipo de comida vocês comem?
O atraso é por causa da velocidade da luz.
Williams: Temos vários tipos de comida,
o que é ótimo. Neste...
[eco da fala de Nye]
[risos]
Neste recipiente tem fajitas de carne,
que geralmente comemos com tortilhas
porque pão deixa migalhas e causa uma confusão,
fica preso no cabelo.
Bastante comida preservada,
ou devo dizer, desidratada.
Temos uma máquina para isso.
Isso é couve-flor, também temos espinafre,
já que minha mãe está assistindo
e quer ter certeza que estou comendo vegetais.
[risos]
Também temos comidas enlatadas
e, claro, balas
e outras variedades,
assim como na Terra,
Nye: Parece...
Parece delicioso. E os experimentos?
Pode nos mostrar os experimentos?
Ah.
[risos]
Williams: Claro. Acho que...
Você está falando dos experimentos
que esse pessoal enviou para cá, certo?
O experimento de Amr... Nye: Isso.
Williams: E o de Dorothy e Sara.
Eles estão aqui comigo.
Estão aqui no espaço.
Esta é uma lacuna.
Este é o de Dorothy e Sara.
Ele mostra uma pequena mudança de cor
de quando foi lançado.
Antes era um pouco mais avermelhado
e depois nós misturamos no experimento da lacuna.
Com o corante,
elas modificaram, indicando que
houve um crescimento.
Mas temos que esperar
até o regresso à Terra na Space X,
que ocorrerá no final de outubro.
Nye: É aí que o corante,
que se modifica com a acidez
à medida que as bactérias metabolizam... Uau!
À medida que metabolizam, elas trocam de cor.
Alguma pergunta para ela?
Williams: Exato. E o outro experimento.
Nye: Desculpa.
Williams: Acho que...
O outro experimento, acho que vocês
vão querer olhar, se conseguirmos
focalizar a câmera.
É nossa pequena Nefertiti.
Vamos tentar vê-la com foco.
Nye: Muito bonita. Williams: Conseguem vê-la?
Nye: Sim, está em foco.
Vejo muitas moscas mortas.
Williams: Ela é assustadora.
Ela está comendo bem.
[risos]
Nye: Amr, tem alguma pergunta
sobre sua aranha?
Mohamed: Sim, tenho uma.
Vejo muitas moscas mortas
penduradas nas linhas de seda.
Você conseguiu vê-la saltando?
Williams: Sim.
Ela estava no CGBA...
quer dizer, no habitat dela
e também no compartimento
onde o pessoal do carregamento conseguiu filmá-la
é esse recipiente aqui.
Mas às vezes
eu pegava ela e a Cleópatra
e as alimentava, abrindo os êmbolos
e liberando as moscas.
Um dia, eu fiz isso,
e a luz estava acesa, desta forma,
porque, como sabem, elas caçam durante o dia.
Eu quis dar uma olhada nela.
E a vi espreitando uma mosca,
sem que a mosca percebesse.
Ela estava olhando e se aproximando
e, de repente, ela saltou sobre a mosca.
Foi incrível,
e acho que as aranhas se adaptam ao espaço.
Foi incrível de assistir.
Nye: Uau. Então quer dizer...
Estou vendo que está impressionada.
Foi muito legal.
E a aranha conseguiu se adaptar,
bem como você disse, Amr.
Sara, Dorothy,
vocês têm uma pergunta?
Chen: Sim. Oi, Sunny.
Você consegue ver diferenças
no tom de amarelo de cada tubo de ensaio
para mostrar o quanto
nossas bactérias cresceram, dependendo do meio?
[risos]
Williams: Desculpa, pode repetir a pergunta
mais uma vez? Chen: Existem
Ma: Tons diferentes de amarelo.
Você consegue ver as variações
ou estão todos da mesma cor?
Williams: Não, estão todos diferentes.
Tenho aqui o número cinco.
Mas todos têm uma pequena variação de cor.
Este aqui está laranja,
alguns têm uma cor mais clara,
e outros estão mais avermelhados.
Sim, há variações.
Eu não sabia...
Queria saber sobre os pontos de referência
que vocês escolheram, porque não sabia
porque eles tinham cores diferentes,
e percebi isso na primeira vez que os analisei
quando tirei as fotos,
que estavam diferentes.
Tinham cores diferentes. Vocês terão
resultados interessantes na volta desses tubos.
Eles estão sendo mantidos
a quatro graus nessa câmara
e ficarão preservados
até voltar para a Terra.
Ma: Isso é ótimo.
Nye: É o que vocês previam, certo?
Ma: É. Chen: Sim.
Nye: Nada mal, meninas. garotas: Sim.
Nye: Muito bem, vocês...
os dois experimentos
alcançaram o que vocês previram.
Sunny, você faz parte disso
e somos muito agradecidos. Chen: Obrigado.
Ma: Muito obrigado.
Nye: E não é apenas este pessoal
que tem perguntas,
e obrigado por respondê-las, mas temos outras perguntas
dos colegas desse pessoal em Michigan, nos EUA.
Lá vamos nós.
menina: Oi, Dorothy e Sara.
outra menina: E para todos no estúdio.
mulher: Estamos em Troy, Michigan
e temos uma pergunta para Sunny.
rapaz: As Olimpíadas já aconteceram,
mas queríamos saber se elas afetaram as relações internacionais
quando vocês descobriam quem ganhava as medalhas.
[risos]
Williams: Boa pergunta.
Na verdade,
vemos TV com atraso aqui,
quando recebemos o sinal
que chamamos de K.U.
E durante as Olimpíadas,
assistíamos aos melhores momentos
durante o jantar, e era muito bom.
Como grupo, nos reuníamos
para assistir às Olimpíadas
e acho que foi algo que nos uniu,
já que torcíamos pelas equipes dos colegas.
Quando o ***ão vencia,
ou quando a Rússia vencia,
todos nós ficávamos felizes.
E isso é muito bom
para as relações internacionais.
Não era algo ruim.
Estávamos apoiando uns aos outros
e pudemos conhecer os atletas de outros países
por meio de nossos colegas a bordo.
Foi divertido.
Nye: Isso é ótimo.
É excelente, porque nossa próxima pergunta
vem de alguém que ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas
o atleta que, na competição com as aranhas,
saltou mais longe, Greg Rutherford.
Greg.
Rutherford: Oi, Sunny. Greg Rutherford aqui.
Queria fazer uma pergunta.
Se a aranha de Amr tivesse meu tamanho,
ela pularia mais longe do que eu na Terra.
Mas ela pularia mais do que eu no espaço?
Nye: Bem, cortamos Stefanie
Agora sim, aí está ela.
Williams: Acho que, considerando a ***,
você conseguiria pular mais longe.
[risos] Nye: Muito bom.
É bom saber.
Nossa próxima pergunta vem do diretor de voo
da missão Mars Curiosity Rover,
Bobak Ferdowski, o homem mohawk.
Bobak.
Ferdowski: Aqui no laboratório de propulsão a jato,
trabalhamos em missões de robôs.
O que queremos saber é
como podemos melhorar as missões de robôs
para ajudar a exploração humana?
Williams: É uma pergunta excelente,
porque algumas pessoas pensam
que viagens espaciais de robôs e de humanos
estão em disputa.
Existe uma certa competição.
Mas acho que os robôs são importantíssimos,
porque eles darão o primeiro passo
quando não tivermos criado a tecnologia necessária
para que os humanos possam tomar a frente.
E assim que os humanos chegarem lá,
os robôs poderão fazer tarefas repetitivas
para que possamos seguir avançando na exploração.
Acho que os robôs e os humanos podem se ajudar
e alternar os avanços para que possamos ir adiante
e conhecer mais sobre o nosso universo.
Acho que robôs e humanos viajando juntos pelo espaço
é uma combinação perfeita.
Nye: Fantástico.
Como CEO da Planetary Society,
isso é algo que defendemos.
Fico feliz por você pensar assim.
Excelente. Vamos mudar o mundo.
Isso é ótimo, mas temos perguntas
de nossos espectadores de todo o mundo.
Vamos começar com Pecka Ulala:
"Qual é a coisa mais bonita que você viu no espaço?"
Qual a maior inspiração que você já teve?
Williams: Algo que nos dá uma aula de humildade
é quando olhamos pela janela
e vemos a Aurora Boreal
ou as luzes no hemisfério sul.
É incrível, e realmente nos faz perceber
que somos...
que a energia no universo é impressionante
e maior do que podemos imaginar.
E há muito mais para descobrir.
E também ao olhar para nosso planeta.
É lindo.
É azul, verde, roxo.
As nuvens se formando, o gelo se formando.
É espetacular.
E já disse isso outras vezes.
Queria que todos pudessem dar uma volta ao redor da Terra,
para que apreciassem mais nosso planeta
e as pessoas que vivem nele.
É tão calmo e lindo.
Nye: Muito bom,
Você é nossa embaixatriz, nossa mulher no espaço.
Obrigado.
Temos outra pergunta, de Kaden,
ou Kayden Cuchera.
"É incomodo para você ficar em um local tão pequeno,
em uma área tão confinada aí em cima?"
Williams: Claro que não. Este lugar é ótimo,
eu estive aqui quando era um pouco menor
e havia apenas três pessoas.
Agora, temos seis, mas também temos mais de 10 módulos.
E temos vários compartimentos,
da frente da espaçonave
até a traseira, onde ficam os russos.
É como uma casa de cinco andares.
Há janelas para olharmos.
Tudo aqui no espaço é mais divertido.
Limpar é divertido, e não cansamos de ficar aqui dentro
porque sempre temos muito o que fazer.
E às vezes vamos lá fora também.
Isso também é divertido.
E nunca me canso de ficar aqui.
É ótimo. Nye: Que legal.
Temos outra pergunta de Broyanna Henderson.
"Quanto tempo demora o treinamento?
Quanto tempo durou a preparação
e o que você teve que fazer para se preparar?
Williams: É uma boa pergunta.
As pessoas não percebem
que a EEI é grande
e tem muitas coisas.
Não temos eletricistas nem encanadores
e técnicos em informática aqui em cima.
Fazemos de tudo.
O treinamento dura dois anos e meio
e consiste em conhecer os segmentos, ou módulos,
americanos, o japonês,
o europeu, o russo.
Viajamos bastante pelo mundo,
aprendendo russo
porque viajamos no Soyuz russo.
Aprendemos como funciona aquela espaçonave.
O treinamento é extensivo em relação às habilidades
para que possamos fazer de tudo,
serviços de encanamento, elétricos e científicos.
São muitas habilidades. Dura dois anos e meio,
mas é bastante divertido.
É quando conhecemos a equipe,
já que treinamos todos juntos.
Nye: Em relação a conhecer a equipe,
acho que todos viram...
alguém passou voando por você.
Quem era?
Williams: Era o Aki.
Ele representa
a agência espacial japonesa aqui.
Ele, eu e Yuti Malenchenko
da agência espacial russa viajamos no Soyuz.
Quem também está aqui em outro Soyuz,
em preparação para voltar no domingo
é Joe Acaba, também americano
e dois russos, Gennady Padalka
e Sergei Revin.
Temos uma variedade de pessoas.
E no mês que vem outro Soyuz virá
com outro americano e dois russos.
Está bem movimentado aqui com aeronaves indo e vindo
e pessoas chegando e partindo.
É um laboratório. Trabalhamos aqui
então vocês verão pessoas passando.
Nye: Mas eles se movem de forma incrível.
Estão todos voando. É muito legal.
Temos outra pergunta de nossa mídia social.
É de Douglas Martin.
"Que aparência tem a Sírius
quando você está aí, perto da estrela?"
A estrela Sírius.
E que aparência têm as estrelas, em geral?
Williams: É uma pergunta interessante.
Estamos a apenas 250 milhas,
400 quilômetros acima da Terra.
Pensando assim,
não estamos tão longe da superfície da Terra,
se considerarmos a distância
de outros planetas e estrelas.
O tamanho é o mesmo do visto na Terra.
Mas sem a atmosfera, o Universo é mais claro.
Podemos ver a versão 3D
da escuridão que tem aqui.
Não é como um lençol ***.
É como uma vastidão contínua.
As estrelas também são mais claras
e mais brilhantes,
e vemos tamanhos diferentes de estrelas
assim como na Terra.
Algumas são maiores, outras são menores.
Mas são mais claras
e, à noite,
são milhões e milhões de estrelas
Como em um lugar sem poluição
e com um dia de céu limpo.
É lindo.
Nye: Impressionante. Pessoal...
vocês têm outros comentários?
Mohamed: Eu... Nye: Ela está bem aqui.
Ou lá. Ma: Sim.
Mohamed: Tenho uma pergunta.
Quantas vezes você vê o sol nascer em um dia?
Em 24 horas...
Williams: A cada 24 horas, damos a volta ao mundo 16 vezes.
O sol nasce e se põe 16 vezes.
Temos uma janela aqui no laboratório,
mas estamos tirando algumas fotos,
por isso cobrimos com uma toalha
para não estragar as fotos.
A cúpula é ali do lado,
e quando estamos na academia,
quando estamos nos exercitando,
podemos ver o sol nascer acima de nós.
Mas quando estamos lá fora
é que podemos sentir a diferença.
O aquecimento e resfriamento de quando o sol aparece
e quando está escuro é inacreditável.
Antes de o sol brilhar
já é possível sentir o calor que é gerado sobre nós.
É impressionante, o vácuo do espaço
a quantidade de calor que é gerada
e como o sol modifica tudo. Nye: Fantástico.
E devemos lembrar, não é mágica,
é ciência! Muito bom, Sunny.
Muito obrigado.
Parece que perderemos o sinal.
Nossos satélites perderão contato.
Algum comentário final para os vencedores?
Para Dorothy, Sara e Amr. Obrigado novamente.
Williams: Bem, parabéns a vocês.
Seus experimentos são incríveis.
Sei que tivemos outros milhares de participantes
no concurso, ou devo dizer,
uma reunião de futuros cientistas.
Obrigado a todos que participaram.
Vocês tornaram este concurso um sucesso.
Ficamos honrados de participar.
Obrigado. Nye: Obrigado, Sunny.
Excelente. Muito obrigado.
Deixaremos que volte ao trabalho.
Não foi incrível?
Ela está no espaço, pessoal!
Obrigado ao Controle da Missão. Muito obrigado.
Deixaremos que vocês também voltem ao trabalho.
Não foi demais?
[risos] Chen: Ela está...
Nye: É rotineiro. Puxa, sensacional.
Tentei fazer isso, mas é difícil para mim.
Não sei vocês,
mas esse foi meu primeiro contato ao vivo com um astronauta.
Para vocês foi só mais um dia de trabalho, certo?
[risos]
Incrível. Ma: Não é bem assim.
Nye: E como se sentem? Seus experimentos estão lá.
Ma: É estranho.
Vimos o protótipo do
recipiente das bactérias, e agora
está nas mãos dela. É algo surreal.
Chen: Ver o experimento em ação é indescritível.
Ma: Isso mesmo. Nye: Muito bom.
Mohamed: É uma grande honra.
Os melhores cientistas e astronautas
são os que trabalham na EEI
e é uma honra ver meu experimento lá.
Nye: Isso nos leva a algo.
Stefanie, se estiver aí, quanto trabalho é necessário?
Esses estudantes tiveram uma ideia,
mas é preciso levá-las até a estação espacial.
Qual a dificuldade de se fazer isso?
Countryman: É um processo muito complexo
criar um experimento para ser realizado na estação.
Criar o equipamento e dar suporte a um organismo vivo,
que vive em um ambiente externo,
vive em um ambiente o mais natural possível.
Eles vão viver em um ambiente que não é natural.
e criar o equipamento é complicado.
Também é preciso treinar a equipe
e atender aos requisitos de segurança
para que os astronautas fiquem seguros
ao conduzirem o experimento.
É um processo bastante complicado,
mas empolgante.
Nye: E você conseguiu. Pudemos ver os experimentos,
estão funcionando como você planejou.
Fantástico.
Vamos passar ao Peter.
Peter, você pensa em reunir um monte de aranhas
e se tornar um astronauta?
Smithers: Seria ótimo
ser um astronauta aracnídeo.
Devo admitir que é tentador.
Mas eu confesso,
a comida não parece apetitosa.
[risos] Essa eu não vou querer.
Nye: Mas quando se refere à comida,
fala da comida que Sunny mostrou
ou... a comida das aranhas?
Estou brincando.
Quer dizer, mais ou menos.
Becky, você espera que este concurso
atraia mais pessoas?
Mais jovens, principalmente,
que desejem apoiar a exploração espacial?
Parker: É inspirador
ter os experimentos desse jovens
lá em cima e funcionando.
Com certeza atrairá mais pessoas,
e precisamos de mais oportunidades para nossos estudantes
fazerem experimentos no espaço.
É isso que precisamos para inspirar mais pessoas
a serem cientistas.
Nye: Becky, você precisa se animar
e nos mostrar seu entusiasmo.
Não, foi incrível.
Frank?
Frank, enquanto está aí,
qual o próximo passo da exploração espacial?
O que você imagina?
De Winne: Na exploração espacial,
há algumas coisas que precisamos fazer.
Primeiro, precisamos nos afastar da Terra.
Precisamos voltar à Lua, a Marte
e, é claro, sei que
isso exigirá muitos recursos.
Por isso, precisamos reunir o mundo.
Temos uma Estação Espacial Internacional,
mas muitas nações no mundo
ainda não participam da exploração espacial,
e também precisamos integrá-los.
É desejo da agência espacial europeia
trazer mais nações
a este mundo magnífico da exploração espacial,
da ciência, da inspiração de jovens
para levar nosso planeta adiante.
Nye: Fantástico.
O espaço extrai o melhor de nós.
Aumenta nossas expectativas em relação a todo mundo.
Torna os humanos dignos de um lugar no espaço.
É fantástico. Obrigado a todos vocês.
Obrigado pela participação.
Este é o final de nossa transmissão ao vivo.
Temos tempo apenas
para agradecer Sunny, nossa astronauta,
NASA, Space Adventures,
JAXA, a agência de exploração aeroespacial japonesa,
ESA, a Agência Espacial Europeia,
Lenovo e, claro, todos vocês por assistirem
e por enviarem seus vídeos e ideias para o concurso.
O Laboratório espacial não termina hoje.
Com o YouTube para escolas, sua escola pode se inscrever
para acessar o Laboratório espacial, bem como milhares de vídeos
educacionais gratuitos e de alta qualidade no YouTube.
Siga o link no canal para saber mais.
Queremos tornar o local on-line
para ficar ligado no mundo da ciência.
Por isso, não deixe de acessar.
Vamos terminar por aqui
com nosso tributo a uma lenda.
Sei que todos já sabem,
a ciência e a exploração espacial perderam recentemente um ícone.
Eu estava de joelhos aos 13 anos,
olhando uma TV em preto e branco,
e hoje sou o CEO da Planetary Society.
E tudo começou com um cara que,
no dia 20 de julho de 1969,
com um pequeno passo para um homem,
mudou a forma como olhamos nosso lugar no espaço.
Aquilo nos mudou para sempre.
Então, obrigado por assistir.
Sou Bill Nye, e até a próxima
no Laboratório espacial do YouTube.
Armstrong: É um pequeno passo para um homem,
mas um grande salto para a humanidade.
Viemos em paz para toda a humanidade.