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Bom, eu acho que você não é culpado então.
Por quê você diz isso?
Sabe, eu já levei um monte de gente até a prisão. Deus sabe quantos. Normalmente eu escuto dizerem "Não fui eu."
E o que você diz?
Eu digo "É, eu sei que não foi você."
Eu segui seu caso por um tempinho, você sendo de Macon e tudo mais.
Você é de Macon então.
Sim. Eu vim para Atlanta para ser um policial nos anos 70. Sempre quis trabalhar num caso de assassinato.
Esse tipo de coisa que você se meteu, com todo respeito.
É uma pena, isso sim.
Diabos, minha família era cliente da drogaria de vocês no centro da cidade. Ainda está lá?
-Com certeza. -Bom.
Eu tenho um sobrinho na UGA, você deu aulas lá por quanto tempo?
Este é o meu Sexto Ano.
Conheceu sua esposa em Atenas?
Quer saber o que eu acho?
Claro.
Apesar de tudo, pode ser que você tenha apenas se casado com a mulher errada.
Eu estava levando esse cara uma vez, ele foi o pior de todos. Ele não parava de insistir que não fez nada.
Ele era de certa idade. Grande, olhos suaves por trás de óculos enormes, e ele esperando aí atrás, dizendo que não foi ele.
Chorando, cheio de lágrimas, bem aí onde você está sentado.
Então depois de um tempo ele começou a chutar a poltrona como um bebê agitado no avião.
E eu digo para ele parar, que isso é propriedade do governo e que eu seria forçado a eletrocutar ele caso continua-se.
Então ele para, e vendo que está sem opções, ele começa a chorar pela mãe. "Mamãe, é tudo um mal entendido! Não fui eu!"
Cara...
Cara?! Nem chega perto! Eles pegaram ele no flagra! Esfaqueando a esposa. Fatiando ela enquanto os garotos chegaram.
Ele senta no meu carro gritando de mãos sujas que não foi ele! Eu acho que ele acreditava mesmo nisso.
Isso nos amostra que as pessoas ficam loucas quando acreditam que suas vidas acabou.
Eu tenho outra boa para você. Essa é menos depressiva e mais engraçada se é que eu posso dizer [...]
CUIDADO!
(Gritos ao fundo)
Arg... Aí... Merda.
Sede...
Putz, minha perna.
Por que diabos ele precisou tirar a arma?
Ei! Ei oficial! Você está bem?! Eu ainda estou algemado aqui atrás!
A espingarda do policial está ali.
Parece vazia. Será mais fácil de carregar ela sem essas algemas.
Merda...
(Grunhidos)
Oficial?
Ah! Merda!
Mas que Diabos?!
Se afaste de mim!
MERDA!
Onde diabos tá você?!
Não me faça atirar...
SOCORRO! Vá buscar alguém! Tev- Teve um tiroteio!
(Tiros)
Olá? Alguém?
Olá? Alguém em casa? Eu preciso de uma ajudinha.
Estou entrando. Não atirem, Ok?
Ah, merda. Olá? Não sou um intruso... ou um DELES.
Essa gente talvez precise de mais ajuda do que eu.
Hum... A Casa do Pântano. Isso é um código de área para Savannah. Mas esse é o tipo de anotação que se deixa para uma babá...
Três novas mensagens. Mensagem Um. Deixada às 17:43.
Oi, Sandra, aqui é Diana. Nós ainda estamos em Savannah. Ed teve um pequeno "incidente" com um maluco perto do hotel.
Então tivemos que voltar pra UTI e fazer check-up. De qualquer forma, ele não está se sentindo muito bem para dirigir hoje,
Então nós vamos ficar mais um dia. Muito obrigada por tomar conta de Clementine, e prometo que voltaremos antes que a
sua primavera acabe.
Mensagem Dois. Deixada às 23:19.
Aí meu Deus, finalmente! Eu não sei se você tentou nos telefonar; todas as ligações tão caindo. Não estão deixando agente sair
e não estão contando nada sobre Atlanta. Por favor, por favor, apenas saia da cidade e leve Clementine com você para
Marietta. Eu tenho que voltar ao hospital. Por favor me deixe saber que vocês estão segura.
Mensagem Três. Deixada às 06:51.
Clementine? Querida, se você estiver ouvindo isso, chame a polícia. É 1-9-0. Nós te amamos, nós te amamos, nós te a--
Papai?
-Olá? -Você precisa ficar quieto.
- Quem está falando? - Eu sou Clementine. Essa é a minha casa.
- Oi, Clementine. Eu sou Lee. - Você não é o meu pai.
Não, eu não sou.
- Quantos anos você tem? - Oito.
- E você está sozinha? - Sim, eu não sei onde está todo mundo.
- Quantos anos você tem? - Eu tenho... 37. - Ok.
- Onde estão seus pais? - Eles viajaram e me deixaram com Sandra. Estão em Savannah, eu acho. Onde estão os navios.
- Você está segura? - Estou do lado de fora da minha casa na árvore. Eles não conseguem subir aqui.
- Isso é inteligente. - Vê? Você consegue me ver? Eu consigo ver você pela janela.
Aqui...
Cara...
E aí.
Você a matou?
Eu acho que alguma coisa sim. Antes de mim, eu acho...
Eu escutei ela gritar duas noites atrás. Talvez um dos monstros pegou ela.
Dois dias atrás? É, provavelmente isso que aconteceu.
Você passou por tudo isso, sozinha?
Sim. Eu quero que meus pais voltem logo para casa.
Eu acho que isso pode demorar, sabe?
Olha, eu não sei o que aconteceu. Mas eu vou tomar conta de você até lá.
O que devemos fazer agora?
Precisamos encontrar ajuda antes que anoiteça.
É, não é seguro de noite.
Vamos. Fique perto de mim.
Caaara... nunca vou voltar pra casa de mãe desse jeito.
- Que merda. - Ah, é noite de comida quente.