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Oh, Fortuna
�s como a Lua
Mut�vel
Sempre aumentas e diminuis
a detest�vel vida
Ora escurece e ora clareia
por brincadeira a mente
Mis�ria, poder
ela os funde como gelo.
Sorte monstruosa e vazia
Tu - Roda Vol�vel -
�s m�, v� � a felicidade
Sempre dissol�vel
nebulosa e velada
Tamb�m a mim contagias
Agora por brincadeira o dorso nu
entrego � tua perversidade.
A sorte na sa�de e virtude
agora me � contr�ria.
D� e tira
Mantendo sempre escravizado.
Nesta hora sem demora
Tange a corda vibrante
Porque a sorte abate o forte
Chorais todos comigo!
Choro as feridas da fortuna
com os olhos r�tilos
pois o que me deu
ela perversamente me toma.
O que se l� � verdade:
Esta bela cabeleira
quando se quer tomar
calva se mostra
O que se l� � verdade:
Esta bela cabeleira
quando se quer tomar
calva se mostra
No trono da Fortuna
sentava-me no alto
Coroado por multicores
flores da prosperidade
Mas por mais prospero que eu tenha sido
Feliz e aben�oado
do pin�culo agora despenquei
privado da gl�ria.
Mas por mais prospero que eu tenha sido
feliz e aben�oado
do pin�culo agora despenquei
privado da gl�ria.
A roda da Fortuna girou:
Des�o aviltado
Um outro foi guindado ao alto
desmesuradamente exaltado
O rei senta-se no v�rtice -
Precavenha-se contra a ru�na!
Porque no eixo se l�
Rainha H�cuba.
O rei senta-se no v�rtice -
Precavenha-se contra a ru�na!
Porque no eixo se l�
Rainha H�cuba.
A alegre face da primavera
volta-se para o mundo
O rigoroso inverno
j� foge vencido.
Com sua colorida vestimenta
Flora preside
docemente o bosque
em cantos a celebra.
Ah!
Estendido no rega�o de Flora
Febo mais um vez
sorri, agora coberto
de flores multicores.
Z�firo respira
seu suave odor
Aceitemos o desafio
corramos ao amor.
Ah!
Toca em c�tara um c�ntico
o doce rouxinol
J� riem
as luminosas clareiras floridas
Saem os p�ssaros em revoada
dos bosques encantadores
e o coro das donzelas
anuncia del�cias mil.
Ah!
O sol a tudo esquenta puro e suave
Novamente revela ao mundo a face de Abril
Para o amor � impelida a alma do homem
E jovial impera o deus-menino.
Toda essa renova��o na gloriosa esta��o
E por ordem da primavera leva-nos a rejubilar
Abre-te os caminhos conhecidos e em tua renova��o
� justo e correto que desfrutes do que � teu.
Ama-me fielmente! V� como sou fiel:
Com todo o meu cora��o e com toda a minha alma
Estou contigo mesmo quando distante.
Quem quer que ame assim gira a roda.
Eis a cara
Eis a cara e desejada
primavera que traz de volta a alegria:
Eis a cara e desejada
primavera que traz de volta a alegria:
Flores p�rpuras cobrem os prados
O sol a tudo ilumina.
J� se dissipam as tristezas!
J� se dissipam as tristezas!
Retorna o ver�o, agora fogem
os rigores do inverno.
Ah!
J� se liq�efazem
J� se liq�efazem e desaparecem
o gelo, neve, etc...
J� se liq�efazem e desaparecem
o gelo, neve, etc...
A bruma foge, e a primavera suga
o seio do ver�o
� de lamentar-se, aquele que n�o vive nem se entrega
� de lamentar-se, aquele que n�o vive nem se entrega
Aquele que n�o vive nem se entrega
� doce lei do ver�o.
Ah!
Que provem gl�ria
Que provem gl�ria felicidade
doce como o mel
Que provem gl�ria felicidade
doce como o mel
Aqueles que ousam aspirar
ao pr�mio de Cupido
Sob o comando de V�nus glorifiquemos e rejubilemo-nos a exemplo de P�ris.
Sob o comando de V�nus glorifiquemos e rejubilemo-nos a exemplo de P�ris.
Glorifiquemos e rejubilemo-nos glorifiquemos e rejubilemo-nos
a exemplo de P�ris.
Ah!
Cobre-se o nobre bosque
Cobre-se o nobre bosque
de flores, de flores, de flores
e...
De folhas
de folhas, de folhas.
Onde est� meu antigo
Meu antigo companheiro?
Onde est� meu antigo
Meu antigo companheiro?
Ah!
Ele cavalgou para longe!
Ele cavalgou para longe!
Eia...
Eia...
Oh, quem ir� me amar?
Ah!
Floresce, floresce floresce o bosque por toda parte
floresce o bosque por toda parte
Por meu companheiro. Por meu companheiro.
Por meu companheiro eu estou
Eu estou...
Eu estou ansiando, ansiando, ansiando
O bosque verdeja
em toda parte
Por que meu companheiro
demora tanto?
Ah!
Ele cavalgou para longe para longe, para longe
para longe, longe
Eia, Eia
Oh, quem ir� me amar?
Ah!
Mercador, d�-me as cores
para avermelhar minhas faces
de modo que eu possa fazer os jovens
me amarem irresistivelmente.
Olhem para mim, rapazes!
Deixem-me seduzi-los!
Olhem para mim, rapazes!
Deixem-me seduzi-los!
Bons homens, amem
as mulheres carentes de amor!
O amor enobrecer� seus esp�ritos.
e lhes trar� honra
Olhem para mim, rapazes!
Deixem-me seduzi-los!
Olhem para mim, rapazes!
Deixem-me seduzi-los!
Salve, mundo
t�o rico de alegrias!
Ser-te-ei obediente
pelos prazeres que me permites
Olhem para mim, rapazes!
Deixem-me seduzi-los!
Olhem para mim, rapazes!
Deixem-me seduzi-los!
Aquelas que ali giram em roda Aquelas que ali giram em roda
S�o todas donzelas S�o todas donzelas
Elas n�o querem ficar sem um amor Elas n�o querem ficar sem um amor
Ao longo, ao longo, ao longo
ao longo de todo o ver�o.
Ah! Sla!
Vem, vem, meu amor
Eu suspiro por ti
Eu suspiro por ti
Vem, vem, meu amor.
Doces l�bios rosados
venham e fa�am-me sadia
venham e fa�am-me sadia
Doces l�bios rosados
Aquelas que ali giram em roda Aquelas que ali giram em roda
S�o todas donzelas S�o todas donzelas
Elas n�o querem ficar sem um amor Elas n�o querem ficar sem um amor
Ao longo, ao longo, ao longo
ao longo de todo o ver�o.
Ah! Sla!
Se todo o mundo fosse meu
Do mar at� o Reno
Eu a ele renunciaria
Eu a ele renunciaria
se a Rainha da Inglaterra
da Inglaterra
tivesse...
em meus bra�os.
Hei!
Queimando por dentro com veemente ira, na amargura, falei para min mesmo:
Feito de mat�ria, da cinza dos elementos
sou como a folha com quem brincam os ventos.
Se � este o caminho do homem s�bio construir sobre a pedra as funda��es
Ent�o sou um louco compar�vel ao rio que corre em seu curso e nunca se altera
Sou levado como um navio sem piloto
como atrav�s do ar um p�ssaro a deriva
Nenhum vinculo me prende
Nenhuma chave me aprisiona
Busco meus semelhantes
e me junto aos insensatos.
Meu cora��o pesado � um fardo para mim
O divertir-se � agrad�vel e mais doce que o favo de mel
onde quer que V�nus impere
o trabalho suave
Ela nunca habita
em cora��es indolentes
Meu caminho � amplo como o quer minha juventude
Entrego-me aos meus v�cios esquecido das virtudes
Mais �vido de vol�pia
do que de salva��o
morta minh'alma
s� minha pele me importa.
Outrora
morei no lago
Outrora
fui belo
quando um cisne
Eu
era.
Ai de mim, ai de mim!
Agora ***
e bem tostado
Gira e
regira o assador
A pira me queima
violentamente
O criado, agora
me serve
Ai de mim, ai de mim!
Agora ***
e bem tostado
Agora numa bandeja
estou
e voar
n�o posso
Dentes a ranger
eu vejo
Ai de mim, ai de mim!
Agora ***
e bem tostado
Eu
Eu
Eu sou o abade, sou o abade
Sou o abade Cucaniensis
Meu concilio � com os bebedores
e quero pertencer � seita de D�cio
E quem me procurar de manh� na taberna
a noite ser� deixado nu
E assim despojado de suas vestes
E assim despojado de suas vestes gritar�:
A� de mim!
A� de mim!
A� de mim!
A� de mim!
que fizestes, � execr�vel sorte?
Ai de mim! Ai de mim! Ai de mim!
As alegrias de nossa vida
roubaste todas!
Ai de mim! Ai de mim! Ai de mim!
Haha!
Quando estamos na taberna n�o pensamos na morte
Corremos a jogar o que nos faz sempre suar.
O que se passa na taberna onde o dinheiro � hospedeiro
Podeis querer saber escutais pois o que eu digo.
Podeis querer saber escutais pois o que eu digo.
Uns jogam, uns bebem uns vivem licenciosamente.
Mas dos que jogam, uns ficam em pelos
uns ganham aqui suas roupas uns se vestem com sacos.
Aqui ningu�m teme a morte mas, todos jogam por Baco.
Aqui ningu�m teme a morte mas, todos jogam por Baco.
Primeiro ao mercador de vinho
� que bebem os libertinos
Uma vez aos prisioneiros depois bebem tr�s vezes aos vivos
Quatro a todos os crist�os Cinco aos fi�is defuntos
Seis �s irm�s vaidosas
Sete aos soldados florestas.
Oito aos irm�os perversos
Nove aos monges errantes
Dez aos navegantes Onze aos discordantes
Doze aos penitentes Treze aos viajantes.
Tanto ao Papa quanto ao Rei
bebem todos sem medida.
Bebe a amante, bebe o senhor Bebe o soldado, bebe o cl�rigo.
Bebe ele, bebe ela Bebe o servo com a serva
Bebe o esperto, bebe o pregui�oso Bebe o branco, bebe o ***
Bebe o sedent�rio, bebe o n�made Bebe o est�pido, bebe o douto
Bebem o pobre e o doente Bebem o estrangeiro e o desconhecido.
Bebe a crian�a, bebe o velho Bebem o prelado e o di�cono
Bebe a irm�, bebe o irm�o Bebe a anci�, bebe a m�e
Bebe este, bebe aquele Bebem cem, bebem mil.
Pouco duram seiscentas moedas
se imoderadamente
todos bebem sem limites
Embora bebam com a mente alegre.
Todo mundo nos denigre
e assim ficamos desprovidos.
Que sejam confundidos os que nos difamem
E sejam seus nomes riscados do livro dos justos
Io, io, io...!
Io!
O amor voa por toda parte
Prisioneiros do desejo.
Rapazes, mo�as
unem-se como devem.
Se a jovem n�o tem parceiro
desaparece-lhe toda a alegria
ela mant�m a noite escura
presa no �ntimo
de seu cora��o
Quanta amargura!
Dia, noite e todas as coisas
me s�o contr�rios
A tagarelice das virgens
me faz chorar
e com freq��ncia suspirar
e mais me faz
temer
�, amigos, diverti-vos
V�s que sabeis, dizei
a mim, infeliz, poupai
grande
� a minha dor
Aconselhai-me por fim
por vossa
honra.
Teu belo rosto
me faz versar mil prantos
Tens o cora��o de gelo.
Como rem�dio
serei ressuscitado
por um beijo.
Era uma menina
com uma t�nica vermelha
Se algu�m a tocasse
a t�nica farfalharia.
Eia!
Eia! Eia!
Eia!
Era uma menina
Como uma pequena rosa
Sua face resplandecia
Sua boca florescia.
Eia!
Eia! Eia!
Eia!
Em meu peito
h� muitos suspiros
Por tua beleza que me ferem dolosamente.
Ah!
Mandaliet, Mandaliet o meu amor n�o vem.
Mandaliet, Mandaliet o meu amor n�o vem.
O meu amor n�o vem. O meu amor n�o vem.
N�o vem, n�o vem, n�o vem...
Teus olhos brilham
como raios de sol
Como o esplendor do raio que ilumina as trevas.
Ah!
Mandaliet, Mandaliet o meu amor n�o vem.
Mandaliet, Mandaliet o meu amor n�o vem.
O meu amor n�o vem. O meu amor n�o vem.
N�o vem, n�o vem, n�o vem...
Queira deus, queiram os deuses
o que tenho em mente:
Que eu possa romper as cadeias da sua virgindade.
Ah!
Mandaliet, Mandaliet o meu amor n�o vem.
Mandaliet, Mandaliet o meu amor n�o vem.
O meu amor n�o vem. O meu amor n�o vem.
N�o vem, n�o vem, n�o vem...
Se um rapaz com um mo�a se encontrarem em um quarto.
Que feliz uni�o!
Se um rapaz com um mo�a se encontrarem em um quarto.
Que feliz uni�o!
O amor avulta, e entre eles
O amor avulta, e entre eles
A vergonha � posta de lado
e tem inicio um jogo inef�vel em seus membros, bra�os e l�bios.
Se um rapaz com um mo�a se encontrarem em um quarto.
Que feliz uni�o.
Vem, vem, � vem Vem, vem, � vem
Vem, vem, � vem Vem, vem, � vem
N�o me fa�as, n�o me fa�as n�o me fa�as morrer.
N�o me fa�as morrer.
hyrca, hyrce, hyrca, hyrce nazaza, trillirivos!
Teu belo rosto, nazaza! teus olhos brilhantes, nazaza!
As mexas dos teus cabelos, nazaza! Oh, que vis�o que gloriosa, nazaza!
Mais rubra que a rosa, nazaza! Mais branca que o l�rio, nazaza!
Mais bela que qualquer outra, nazaza! Sempre, sempre em ti
glorificarei! Nazaza! Nazaza! Nazaza!
No balan�o
da minha mente d�bia
Oscilam
um contra o outro
o lascivo
amor
e o pudor.
Mas escolho
o que vejo
O meu pesco�o ao jugo
ofere�o
Ao
jugo, ainda que
suave
suave jugo
O tempo � de alegria, �, �, � � virgens, � virgens
Vinde divertir-vos, v�s, v�s v�s rapazes! V�s rapazes!
Oh, oh, oh! Flores�o inteiro!
Ardo todo de um amor virginal!
Novo, novo amor � que pere�o! Que pere�o! Que pere�o!
Minha obedi�ncia me conforta
Minha recusa me desola.
Oh, oh, oh! Flores�o inteiro!
Ardo todo de um amor virginal!
Novo, novo amor � que pere�o! Que pere�o! Que pere�o!
No tempo das brumas o homem � paciente
O sopro da primavera o torna lascivo.
Oh, oh, oh! Flores�o inteiro!
Ardo todo de um amor virginal!
Novo, novo amor � que pere�o! Que pere�o! Que pere�o!
Minha virgindade brinca comigo
Minha simplicidade me preserva.
Oh, oh, oh! Flores�o inteiro!
Ardo todo de um amor virginal!
Novo, novo amor � que pere�o! Que pere�o! Que pere�o!
Vem donzela com alegria com alegria
Vem, vem, minha bela, estou perecendo. Estou perecendo
Oh, oh, oh! Flores�o inteiro!
Ardo todo de um amor virginal!
Novo, novo amor � que pere�o! Que pere�o! Que pere�o!
Doce amor!
Ah!
Toda a ti
me entrego!
Salve, formos�ssima
J�ia preciosa
Salve, orgulho das virgens
Virgem gloriosa
Salve, luz do mundo
Salve, rosa do mundo
Brancaflor e Helena
Brancaflor e Helena
V�nus, V�nus
Generosa V�nus!
Oh, Fortuna
�s como a Lua
Mut�vel
Sempre aumentas e diminuis
a detest�vel vida
Ora escurece e ora clareia
por brincadeira a mente
mis�ria, poder
Ela os funde como gelo.
Sorte monstruosa e vazia
Tu - Roda Vol�vel -
�s m�, v� � a felicidade
Sempre dissol�vel
Nebulosa e velada
Tamb�m a mim contagias
Agora por brincadeira o dorso nu
entrego � tua perversidade.
A sorte na sa�de e virtude
agora me � contr�ria.
D� e tira
Mantendo sempre escravizado.
Nesta hora sem demora
Tange a corda vibrante
Porque a sorte abate o forte
Chorais todos comigo!