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IRENE, A TEIMOSA
Ol�, Duke.
Ol�, Mike. Teve sorte?
Eu montei um bom neg�cio,
e tudo ia bem at� que chegou a pol�cia.
� uma pena.
Se esses policiais cuidassem de seus pr�prios neg�cios
e deixassem os rapazes em paz, este pa�s chegaria a algum lugar
sem tanta ajuda social.
Mike, n�o se preocupe. A prosperidade est� na esquina.
Est� l� h� muito tempo. Gostaria de saber em qual esquina.
Bem, Duke, vou embora.
- "Bonsoir". - "Bonsoir", Mike.
O lugar � aqui. E aquele se parece com um deles.
- Parece ser bem barra pesada. - Espere, Irene. Vou falar com ele.
N�o � justo, eu contei sobre este lugar!
- Chegamos primeiro. - Ela n�o chegar� na minha frente!
Boa noite.
- Boa noite. - Quer ganhar US$5?
N�o entendi direito.
Eu disse, quer ganhar US$5?
- US$5? - US$5.
Bem, n�o quero parecer curioso,
mas o que precisarei fazer?
S� precisa ir ao Hotel Waldorf Ritz comigo,
vou mostr�-Io a algumas pessoas, e depois pode ir embora.
Posso perguntar por que quer...
me mostrar a pessoas no Waldorf Ritz?
Porque � parte de um jogo, uma gincana.
Se encontrar um mendigo 1 �, eu ven�o. Entendeu?
Sim, entendi.
Devo me vestir melhor, ou estou bem?
Quer os US$5 ou n�o?
Madame, n�o consigo expressar o quanto estou lisonjeado...
- com a sua oferta generosa. - George!
Entretanto, terei que discutir com meu quadro de diretores.
- N�o toque em mim! - Mas, apesar do que aconselharem,
- acho que merece uma surra. - George, fa�a algo!
Tem o h�bito de bater em mulheres?
Tamb�m bato em homens, se lhe interessar.
- N�o vai fazer nada? - Vamos chamar a pol�cia.
- Quem � voc�? - Sou, Irene.
Aquela que empurrou na pilha de cinzas � minha irm�, Cornelia.
- O achar� se eu tamb�m empurr�-la. - Acho que eu n�o gostaria.
- Ent�o, � melhor ir embora. - Pode apostar.
Espere um minuto! Sente-se!
Estou sentada.
O que foi, Duke? Precisa de ajuda?
N�o, obrigado. Est� tudo sob controle.
Est� participando da gincana?
Estava, mas n�o estou mais. S�o todos mendigos?
Sim, acho que s�o. Por qu�?
Desculpe-me pelas gargalhadas. Quero fazer isso desde os 6 anos.
- Fazer o qu�? - Empurrar a Cornelia nas cinzas.
Aquele com ela era o George Fiel. N�o � seu verdadeiro nome,
mas o chamamos assim porque se mete na vida de todos.
- Seu pai � um corretor. - Isso � muito esclarecedor.
Cornelia pensou que venceria, e voc� a empurrou nas cinzas.
Podemos ter uma conversa inteligente por um momento?
- Vou tentar. - Isso � bom.
Voc� se importaria de me dizer o que � uma gincana?
Essa gincana � como uma ca�a ao tesouro.
Mas na ca�a ao tesouro voc� tenta encontrar algo que quer.
E nessa gincana tenta encontrar algo que ningu�m quer.
- Como um mendigo? - Isso mesmo.
E quem vencer ganha o pr�mio, mas n�o h� realmente um pr�mio.
Apenas a honra da vit�ria. O dinheiro vai para a caridade.
Isso, se sobrar algum dinheiro, mas nunca sobra.
Bem, explicou tudo esplendidamente.
Decidi n�o participar mais de jogos onde seres humanos s�o objetos.
Acho um pouco mesquinho quando penso nisso.
N�o sei. Nunca pensei sobre isso.
N�o queria mudar de assunto, mas por que vive num lugar assim
quando h� tantos lugares melhores.
- Quer mesmo saber? - Estou muito curiosa.
Porque meu corretor achou que a altitude faria bem � minha asma.
- Meu tio tem asma. - N�o!
Bem, mas que coincid�ncia.
Acho melhor eu ir embora, n�o �?
� uma boa ideia.
Quero ver quem venceu o jogo. Acho que foi a Cornelia.
Provavelmente j� encontrou outro mendigo.
Se me levar com voc�, vence o jogo? � isso?
Sim, se eu chegar l� 1 �.
Mas depois do que fez � Cornelia, n�o vou pedir isso.
Mas vencer� se chegar 1� comigo?
Seria muito legal da sua parte, mas n�o vou lhe pedir isso.
Vamos vencer a Cornelia!
N�o seria pedir demais?
Estou curioso, assim como voc�.
Gostaria muito de ver como � uma gincana.
- Mas j� lhe contei! - Contou. Mas continuo curioso.
Bem, ent�o vamos.
Obrigado.
- Meu nome � Blake. - Meu nome � Bullock.
Este lugar est� parecendo um manic�mio.
Bem, para montar um manic�mio...
s� precisa de uma sala vazia e as pessoas certas.
Exato.
Vamos, continue andando. Vamos vencer.
Boa noite, Sra. Jordan. Veja o que eu trouxe.
Veja!
- E o beb� tamb�m veio! - Aqui.
D� uma olhada na senhora com a cabra.
H� 20 anos olho para ela. � a Sra. Bullock.
Alexander!
- Alexander! Alexander! - Sinto muit�ssimo.
Como acha que me sinto? J� vou, Angelica!
Alexander, Alexander, venha. Olhe que bela cabra.
Carlo e eu a encontramos no Bronx. N�o � uma beleza?
- Seu cheiro n�o � uma beleza. - Alexander nunca gostou de animais.
Venha, cabra, cabra, cabra. Vamos. Vamos.
- Est� falando comigo ou com ela? - Alexander!
N�o fique com medo da escada. N�o deixarei que nada lhe aconte�a.
R�pido, r�pido, r�pido. Vamos. R�pido, r�pido.
Venha, cabra, cabra, cabra. Vamos.
Tenho uma cabra! Tenho uma cabra!
Tenho uma cabra!
Pode, por favor, prestar aten��o em mim?
Sou a Sra. Bullock, e tenho uma cabra.
Tenho uma cabra!
J� sei que tem uma cabra! Pegue a cabra da Sra. Bullock?
Tire essas coisas da frente.
Tenho um filhote de cabra.
O que quer que eu fa�a com isso?
- O que mais precisamos achar? - O qu�?
O que mais precisamos achar?
Falta o mendigo e o peixe dourado japon�s.
O qu�? Tire isso da minha frente! O qu�?
Eu disse, um mendigo e um peixe dourado japon�s.
Um mendigo... Vamos.
Um japon�s...
Um homem e um aqu�rio com japoneses...
- N�o lembro o que ele disse. - Vamos para casa?
- O que voc� est� falando? - Vamos para casa?
Ainda temos que encontrar mais duas coisas.
Um aqu�rio com japoneses e um peixe dourado mendigo.
- Peixe dourado! - N�o quero saber de peixe dourado!
Mas se quiser um homem esquecido, me encontrar� na cama de casa!
Preciso me concentrar, Alexander. Venha, Carlo. Peixe dourado...
- Todos s�o ca�adores? - N�o, trabalhamos em grupo.
Alguns s�o ca�adores, e outros s�o receptores.
- Parece uma empresa em fal�ncia. - Nunca pensei nisso.
- Quem vai me receber? - Preciso lev�-Io ao comit�.
- N�o se importa, certo? - Mal posso esperar.
Espere um minuto! O que tem a�?
Este � Godfrey. A Cornelia j� voltou?
N�o vi a Cornelia. Onde o encontrou?
Sr. Guthrie! Por aqui.
Sr. Guthrie! Sr. Guthrie!
Tenho um mendigo.
Tenho um mendigo! Sr. Guthrie, este � Godfrey.
Ele � um mendigo! Sr. Guthrie!
Um mendigo! Seu nome � Godfrey.
- Um mendigo? Conseguiu todos. - Sim.
Senhoras e senhores, por favor, sil�ncio, sil�ncio.
A Srta. Bullock conseguiu um mendigo.
Importa-se de subir na plataforma, por favor.
Suba na plataforma, Godfrey.
- Pode responder algumas perguntas? - V� em frente.
- Qual � o seu endere�o? - Lixo Municipal, 32, na Sutton.
- Um pouco chique, n�o acha? - Em alguns lugares.
- � seu endere�o permanente? - A perman�ncia � question�vel.
J� que o lugar est� Iotando rapidamente.
- Posso fazer uma pergunta pessoal? - Se n�o for pessoal demais.
- Essa barba � mesmo sua? - Ningu�m ainda pediu de volta.
Preciso fazer essa pergunta porque um grupo...
tentou enganar o comit� colocando barba falsa em um do grupo.
- Posso... posso... - O qu�?
Com prazer.
Mais uma pergunta. � procurado pela pol�cia?
Esse � o problema. Ningu�m me quer.
- Boa resposta. - Espl�ndido, Godfrey.
Quer dizer, que ningu�m o quer? Ningu�m mesmo?
- Ningu�m. - Isso � horr�vel.
Ao contr�rio, �s vezes, � bem vantajoso.
O comit� est� satisfeito. Srta. Irene Bullock...
ganhou 20 pontos pelo mendigo...
e 50 pontos extra por ser a 1 � a traz�-Io.
- Bravo! - Discurso!
Grupo 10...
- Discurso! - O grupo 10 venceu a ta�a.
- Obrigada. - Discurso!
- Eles querem um discurso. Vamos! - Discurso!
Tive 2 motivos para vir aqui. 1�, para ajudar esta jovem.
E o 2�, porque estava curioso para ver...
como um bando de idiotas de cabe�a vazia se comportam.
Minha curiosidade foi satisfeita.
Garanto que ser� um prazer...
voltar para uma sociedade de pessoas realmente importantes.
- Do que nos chamou? - Idiotas.
- Idiotas? O que � isso? - N�o sei.
O homem foi perfeito!
Godfrey! Godfrey!
- Godfrey, sinto muit�ssimo. - Tudo bem.
N�o traria voc� aqui se soubesse que seria humilhado.
Esta � a 1 � vez que ven�o a Cornelia, e voc� me ajudou.
Isso me torna num "vence-Cornelia", n�o �?
Fez algo para mim. Gostaria de fazer algo por voc�.
- Por qu�? - Porque fez algo para mim. N�o v�?
N�o, n�o vejo. Mas aceito um emprego, se tiver um.
- Aceita trabalhar de mordomo? - Mordomo?
Estamos sem mordomo. O nosso pediu demiss�o esta manh�.
Irene, est�o lhe chamando na sala jade.
- N�o quer a sua ta�a? - Pe�a para guardarem. N�o quero.
N�o pode conversar com este homem. O que as pessoas pensar�o?
N�o me importo com isso. Godfrey ser� nosso mordomo.
- Ser� o mordomo de quem? - Vai trabalhar para n�s.
Isso � rid�culo. N�o sabe nada sobre ele.
N�o tem nenhuma indica��o...
O �Itimo mordomo indicado roubou toda a prataria.
Isso foi s� uma coincid�ncia.
Dizem que os gatos de rua s�o os melhores animais.
N�o vejo liga��o entre gatos e mordomos.
N�o preste aten��o em minha filha. Ela � muito impulsiva.
- N�o sou impulsiva! - N�o grite com a sua m�e.
- Eu grito! - Sra. Meriwether,
- Irene est� gritando. - Quer dizer que j� terminou?
Sim, ela sempre grita quando vence.
Pode ir, meu bom homem. Obrigada por vir. Muito, muito obrigada.
Ele n�o vai embora!
Acho que � melhor.
Minha nossa! A Cornelia chegou, e trouxe outro!
Chegou tarde, Cornelia. Venci o jogo.
- Venceu? - Onde pego os meus US$5?
D�lares? O qu�? Pode conversar com a sua irm�?
Ela quer contratar este homem como mordomo.
Por que n�o? Ser� um �timo mordomo.
Estou certo de que serei um �timo mordomo.
Onde pego os meus US$5?
D�lares? D�lares? O que ele est� falando?
- US$5! - Prometi a ele US$5.
Ent�o, d� logo esses US$5, e mande-o embora daqui...
antes que sua irm� o contrate como chofer.
Demorei muito para descobrir que o lado paterno da fam�lia � louco?
Vamos, Cornelia.
Espero, Godfrey, que seja muito bom em engraxar sapatos.
Acho melhor deixarmos isso para l�, n�o acha?
N�o acho. Voc� ser� o melhor mordomo que j� tivemos.
Pegue. Precisa de roupas e outras coisas, sabe.
Bem, eu...
Pedi ao G. Para estender meu outro casaco.
Voc� tem um �timo senso de humor.
Obrigado.
Bem, ent�o... boa noite.
S� uma pergunta.
- Qual? - Onde voc� mora?
Na 1011, n�mero 50. Engra�ado, nunca pensei nisso.
- N�o mesmo. - N�o.
Na 1011, n�mero 50. Ent�o, boa noite de novo.
Boa noite, Godfrey.
- Bom dia. - Bom dia.
- Sou o novo... - Eu sei. � o novo mordomo.
- Como sabe? - Todos os dias chega um novo.
Eles entram e saem o tempo todo.
Por qu�?
Alguns s�o demitidos, outros se demitem.
- A fam�lia � assim t�o exigente? - N�o, eles s�o loucos.
- Posso ser franco? - Esse � o seu nome?
- N�o, meu nome � Godfrey. - Tudo bem, seja franco.
Voc� � bem entusiasta.
N�o se preocupe comigo. J� sou bem experiente.
Podemos ser amigos?
Sou amiga de todos os mordomos. Sente-se.
P�ssaro marinho com 3 letras e um "R" no meio?
�... N�o sei.
N�o vai me ajudar. Onde conseguiu esse casaco?
Qual � o problema dele?
Seria melhor se tirasse a etiqueta de aluguel.
Obrigado.
Tem quarto para o mordomo aqui na casa?
N�o vai precisar de um quarto. Pendure o chap�u perto da porta...
para que possa peg�-Io rapidamente na sa�da.
O que � isso?
� o "Velho Machado de Guerra". Ela sempre chama a essa hora.
- "Velho Machado de Guerra"? - Sra. Bullock. Ela � a m�e.
- E voc� n�o atende? - A Sra. Bullock ou a campainha?
- A campainha. - N�o no 1 � toque.
Se ela estiver com dor de cabe�a, vai tocar de novo num minuto.
Ent�o, irm�o, � melhor pegar o suco de tomate e levar.
Tocou de novo.
Bem, "cupido", � a sua grande oportunidade.
Levo para ela?
� melhor voc� saber do pior.
- Quero alert�-Io, ela v� duendes. - Duendes?
- Sim, os homenzinhos. - Aqueles.
Sei como cuidar disso. Tem pimenta a�?
O que vai fazer com isso?
Fa�a pelos outros aquilo que fariam por voc�.
O que quer fazer? Queimar sua traqu�ia?
N�o h� nada como um contra-irritante. Onde a encontro?
Venha por aqui. � mais r�pido.
Quando subir, vire � esquerda.
- Qual � a porta... - Sua jaula � a 1� porta.
- Deseje-me sorte. - Boa aterrissagem.
Que dia � hoje, Molly?
- N�o sou a Molly. - Quem n�o �?
Eu n�o sou.
Pare de pular, para poder ver quem �.
- N�o estou pulando. - Assim � melhor.
- Qual � o seu nome? - Godfrey.
� algu�m que eu conhe�o?
Nos conhecemos ontem a noite no Waldorf Ritz.
Claro, voc� estava acompanhando a Sra. Maxton no bar.
Acertei?
Sou o mendigo.
Tantas pessoas t�m a mem�ria ruim.
� verdade.
Por que continuam tocando a mesma m�sica repetidamente?
Tocando o qu�?
N�o est� ouvindo?
Sim, estou ouvindo, de certa forma.
Sempre a mesma m�sica incessantemente.
Posso...
Pode o qu�? Onde voc� est�?
O que � isso?
Removedor de duendes.
Ent�o voc� tamb�m os v�.
Somos velhos amigos.
Sim, mas n�o pise neles.
N�o gosto deles, mas n�o gosto que pisem neles.
Tomarei muito cuidado. N�o os machucaria por nada.
- O que devo fazer com isso? - Beba.
E todos desaparecer�o rapidamente.
Muito, muito r�pido.
Nunca seja dura com eles. Sempre mande-os embora gentilmente.
- Est� melhor? - Sim. Voc� ajudou muito.
V�o embora, homenzinhos. V�o embora.
Mas, voc� ainda n�o me disse quem �.
Sou Godfrey, o mendigo. O novo mordomo.
- Aquele homem feio com barba? - O pr�prio.
Est� bem diferente. Nunca teria o reconhecido.
- Obrigado. - Voc� � muito confortante.
Espero v�-Io mais vezes.
� melhor eu n�o beber mais isto, ou voc� pode sumir tamb�m.
Coloquei o seu chap�u no p� da escada.
Pode sair pela porta da frente.
- Acho que venci a 1� rodada. - Ainda trabalha aqui?
- N�o me disseram o contr�rio. - Voc� deve ser novato.
- Tente a leoa. - Quem � a leoa?
Seu nome � Cornelia. Essa � bem arredia.
- Sim, a conheci noite passada. - Esse � o problema.
Nunca a encontrou pela manh�. 2� porta.
Quem � voc�? E o que est� fazendo aqui?
Saia! N�o quero que um vagabundo siira o meu caf� da manh�!
Nunca mais volte aqui, se sabe o que � bom para voc�!
Acho que perdi a 2� rodada.
Quero que o novo mordomo traga o meu caf� da manh�!
As oportunidades nunca acabam nesta casa. Quer tentar de novo?
- Como ela � de manh�? - N�o � violenta, mas � trai�oeira.
L� vai.
Deixarei suas coisas aqui em cima, para que n�o as esque�a.
Bom dia. Trouxe o seu caf� da manh�.
Voc� � o novo mordomo?
- N�o se lembra da noite passada? - O que aconteceu ao Godfrey?
- Eu sou o Godfrey. - Voc� est� t�o diferente.
O que aconteceu com a sua barba?
Vire. Quero olhar para voc�.
Voc� � a coisa mais bonita que eu j� vi.
Obrigado. Quer mais alguma coisa?
Sim. Sente-se e converse comigo. Gosto de conversar de manh�.
Especialmente com algu�m que conheci na noite passada.
N�o acha melhor se eu conversar de p�?
N�o. Se n�o estiver confort�vel, eu tamb�m n�o fico,
e se n�o me sentir confort�vel vou esquecer o que tenho a dizer.
Se insiste.
Mas n�o � a maneira ideal de um mordomo se portar.
Voc� � mais do que um mordomo. � o 1� protegido que eu j� tive.
- Protegido? - Sim, como o Carlo.
- Quem � o Carlo? - � o protegido da mam�e!
Sabe, � �timo que o Carlo tenha um patrocinador,
porque n�o precisa trabalhar e tem mais tempo para suas pr�ticas.
- E isso faz toda a diferen�a. - Imagino que sim.
Voc� toca alguma coisa? N�o falo de jogos.
- Falo de piano e coisas assim. - Bem, eu...
Isso n�o faz diferen�a mesmo.
� engra�ado como algumas coisas fazem voc� pensar em outras.
Sim, isso � muito peculiar.
- Faz com que eu me sinta madura. - O qu�?
Ter um protegido. Voc� � o 1� que eu j� tive.
- Nunca teve outros? - Voc� � o 1 �, isso � excitante.
N�o s� ocupa a minha mente, como tamb�m constr�i meu car�ter.
O que um protegido precisa fazer?
Continua como mordomo, e eu te patrocino. Certo?
Sim, est� claro.
N�o � muito trabalho, e tamb�m ser� muito divertido.
Estou certo de que ser� divertid�ssimo.
E se a Cornelia trat�-Io mal, n�o precisar� fazer nada.
Sou sua patrocinadora, e eu vou me entender com ela.
Espero que isso n�o seja necess�rio.
S� queria lhe dar uma ideia.
Tudo bem, mas um protegido tamb�m tem outras responsabilidades.
Por exemplo, se algu�m ligar agora, e eu n�o atender
isso vai refletir em voc� porque � minha patrocinadora.
- Entendeu? - Sim, nunca pensei nisso.
N�o sabe como � bom ter uma pessoa inteligente para conversar.
Est� sendo muito esclarecedor para mim tamb�m.
Esqueci de mais uma coisa. Sabe o que voc� �?
- N�o estou certo. - Voc� � minha responsabilidade.
- Isso � muito bom. - Vejo voc� na igreja.
Bom dia. Est� uma bela manh�, senhor.
Sim, � uma bela manh�.
N�o tenha pressa.
Sabe, sou um cara antiquado.
E tamb�m fui campe�o dos pesos m�dios na faculdade.
Achei que seria melhor saber antes de come�armos.
Bem, senhor, sou o novo mordomo.
Acabei de servir o caf� da manh� para a Srta. Irene.
Sempre troca de roupas quando serve o caf�?
Bem, acho que esta jovem pode explicar.
Ele � mesmo o novo mordomo, Sr. Bullock.
Mas n�o imagino como suas coisas foram parar no corredor.
Ainda n�o entendi. Mas se � o novo mordomo, por que n�o disse?
Sinto muito, senhor. Me permite?
H� um homem querendo v�-Io. Outro oficial de justi�a.
- Outro? - Sim, senhor.
Bem, aqui estou novamente com outro presentinho...
Sim, j� ouvi isso antes. Dessa vez, para quem �?
Srta. Cornelia. Ontem, quebrou algumas vitrines na 5� Avenida.
- Sinto, mas as garotas s�o assim. - Tchau.
Nesta fam�lia, � uma intima��o depois da outra.
Sr. Bullock, h� um taxista muito bonito esperando na cozinha.
- O que ele quer? - Ele quer US$50 e seu cavalo.
Que cavalo?
Aquele com qual a Srta. Irene subiu as escadas ontem.
Onde est� esse cavalo? Eu ainda n�o o vi.
Est� na biblioteca, onde a Srta. Irene deixou.
Bem, est� come�ando a entender?
Aproxime-se, meu caro.
Est� gostando do trabalho, at� agora?
Estou achando muito divertido.
Sim, somos uma fam�lia muito divertida.
Acha que vai gostar de viver aqui?
� mais atraente do que viver num barraco no lixo da cidade.
Foi onde o conheci, n�o �?
- Sim, senhorita. - Sim. Estou me lembrando.
Eu acho que est�vamos participando de uma gincana.
Precis�vamos de um mendigo.
Pedi que fosse ao Hotel Waldorf Ritz comigo,
e estou um pouco confusa sobre o que aconteceu depois.
Eu a empurrei numa pilha de cinzas.
� claro que sim.
Foi muito divertido. Eram cinzas suaves e limpas.
- Sinto muit�ssimo, senhorita. - Eu n�o me importei.
Foi muito divertido. Voc� tem um len�o?
Tem uma mancha no meu sapato. Pode ver o que consegue fazer?
Posso demiti-Io, sabia? Mas � bom ver que o mundo d� voltas.
Quando eu acabar com voc�,
voltar� a curtir o seu barraco no lixo.
Ningu�m empurra Cornelia Bullock numa pilha de cinzas.
Vou tornar a sua vida t�o miser�vel...
- Ol�, Godfrey. - Meus cumprimentos, Irene.
- Gostei de seu novo fraque. - Obrigado por busc�-Io.
- Ficou muito bom. - O meu tamanho � padr�o.
Gostou do meu pijama novo?
� muito bonito. Obrigado.
- Ouvi o que disse para o Godfrey. - E da�?
- Deixe-o em paz! - Quem me far� deix�-Io em paz?
Se n�o deix�-Io, vai levar um soco.
- Que agressiva! - Pode acreditar.
Desde quando come�ou a se apaixonar por mordomos?
N�o estou apaixonada por ele! Ele � o meu protegido.
Seu protegido. Por isso foi buscar seu fraque.
Quando o papai souber, quanto tempo acha que o Godfrey vai durar?
O papai n�o vai saber.
Parece extremamente certa disso.
Se papai souber sobre o Godfrey,
tamb�m vai saber sobre voc� e aquele universit�rio.
N�o sei do que est� falando.
Mas se o papai souber disso, eu � que vou dar um soco em voc�.
A ruivinha n�o tem charme para pegar algu�m da sua idade,
ent�o se apaixona pelo mordomo e vivem felizes para sempre.
- Se est� me entendendo. - Estou, se � que voc� me entende.
- Posso entrar? - J� entrou, n�o �?
Livro interessante. "Os Gregos da Idade M�dia".
Irene gostaria desse livro. Ela adora a idade m�dia, n�o �?
Carlo! Quem vai se apresentar hoje � noite?
- O grande Kalininski. - O pianista?
- N�o, celista. - N�o importa, todos s�o m�sicos.
� t�o bom ver as duas tendo uma conversa prazerosa.
� uma conversa prazerosa?
Ora, ora, ora! Todos os Bullocks reunidos na mesma sala.
- N�o se esque�a do Carlo. - N�o vou me esquecer do Carlo.
N�o se preocupe comigo. J� me sinto da fam�lia.
N�o saia.
Importa-se se eu discutir alguns assuntos familiares, Carlo?
- N�o, de jeito nenhum. - Alexander,
n�o s�o assuntos s�rdidos de neg�cios, eu espero.
Estava olhando as contas do m�s passado,
devem estar me confundindo com o Departamento do Tesouro.
N�o comece de novo, papai.
N�o me importo em dar ao governo 60% do que ganho.
Mas n�o posso fazer isso quando minha fam�lia gasta 50%!
E por que d� mais dinheiro para o governo do que para sua fam�lia?
� que eu quero saber. Por que o governo recebe mais do que n�s?
Esse � o jeito deles resolverem os neg�cios.
Dinheiro, dinheiro, dinheiro!
O monstro Frankenstein que destr�i almas!
Por favor, n�o diga mais nada! Est� aborrecendo o Carlo!
Precisamos resolver isso imediatamente!
- Ou o Carlo ou eu. - O qu�?
Um de n�s ter� que sair, e isso � certo!
Voc� est� b�bado. N�o sabe o que est� falando.
Quem saberia o que est� falando, vivendo com um bando como voc�s?
Eu s� sei de uma coisa. Esta fam�lia precisa de disciplina.
Tenho sido um homem paciente.
Mas quando as pessoas entram com cavalos pela porta da frente,
e os estacionam na biblioteca, est�o indo longe demais.
- Cavalos? - Est� insinuando...
que entrei pela porta da frente com um cavalo?
Talvez n�o seja um cavalo o que vi na biblioteca.
Estou certa de que n�o andei de cavalo
porque n�o estou com a minha roupa de cavalgar.
- Foi a Irene que o trouxe. - Que cavalo?
N�o se fa�a de inocente. Implorei para que n�o fizesse isso.
N�o andei de cavalo! Mas se tivesse andado de cavalo,
quem quebrou as vitrines da 5� Avenida?
- Que vitrines? - Voc� sabe quais vitrines!
E quanto aquele universit�rio?
N�o interessa quem quebrou o cavalo, ou andou nas vitrines.
Mas esta fam�lia precisa de limites.
D� para parar com isso! Est� aborrecendo o Carlo.
Dane-se o Carlo!
- A minha paci�ncia j� esgotou! - Foi voc� quem fez?
- Eu ajudei. - Devem estar maravilhosos.
- Gostaria de ajudar, se deixar. - Ficaria honrado.
Precisam enfrentar a situa��o. Perdi muito dinheiro.
- � mesmo? - Sim, perdi.
Talvez tenha deixado na outra su�te.
Se as coisas continuarem assim, em breve n�o terei outra su�te.
Quais est�o envenenadas?
Obrigada.
Aproveitando o assunto, o que acha de certas pessoas...
pegando qualquer um que encontra no lixo e trazendo para casa?
- Podemos ser esfaqueados e roubados. - Quem vai esfaquear quem?
N�o sabemos nada sobre certas pessoas.
Algu�m deveria conversar com Irene sobre pegar vagabundos.
- O que � um vagabundo? - Cale-se!
- Eu? - N�o. Cornelia.
N�o vou me calar. A minha vida � muito preciosa.
- N�o ser� num minuto. - Parem, crian�as.
Venha, Carlo. Venha comer estes deliciosos "hors d'ouvre".
Dever�amos contratar funcion�rios atrav�s de uma ag�ncia.
N�o sei, mas concordo com a Cornelia.
Sobre o que voc�s est�o falando?
Aborreceu o Carlo, e agora a Irene.
N�o se lembra de seu colapso no �Itimo ver�o?
Certamente. Por isso n�o estou dando aten��o a isso.
Se a mam�e pode patrocinar o Carlo,
por que n�o posso patrocinar o Godfrey?
Godfrey sabe que isso n�o � pessoal,
mas nenhum de n�s gostaria de ser esfaqueado numa noite qualquer.
N�o se intrometa entre Irene e Godfrey.
� a 1 � coisa pela qual demonstra afei��o
desde que seu pomer�nio morreu.
Deite-se, Irene. N�o pode ficar nervosa.
Carlo, r�pido, me d� uma almofada. Aqui.
Vamos, querida, levante sua cabe�a.
Pronto, querida, n�o chore. Pronto, querida.
Ela n�o est� tendo um colapso. Est� fingindo.
Querida.
- Que besteira � essa? - Fique quieto!
Voc� nunca as entendeu. Por que n�o chama um m�dico?
- N�o quero um m�dico! - Quer uma bolsa de gelo?
- N�o quero gelo. Quero morrer! - Voc� n�o pode.
Ela me deixa enjoada. Vamos sair daqui.
Carlo, fa�a o gorila para Irene. Sempre a anima.
- N�o estou com vontade. - Pare de comer e fique com vontade.
- Pegue. - Tudo bem.
Vou fazer, mas n�o com o cora��o.
Irene, seja uma boa garota, sente-se e olhe para o Carlo.
Sabe que isso sempre a anima. Vamos, r�pido.
V� em frente, v� em frente!
Vamos, Carlo. R�pido. Olhe, Irene! Olhe para o Carlo!
N�o � ador�vel? N�o � inteligente, Irene? Olhe!
Carlo, des�a. Para que ela possa v�-Io melhor.
Ela est� come�ando a rir. Isso n�o � inteligente?
Carlo, des�a para onde Irene possa v�-Io.
Est� come�ando a rir.
Isso n�o � engra�ado? Ele est� na porta. Olhe! Olhe!
Ele me assusta!
N�o, querida, n�o se assuste. Ele s� est� brincando.
Querida, olhe para o Carlo.
- Olhe, querida. N�o � inteligente? - N�o!
Por que n�o para de imitar um gorila e imita um homem?
N�o reconheceria um artista se ele o mordesse!
Esta fam�lia n�o precisa de nenhum estimulante.
Estarei no quarto. Leve outra desta em 30 minutos.
Algum dia vou ca�ar gorilas, e n�o vou errar.
- A Cornelia j� foi? - Sim, querida, j� foi.
- Onde est� o Godfrey? - Est� aqui. Fique aqui, Godfrey.
Vamos nos atrasar para o concerto.
Eu j� vou. Godfrey's venha aqui.
Godfrey, venha aqui para que Irene possa olh�-Io.
- Aqui est� o Godfrey, querida. - Onde?
Bem aqui. Olhe. Diga ol� a Irene para que saiba quem �.
- Ol�. - Ol�, Godfrey.
E ele prometeu ficar. N�o � verdade, Godfrey?
- Se quiserem. - Claro que queremos, certo, Irene.
- Sim. Pode ir. - Estou indo. Cuide dela.
Sim, Carlo, estou indo. Tchau, querida.
Desculpe?
Desculpe, mas n�o ouvi...
Eu disse, que n�o estou realmente tendo um colapso.
Cozinheiro, � melhor colocar de volta no fogo.
Parece que perdemos a maioria dos fregueses.
Qual � o problema, bonit�o? Algo o perturba?
Que tipo de fam�lia estou enfrentando?
Algumas coisas nem eu sei responder.
Eles sempre se comportam assim?
- N�o! Esta � uma noite tranquila. - Noite tranquila?
Se eu fosse voc�, me livraria desse batom.
Faz voc� parecer um cupido.
Encontrar� o Godfrey em seu quarto.
Como sabe que quero ver o Godfrey?
N�o sei. Eu adivinhei.
Voc� n�o pode entrar aqui.
Por que n�o? A casa � nossa, n�o �?
Afinal de contas, todos os quartos s�o iguais.
Al�m disso, quero conversar.
Sinto muito, mas n�o podemos conversar aqui.
N�o acha indecente me mandar sair depois de ter me beijado?
Voc� disse, "depois que a beijei"?
N�o � engra�ado? Esta manh�
estava sentado na minha cama e agora estou na sua.
Vamos ignorar essa coincid�ncia.
- Sente-se aqui, por favor? - A cama � confort�vel.
- Se n�o acha, providenciarei outra. - Vamos conversar aqui.
Se quiser uma cama nova, � s� pedir.
A cama � muito confort�vel, obrigado.
Muito mais do que estou no momento.
Quando se sentir desconfort�vel, me avise.
Obrigado. Ningu�m nunca lhe ensinou regras de etiqueta?
Voc� usa palavras grandes. Adoro palavras grandes. O que significa?
Tentarei simplificar.
Sua m�e ou outra pessoa nunca lhe ensinaram...
que algumas coisas s�o adequadas e outras n�o?
N�o. Ela resmunga um pouco, mas nunca diz nada.
Quer que eu continue seu mordomo? - � claro!
E eu quero agradec�-la sendo um mordomo muito bom...
e preenchendo o vazio criado pela morte do seu pomer�nio.
J� havia me esquecido dele. Tinha pulgas mesmo.
E voc� � diferente. Usa palavras grandes e � mais bonito.
- Posso contar uma hist�ria? - Eu adoraria.
Havia uma garotinha sentimental com um cora��o muito bom,
e ela ajudou um homem que se sentiu muito agradecido.
Depois ela tornou-se uma chatea��o e estragou o que havia constru�do.
- � algu�m que voc� conhece? - Seu nome � Irene Bullock.
Se fosse uma garota esperta,
escolheria algu�m da mesma classe social...
casaria com ele, viveriam felizes para sempre...
e nunca mais entraria no quarto do mordomo.
- Nunca mais posso entrar aqui? - Nunca!
- Onde iremos conversar? - Quando estiver servindo o caf�,
direi, "bom dia, Srta. Irene" e voc� dir�, "bom dia, Godfrey".
- E n�o entrar� mais em meu quarto. - Vai sentir muito!
- S� estou tentando ajudar. - Est� sendo maldoso!
Tomarei provid�ncias! Espere e ver�! Vai sentir muito!
Vai sentir muito!
Que m�sica bonita, Carlo. Qual � o nome?
Esse � o nome, tamb�m. Achei que fosse s� a letra.
Eu gosto porque todas as palavras s�o iguais, � f�cil de lembrar.
� por isso que o hino americano � t�o confuso.
Ningu�m entende a letra.
Exceto, Godfrey. Ele parece saber sobre tudo.
- Conhece a letra, Godfrey? - A letra?
Sim, do hino americano. Parece que ningu�m conhece a letra.
Voc� conhece, Godfrey?
Tanto quanto qualquer pessoa comum.
Estou envergonhada. Deveria conhecer.
Afinal, meus ancestrais chegaram de navio.
N�o no "Mayflower", mas no que veio depois.
De onde s�o os seus ancestrais, Godfrey?
At� onde eu sei, s�o daqui mesmo.
N�o eram �ndios, espero.
N�o d� para saber ao certo sobre os ancestrais...
Sabe, voc� tem as ma��s do rosto altas.
Sim, senhora. Obrigado, senhora.
Estas flores chegaram para a Srta. Irene. Onde coloco?
Pergunte a ela. Est� ali.
Sim, senhora.
Carlo. Notou suas ma��s do rosto?
Estas flores chegaram para voc�. Onde as coloco?
Que diferen�a far� isso quando estou com o cora��o partido?
Sim, senhorita. Posso coloc�-las no piano?
A vida � apenas uma bolha vazia.
N�o parece muito animada para quem est� dando uma festa.
Por que eu estaria animada?
Irene est� dando uma festa?
- N�o est� convidada. - Eu me convidarei.
- Vamos passar por l�, George. - Claro. Por que n�o?
S� tenho a dizer, que algumas pessoas v�o se arrepender.
Naturalmente, todos se arrepender�o um dia.
Do qu�?
Algumas pessoas v�o saber, e a� ser� tarde demais.
Essa conversa est� muito confusa.
Ouviu, Irene. N�o confunda o Carlo.
Ele est� praticando.
Conhece alguma m�sica de funeral animada, Carlo?
Cale-se!
Est� atuando para algu�m em particular?
Godfrey poderia se interessar, se pelo menos olhasse.
Lembro muito bem dessa pose. Aprendi na escola dram�tica.
- � a 8? - Sim, � a n�mero 8.
Estou estragando a sua atua��o, querida?
Um dia vou estragar uma coisa sua, e n�o ser� sua atua��o.
A Srta. Irene quer que os sandu�ches sejam servidos aqui,
ou devo fazer um tipo de buf�?
Onde quer que os sandu�ches sejam servidos, querida?
- O que � comida? - Aquilo que se come, tolinha.
Quer que os sandu�ches sejam servidos aqui, ou n�o?
Que diferen�a faz? Algumas pessoas fazem o que querem...
com as vidas de outras pessoas, e isso n�o faz diferen�a.
- O que eu disse? - 5, copas.
O que s�o copas? Quis dizer espadas.
Posso mudar, certo? Essa m�sica me confundiu.
Carlo, por favor!
- Oi, Irene. Por que o v�u? - Ou�a, Van Rumple,
n�o � porque algumas pessoas tem milh�es de d�lares...
que podem colocar seus bra�os em torno de outras pessoas.
Onde � o bar?
N�o leve a s�rio. Os problemas com os serventes est�o a incomodando.
N�o, obrigada. N�o estou com fome.
N�o, obrigada.
- 4, paus. - S� um minuto, Godfrey. Tchau.
- Ol�, pessoal! - Ol�, Tommy.
- Tommy Gray! - Ol�!
Qual � o problema, Godfrey? Est� doente?
Aproxime-se, Tommy, d� um abra�o na Angelica.
Como v�o as coisas em Boston? Os feij�es e os outros neg�cios.
Agora estamos os enlatando.
- Como vai, querida? - Que diferen�a faz como estou?
- Tudo � apenas uma desilus�o. - O qu�?
- N�o entenderia. - J� n�o estou entendendo.
Estou faminto. Que tal algo para comer?
Godfrey, traga um sandu�che para o Sr. Gray.
� a sua vez. Aproxime-se, o Sr. Gray n�o � um acrobata.
O que est� havendo? Est� come�ando a agir como o resto da fam�lia.
- Ei, espere um minuto! - O que houve?
Godfrey Parke, meu velho!
- Conhece o Godfrey? - Estudamos juntos em Harvard.
Acho que me confundiu com outra pessoa. Sou Smith, lembra-se?
Claro que � Smith. Fomos � faculdade juntos. Ou n�o fomos?
Um mordomo com educa��o universit�ria.
- Ele � realmente um mordomo? - E dos bons.
Isso n�o � uma piada s� para me agradar?
Sr. Gray n�o disse que em Harvard, eu era seu criado.
- Era um bom empregado, Tommy? - Excelente.
- O que est� acontecendo? - Conto depois.
- O Sr. Gray nunca reclamou. - Quando?
N�o, tive poucas reclama��es quanto ao trabalho de Godfrey.
Conto amanh�. � meu dia de folga.
Estranho, nunca deu o Sr. Gray como refer�ncia.
Deixei o Sr. Gray sob circunst�ncias muito incomuns.
- Que circunst�ncias? - Prefiro que o Sr. Gray conte.
N�o v�. Fique aqui e nos conte tudo.
Godfrey � muito misterioso. Ningu�m sabe nada sobre ele.
- N�o v� embora, Godfrey. - N�o v� embora, Godfrey.
Eu n�o queria falar nada sobre isso.
Mas, o Godfrey era o nosso mordomo,
e as coisas estavam indo muito bem...
quando, de repente, aconteceu...
sem mais nem menos.
Tem certeza de que quer que eu conte tudo, Godfrey?
Bem, como eu disse,
trabalhou para n�s por algum tempo, quando um dia ele chegou e disse,
"Sr. Gray, sei que meu trabalho sempre foi satisfat�rio."
Eu disse, "� claro. O mais satisfat�rio que j� vi."
E ele disse, "Obrigado, Sr. Gray!"
Godfrey, sempre foi um homem muito cort�s.
Godfrey � extremamente cort�s, especialmente de manh�.
N�o � uma hist�ria interessante. � melhor deixarmos para l�.
Vamos l�, Tommy, termine. N�o pode parar no meio.
- Onde eu parei? - Dizia como Godfrey era cort�s.
E eu disse que Godfrey ainda � muito cort�s.
Obrigado, Sra. Bullock. � um prazer que diga isso publicamente.
� a minha natureza.
N�o digo nada pelas costas que n�o diria em p�blico.
� o que mais admiro em voc�, Angelica.
Muito gentil de sua parte, Tommy. E a hist�ria?
Godfrey disse, "Sr. Gray, sei que meu trabalho � satisfat�rio".
Voc� disse isso, certo, Godfrey?
N�o exatamente com essas palavras, senhor, mas a ideia � essa.
Vamos esclarecer isso. Disse que foi muito satisfat�rio.
Ele disse, "obrigado", e o que mais?
- Naturalmente, tomei uma atitude. - Que tipo de atitude?
A �nica que pude tomar diante de um empregado fiel.
Mas Godfrey decidiu a favor de sua esposa e de seus 5 filhos.
- 5 filhos? Meu Deus! - 5.
Sua esposa era �ndia?
� negra. Costum�vamos lev�-la nas ca�adas para ajudar.
Godfrey! Por que n�o me disse que tinha 5 filhos?
Qual o problema do Godfrey ter 5 filhos?
Se no Canad� podem ter 5 filhos, por que o Godfrey n�o pode? Viu?
Devo a cria��o da minha fam�lia � generosidade do Sr. Gray.
Se algumas pessoas podem ter 5 filhos, outras tamb�m podem.
Acho que 2 j� s�o suficientes, e Bullock concorda comigo.
Ou�am, todo mundo, quero fazer um an�ncio.
O que quer anunciar?
- Vou me casar. - Casar? Com quem?
- V�o saber em breve. - N�o �, Charlie Van Rumple?
Sim, Charlie Van Rumple. Onde ele est�?
Est� no bar.
J� a abracei v�rias outras vezes,
mas essa � a 1 � vez que senti aquele calafrio.
- Parab�ns, meu velho. - Parab�ns pelo qu�?
- Seu casamento! - Que casamento?
Vai se casar com Irene, n�o vai?
- Vou? - N�o seja gag�! Venha!
- Quem disse que estamos noivos? - Voc� disse.
- Quando isso aconteceu? - Agora.
- Qual � a anima��o? - Acho que ela est� noiva.
De novo? Deve ser o rapaz legal de terno marrom.
Vamos parabeniz�-Ios.
Voc� � mesmo um rapaz de sorte.
Eu sei que sou. N�o sou Van Rumple.
- N�o �? Quem � ele? - Aquele.
Espero que me perdoe.
- Voc� � Van Rumple, certo? - Sou.
- Cuide bem dela. - Pode deixar.
Estou um pouco confuso. N�o me lembro de lhe propor.
Voc� est� sempre propondo.
- Estou na frente de quem? - De todos.
O que acha que o Godfrey vai pensar sobre seu noivado?
- O que ele tem a ver com isso? - Nem imagino.
- Cuide da sua vida. - Certo, vamos brindar.
- Venham, pessoal. - Vai parabenizar a Irene?
- Acabou de ficar noiva. - Ser� um prazer.
Godfrey, venha parabenizar a Irene.
Posso parabeniz�-la, Srta. Irene?
Desejo-lhe toda a felicidade do mundo.
Deixem-na sozinha. Ficar� bem num minuto.
- Ela est� brava comigo? - N�o est� brava com ningu�m.
As mulheres sempre choram em noivados e casamentos.
- Por qu�? - N�o sei, mas choram.
Irene � peculiar. Grita quando se lamenta e chora quando est� feliz.
- Alexander, perdeu toda a anima��o. - O que est� havendo?
Eu sabia o que ia dizer, mas acabei esquecendo.
- O que aconteceu com Irene? - Claro, isso mesmo!
- Irene ficou noiva. - De quem?
Van alguma coisa. � aquele garoto com os bra�os em torno da garota.
- Ele tem muito dinheiro. - Vai precisar.
Godfrey, voc� e eu precisamos conversar.
Que tal almo�armos no meu hotel amanh�?
Sim, senhor. Prefere soda ou "Ginger Ale"?
- Ambos. 12h00? - Perfeitamente, senhor.
J� sabe com quem ela vai se casar? Gostaria de conhecer o rapaz.
N�o sei, Alexander. � um dos rapazes que est�o aqui.
Venha comigo.
N�o est� se alimentando bem esta manh�, senhor.
- Voc� percebe tudo. - Problemas nos neg�cios, senhor?
Por que est� perguntando isso?
Bem, senhor, mordomos n�o ajudam apenas buscando o jornal.
N�o devemos falar sobre isso.
Pensei que poderia ajudar, senhor.
No passado, j� me interessei pelo mercado.
Uma pessoa interessada pelo mercado nesta fam�lia � suficiente.
- Muito bem, senhor. Ovos? - N�o, obrigado.
Godfrey, parece ser um bom rapaz.
Notou algo esquisito em mim recentemente?
Nada particular, senhor.
�s vezes, imagino se toda minha fam�lia enlouqueceu ou eu.
Sei como se sente.
J� me senti assim muitas vezes desde cheguei aqui.
Ent�o porque continua aqui? Eu preciso, voc� n�o.
� mais confort�vel do que viver num barraco no lixo, senhor.
Al�m disso, tenho orgulho do meu trabalho aqui.
- Tem orgulho de ser mordomo? - Orgulho de ser um bom mordomo.
E, um mordomo tem que ser muito bom para manter o trabalho aqui.
Me diga... quem � voc�?
Apenas um "Z� Ningu�m", senhor. Caf�?
Godfrey, estou aqui. Finalmente apareceu.
Achei que tivesse ca�do no ralo da pia.
Desculpe pelo atraso, Tommy. � duro arrumar camas para tantas pessoas.
Gar�om! Voc� parece fazer tudo exceto enxotar o gato.
S� n�o fa�o isso porque n�o temos o gato.
O mesmo para mim. O que vai querer, Jarvis, meu caro?
Quero a boa e velha limonada.
Limonada? Tem certeza que aguenta?
Com certeza, sou do tipo que pega ou larga.
Agora que sou um trabalhador, preciso manter minha sanidade.
Come�o a imaginar se ainda tem alguma. N�o evite o assunto.
Estou sentado aqui como uma fofoqueira...
com os ouvidos preparados, esperando para ouvir a sujeira.
Que sujeira quer ouvir?
Bem, quando vejo um dos Parkes de Boston servindo "hors d'oeuvre"...
acho que tenho direito a uma curiosidade perdo�vel.
Por que dizer algo que n�o vai entender?
Caiu tantas vezes do cavalo que seu c�rebro est� danificado.
Continuo querendo saber porque est� trabalhando como mordomo,
enquanto sua fam�lia diz a todos que est� na Am�rica do Sul.
Uma fam�lia precisa dizer algo para salvar a pr�pria pele.
Os Parkes se desgra�am facilmente.
Gostaria de ver suas caras quando descobrirem que � um mordomo.
- Eles n�o v�o descobrir. - V� direto ao ponto.
N�o h� exatamente um ponto.
Lembra-se daquele pequeno incidente em Boston?
Aquela mulher ainda est� na sua cabe�a?
N�o est� mais. Mas foi muito duro na �poca.
Ent�o dei a ela tudo o que tinha e desapareci.
Sabe, os Parkes nunca foram educados para encarar a vida.
- Somos marionete h� 10 gera��es. - E?
Tommy, � surpreendentemente r�pido como desce a ladeira...
quando come�a a sentir pena de si pr�prio.
E eu realmente senti pena de mim mesmo!
Uma noite estava vagando por East River,
pensando em escorregar para dentro e acabar com o sofrimento.
Mas conheci um pessoal l�, no lixo.
Eram pessoas batalhadoras e n�o reclamavam.
Nunca mais cheguei perto do rio.
Voc� me faria um grande favor?
- Quem quer que eu mate? - Mato minhas pr�prias v�timas.
V� at� a esquina, ligue para este n�mero e pergunte por Tommy Gray.
Quando estiver na linha, mantenha-o l�.
- Do que se trata? - N�o fa�a muitas perguntas.
Ent�o das ru�nas de Godfrey Parke...
um novo edif�cio surgiu na forma de Godfrey Smith.
E, para adicionar, o edif�cio vai continuar crescendo.
Pretende continuar um mordomo?
N�o, tenho outras ideias em mente.
Mas tamb�m n�o as entenderia, ent�o n�o vamos entrar nisso.
- Faria um favor? - Talvez.
Tenho um amigo na cidade, um famoso especialista do c�rebro.
Gostaria que o examinasse.
Eu me submeto a um exame, se voc� tamb�m for.
� uma aposta.
- � o Sr. Gray? - Sou.
- Tem uma liga��o para o senhor. - Uma liga��o? Mas quem...
Volto num minuto, Godfrey.
- Bem, o mist�rio est� resolvido. - O mist�rio?
Sim. Agora sei o que o mordomo faz nas folgas.
Quando trabalhou para o Sr. Gray, sempre foram assim t�o �ntimos?
Trabalhei para o Sr. Gray por muito tempo, e n�s...
Com o nome de Smith, n�o �?
Ou o ouvi dizendo o nome Parke?
Disse que d�vamos longas caminhadas no parque.
- Um costume. - Estou vendo.
Se pode ser t�o �ntimo dos Grays,
por que n�o pode ser �ntimo dos Bullocks?
- Tento ficar no meu lugar. - Por qu�? � muito cativante.
- Como mordomo? - N�o, como um Smith.
- � um p�ssimo mordomo. - Sinto muito.
- Seremos amigos? - Durante a minha folga,
tenho o privil�gio de escolher os meus amigos.
N�o pode continuar com isso para sempre.
Gosta de mim, e est� com medo de admitir, n�o �?
Quer que eu diga o que realmente penso sobre voc�?
- Por favor. - Como Smith ou como mordomo?
- Escolha sua arma. - N�o vai us�-la contra mim?
- � sua folga. - Muito bem.
Voc� pertence a uma categoria infeliz...
que eu chamo de "Pirralho da Avenida Park.
Uma crian�a mimada que cresceu no luxo e no conforto,
que sempre teve tudo como queria,
e cujas energias mal orientadas s�o t�o infantis...
que n�o merecem sequer o coment�rio de um mordomo em seu dia de folga.
Obrigada pela ador�vel descri��o.
Oi, Cornelia. O que est� fazendo aqui?
Godfrey e eu est�vamos discutindo o card�pio de amanh�.
- N�o v� embora. - Estou com muita pressa. Tchau.
Vejo voc� perto da pilha de cinzas.
- O que ela quis dizer? - � uma piadinha nossa.
Estou vendo. Um mordomo piadista.
Qual � o problema da limonada virou seu est�mago?
Acho que vou mudar. Estou mais animado.
Agora estamos chegando a algum lugar. Gar�on!
Outra desta.
- Ele ainda n�o voltou? - Ainda n�o.
Poderia colocar estas flores em seu quarto?
- N�o posso mais entrar l�. - Eu tamb�m n�o.
- N�o vai dizer que s�o minhas? - Se n�o quiser.
N�o quero que saiba.
� dele, n�o �?
- Sempre costura seus bot�es? - �s vezes.
Gostaria de costurar seus bot�es quando escapam.
- N�o me importaria. - Ele n�o perde muitos.
Ele � todo certinho. - Sim, ele � todo certinho.
- O que ele faz nos dias de folga? - Ele nunca me diz.
Provavelmente est� sentado em algum lugar com uma mulher no colo.
Ele � o homem mais malvado que eu conhe�o.
Acho que ele � muito malvado.
Deve estar sentado em algum lugar com algu�m no colo...
que n�o se importa com ele.
E imagino, que seus filhos tamb�m est�o l�, chamando-o, chamando-o.
N�o aguento isso.
Por favor, n�o.
Voc� tamb�m?
Molly, sei exatamente como se sente.
Boa noite.
Que tal um quarteto?
J� que o amanh� po nos trazer tristezas
Vamos ser felizes esta noite
"Coragem, ela disse, e apontou para a terra.
Essa onda nos levar� para a costa em breve...
e a tarde caiu sobre uma terra...
que sempre parece ser a tarde."
Carlo!
"Ao longo da costa o ar l�nguido desapareceu."
- O que houve, querida? - Nada.
- Ela estava comendo cebolas. - Cebolas me d�o sono.
Irene adora cebola. Quando era pequena,
sempre roubava cebolas da geladeira.
�s vezes, imagino se minhas filhas est�o todas a�.
"Como uma fuma�a que desce, fina ao longo do penhasco...
e cai, e cai, e cai no mar."
Boa noite.
Pensei ter pedido para mandar
o vestido cinza de cetim para a lavadeira.
Com prazer.
Parece que toda vez que voc� pega o jornal, algu�m � assassinado.
Imagine um homem afogando sua esposa numa banheira.
Talvez tenha sido a �nica maneira de faz�-la tomar banho.
Se algu�m afogasse o meu Duke numa banheira,
sua mam�e ficaria muito triste, muito mesmo.
Precisa de mais alguma coisa, madame?
N�o pedi nada, ent�o como posso querer mais alguma coisa.
Me desculpe. Pensei que fosse a Srta. Cornelia.
Pensou que eu fosse a Cornelia?
Me perdoe, mas voc� est� cada dia mais jovem, se me permite.
Certamente. Muito obrigada, Godfrey.
Mandou o Godfrey subir por algum motivo?
Se mandei? N�o, tenho certeza que n�o. Por qu�?
S� estava pensando.
Eu estava no "Kerry Bar" hoje. Aquele lugar est� em decad�ncia.
Est�o recebendo pessoas de classe muito baixa.
N�o deveria ir l�, minha querida.
Querida, qual � o problema? N�o est� comendo nada.
Ningu�m se importa se eu morrer de fome.
Qual � o seu problema, Irene?
N�o me importo de morrer, se outra pessoa tamb�m n�o.
Est� apaixonada. N�o perceberam?
� por causa do noivado. Algumas amigas minhas tamb�m agiram assim.
- Talvez esteja com o estomago ruim. - Ningu�m perguntou!
L� se v�o os lucros.
Me desculpe.
N�o sei o que h� com o Godfrey. Tem agido estranhamente.
Mas me fez um belo elogio.
Ele sempre est� elogiando a todos.
Querida, por que n�o come? O Carlo repetiu todos os pratos.
Deixe-a em paz. Carlo j� est� comendo pelos dois.
Pare, Alexander.
Ele precisa ficar forte para dar aquele concerto.
N�o pode apressar um g�nio.
Ele faria um �timo concerto com o garfo e a faca.
Por que sempre irrita o Carlo? Por que n�o escolhe outra pessoa?
Espere, m�e. Venha aqui, pai. Algo terr�vel aconteceu.
O que foi? O que aconteceu?
Parece assustada. Est� branca como papel.
Vamos para a sala de estar, para n�o sermos ouvidos.
Cornelia, o que aconteceu? Est� doente?
Venha, sente-se aqui. Vou pegar uma aspirina para voc�.
- Estou bem. - O que foi? O que aconteceu?
Lembram-se do colar de p�rolas que ganhei no meu anivers�rio?
- Claro! - O que aconteceu?
- Desapareceu. - Talvez algu�m tenha roubado.
Encha a sua boca e fique fora desta discuss�o!
- S� tentei ajudar. - N�o precisamos da sua ajuda.
- Quando descobriu? - Coloquei na penteadeira de tarde.
E quando subi agora, tinha desaparecido.
- Ela vale muito dinheiro. - Eu � que sei.
- O que faremos? - Vou chamar a pol�cia.
N�o se preocupe, papai. Eu j� chamei.
Bem, o que quero saber �, quando perdeu as p�rolas?
Durante o jantar subi para o meu quarto, e tinham sumido.
Provavelmente perdeu. Sempre as deixa por a�.
Ningu�m lhe perguntou nada.
Se vai ser rude com a minha filha, tire o chap�u.
Em casos criminais, senhora, mantemos as duas m�os livres.
Est� implicando que sou uma criminosa?
S� sei que � um trabalho interno.
- Quem � ele? - � o protegido da mam�e.
Sem gracinha. � seu filho?
Ele? Ou�a, cometi muitos erros na vida,
mas eu me enforcaria se tivesse feito isso.
Pare de irritar o Carlo!
Ele n�o teria tempo para roubar. Est� sempre ocupado comendo.
- Quem � voc�? - Adivinhe.
- Onde est� Godfrey? - N�o est� se sentindo muito bem.
- Quem voc� est� encarando? - S� um minuto, irm�.
Se isso fosse verdade, eu renegaria meus pais.
Ent�o, tem uma paix�o por j�ias, certo?
Sim, tenho uma paix�o por policiais idiotas.
- Onde est�o? - A maioria em cemit�rios.
- Onde est� o colar? - Eu engoli.
N�o acuse a Molly. Est� conosco h� muito tempo.
- Mas que �tima recomenda��o. - Obrigada, Molly.
De nada. Vou arrumar as camas.
- Quem � Godfrey? - � o melhor mordomo que j� tivemos.
Acho que Godfrey n�o pegou, embora n�o saibamos nada sobre ele.
Godfrey n�o tocaria naquelas p�rolas por nada.
Espere um minuto. O que quis dizer com "n�o sabem nada"?
N�o o contratamos atrav�s de uma ag�ncia de empregos.
- Minha irm� o encontrou no lixo. - Interessante.
- Est� acusando o Godfrey? - N�o. S� quero o meu colar.
N�o consigo imaginar o Godfrey usando um colar de p�rolas.
- Onde est� esse mordomo? - Provavelmente em seu quarto.
- Onde �? - Por aqui.
Aquele � o quarto.
Godfrey, se est� com elas, esconda-as!
- Ei, o que est� fazendo? - Tudo bem, senhorita.
Ol�, pessoal.
- Onde est�o? - Onde?
Foi o que eu disse. Onde?
Aon foi o meu cachorrinho?
Vamos, pare com isso!
- Notou que ele andou bebendo. - Ele n�o bebeu!
N�o o culpo se bebeu. Esta fam�lia deve t�-Io obrigado.
Vai se importar se vasculharmos o seu quarto, Godfrey?
Algu�m se perdeu?
Um colar de p�rolas desapareceu.
- Sabe algo sobre isso? - Bem, vamos procurar.
- Isso � ruim. - � muito ruim para voc�.
N�o estaria t�o certo sobre isso. Essa � um quest�o s�ria.
As p�rolas n�o poderiam simplesmente sair andando.
Provavelmente as deixou no t�xi. Como no ver�o passado.
Vamos olhar embaixo do tapete. Talvez eu tenha colocado l�.
N�s faremos a revista, Godfrey, meu caro.
- Com prazer. - Isso � uma tolice.
Imagino uma mulher roubando p�rolas, mas o que Godfrey faria com elas?
- Olhe embaixo do colch�o. - Sim, � um lugar perigoso.
Bem, n�o est� aqui.
Mas tem que estar a�.
Espere. Por que est� certa de que deveriam estar embaixo do colch�o?
Li que � onde as pessoas colocam as coisas quando as roubam.
- � mesmo? - Diga, o que est� aprontando?
Gostaria de conversar com voc�s l� fora, se n�o se importarem.
- Sinto muit�ssimo, Godfrey. - Eu falei para voc�.
Todos n�s sentimos muit�ssimo, Godfrey. Venha, Cornelia.
Sinto muito, rapazes. Pe�o desculpas pela minha fam�lia.
S�o todos hist�ricos.
- Temos ideia do que aconteceu. - Quero que deixem isso para l�.
Ela provavelmente perdeu o colar. Se � que tem um.
Tem algo errado nessa hist�ria.
Foi tudo um mal entendido. E se voc�s n�o se importarem,
gostaria de depositar um cheque para o fundo de pens�o.
- Certo, Sr. Bullock. Obrigado. - Boa noite.
- Tudo j� foi esquecido. - Boa noite, rapazes.
O que tem a dizer?
Eles n�o v�o fazer nada a respeito?
N�o, e provavelmente � melhor para voc� que n�o fa�am.
E digo mais. Se n�o encontrar esse colar, o azar ser� seu...
porque n�o est� no seguro.
Cornelia peru suas p�rolas, e eu tenho as minhas!
Bem, aqui estamos, Tommy. A vila dos esquecidos.
- O que achou? - Acho que prefiro, Newport.
� uma quest�o de escolha. Infelizmente, eles n�o tem escolha.
Ainda prefiro Newport.
Que aroma delicioso � esse?
� o Rio Old Man. Vai se acostumar daqui a pouco.
Est� dizendo que pessoas realmente vivem aqui?
Bem, eles tentam.
Tommy, observe a aquela estrutura � sua esquerda.
� o local de nascimento do celebrado mordomo Godfrey Smith.
- E as cinzas de Godfrey Parke? - Espalhadas pelos ventos.
- Ol�, Duke. Ora, ora. - Ol�, Mike.
- Como vai? - Conhe�a o Sr. Gray. Sr. Flaherty.
Sr. Gray, perdoe a m�o molhada. Estava lavando a minha lingerie.
- Tudo bem. - Bob, olhe quem est� aqui.
- Oi, Bob. - Ora, n�o posso acreditar!
Agrade�o pelos feij�es. Chegaram bem a tempo.
Como vai? Os feij�es estavam �timos. S� n�o comemos a lata.
N�o me agrade�a. Agrade�a ao Sr. Gray.
Ele tem uma esquina no mercado de feij�es.
� a mesma esquina onde est� a prosperidade?
N�o, essa � outra. Ol�, Arthur.
- Ol�, Duke. - Conhe�a o Sr. Gray. Sr. Bellinger.
Parece que conseguiu um trabalho. Isso � uma epidemia?
Mike. Vamos nessa.
Duke, precisamos ir. � dia de mudan�a.
Precisamos ajudar os rapazes. Os caminh�es est�o se amontoando.
Estaremos no rio no come�o da primavera.
Talvez sejamos capazes de flutuar at� l�. At� mais.
Certo.
O cara segurando as madeiras � Bellinger do "Second National".
Quando seu banco faliu, abriu m�o de tudo
para que seus depositantes n�o sofressem.
- N�o � s�rio? - � s�rio.
H� dois tipos de pessoas, aqueles que enfrentam a ideia...
de se jogar no rio e o outro tipo.
Afinal de contas, as coisas sempre foram assim para algumas pessoas.
Esses homens n�o s�o sua responsabilidade.
Existem maneiras diferentes de se divertir.
Voc� tem um senso de humor peculiar.
Ali temos alguns apartamentos bem modernos,
ali temos uma boate agitada...
enquanto aqui homens passam fome porque n�o ter emprego.
- O que acha disso? - Aonde quer chegar?
Tommy, h� um processo mental muito peculiar chamado pensar.
Voc� n�o deve fazer muito isso.
Mas quando eu estava vivendo aqui, fiz muito isso.
Descobri que a diferen�a entre um mendigo e um homem � o trabalho.
Sente-se e descanse os ossos. Vou contar o que quero.
Vou ouvir, mas ainda acho que devia ir para um manic�mio.
Pode estar certo, mas vou contar o meu plano,
e preste bastante aten��o. Tenho uma ideia...
BOATOS PARK AVENUE
A SENHORITA BULLOCK RETORNOU DE UMA LONGA ESTADA NA EUROPA,
ONDE A SUA FILHA IRENE... (ISSO � APENAS UM ROMOR) FOI ENVIADA
PARA ESQUECER UM NOIVADO FRACASSADO.
SE O PARKAVENUE SOUBESSE O NOME DO SEU REALAMADO,
TODO MUNDO ESTARIA RINDO.
O CUPIDO ATACA EM LUGARES ESTRANHOS
OU AS PALAVRAS TEM EFEITO...
E HEIGH-HO...
Voc� e Irene se divertiram enquanto estiveram na Europa?
Tanto quanto algu�m pode se divertir com Irene.
- Seja mais gentil com o Carlo. - Por qu�?
- N�o ligo. "Cherchez la femme". - Bem feito.
Carlo sempre tem uma resposta inteligente para tudo.
Querida, quer caf�?
- N�o, obrigada. - Tamb�m n�o jantou nada.
- Voc� comeu tudo. - N�o posso falar nada!
- Voc� nunca fala. - O que voc� tem?
Gastamos um dinheir�o mandando voc� para o exterior,
e est� pior do que quando saiu.
- Deve ser um problema no f�gado. - Tome rem�dio para o f�gado.
- N�o quero rem�dio para o f�gado. - N�o fique triste.
J� terminou com outros e nunca agiu dessa maneira.
Ela n�o liga para o fim do relacionamento.
Est� triste porque, Godfrey n�o se derreteu quando chegamos hoje.
Por que Godfrey se derreteria?
Ele n�o fez festa quando chegamos s� para agrad�-la.
Godfrey n�o � do tipo festeiro.
Godfrey, estava dizendo �s minhas filhas o quanto sentiu a falta delas.
Sim, eu senti. Muita, para fala a verdade.
- N�s tamb�m, n�o �, Irene? - Sim.
- Obrigado. Tamb�m senti a sua. - � bom que tenham sentido falta.
Porque � �timo quando nos reencontramos.
Isso mesmo, querida. � bom v�-la feliz.
- Realmente tem o dom, Godfrey. - Obrigado.
N�o h� como negar que Godfrey tenha um dom.
Precisamos correr. Cornelia, anime-a.
Pode deixar.
Sente-se melhor por saber que Godfrey sentiu nossa falta?
Sentiu mais a minha. Pude ver na luz de seus olhos.
Por que n�o se joga logo em seus bra�os e acaba com isso?
N�o se pode apressar um homem como Godfrey.
Est� envelhecendo, sabia? Pode ser a �Itima chance de casar.
Ele est� apaixonado por mim. S� n�o quer admitir.
Posso faz�-Io admitir rapidinho.
- Ele n�o teria nada com voc�. - Como voc� sabe?
Porque n�o teria. N�o tente nada.
N�o estou dizendo que vou, e nem que n�o vou.
Por falar nisso, Godfrey e eu temos assuntos pendentes.
� melhor deix�-Ios pendentes,
a menos que queira usar uma l�mpada como chap�u.
Falou s�rio quando disse que sentiu minha falta?
� claro que sim!
Tamb�m sentiu falta da Cornelia ou s� de mim?
- Bem, senti falta das duas. - N�o foi s� de mim?
Senti mais a sua falta do que a da Cornelia. Por qu�?
Ainda bem, porque se sentisse mais da Cornelia, sentiria menos de mim.
- Isso parece l�gico. - � s� o que eu queria saber.
- Fica t�o bonito de avental. - N�o estou tentando ficar bonito.
Molly est� resfriada, e estou dobrando por ela.
O que voc� achou engra�ado?
- Ela n�o est� resfriada. - N�o?
Ela tem o mesmo que eu, s� que voc� n�o me deixa falar sobre isso.
- Porque perde a calma. - N�o de verdade.
- Deixaria eu fazer uma coisa? - O que quer fazer?
- Enxugar. - Claro.
- Conte-me tudo sobre a viagem. - N�o vai ficar bravo?
- Por que deveria? - Porque todos lembravam voc�.
Tudo... n�o quero parecer tolo,
mas, �s vezes, tenho dificuldade em entend�-la.
Por exemplo, quando entrava num restaurante em Paris,
Fechava os olhos e dizia, "o gar�on � Godfrey.
Estou em casa, e ele est� me servindo o jantar".
- Tudo ficava com um sabor melhor. - Por qu�?
- N�o imagina? - Acho que n�o.
Quando pegava um t�xi, o taxista era Godfrey,
e eu dizia, "Esta � sua carruagem,
e est� me levando para as montanhas."
� melhor descer das montanhas e me contar sobre a viajem.
Fomos a Veneza, e demos uma volta naqueles barcos
que os homens empurram com uma vara. N�o era toureiro.
Isso foi na Espanha. Mas algo como toureiro.
O homem que o empurrava cantava uma linda can��o.
- N�o entendi nada, mas era linda. - Entendo.
Ent�o fechou os olhos e o homem era Godfrey.
Foi lindo! Nem me importei com o cheiro.
Foi muito conveniente viajei ao exterior sem sair da cozinha.
Voc� tem um senso de humor �timo. Gostaria de ter senso de humor.
Mas nunca penso na coisa certa para dizer.
Importa-se que eu fale um pouco, enquanto recupera o ar?
Eu adoraria.
Enquanto esteve fora, tamb�m fiz algumas coisas.
Tentei fazer algumas coisas que a deixar�o orgulhosa de mim.
Eu j� tinha orgulho antes de ir.
Ficar� ainda mais orgulhosa.
Sabe, voc� me ajudou a me encontrar,
e sou muito grato.
Seria um �timo marido.
Acho que n�o.
- Sei o que pensa sobre as coisas. - Como?
Voc� � �tima comigo porque a ajudei vencer a Cornelia,
e sou agradecido a voc� por ter me ajudado a vencer da vida.
Mas isso n�o quer dizer que precisamos nos apaixonar.
Se voc� n�o quer, mas eu seria uma esposa maravilhosa.
Acho que n�o para mim.
Eu gosto muito de voc�.
Mas tive uma experi�ncia muito dolorosa.
Mas n�o vou incomod�-la com isso.
Talvez n�o estivesse apaixonada por voc�.
Talvez n�o. Entretanto, esse � outro ponto.
Voc� e eu somos amigos.
Sinto certa responsabilidade por voc�.
- Por isso queria lhe contar 1�. - Contar o qu�?
Bem, acho que chegou a hora de ir embora.
Godfrey!
N�o, por favor.
- N�o vou chorar, prometo. - � melhor.
Afinal, sou seu protegido.
- Quer que eu evolua, n�o �? - Quero.
N�o quer que eu seja mordomo a vida toda, quer?
- Quero que seja o que quiser. - Isso � muito gentil.
- Quando vai partir? - Em breve.
Mas vou ligar sempre para voc�.
Vamos ter longas conversas. E vou lhe contar como estou.
- Vamos nos divertir muito. - Vai voltar para ela?
- Para quem? - A mulher �ndia.
�ndia...
Aquilo foi inven��o.
Ent�o n�o era casado com ela?
N�o, foi s� um produto da imagina��o de Tommy Gray.
- Ent�o n�o h� outra? - N�o!
Ent�o, tamb�m n�o tem 5 filhos.
Naturalmente.
Isso faz toda a diferen�a.
Certo, faz toda a diferen�a.
Chamou, senhorita?
N�o precisa ser t�o formal quando estamos sozinhos.
Um mordomo n�o deve ser formal?
- Mas voc� n�o � um mordomo. - Desculpe se a desapontei.
Deixe de lado essa atitude superior por um momento.
Tenho um assunto para discutir com voc� h� algum tempo...
chamado "O Mist�rio Do Colar Da Madame"...
ou "O Que Aconteceu Com As p�rolas?"
P�rolas? Colar? Aquele que desapareceu no �Itimo outono?
- O pr�prio. - Nunca apareceu?
Sim, apareceu, mas n�o em minhas m�os.
Conhe�o a 1 � parte da hist�ria, agora quero saber a 2� parte.
- N�o imagino. - Sei uma hist�ria que vai interessar.
Conheci algumas pessoas no barco durante a volta.
Uma fam�lia de Boston, muito distinta.
Eles conheciam muito bem uma fam�lia chamada... os Parkes.
Eram os Mayflower. Pessoas da aristocracia.
Nunca tiveram sequer um esc�ndalo relacionado � fam�lia.
Seria uma pena v�-Ios se tornarem a piada de Boston.
Eu odiaria ver qualquer pessoa se tornar piada em qualquer lugar.
Vamos fazer um longo passeio de t�xi at� Van Cortland Way.
Talvez possamos trocar segredos.
- � uma ordem? - Se preferir.
Estarei esperando na esquina.
Que esquina? Esta ou aquela?
Esta.
� imposs�vel trocar segredos �ntimos aqui.
O tr�fego � quase t�o ruim quanto o da "Esta��o Grand Central".
N�o se esque�a, querido. 15 minutos.
Por favor, Godfrey, n�o pode ir com Cornelia.
Mas n�o disse que vou a lugar nenhum com a Srta. Cornelia.
Eu sei, mas vai. Ela sempre consegue o que quer.
Mas por que se importaria se eu a encontrar ou n�o?
Eu me importo, � por isso. Cornelia � que n�o se importa.
Acho que eu deveria decidir essas coisas sozinho.
Godfrey, n�o quero ser importuna, mas eu...
Olhe... n�o pode fazer isso.
Por favor, pare com isso.
Esta � a fam�lia mais louca do mundo.
Escute, pare com isso. Ouviu?
Se est� fingindo um desmaio para eu n�o encontrar com a Cornelia,
est� na dire��o errada, ouviu?
Ouviu?
Deve ter sais de cheiro.
Est� se sentindo melhor? N�o?
S� um minuto.
Godfrey sabe como cuidar da pequena Irene.
Sabe mesmo.
Fique a� deitada, e Godfrey vai cuidar de tudo.
Godfrey sabe como cuidar...
desses horr�veis desmaios.
Esta � a minha garota. Venha aqui.
Pronto. Godfrey logo vai curar a Irene.
Vai mesmo. Deixe tudo com o Godfrey.
Godfrey vai cuidar de tudo.
Agora sente-se a� como uma boa garota,
e num minuto vai esquecer de todos os problemas.
Eu sabia. Que lhe sirva de li��o.
Godrey! Godfrey, n�o v�!
Godfrey, agora eu sei que me ama.
- Eu n�o amo voc�! - Voc� ama!
Posso saber o que significa isso?
- O Godfrey me ama! - O que voc� est� falando?
- Godfrey me ama! - Godfrey, exijo uma explica��o!
- Acho que � melhor eu me demitir. - Sim, � uma boa ideia.
- O que acha que seu pai diria? - N�o importa. O Godfrey me ama.
Coloque roupas secas e des�a imediatamente.
- O Godfrey me ama! - Nunca ouvi nada assim antes!
Pare com isso! J� estou suficientemente deprimido!
- Aconteceu algo horr�vel. - O qu�?
Godfrey colocou Irene no chuveiro gelado.
O que tem de horr�vel nisso?
Eu n�o estou entendendo nada do que est� dizendo.
A �nica coisa a fazer � mand�-Io de volta para o lugar de onde veio.
Imagine, apaixonar-se pelo mordomo.
Se vai sentir pena de algu�m, sinta do Godfrey.
- Alexander! - Pare com isso!
Tenho coisas mais importantes para conversarmos.
N�o me diga que vai falar sobre dinheiro.
- Dinheiro, dinheiro, dinheiro! - Sim, vou. Mas antes de come�ar,
terei uma conversinha com o Carlo.
- O que vai fazer? - � particular, s� para o Carlo.
N�o se importa se tivermos uma conversinha, Carlo, meu velho?
Sabe, por algum tempo, Carlo, eu senti...
- O que disse para o Carlo? - Eu disse "adeus".
- Ele foi? - Ele saiu pela janela lateral.
- Aonde ele foi? - N�o sei, mas n�o vai voltar.
- Agora, sente-se e ou�a. - Nunca vi voc� assim.
- Sente-se! - O que deu em voc�, Alexander?
- Voc� tamb�m, sente-se e ou�a. - Quer que o Godfrey ou�a?
Sim, quero que o Godfrey ou�a. Tamb�m � de seu interesse.
� melhor que saibam de uma vez, estamos quase falidos.
Quer dizer que n�o temos mais dinheiro?
Temos esta casa, algumas finan�as, e s�.
N�o � s� isso, perdi todo meu capital da Bullock Enterprises.
Peguei dinheiro dos acionistas para tentar recuperar as perdas.
N�o sei onde vou parar. Talvez na cadeia.
- Alexander! - Mas se eu acabar na cadeia,
ser� o 1� momento de paz que tenho em 20 anos.
E n�o quero mais v�-las rindo de Godfrey.
Pois todas poder�o acabar no lixo.
- O que faremos? - Posso me intrometer, senhor?
Acho que as coisas n�o est�o t�o ruins quanto imagina.
- O que voc� sabe? - Bem, senhor,
h� muito tempo sei que os neg�cios dos Bullock estavam indo mal.
Ofereci ajuda uma vez, mas recusou-se em aceitar.
Ent�o tomei a liberdade de investir no mercado por conta pr�pria.
Aqui est�, senhor.
- O que � isso? - A maior parte do seu capital.
Sabia que seriam jogados no mercado, ent�o vendi r�pido.
N�o entendo. Vendeu r�pido. Do que est� falando?
Espere! Voc� estava ganhando dinheiro enquanto eu perdia?
Fiz em seu interesse, senhor. O capital foi endossado para voc�.
N�o entendo. Fez isso para mim?
Bem, senhor, todo homem passa por um momento de mudan�a na vida.
Um momento em que precisa de ajuda. Tamb�m aconteceu comigo.
Esta fam�lia me ajudou espero ter pagado a minha d�vida.
E se me permite, uma parte foi para um projeto pessoal.
Espero que n�o se importe.
Quer dizer que fez tudo isso com apenas US$150 por m�s?
N�o. Com a ajuda de Tommy Gray,
Fui capaz de transformar uma certa bugiganga em ouro,
que virou capital e depois voltou a ser p�rolas.
Obrigado, senhorita, pelo uso desta bugiganga.
Godfrey! Ent�o voc� as roubou!
Bem, eu... Talvez a Srta. Cornelia possa explicar melhor.
- Voc� venceu. - Do que ele est� falando?
Coloquei as p�rolas embaixo do colch�o do Godfrey.
Obrigado, Srta. Cornelia. Queria que dissesse isso.
- Por qu�? - N�o entenderia m�e.
Pegue, Godfrey. S�o suas por direito.
N�o, obrigado. Paguei minha d�vida, e sou grato a todos voc�s.
Se tem algu�m em d�vida, somos n�s, ap�s o jeito com o tratamos.
J� me pagaram de muitas formas.
Aprendi com a paci�ncia do Sr. Bullock.
Encontrei a Sra. Bullock sempre, vamos dizer, divertida.
� muito am�vel,
e n�o se esque�a que disse que pare�o t�o jovem quanto Cornelia.
- Encontrou algo bom em mim? - Claro que sim.
Ensinou a ilus�o do falso orgulho. Me ensinou a ter humildade.
N�o entendo.
Srta. Cornelia, existem outras crian�as mimadas no mundo.
Eu mesmo fui uma.
Voc� � uma garota muito espirituosa.
Espero que use sua espirituosidade de maneira mais construtiva.
E assim... bom dia.
Odeio ver o Godfrey partir.
Ele foi o �nico mordomo que tivemos que entendia as mulheres.
Bem, Molly, disse para eu deixar o chap�u perto da porta. Lembra?
Odeio v�-Io partir, Godfrey.
- Molly, voc� tem sido �tima. - A casa est� t�o vazia.
Bem, acho que bons amigos se separam.
Dir� adeus a Srta. Irene por mim?
Acho que n�o consigo lidar com isso agora.
Voc� � um amor, Molly.
Adeus.
O que � isso?
O que houve com a Cornelia?
O que houve com todos? M�e, o que aconteceu?
- Ele partiu. - Quem partiu?
- Godfrey. - Para onde?
E Carlo saiu pela janela. Todos partiram!
Molly, ele j� foi?
Pobre Molly. Ele n�o vai fugir de mim.
Chame o carro, Molly. J� vou descer.
- Ol�, Duke. - Oi, Mike.
Diga, os neg�cios parecem bons esta noite.
Sim, est�o. O prefeito Courtney est� fazendo uma grande festa.
Preciso que um dos garotos traga as coisas, Duke.
- Ol�, Duke. - Ol�. N�o d� para reclamar.
Reclamar? Por que, os Meriwethers est�o aqui!
- Ouvi dizer. - N�g�cio dos bons.
Isso � tudo grego para mim.
Aqui est� o nosso mordomo errante. Explique para ele.
- Ol�, Duke. - Arthur.
Tenho uma estimativa da empreiteira para a planta da sua casa.
Ele acha que pode dividir os nossos edif�cios em compartimentos,
abrigar� pelo menos 50 pessoas.
Custar� US$5.800, mas inclui calefa��o.
Homens esquecidos com calefa��o. Parece algo fora do card�pio.
Conversarei com voc� sobre isso depois, Arthur.
Tenho interesses na companhia. Quando pagar� os dividendos?
Damos comida e abrigo a 50 pessoas no inverno e empregos no ver�o.
O que mais voc� quer?
� o mordomo mais arbitr�rio que conheci.
- Ex-mordomo. - Foi demitido?
Pedi demiss�o. Senti aquele sentimento tolo novamente.
- Fala de Irene? - O que sabe sobre isso?
Ningu�m sabe que est� apaixonada, exceto Nova lorque e Manhattan.
Sa� na hora certa.
Por que n�o se casa com ela?
- N�o. Cansei de matrim�nios. - Qual � o problema dos mordomos?
Muitas garotas da sociedade fogem com seus choferes.
N�o se importe com isso. Preencha um cheque de US$5.000?
- Para qu�? - Uma doca nova.
Talvez possamos receber alguns iates.
Que tal uma pista de pouso para avi�es?
Pensaremos nisso depois.
Senhor, o que aconteceu com o lixo que havia aqui?
Era aqui, mas foi reformado.
- O que aconteceu com os mendigos? - Mendigos?
- A maioria n�o est� mais aqui. - Onde est� Godfrey?
- O Sr. Godfrey Smith? - Sim.
Bem, senhorita, seu escrit�rio � ali onde est� escrito "escrit�rio."
Exatamente onde era. Obrigado. Vamos, Clarence.
Espere um minuto! O que � isso? Uma festa da cesta?
- Boa noite, Sr. Courtney. - Boa noite.
- � uma noite ador�vel. - Sim.
Boa noite.
Bem, a� est� voc�. Os neg�cios est�o �timos.
Estou preso, voc� � louco,
e vou voltar a Boston antes que eu desgrace a minha fam�lia.
- Problema resolvido. - Godfrey, voc� tem companhia.
- Ol�. - O que est� fazendo aqui?
Sim, o que est� fazendo aqui? Fisgue-o.
Voc� deve ir embora! Est� me ouvindo?
Bem, livre-se dela. Se precisar de ajuda, pe�a.
Realmente deu um jeito neste lugar, Godfrey.
- Est� muito melhor do que antes. - Voc� percebeu?
- Os mendigos est�o dando uma festa? - � a reuni�o anual deles.
- Vi o prefeito. Ele tamb�m � um? - � o convidado de honra.
Que vista ador�vel.
- A ponte fica sempre a�? - Quase sempre.
Voc� tem uma cozinha! Vou adorar este lugar.
O que tem aqui? � onde voc� dorme?
� o prop�sito principal do quarto. Alguma observa��o?
Achei muito bonito, mas vamos ter que trocar o papel de parede.
- Como assim, "vamos"? - N�o gosto de papel verde.
N�o ter� que olhar para ele. Vai para casa imediatamente.
- Mas n�o posso ir para casa. - Por que n�o?
- N�o depois do que aconteceu. - O que aconteceu?
Sabe o que aconteceu t�o bem quanto eu.
- Olha aqui... - V� em frente e perca a paci�ncia.
Adoro quando perde a paci�ncia.
Por que n�o pode me deixar sozinho?
Porque voc� � minha responsabilidade,
e algu�m tem que tomar conta de voc�.
- Posso tomar conta de mim mesmo. - Olhe nos meus olhos e diga isso.
Voc� me ama, e sabe disso.
N�o tem sentido lutar contra depois que j� aconteceu.
E j� aconteceu.
� o Clarence.
Desculpe o atraso, Srta. Irene.
- Eu precisei dar a volta. - Coloque as madeiras ali.
Pode colocar os alimentos na cozinha.
- Est� �timo. Obrigada, Clarence. - Qual � a ideia?
Trouxe lenha e comida. Devem durar uma semana.
Estou espantado que n�o tenha trazido um padre e uma licen�a.
N�o pensei nisso.
- Posso entrar? - Sr. Courtney.
O Sr. Gray disse que tinha um casal aqui querendo se casar.
- S�o voc�s? - Pode nos casar sem uma licen�a?
Sem uma licen�a... Isso pode me complicar,
mas conhe�o sua fam�lia suficientemente para me arriscar.
- Com quem voc� vai casar? - Godfrey. Este � Godfrey.
Como vai, Godfrey?
Seu pai est� sabendo sobre isso?
Todos sabem, exceto Godfrey.
� melhor arrumarmos uma testemunha.
- Clarence, venha at� aqui. - O qu�?
Tudo bem. Fique aqui. Venha, Godfrey. Fique aqui.
Bem, agora... deem as m�os, por favor.
N�o, a m�o direita.
Fique firme, Godfrey. Vai terminar num minuto.
FIM.
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