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Gostaria de compartilhar com vocês o meu remédio
para o medo e delírio no processo político.
Com frequência, as pessoas me perguntam
como posso estar tão envolvida em política
e continuar otimista.
Ou seja, ela não é desanimadora,
deprimente e corrupta?
Bem, talvez ache tudo isso,
como certamente vocês acham.
Gostaria de dar minha opinião a respeito do reengajamento da democracia.
A campanha negativa simplesmente não vale a pena para mim,
e creio que também não valha a pena para vocês.
Mas o problema aqui
é que não sabemos quais informações são confiáveis.
Devemos confiar em "Um Futuro Melhor para o Colorado",
ou "Cidadãos de Colorado por um Futuro Melhor?"
(Risos)
Este é um jogo que nosso jogo político
criou para que nos sintamos desamparados e com medo.
E não tenho tempo algum para isso.
Estou ocupada colaborando.
Temos crianças para criar,
jardins para cuidar,
bicicletas para montar,
mercados agrícolas para cuidar.
A minha política tem a ver com estar intimamente ligado
às comunidades de Boulder, no Colorado --
nossas crianças, ar, água, direito de liberdade --
e ser defensora delas.
Então, eu digo: "Visualize e dê a volta".
Vou dar alguns exemplos,
da minha experiência e prática.
Eu digo: contestem promessas irreais.
Na primeira vez em que ouvi que o transporte ferroviário
estava virando pauta principal,
fiquei com um friozinho na barriga.
Infelizmente, acabou não saindo
exatamente como esperávamos.
Quero dizer, como uma campanha poderia desandar tanto?
Disseram que, por 4,7 bilhões de dólares,
teríamos transporte ferroviário em Boulder até 2017.
Mas, agora, a previsão é de que isso não aconteça antes de 2042,
e por 6,5 bilhões de dólares.
Uhhhh!
Precisamos tratar a política
com uma dose saudável de ceticismo;
E, para mim, isso lembra o HAVA:
o "Help America Vote Act".
Vocês têm dificuldade para votar?
Eu não tenho.
Mas esta é a lei federal
que popularizou a votação eletrônica
e nos vimos com sistemas de votação
que ajudam pessoas mortas a votar,
e trocam magicamente os votos dos eleitores,
sem que eles sequer saibam.
Eu digo: confiem, mas verifiquem.
E se você não conseguir entender o sistema,
ignore-o e vote sempre no papel.
Você quer criar uma equipe forte e concluir juntos.
Agora, o exemplo "Ar Mais Limpo, Energia Mais Barata".
Talvez vocês se lembrem desta, de 2004.
"Ar Mais Limpo, Energia Mais Barata". Quem não é a favor disso?
Eu sou a favor.
Infelizmente, não saiu como esperávamos,
pois nossos supostos aliados de campanha fizeram acordos nos bastidores,
enfraqueceram a ideia,
porque não confiavam que os eleitores
e os serviços fariam a coisa certa.
Entretanto, no lado bom disso tudo,
todo o incrível empenho de voluntários, enorme trabalho,
capacitou os cidadãos do Colorado, deixando-os mais espertos,
mais confortáveis com os renováveis.
Não se preocupe, Boulder. Teremos outra oportunidade
no próximo mês para o "Ar Mais Limpo, Energia Mais Barata",
quando as cédulas de votação forem depositadas, em outubro.
Vamos ver se conseguimos ver isso.
Os eleitores tendem a fazer a coisa certa,
desde que nos sintamos informados e compreendamos a questão.
Eu me sinto à vontade com as campanhas,
desde que eu possa entender os números.
Sabe, há campanhas do pessoas
e campanhas corporativas.
E, embora nem toda campanha corporativa seja ruim,
nem toda pessoa seja boa,
o dinheiro é um bom indicativo do rumo
que a campanha está tomando.
Sabe, o medo e o delírio não podem ser canal
de um engajamento social positivo,
mas eleitores inteligentes e engajados podem.
Eu digo: vamos criar uma nova situação que nos revigore e nos anime.
O que me deixa animada nesse processo
é participar da comunidade:
o sair às ruas, o bater às portas, o telefonar para as pessoas,
a interação com a vizinhança, amigos e familiares.
Ideias coletivas pelas quais temos um carinho especial,
não porque alguém nos disse para acreditar nelas.
Então, eu digo: vamos reengajar a sociedade,
ignorar o medo e o delírio,
assar um bolo e compartilhá-lo
e ajudar a reconstruir nossas comunidades.
Muito obrigada.
(Aplausos)