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Eu te amo porque te amo Não precisas ser amante
E nem sempre sabes sê-lo Eu te amo porque te amo
O amor é estado de graça E com amor não se paga
Amor é dado de graça É semeado no vento, na cachoeira, no eclipse
Amor foge a dicionários e a regulamentos vários
Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim
Porque amor não se troca, não se conjuga, nem se ama
Porque amor é amor a nada Feliz e forte em si mesmo
O amor é primo da morte E da morte vencedor
Por mais que o matem - e matam - A cada instante de amor.
Obrigado, pessoal. Mas as palmas não são para mim
São para o Drummond. Esse poema se chama "As sem razões do amor"
e é só um exemplo do trabalho que eu quero de vocês
que é a elaboração e criação de um poema romântico
baseado nos poemas de Drummond. Certo?
Não sei pra quê fazer poema.
Ele bem que podia fazer uns exercícios em grupo.
É, né?
... é por isso que ele acaba completando ou utilizando de outros temas
principalmente o romance e o amor para o contexto dele, o conteúdo dele
o ideal dele de sociedade, né?
Tenta...
Deixa eu ver...
Fezes!
Porra, Tadeu, se não vai ajudar também não atrapalha!
Dá pra ficar quieto?
Caralho, velho, deixa de ser porco!
Nossa, que cena dramática.
Eu não vou conseguir escrever isso.
Qualquer coisa que eu faça vai ser uma merda pra ele.
Faz que nem eu e inventa um poema daquele tipo:
Coca, cloaca, cacete, cabala.
Funciona.
Eu não vou escrever qualquer coisa, né?
Deveria.
É o bom de arte.
Até o errado é certo.
Vale tudo.
Ah, cara... Professor Walter gosta de poesia romântica.
Ele é romântico.
E você vai escrever um poema pra ganhar nota ou um poema pra ele?
Pra nota, mas...
Então! Bora lá.
Fezes, fases, foices, foda-se
Acho que ele não vai gostar muito desse não.
Jaboticaba. Flor-de-lis.
Bom dia. Bom dia.
Professor!
Professor!
Opa, Bruno. Mande as ordens.
É que eu não tô conseguindo direito... O poema.
Será que o senhor poderia me ajudar?
Pode ser. Pode ser sim.
Ótimo.
Eu vou dar uma aula no cursinho agora
mas lá pras onze horas você pode passar na sala dos professores que a gente conversa.
Tá certo. Eu vou.
Bom, eu vou indo então. Até mais tarde.
Até.
O sol emite raios sobre a Terra,
Esses refletem de volta, porém a camada alta de gases poluentes
faz com que eles batam na Terra de volta para os gases poluentes,
e de volta ao globo terrestre causando assim um desequilíbrio muito grande
como a gente vê por aí.
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos,
Deixa em paz a mim.
Se tu me queres, enfim,
Tem que ser bem devagarinho, amada
Porque a vida é breve,
E o amor mais breve ainda.
Mário Quintana.
Bom dia, o professor Walter tá aí?
Ele não veio ainda não, viu...Mas deve tá chegando.
Ah tá... Obrigado.
Já sentiu a dor no peito, como faca violenta?
Dor que te deita ao leito, que também te acalenta.
Já sentiu correr Vinícius nas tuas veias pulsantes?
Ou os românticos vícios, das tabernas, como antes?
Já sentiu a ferida que dói e que não se sente?
Bebeste vida da foz, da nascente?
Já sentiste ter um coração que antes nunca havia pulsado?
Já tocaste um rosto com a mão e o guardaste emoldurado?
Diz-me se já amaste dessa forma
Se do cálice de Deus bebeste
Pois quem bebe ao paraíso torna.
Não há drinque como este.
Não!
Eu já disse que não!
Vanessa, não adianta falar mais.
Tá bom.
Tá bom. Desculpa. Desculpa então.
Não interessa!
Não.
Não.
Vanessa, você sabe quando é que isso vai acontecer?
Nunca!
Ei, galera! Acho que não vai ter aula hoje não, hein?!
Tá enganado, Tadeu!
Todo mundo sentado e em silêncio!
Vamos começar a leitura dos poemas por ordem alfabética.
Quem não fez ou está envergonhado vai ficar sem nota.
Então é melhor vir.
Eu vejo a morte, não me resta tempo...
Você é logo no começo, né?
Se quiser, a gente troca de poema e eu termino o seu.
Nem morto. O meu falta só um título.
Deixa eu ver.
É crer no invisível
É confiar no desconhecido
É fugir do que é plausível
É viver sem ter vivido. Fé é a lógica do ser
É a guerra contra o ter É morrer para sobreviver
Ou só sobreviver...
Lamúria
Seis, um, seis Leia o dado que tu vês...
O que isso quer dizer?
Eu ouvi ontem...
É alguma coisa triste, mas eu não sei o que é.
É perfeito.
...Chumbo ou festim.
Vem e não te calas. Atira logo em mim.
Parabéns, Beatriz.
Bruno. Sua vez.
Lamúria.
Será possível que me espera?
Só a mim e nada mais.
Que se possível me venera
Que é possível me amar mais?
Será que existe algum indício?
Algum vestígio ou pista?
A sobra do desperdício
A falha do malabarista.
Será possível que me fale, como eu falo na surdez?
Que entenda, mas se cale.
Que espere a minha vez.
Se houvesse algum indício,
algum vestígio, uma pista...
Mas só resta o malefício
Sob o pé do equilibrista.
Parabéns, Bruno. Muito bom.
Daniel Araújo. Pode vir.
Parte de mim Nem te percebeu.
Parte de mim Você convenceu
Veio de mim, parte do amor
Da sensação, daquilo que for.
Eu que mal sei como me guiar.
Eu não aprendi nem mesmo a rezar.
E veio você pra falar da dor
Da sensação, daquilo que for.
Como é que se faz? Vem cá e me diz.
Como é que se tem o tal final feliz?
Como é que se faz? Me diz eu não sei.
Você não me viu, mas eu te emoldurei...