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Peter Thiel é o próximo.
Peter é amplamente considerado o investidor e empreendedor mais influente da última década.
Ele fundou o PayPal em 1998 e liderou a companhia até sua aquisição pelo eBay em 2002.
Desde lá seu nome se tornou sinônimo de sucesso no Vale do Silício.
Em 2004 ele ajudou a fundar a Palintir Technologies, que fornece visualização de dados
e software de análise para corporações financeiras e governos.
No mesmo ano ele fez seu primeiro investimento no Facebook, que se mostrou muito bom.
Como investidor Peter também fundou as plataformas Linkedin, Causes e Yelp.
As startups na área de saúde, Practice Fusion e Soft Dock.
Startups de ciências, incluindo SpaceX, Halcyon Molecular e RoboteX.
E recentemente até o Spotify, que já é o aplicativo de música mais popular do Facebook.
Como filantropo, Peter financia a pesquisa sobre extensão de vida de Cynthia Kenyon e Aubrey de Grey.
Criou o 20 Under 20 Thiel Fellowship, que se destina a estimular os visionários de tecnologia de amanhã.
Seu próximo livro, intitulado "The Blueprint", escrito em conjunto com o cofundador do PayPal, Max Levchin,
e com o campeão de xadrez, Gary Kasparov, alerta sobre um déficit de tecnologia que está por vir,
ameaçando a prosperidade global.
Ele está aqui para discutir como a próxima geração de líderes de tecnologia podem superar esse desafio.
Deem as boas vindas a Peter Thiel.
Muito obrigado, é sempre um privilégio falar para todos vocês.
Gostaria de começar com alguns pensamentos e então vamos tornar isso o mais interativo possível.
Quero que façam muitas perguntas para termos uma boa discussão.
Já faz um bom tempo que eu me interesso por essas questões de singularidade tecnológica.
Um dos cofundadores do PayPal, Luke Nosek, acho que ele está em algum lugar da plateia.
Nós nos tornamos amigos em 1996.
Estávamos trocando ideias sobre como curar o envelhecimento de uma vez por todas.
Não apenas até os 100 anos, mas 200, 300, e adiante.
Luke foi um dos incentivadores do PayPal.
Eu lembro que na metade de 1999 Luke pensou em talvez tornar o PayPal
a primeira empresa do mundo onde todos teriam um contrato de criogenia.
E então com os novos avançosdos últimos anos existem outras maneiras.
Uma das reflexões que eu gostaria de fazer é sobre como as pessoas estranham esse assunto de singularidade,
e porque eu acho estranho que elas achem estranho.
Por que esse é o caso, por que não deveria ser, e o que podemos fazer.
Esses são os quatro ou cinco tópicos que eu gostaria de tratar.
Para ilustrar isso vou contar uma história pessoal.
Quando comecei a doar para Aubrey de Grey em 2006, não era uma enorme quantidade de dinheiro.
No contexto dessas coisas era uma quantia modesta, mas tinha uma boa cobertura.
Foi artigo de capa no San Francisco Chronicle, Aubrey aparecia com sua longa barba.
Meus pais, que viviam naquela área, se assustaram e me ligaram dizendo que aquilo era constrangedor,
o que os vizinhos iriam pensar?
Esse é o tipo de reação que temos com muitas dessas coisas.
Vale a pena refletir sobre o quão excepcional esse grupo de pessoas aqui é em nossa sociedade,
e sobre o pouco foco que esse tipo de ciência e tecnologia têm fora daqui.
Em muitos casos é um tema que não estamos mais focados em discutir tanto.
Você consegue identificar todas essas histórias.
Uma das ideias das quais tenho falado bastante é que não há mais uma discussão pública
sobre como será o futuro.
Uma discussão sobre como serão as coisas nos EUA em quinze ou vinte anos.
Não seis meses, não a discussão financeira sobre se o mercado irá subir ou cair,
se há uma recuperação em V, ou U, L, W ou um X, que seja.
Mas a questão sobre o que acontecerá em dez, quinze, vinte anos.
Como as coisas serão radicalmente diferentes.
E esse não está sendo um tópico de muitas conversas.
Eu acho isso bem diferente dos anos 50 e 60,
quando tínhamos muitos debates sobre como as coisas iriam mudar.
É claro, havia o tópico das viagens, pessoas viajando cada vez mais rápido.
Em 1964 a história de capa da Popular Science era sobre quem iria fazer você voar a 3 mil quilômetros por hora.
Você tinha os Jetsons, os carros voadores, as viagens de férias para a lua.
Tinha todo tipo de coisa, ideias sobre engenharia para construir novas cidades,
todas essas novidades de engenharia.
Cidades submersas, transformar desertos em florestas, terraformação.
Todas essas maneiras diferentes onde havia essa imaginação sobre o futuro.
E de alguma forma nos afastamos disso.
Você pode descrever o declínio e a mudança da ficção científica,
sobre o qual Neal Stephenson escreveu um ensaio muito interessante que vale a pena ler.
Há sempre essas histórias, você pode ir tão longe quanto quiser com essas coisas.
Você pode comparar a série original do Jornada nas Estrelas com o Jornada nas Estrelas - A Nova Geração.
E se você comparar o Spock com o Data, na série original Spock era metade Vulcano,
mas ele estava sempre tentando ser totalmente Vulcano.
Ele queria se livrar da parte emocional, queria ser mais científico.
Já em A Nova Geração, Data está tentando ser menos científico, ele quer se tornar emocional.
Esse é meio que o microcosmo do afastamento da ciência.
Se você perguntar onde as pessoas têm uma ideia do futuro no nosso mundo,
provavelmente a resposta mais óbvia são os países com mercados emergentes.
A China sendo o principal.
Mas de certa maneira eu acho essa uma versão não interessante do futuro.
É basicamente que em 20 anos a China será parecida com os Estados Unidos.
De certa forma eles irão pular algumas etapas, irão diretamente para os celulares sem fio,
talvez terão trens de alta velocidade e coisas assim.
Mas de forma geral o futuro é basicamente copiar o que funciona.
Essa é a história da globalização, que é algo diferente da história da tecnologia.
Você pode pensar na globalização como o eixo X, e na tecnologia como o eixo Y.
A globalização envolve copiar coisas que funcionam.
E você vai de 1 à n, e se move ao longo do eixo X.
Há uma tremenda história sobre a globalização acontecendo no mundo, e eu acho isso algo bom.
Penso que um bom século XXI é aquele que mantém seu ritmo.
É difícil imaginar um mundo bom onde não há globalização.
Mas se você pensar no eixo Y, que você pode considerar como crescimento vertical ou crescimento intensivo,
ou fazer coisas fundamentalmente novas, como um eixo de tecnologia, essa é uma prioridade bem menor.
Nós somos muito otimistas sobre a globalização,
as pessoas tendem a ser bastante otimistas em relação à China.
Nós tendemos a ser bastante pessimistas em relação à tecnologia,
com algumas poucas exceções no contexto da web 2.0.
Mas fora isso, se você, por exemplo, pegar a Califórnia como um paradigma da tecnologia,
é provavelmente um lugar no qual as pessoas em geral não estão particularmente otimistas a respeito.
Então temos essa polarização incrível.
Eu acho válido refletir sobre isso não apenas como um eixo perpendicular, mas quase como um substituto.
Se você é uma pessoa talentosa você vai ter mais sucesso focando em globalização ou em tecnologia?
Você também precisa escolher de que maneira quer fazer as coisas.
Você quer copiar coisas que funcionam ou quer fazer coisas novas?
Nos anos 90 tivemos o último período realmente excitante na tecnologia,
embora muita coisa acabou não se tornando real.
Indo do físico para o digital (bricks to clicks).
Na última década voltamos do digital para o físico (BRIC), o bloco Brasil, Russia, Índia e China.
Então fomos de físico para digital para físico.
E de certa forma é lá onde as pessoas pensam que estão as melhores maneiras de fazer coisas úteis.
É algo quase implícito na maneira em que as pessoas falam sobre globalização.
Algo linguístico que eu noto é que as pessoas falam sobre países em desenvolvimento
e países desenvolvidos, e é algo perfeitamente bom os países em desenvolvimento terem um plano,
mas para os países desenvolvidos é meio que uma ideia anti tecnológica.
Porque desenvolvido implica que não há nada mais a fazer.
Então a maneira na qual as pessoas falam de globalização é como se fosse um substituto
ou uma alternativa à tecnologia, e não um complemento.
O porquê de haver essa mudança de intensidade tecnológica para apenas crescimento extensivo,
eu acho algo muito difícil de se especular.
Acho que é válido parar para refletir um pouco.
Minha opinião é que existe algo sobre ciência e tecnologia que é bastante assustador para as pessoas.
Há essa sensação não muito bem articulada de que a ciência e a tecnologia podem ser
uma armadilha gigante que a humanidade criou para si mesma.
Algumas partes disso que são preocupações legítimas.
Existem os problemas ambientais,
uma preocupação de que a tecnologia galopante irá possivelmente destruir o planeta.
Existem também as tecnologias militares.
Eu penso que a criação de armas nucleares foi um evento incrivelmente importante.
Talvez tenha levado algumas décadas para isso realmente entrar na consciência.
Mas pelo menos serviu para contrapor essa ideia de que a ciência e a tecnologia são apenas positivas,
como as pessoas pensavam no século XIX e no início do século XX.
Se você voltar, eu estava relendo esse editorial do New York Times.
De 1945, no dia após Hiroshima.
Isso era evidência de como o governo podia organizar cientistas para trabalhar mais duro
e mais rápido e conseguir fazer as coisas.
E as pessoas que não acreditavam em um governo grande financiando a ciência
deveriam pensar duas vezes.
Terminou mais ou menos assim: "e o resultado, uma invenção..." -a bomba nuclear-
"...uma invenção é dada ao mundo em três curtos anos,
algo que levaria talvez meio século para os melhores cientistas desenvolverem sem ajuda governamental".
Agora, isso tendo méritos ou não, essa não é a maneira na qual as pessoas falam disso hoje em dia.
Penso que precisamos estar cientes de que existe toda essa ansiedade sobre como a ciência e a tecnologia progrediram,
e existem todos esses medos sobre como isso pode fugir de controle de alguma maneira.
Mesmo não sendo muito bem articulado esse é provavelmente um grande tema sobre por que o avanço diminuiu.
As pessoas se tornaram mais céticas, mais nervosas sobre isso.
A ficção científica ficou mais distópica, é sobre tecnologia que não funciona, ou que mata as pessoas,
e não sobre como você e seu amigo robô vão a um passeio na lua.
Eu continuo pensando que esse é um grande erro fundamental,
que nós precisamos continuar pressionando no lado da ciência e tecnologia.
Acho que existe uma versão bem otimista disso e uma versão pessimista.
A Sonia fez um bom trabalho dando uma versão otimista.
Que existe um enorme número de problemas que poderíamos resolver e tornar o mundo um lugar muito melhor.
Esse é basicamente o debate sobre extensão da vida e é algo muito natural.
Existem todos esses problemas de saúde que não foram resolvidos,
e dizer que estamos em um ponto em que a singularidade já aconteceu
e que não há mais necessidade para inovação me parece algo prematuro.
Algo como 40 ou 45 % das pessoas que chegam aos 85 anos têm Alzheimer.
Esse é um fato perturbador.
Talvez nós devêssemos nos esforçar mais para fazer algo sobre isso e sobre todas as outras doenças,
e sobre curar o envelhecimento de forma geral.
Eu acho que todas essas coisas são possíveis.
Não são fáceis, mas não há nada impedindo que sejam feitas.
Mas eu também acho que há um lado pessimista nisso, que se você não faz as coisas nada irá funcionar.
Eu acho que a globalização sem a tecnologia simplesmente não funciona.
Se você apenas copiar as coisas, sem inovação,
você terá basicamente um aumento de conflito sobre os recursos.
Isso é de certa forma uma boa parte do que deu errado no mundo.
Eu diria que na última década nós tivemos globalização sem tecnologia.
Se a China copia o Ocidente, todo mundo comprando carros na China, os preços do petróleo sobem,
os preços da comida sobem, e você começa a ter um aumento de conflitos por essas coisas entre as pessoas.
Eu acho que o principal escritor anti tecnológico ainda é Malthus.
Quando ele escreveu seu ensaio sobre a população em 1798
existiam cerca de 700 milhões de pessoas no mundo, hoje existem cerca de 7 bilhões.
Eu reli o ensaio há cerca de um ano, e há várias objeções que se possa fazer,
mas existe uma certa lógica também.
Onde diz que se você não trabalhar duro nesses problemas você termina com uma séria escassez,
e a escassez leva a conflitos.
De certa maneira nós temos que levar adiante a visão tecnológica e científica com a qual começamos,
nós não podemos parar por aqui, temos que seguir em frente.
Caso contrário teremos caos e conflito.
Se analisarmos os eventos do Oriente Médio no último ano,
há sempre um lado positivo em relação à tecnologia, pois eles aconteceram por causa da internet
e da era da informação.
Também há o lado negativo, pois o preço dos alimentos subiu entre 30 e 50 % no último ano.
E a revolução verde no Oriente Médio foi um resultado do fracasso
da verdadeira revolução verde dos anos 50, 60 e 70, que aumentaram
a produtividade agrícola em 126 % nos primeiros 30 anos, mas que só aumentou 47 % desde então.
Mal conseguindo acompanhar o aumento populacional mundial.
De certa forma foi causado por pessoas desesperadas que se tornaram mais famintas do que assustadas.
Então eu penso que estamos em um ponto da globalização
onde não podemos simplesmente fazer as coisas no eixo X.
Temos que tentar fazer muito mais no eixo Y.
Sempre há a questão de quem fará isso, onde irá acontecer.
Eu penso que o primeiro passo para esse problema,
se você definir a singularidade como um problema, e pesquisar.
E se você está procurando onde vai acontecer.
O primeiro passo é que a singularidade são vocês.
São literalmente as pessoas nesta sala.
Se eu tivesse que apostar onde as tecnologias para resolver esses desafios nas próximas decadas serão desenvolvidas,
eu diria que há 50 % de chance de que serão feitas pelas pessoas aqui presentes.
Ou elas estarão envolvidas com as empresas, ou com empresas sem fins lucrativos,
ou com os esforços para fazer essas coisas.
Eu quero enfatizar que acho que precisamos ter uma medida saudável
tanto de pessimismo quanto de otimismo.
É preciso haver o pessimismo de que as coisas
poderiam ser muito piores se não trabalhássemos para melhorá-las.
É preciso otimismo de que as coisas poderiam ser muito melhores.
A noção de que os EUA e a Europa Ocidental são desenvolvidos é enganosa
pois poderemos perder muito chão se não houver progresso.
E ainda poderíamos ser muito melhores, pois da perspectiva do ano 2100
nós seremos vistos como uma sociedade incrivelmente subdesenvolvida.
Isso não é automático, pode ir para qualquer direção.
Cabe a um pequeno grupo de pessoas que acreditam que isso é possível.
E acho que a maior mentira contada sobre a singularidade é que de alguma forma
ela é não-humana ou que não tem nada a ver com seres humanos.
É algo que será feito por poucas pessoas que estarão trabalhando nisso,
e se não o fizermos, não irá acontecer.
Gostaria de encorajar todos nós a começarmos a trabalhar.
Não acho que a questão deva ser quais políticas levarão a isso, ou algo assim.
É o que você pode fazer para fazer acontecer.
É meio que uma versão da recessão americana
onde o debate político é sempre sobre o que podemos fazer para por um fim à recessão.
Penso que é sempre melhor perguntar o que você pode fazer para por um fim à recessão.
E de forma similar, penso que ao invés de falar sobre quais tendências vão permitir que a singularidade aconteça,
deveríamos perguntar o que você pode fazer para causar a singularidade.
Acho que a questão da recessão e a questão da singularidade devidamente compreendidas
são na verdade a mesma questão.
Muito obrigado, vou responder algumas perguntas.
Obrigado, Peter. Temos algum tempo para perguntas.
Eu gostei de algumas das suas ideias,
especialmente sobre nós entendermos o que irá acontecer em 20, 50 anos sob uma perspectiva tecnológica,
e também a ideia de que os empreendedores escolhem entre copiar ideias ou desenvolver ideias novas.
Então minha pergunta é,
como entender o que vai estar em evidência em termos de desenvolvimento de tecnologia no curto prazo?
Especialmente o que pode ser feito por pequenas startups da esféra tecnológica.
Você poderia elaborar sobre isso?
Sim, eu posso provavelmente passar uma hora falando sobre isso,
então deixe-me tentar fazer isso em três minutos.
Existe a ideia de que copiar as coisas parece mais fácil do que fazer coisas novas.
E certamente existe um argumento para boa parte do incrementalismo, e para copiar as coisas.
Essa é uma endemia na área da Web 2.0.
Ao mesmo tempo há muito a ser dito sobre tentar fazer coisas difíceis que não estão sendo feitas.
É muito importante, quando você abre uma empresa, como você faz para outras pessoas se juntarem à ela.
Uma das questões genéricas que faço às pessoas que me pedem ajuda sobre abrir empresas em um estágio bem inicial é:
por que a vigésima pessoa irá se juntar à sua empresa?
Ser a primeira ou a segunda pessoa é legal, você será o fundador, leva o crédito por isso.
Na pessoa número mil, provavelmente a empresa está funcionando e todos estão sendo pagos.
Mas a pessoa número vinte, essa é a verdadeira dificuldade.
E ajuda muito ter uma missão convincente,
uma história nos moldes de "se não fizermos isso ninguém o fará".
E muitas das empresas com as quais nos envolvemos tinham essa história incrivelmente convincente.
A empresa SpaceX, que meu colega Elan do PayPal fundou,
a história era que eles são basicamente o único grupo do mundo trabalhando para levar as pessoas para Marte.
Algumas pessoas não acham que isso é importante mas existe um subsídio de pessoas muito talentosas
que acham que viagens interplanetárias são um importante próximo passo para o progresso tecnológico,
e eles se interessaram.
Um grupo de engenheiros fenomenal.
Então se você pensa nisso sob o ponto de vista de como construir um time de pessoas realmente talentosas,
quando são coisas realmente difíceis ou que envolvem descobertas,
pode ser mais fácil ter uma empresa de sucesso do que fazendo algo incremental
onde você compete com outras cem pessoas,
e não fica claro o que diferencia uma pessoa da outra.
A ressalva é que você precisa fazer coisas que são factíveis dentro de algum tempo.
Se for 20 anos é uma empresa sem fins lucrativos, se for de 3 a 5 anos pode ser feito com fins lucrativos.
O julgamento que sempre fazemos é se é algo único.
O que significa que a empresa terá um valor incrível caso tenha sucesso.
Outro julgamento é se a tecnologia está em um momento em que é possível fazer.
Se você conseguir responder ambas questões, se você tem uma tecnologia que está funcionando,
ou próxima de funcionar, e ainda assim é algo difícil ou único o suficiente, algo que mais ninguém está fazendo,
essa é uma combinação para um modelo de negócios fenomenal.
Complementando a pergunta anterior, o que você diz para pessoas que pensam que o livre mercado,
e os mercados de capital na America mais específicamente, se opõem a crescimentos extremos?
E também sobre as pessoas que dizem que muitas das coisas boas que aconteceram nos anos 50 e 60
foram resultado dos gastos do governo com pesquisa e desenvolvimento,
e que isso não existe ou não é possível hoje.
Então a pergunta é o que eu digo para as pessoas que pensam que nosso sistema capitalista é anti tecnológico.
Eu penso que a questão da tecnologia é de alguma forma separada do tema capitalismo versus socialismo.
Você pode ter várias visões diferentes sobre qual sistema econômico seria o correto,
e como encorajar a tecnologia.
Eu tendo a ficar mais no lado capitalista
mas penso que as pessoas podem definitivamente discordar sobre isso.
Eu diria que é bem difícil, ao meu ver, o governo desempenhar um grande papel na singularidade
porque não há gente o suficiente no governo que acredita nisso.
Então mesmo se houvesse uma maneira para o governo fazer o projeto Manhattan ou o programa Apollo,
essas coisas seriam muito difíceis de serem feitas hoje porque poucas pessoas de fato acreditam nelas.
É por isso que penso que a opção governamental
é mais difícil de ser politicamente implementada hoje do que era no passado.
A história dessas coisas é complicada.
Se você olhar para os anos 50 e 60, as taxas de impostos marginais eram muito maiores,
algo como 70 % nos anos 60.
Isso sugere que você tinha impostos mais altos e muita inovação.
Por outro lado, havia muito menos regulações.
Eles nunca teriam conseguido implementar a vacinação contra a poliomielite
se o FDA existisse naquela época como ele é hoje.
Então pensando nisso sob uma perspectiva do governo controlando a economia,
eu diria que a macroeconomia foi desregulamentada e a microeconomia foi mais regulamentada,
é dessa forma que eu vejo.
Olá, eu sou um empreendedor há cerca de 10 anos.
Estou um pouco confuso sobre o que a singularidade significa para o empreendedorismo
em relação a quão mais rápidas as coisas podem ser.
Você olha para uma empresa como o Groupon e vê como eles cresceram em apenas dois anos.
Quão rapidamente as coisas podem realmente ir, e como um, dois ou três empresários
podem realmente se manter a par de coisas crescendo tão rápido?
Não sei se faz muito sentido mas...
Deixe-me reformular a pergunta.
Como alguém pode dizer que as coisas não estão evoluindo rápido o suficiente
dado que algumas coisas estão evoluindo tão rápido.
Ou como você pode fazer as coisas evoluirem mais rápido
se algo como o Groupon pode ser construído tão rápido quanto foi.
Eu acho válido diferenciar tipos de velocidades diferentes.
Quando as pessoas têm grandes novas ideias, a internet e a era da informação
fazem com que essas ideias sejam disseminadas muito rapidamente.
Certos tipos de modelos de negócios podem crescer muito rapidamente mesmo.
Mas eu penso que ainda há essa questão bem diferente,
que é de fato surgir com essas descobertas, as ideias novas em si.
Eu não estou convencido de que isso é necessariamente mais difícil do que costumava ser.
O argumento pessimista diz que ficou muito mais difícil porque o cérebro humano
não é capaz de ir muito além da fronteira do conhecimento atual.
Que coisas como o último teorema de Fermat são muito mais difíceis do que o teorema de Pitágoras.
Que existem todos esses lugares onde as coisas de fato ficaram mais lentas.
Não estou certo de que isso é verdade.
Acho que a primeira parte, onde você tem as novas ideias, o eixo Y vertical,
penso que é tão difícil quanto sempre foi.
Não é mais fácil, nem mais difícil.
O eixo X, existem partes dele que podem funcionar bem rapidamente se você tiver ideias que funcionem.
Mas eu as considero duas dimensões bem diferentes, que são necessárias para o progresso no século XXI.
Aqui, na esquerda.
Sou Charles. Qual você diria que é o melhor motivo para abrir uma empresa?
Você diria que é o lucro ou apenas o interesse na tecnologia em si?
Pergunta: Qual o melhor motivo, lucro ou interesse na tecnologia em si.
Eu acho que essas são possibilidades exclusivas ou pelo menos diferentes,
mas não estou certo de que são as únicas.
Acho que o melhor motivo é tentar resolver problemas importantes.
Interesse na tecnologia em si pode facilmente se desviar da tecnologia
para algo que é mais puro entendimento científico, mas sem tanto impacto.
Interesse em lucros provavelmente significa que as pessoas irão vender a empresa assim que for lucrativo.
Então fica bem difícil de construir qualquer coisa.
Uma das histórias que eu sempre conto sobre o Facebook é que provavelmente
a decisão mais importante e controversa que o Zuckerberg já tomou
foi a de recusar o 1 bilhão de dólares do Yahoo! no verão de 2006.
De certa maneira ele não estava somente motivado pelo dinheiro,
mas também não estava motivado em apenas desenvolver uma teoria abstrata de redes sociais.
Acho que existe uma terceira possibilidade bem diferente,
que são as pessoas que acreditam que há problemas importantes para se resolver
e que são apaixonadas por uma maneira em particular de abordá-los.
Não acho que uma startup seja a única maneira de fazer isso.
Eu considero uma ótima maneira de fazê-lo.
Você não se torna um empreendedor apenas para ser um empreendedor,
você se torna um empreendedor para resolver um problema.
Essa é a mentalidade que eu encorajo.
Aqui na frente.
Olá, minha pergunta é sobre algo que penso.
Quando penso na singularidade, pelo menos agora, penso em personalização passiva, em ações implícitas.
Algumas coisas que o Facebook lançou, o Siri, esse tipo de tecnologia.
Quando você falou sobre as ameaças em potencial disso, a primeira coisa em que pensei foi privacidade.
Gostaria de saber se você pensa que deveríamos estar criando tipos de negócios que protejam isso,
e o que isso significa agora.
E se o ritmo de inovação nesse caso em particular,
porque isso fecha várias lacunas para nós e torna as coisas mais fáceis,
mas aí quem estiver com essas informações se torna uma ameaça em potencial.
Gostaria de saber o que você pensa sobre isso.
Penso que seja uma longa conversa, sobre como a era da informação está ocorrendo,
e me parece que estamos indo em direção a um mundo com menos privacidade.
Minha opinião é que nas margens nós com certeza precisamos descobrir maneiras de proteger a privacidade.
Ao mesmo tempo há esse aspecto ludita onde não podemos
simplesmente desligar os computadores e parar tudo.
Eu penso que o ponto crítico é que precisamos de alguma forma ter uma sociedade mais tolerante.
Eu me sentiria confortável em uma sociedade com um pouco menos de privacidade
se houvesse muito mais tolerância.
Uma combinação que acho muito perigosa seria termos menos privacidade
e a mesma quantidade de intolerância que temos hoje.
Eu defino tolerância de várias maneiras diferentes, toda uma gama de coisas.
Mas eu colocaria nesses termos.
Aqui no lado esquerdo.
Para alguém como eu, que quer concorrer a cargo político,
como o sistema político pode lidar com esse afastamento da ciência e tudo mais?
E o que você pensa sobre energia de tório? Eu estive em uma conferência em Nova Iorque essa semana
onde falaram sobre energia de tório e o seu potencial.
Existe uma empresa, Flibe Energy, do Alabama, que está trabalhando nisso.
O que você pensa disso, já ouviu falar ou...
Energia alternativa, essa é a pergunta?
Sim. E como você faria, para alguém como eu que vai concorrer a cargo político,
como você lidaria com esse afastamento que tivemos da ciência,
para que possamos voltarmos a como era, se existe alguma maneira de fazer isso.
Não sou um consultor de campanha, sou uma das piores pessoas para responder esse tipo de coisa.
Eu costumava me interessar bastante por política
mas eu percebi que isso só deixava as pessoas com raiva, então me afastei disso nos anos 90.
Penso que é importante, mas acho que de forma geral o que eu faria,
com a ressalva de que não sou um bom conselheiro,
seria tentar ligar isso com a questão de como melhorar as coisas em nossa sociedade.
É uma questão muito importante.
Acho que há abertura para uma conversa sobre tecnologia e ciência, algo que não temos há 30 ou 40 anos.
Tivemos uma série de bolhas financeiras, elas acabaram. Existe a questão do que fazer agora.
Então acho que há uma abertura para a ideia de que a maneira de avançar
precisa ser bem diferente do que tem sido.
Então acho que há essa abertura, mesmo que seja estranha e diferente.
Mas as pessoas provavelmente estão mais abertas a uma série de ideias diferentes.
Penso que a pergunta sobre energia é bem complicada.
O aspecto que me interesso, da perspectiva de um investidor de risco do Vale do Silício, com camadas políticas,
é por que essa onda de energia limpa tem sido um fracasso catastrófico na última década.
Sou a favor de resolvermos o problema da energia,
eu gostaria de ver essas energias alternativas funcionando melhor.
Mas acho que precisamos entender por que não vêm funcionando.
Tenho algumas teorias a respeito.
A melhor delas é que houve um certo desleixo no planejamento delas,
e precisamos pensar em coisas que funcionam.
Existe provavelmente um problema de coordenação.
Eu diria que o desafio da ciência, assim como o da tecnologia, é fazer mais com menos.
Então a energia alternativa precisa ser mais barata,
e até ser mais barata será muito difícil fazê-la funcionar.
Se a Amazon, como uma empresa eletrônica,
dissesse em 1996 que iria custar o dobro para comprar um livro e que levaria seis meses para entregá-lo.
Mas eles terão grandes subsídios que farão o negócio funcionar, e por isso você deveria investir.
Seria muito difícil fazer isso funcionar.
Talvez o caso deles seja que é possível funcionar, e eu entendo essa coisa de energia.
Existem externalidades com o ambiente que tornam ela um assunto diferente.
Mas penso que o grande *** é se essa tecnologia está fazendo mais por menos,
e isso significa que é mais barata.
Até conseguirem fazer isso será muito difícil.
Microfone indo para trás, alguém do lado direito mais pro final.
O que você considera nosso maior obstáculo?
Se não é falta de ideias, seria financiamento, gestão de propriedade intelectual,
ou seria essa visão social negativa que você mencionou?
E o que deveríamos fazer a respeito?
Eu acho que nós só precisamos começar a fazer as coisas.
Existe uma razão pela qual tivemos progresso.
Existem razões para eu pensar que o progresso poderia estar acontecendo muito mais rapidamente.
Não acho que seja impossível, não acho que há algum limite natural onde não existe mais nada ao alcance.
Eu penso que muitas coisas poderiam ser feitas.
Não acho que são fáceis mas também não penso que reflete o estado da natureza
dizer que de alguma forma não existem mais ideias, que foram esgotadas.
Acho que o ponto principal é encorajar as pessoas a fazer.
O por que é algo complicado de responder.
Minha resposta especulativa é que as pessoas ficaram muito mais assustadas pela ciência e tecnologia
após 1945 com o grande atraso.
Existem provavelmente muitas respostas.
Acho que precisamos voltar a surgir com narrativas convincentes
sobre como criar tecnologias específicas que façam as coisas avançarem.
Precisamos nos afastar dessa visão de mundo como uma carteira financeira,
onde nada é específico, e ninguém consegue desvendar as coisas
e o futuro é apenas um campo de probabilidades completamente indeterminadas.
Que é como muitas pessoas pensam sobre o futuro.
Quando você pensa sobre o futuro como sendo indeterminado e probabilístico
você não pensa em coisas específicas.
Algumas partes do futuro são probabilísticas,
então a matemática atuarial é importante, as apólices de seguro são importantes.
Mas o cálculo também é importante, e fazer planos determinados também.
Esse é o tipo de mentalidade que tento encorajar nas pessoas.
Na esquerda.
Oi Peter.
Agora que sabemos que 40 anos é metade da vida,
odeio dizer para as pessoas com 25 anos que eles podem estar 1/3 mortos.
Por que não entramos em uma revolução tecnológica de monitoramento domiciliar?
Nossos vasos sanitários poderiam medir sanque nas fezes,
nossas mudanças de oxigênio que indicam câncer de pulmão podem ser apanhadas,
nossas camas podem detectar arritmia, câncer de pele poderia ser monitorado por espelhos,
e várias outras coisas em sua casa, incluindo sua dieta.
As pessoas estão machucando seus joelhos e quadris.
É possível criar sistemas de monitoramento para que elas não fiquem aleijadas,
e ainda assim nós continuamos a permitir que doenças que as pessoas não preveem
continuem nos pegando de surpresa.
A pessoa vale 2 bilhões de dólares e aparece no meu consultório
dizendo que não sabe como teve essa doença do coração,
não sabe como machucou o joelho, que não sabe como está com um pequeno tumor.
E agora todas essas doenças estão muito avançadas, sendo que eu poderia ter encontrado elas no início
e as revertido para que essas pessoas chegassem aos 100 anos de idade.
Acho que essa é outra versão da pergunta "por que".
Penso que nessas discussões sobre longevidade,
é sempre bizarro que não estamos fazendo mais no lado preventivo,
que não estamos fazendo mais no lado de intervenção e cura, ou no campo da pesquisa fundamental.
Em todos esses níveis diferentes.
Minha resposta especulativa, e não tenho certeza de que está correta,
é que muitas pessoas simplesmente fizeram as pazes com a morte, aceitaram que vão morrer.
De fato, é psicologicamente perturbador para as pessoas serem informadas que elas precisam fazer algo.
Pode parecer uma explicação louca mas eu acho que é algo muito estranho o que está acontecendo.
Se formos falar sobre negação psicológica como um fenômeno,
provavelmente a maneira como as pessoas lidam com a morte seja o maior exemplo de negação.
Isso certamente é algo que precisamos superar.
E novamente, algo que falo em minhas palestras é que precisamos tanto de otimismo quanto de pessimismo.
Pessimismo de que as coisas podem dar errado e que você precisa se preocupar, pois o futuro poderia ser pior.
E mais otimismo de que as coisas poderiam ser melhores e de que o futuro poderia ser muito melhor.
Se você não tem otimismo nem pessimismo, e você pensa que as coisas vão ficar iguais,
que nada vai mudar, então não há muito sentido em agir.
Então acho que tudo que pudermos fazer para contar uma história mais otimista
e mais pessimista ao mesmo tempo.
Parece algo inconsistente,
mas eu penso que é algo crítico, motivar as coisas, e certamente é crítico na área médica.
Para o indivíduo e para a sociedade.
Aqui na direita.
Eu não ia entrar nesse tópico, mas já que você entrou também vou.
O que você faz pessoalmente para se manter saudável?
Porque eu também acredito em uma abordagem bem agressiva quanto à saúde.
O que você faz, se não for uma pergunta muito pessoal.
Se for você pode falar hipoteticamente.
Vou me limitar à coisas dentro da lei.
Acho que a área de prevenção mais básica é o foco na nutrição.
Se você olhar para esses estudos comparativos, digamos dos EUA versus Alemanhã,
onde de certa maneira o sistema de saúde é mais socializado na Alemanha,
com provavelmente uma menor qualidade na área de intervenção, e todos fumam.
Então você esperaria que a expectativa de vida fosse muito menor na Alemanha do que nos EUA,
mas é o contrário.
Acho que o ponto principal é começar com o que as pessoas comem.
Eu tento comer coisas saudáveis.
Existem muitas teorias diferentes sobre nutrição
mas esse é provavelmente um ponto de partida para as pessoas focarem.
A pergunta anterior, eu acho que existem todas essas coisas preventivas.
Formas de intervenção levemente agressivas que as pessoas poderiam estar fazendo mais cedo e não estão.
Provavelmente é de grande valor ter um bom médico.
Será que as pessoas selecionam bem seus médicos? Será que procuram uma segunda opinião?
Acho que há um grau de responsabilidade que você deve ter.
Assim como temos que nos responsabilizar pela singularidade, caso contrário não irá acontecer.
Então em certo grau você tem que se responsabilizar por sua saúde.
Não vai resolver tudo mas é a atitude inicial que você deveria ter.
Acho que temos tempo para mais duas perguntas, uma aqui na esquerda.
Olá, sou Robert.
Parece que há uma mudança nos tipos de empresas da web que vão para o mercado de ações e ficam populares.
Estou curioso, você acha que isso se deve à atitudes sociais na ciência
ou você acha que é algo puramente tecnológico, ou algo completamente diferente?
Falando do mercado de ações, me parece que o que está acontecendo
é que você só pode tornar a empresa pública se ela é significativamente grande.
Então a grande mudança é que o limite mínimo para ter uma empresa pública é muito mais alto.
Acho que a internet continua sendo uma área onde há muita inovação,
um cenário que continuamos a ver.
Ela permanece uma área onde as pessoas podem construir grandes empresas
em um curtíssimo período de tempo.
Então existem aspectos dela que a tornam muito interessante.
O desafio é saber se essas empresas representam um avanço grande o suficiente.
Esse é o desafio recorrente que sempre temos ao olhar as empresas de internet.
Se são muito incrementais, se são muito pequenas, você acaba tendo cem imitadores concorrendo.
Não é diferenciada, não tem tanto valor.
Acho que há muito espaço para procurarmos inovações tecnológicas em muitos outros vértices.
Sinto que não há muitas pessoas fazendo isso, seja no lado do investidor ou do empreendedor.
Nós achamos que agora é uma ótima hora para começarmos a construir empresas em muitas outras áreas.
Uma última pergunta aqui na direita.
Oi Peter. Eu sempre ouço você falar que o público em geral não confia na tecnologia,
mas como você explica que as vendas de iPads e iPhones estão estourando?
Certo, essa é a pergunta Steve Jobs.
Vejamos.
Existem coisas muito legais sobre esse tipo de dispositivo.
Se o Jobs estivesse aqui ele estaria dizendo que isso foi muito mais significante
que o programa espacial Apollo, e muitas outras coisas.
Isso pode ser verdade, pode não ser, é algo que vale a pena questionar.
Mas o complicado com a Apple, e uma das coisas que a tornava uma grande empresa,
mas é ainda mais desafiadora como uma tecnologia,
é que grande parte dela envolve desenvolver uma tecnologia para depois escondê-la.
Então a diferença de um iPod, iPhone ou iPad, é que parece mágica.
É algo que encaixa muito bem com o Zeitgeist de uma sociedade, que não é algo realmente tão tecnológico,
é mais uma afirmação da moda ou algo assim, e a tecnologia fica escondida.
Outra questão com a Apple é que há um sentido muito estranho em que ela era tão singular.
Houve esse incrível sentimento de perda nas últimas semanas com a morte de Jobs.
Eu acho que ele conquistou coisas tremendas, e é bom que as pessoas reconheçam isso.
Ao mesmo tempo há sempre esse lado negativo
onde é como se ele fosse a única pessoa na nossa sociedade inventando coisas.
E o que isso significa?
Acho que não deveríamos nos contentar com uma única pessoa tentando criar novos dispositivos,
deveríamos todos tentar fazer mais disso.
Peter, muito obrigado.