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Nem é uma...
tradiciona... tradicionia harmonal de mamba.
Nem é um baganismo barigonal de fanda.
Nem é um mambanismo tramiciomal de blamba.
Nem é... Caramba, como é difícil falar isso!
Ham! Ham! Ham!
Isso que eu queria falar!
Olá!
Tamos aqui de novo!
Hoje, eu vim falar pra vocês de uma música...
Essa música era pra ser um samba,
na verdade, é um samba
mas não é um samba.
É um samba como eu achava que samba era.
E que depois que eu mudei pro Rio de Janeiro,
eu descobri que o samba não era beeeem assim.
A parte engraçada dessa música
é que, por um lado é um samba,
e por outro lado, eu me inspirei na letra
do Nuvem de Lágrimas,
que a Fafá de Belém cantava.
Não sei porquê, sempre que eu penso nessa música,
está conectado com o Nuvem de Lágrimas.
Não tem nada a ver...
"Há uma nuvem de lágrimas sobre os meus olhos..."
Então.
Sei lá, 98, 99?
Deve ter sido. Ou, sei lá!
Foi uma canção que eu queria fazer no estilo de...
na minha humilde presunção,
eu queria fazer uma música
no estilo de Andança, de Flor de Liz.
Acabei fazendo essa música,
que é um samba que não é samba,
ou que é um samba mais...
mpbístico.
Mas essa canção ficou assim meio em cima do muro.
Ela ficou indecisa:
será que eu sou samba?
Será que eu sou MPB?
Será que eu sou sertanejo?
O que que eu sou? Quem que eu sou?
Onde que eu tô? Pra onde que eu vou?
Ela ficou meio sem saber, assim.
Eu pensei, então, foram nessas músicas.
Teve o Nuvem de Lágrimas,
não tem como eu negar e falar
oh, não, nunca me inspirei em nada de música sertaneja.
Oh!
Não vou fazer isso porque a gente tem fases na vida.
A gente passa por fases na vida.
E essas fases influenciam
o que a gente faz nessa determinada época.
Filosofei grande, agora, hein?
Então, pffff...
E também tem a influência...
Não é nem tanto a influência,
Mas é mais a presunção
de querer fazer uma coisa parecida...
tipo Andança, tipo Flor de Liz.
Ela é uma música presunçosa,
que acabou ficando em cima do muro.
Aí, defini bem essa música.
Então, por falta de um título melhor,
Ela sss chama-se
Ela ssssssssss chama-se
Diga, meu Deus.
Você vê,
nessa época eu não conseguia nem criar
título pra música.
Cê vê que a harmonia dela
nem é uma harmonia de samba tradicional.
Nem é, entendeu?
Nem é!
Qual é a tua, música?
Qual é a tua?
Aonde que você está se encaixando?
A gente tem que encaixar as coisas nas gavetinhas!
Só porque a música não se decidiu
se é um samba ou se é um mpb
ou se é simplesmente uma presunção
de ser uma coisa que ela acabou não sendo,
já não pode nem
ser tocada num video no Youtube!
A música tem que caber numa gavetinha!
Vamos acabar com essa história de gavetinhas, né?
Sem gavetinha!
Sem gavetinha, tá bom?
Deixa a música ser o que ela é.
E pode gostar, pode gostar.
Olha só que coisa engraçada.
Eu já não tocava essa música tinha muito tempo
E aí, agora,
fui gravar a música pra esse video,
e como eu passei por todo esse processo
de samba na minha vida,
que samba virou uma grande influência,
a música agora está tendendo mais
pra virar realmente um samba.
Então, você vê.
É a época.
Não tem jeito de gavetinha.
Agora menos ainda,
porque antes ela parecia mais uma MPB
e agora está parecendo mais um samba.
Sem gavetinhas, ok?
Repetindo,
NO gavetinhas.
Como é que fala gaveta em inglês?
Então vamo lá!
Ah!
Uma coisa que eu queria falar dessa música,
essa música é aquela velha história, olha só.
O coraçãozinho aqui foi bater
por alguém que não estava merecendo.
Ah, meu Deus, será que é isso mesmo?
Será que esse é que é o meu fim?
Será que é essa pessoa que é destinada pra mim?
A velha ladainha.
Essa é a música da velha ladainha.
Aí, essa música podia chamar Velha Ladainha...
Diga, diga meu Deus
Diga, diga, Deus meu
Quantos ais ainda hão de ouvir de mim?
Quantos amores ainda vão chegar ao fim?
Diga, diga meu Deus
Diga, diga Deus meu
Quantos mares hão de se formar de água e sal
Das lágrimas que hei de derramar
E há de latejar
A dor da ilusão
Dei meu coração a alguém tão incapaz
de me fazer feliz
Será que foi esse o destino que Deus me quis?
Dei meu coração a alguém tão incapaz
De me fazer feliz
Por isso, meu Deus, me diz
Diga, diga meu Deus
Diga, diga, Deus meu
Quantos ais ainda hão de ouvir de mim
Quantos amores ainda vão chegar ao fim
Diga, diga, meu Deus
Diga, diga, Deus meu
Quantos mares hão de se formar de água e sal
Das lágrimas que hei de derramar
E há de latejar
A dor da ilusão
Dei meu coração a alguém tão incapaz
de me fazer feliz
Será que foi esse o destino que Deus me quis?
Dei meu coração a alguém tão incapaz
De me fazer feliz
vlé, vlé, vlé, velha!
Velha ladainha
Repete isso bem rápido.
Aí eu fui cantar a música,
e descobri que eu NÃO falo
"Nuvem de lágrimas" no meio da letra.
Cê vê só.
A influência da música é tão grande
que mesmo eu não falando,
eu acho que eu falei?
É, o tempo passa...
Com essa energia, vou deixar vocês.
E até a semana que vem.
Tchau!