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Na Alemanha nazista nos anos 1930, um plano secreto foi idealizado
para criar uma raça superior de crianças loiras e olhos azuis.
Enquanto a guerra recrudescia e milhares eram assassinados
estas crianças de elite eram criadas para povoar o Reich,
que dominaria por 1000 anos.
Queriam-me como uma criança?
Ou será que simplesmente queriam alguém
como uma personagem ideológica para o sistema?
O Projeto foi chamado Lebensborn
e foi uma idéia do chefe da SS Heinrich Himmler.
Ele disse: Se conseguirmos criar essa raça nórdica
e desse canteiro produzirmos uma raça de 200 milhões de arianos
então o mundo pertencerá a nós.
A data do meu primeiro aniversário
"de seu padrinho H. Himmler"
Um dos piores criminosos na Alemanha.
Para as crianças Lebensborn haveria um desfecho trágico.
De onde vim?
Quem eram meu pai e minha mãe?
70 anos depois do início da Segunda Guerra Mundial, este filme revela
o que aconteceu com aquelas crianças que nasceram para ser a raça superior.
LEGENDAS _rMonta_
OS ÚLTIMOS NAZISTAS AS CRIANÇAS DA RAÇA SUPERIOR
Após uma vida de mentiras e decepções,
Guntram Weber finalmente descobriu que ele foi uma criança Lebensborn.
O filho ilegítimo de um oficial da SS.
Estas revelações chocantes
o levaram a refazer os passos de seu pai até o outono de 1939
numa tentativa de compreender seu próprio passado.
Ele foi à Polônia,
carregando uma arma
e uma lista de pessoas que estava indo prender e matar.
Ele sabia o que ia fazer. E queria fazê-lo.
Uma parada na viagem de Guntram será na casa na Polônia
onde passou a infância.
Mas isso não significa uma criação normal com mãe, pai, irmãos e irmãs.
Passei meus primeiros 15 meses aqui e não sei quase nada sobre isso.
Há muitos segredos relacionados a isso.
E a maioria deles são muito desagradáveis.
Isso é estranho.
O chão parece... Não sei.
Familiar. Familiar.
O primeiro lar de Guntram
foi um dos 30 construídos em todo o império alemão
por Heinrich Himmler de 1935 em diante.
Sua finalidade era a de cuidar de uma classe especial de crianças ilegítimas
capazes de se tornarem a nova raça superior.
Este projeto, Himmler chamou de "Lebensborn" ou "Fonte de Vida".
Como Guntram Weber, Gisela Heindenreich também foi criada em um lar Lebensborn.
Himmler primeiro disse: Temos de evitar abortos.
Porque muito deste precioso sangue alemão estará se perdendo.
Então ele disse: Faremos uma instituição chamada Lebensborn
para ajudar as mulheres que estiverem grávidas.
Mas agora é que vem o "mas".
Só para mulheres de bom sangue.
Isso era o que Lebensborn realmente era.
Eles só aceitavam mulheres do tipo racial "correto".
O Estado exigia que não houvesse ascendência judaica.
Rastreavam não sei quantas gerações atrás,
para ver se havia alguma influência estrangeira.
Se fosse uma mulher racialmente saudável, que provavelmente geraria
crianças também racialmente saudáveis, eles a declaravam apta para procriar.
Essa era a pré-condição.
Cada mínimo detalhe do projeto Lebensborn foi supervisionado
pelo fanático e atento olhar de Himmler
Himmler tinha subido rapidamente até tornar-se chefe da SS e da Gestapo.
Nascido em uma família de classe média católica
tornou-se um criador de galinhas, com uma especial obsessão:
a de criar galinhas brancas, e geneticamente puras.
Era natural que Hitler confiasse a ele
o programa nazista para a criação de uma nova raça superior.
Mas quem seria a máquina *** por trás dessa procriação patriótica?
Sua própria SS.
Hitler disse: Não tenho dúvida que dentro de 100 anos
toda a elite do povo alemão será um produto da SS.
Eles tornaram-se simultaneamente um instrumento de terror
e a semente genética da chamada "Raça Ariana".
Juntamente com mulheres especialmente selecionadas, loiras e de olhos azuis,
eles foram incentivados a ter famílias grandes.
Mas Himmler logo percebeu
que a estrutura da vida de casados, retardaria o processo de criação.
Assim, incentivou seus homens a estenderem
suas obrigações carnais para além do leito conjugal,
com o Lebensborn se ocupando das novas mães solteiras e seus filhos.
Himmler disse:
Tenho sistematicamente desafiado as leis vigentes e dito aos meus homens
que as crianças são sempre uma bênção.
Agora meus homens dizem-me com os olhos brilhando
que tiveram um filho ilegítimo.
As moças consideram isso uma honra e não uma vergonha.
Como nunca antes em sua vida, passaram a ter uma importância
que não tiveram antes.
Você foi selecionada para ser alguém que vai ter uma criança.
Essa criança será uma criança ariana.
Essa criança será considerada parte da raça superior
então, você é importante.
Elas tiveram noites com música e danças
mas também com formação na ideologia nazista.
Tive contato com mulheres que disseram que era o melhor momento de sua vida.
Elas tinham coisas agradáveis.
Tudo estava bem.
Sentiam-se como: Você é uma irmã. Temos a mesma ideologia.
Para as crianças Lebensborn
as rotinas diárias foram adaptadas para servir ao Reich
e prepará-los para o seu destino.
Tudo, comer, beber, dormir, era feito sob coação.
Era sempre nos bater, dobrar e quebrar. O lado humano era posto de lado.
Se você não tem pais, você não é mais que uma coisa
Uma coisa que pertence ao estado, à nação.
Meu nome "Folker" vem do alemão "Volk", que significa Nação.
Então, pertenço a todos, ou deveria estar lá para todos.
Imagine 30 bebês numa sala
onde as enfermeiras são instruídas a não responder aos sinais dos bebês.
Como um bebê, expressaria certos desejos. O desejo de ser alimentado.
O desejo de ser limpo. O desejo do calor do aconchego. Qualquer coisa.
O desejo de ser limpo. O desejo do calor do aconchego. Qualquer coisa.
Seus desejos não eram respondidos.
E isso foi... isso foi... o programa.
Não era como se eles esquecessem.
Era um programa para quebrar sua vontade.
Uma vez quebrada a vontade da pessoa você pode instalar sua própria vontade.
Nas casas Lebensborn os pais permaneceram anônimos.
O Reich era a autoridade.
Himmler chegou a ser padrinho de alguns que selecionou cuidadosamente.
A mãe de Guntram Weber se recusou a revelar a identidade de seu pai.
Como ele cresceu no pós-guerra na Alemanha
o desejo de saber de onde ele vinha, ficava cada vez mais forte.
Estava consciente de que queria descobrir os segredos
que minha mãe, meu padrasto e a geração mais velha me deixaram.
Eu tinha perguntas sobre mim mesmo.
Então um dia, quando não havia mais ninguém na casa
abri o guarda-roupa
e olhei para o cofre e a chave estava sobre ele.
Então peguei, abri, olhei dentro...
encontrei um monte de papéis.
Nenhum sobre mim mesmo.
Nada sobre mim, mas, achei uma taça de prata.
Tem a data do meu primeiro aniversário
e então diz: De seu padrinho, H. Himmler.
Eu conhecia o nome Himmler, mesmo aos 15 ou 16 anos.
E sabia que o homem foi um...
foi um... criminoso
um dos piores criminosos na Alemanha.
Isso indicou que meu pai deve ter sido alguém de posto bem alto
algum lugar próximo de Himmler.
Himmler foi padrinho de pelo menos 50 crianças Lebensborn
filhos de seus colegas mais próximos da SS.
Ele mesmo praticava o que pregava
gerando dois filhos ilegítimos.
Havia uma prateleira na biblioteca com novas aquisições.
Vasculhei todos os livros que saíram
sobre o nacional-socialismo.
Estava especialmente interessado em olhar as fotos.
Tentei determinar se havia alguma semelhança
entre mim e as pessoas nas fotos.
Foi só muitos anos depois
que o padrasto de Guntram finalmente lhe disse quem era seu verdadeiro pai.
Ludolf Von Alvensleben.
Um nazista dedicado e um alto oficial no ranking da SS
e ajudante de Himmler.
Em 1.939, Alvensleben provou sua lealdade a Hitler
e do regime nazista da forma mais brutal.
Em primeiro de setembro de 1.939, a Alemanha invadiu a Polônia
e começou a Segunda Guerra Mundial.
Hitler ordenara que a Polônia deveria ser reduzida a uma nação de escravos.
Sua aristocracia, clero e intelectuais deveriam ser exterminados.
Durante a invasão, Alvensleben chefiou o Selbstschutz
uma brutal organização paramilitar
composta de alemães que viviam na Polônia.
Alvensleben disse aos seus homens:
Vocês são agora os senhores da raça aqui.
Não tenham dó. Sejam implacáveis!
Limpem tudo o que for não-alemão.
Nunca vou entender como eles puderam
fazer o tipo de coisas que eles fizeram...
convencidos de que escapariam sem punição.
Eles estavam mesmo pensando que poderiam governar o mundo inteiro
convencidos de que obteriam territórios para a...
para a raça superior.
Que ia governar o mundo.
Guntram está se dirigindo para o Escritório de Crimes de Guerra
em Bydgoszcz, a cidade que seu pai usou como uma base polonesa.
Ele e o pesquisador, Chris Dziadzielwialski
obtiveram permissão para pesquisar os arquivos do processo penal
detalhando os crimes de Alvensleben.
O Vale da Morte, nos arredores da cidade, foi o local de um deles.
O Vale da Morte ou o Vale Fordon, como costumava ser conhecido,
era uma floresta deserta e isolada,
longe da cidade de Bydgoszcz.
Os alemães estavam transportando as pessoas
e elas estavam cavando valas
e então executaram as pessoas lá
durante a guerra.
Como pode ver, é caso após caso, após caso.
Alguns ainda estão em aberto, ainda há pessoas que procuram justiça.
Em um dia, 7 de Outubro de 1.939,
os homens de Alvensleben executaram mais de 4.000 poloneses
que foram amontoados em covas rasas
e deixados para apodrecer, no Vale da Morte.
Aqui não menciona nomes específicos de vítimas.
Aqui se menciona Betty Israel.
Betty Levine.
Em Fordon.
E Fordon novamente.
Então Fordon novamente.
Sempre um...
esses assassinatos sempre aconteciam
com a participação da Selbstschutz.
E há fotos das vítimas.
Há uma palavra "Zamordowany" que significa "assassinado".
E há os seus nomes.
Franciszka Rupinska, Aniela Rupinska. Irmãs ou parentes próximos.
Você olha fotos de pessoas
que foram mortas só por ter uma determinada nacionalidade.
É fácil deixar de lado documentos escritos
mas não é fácil esquecer fotos e imagens.
Após a guerra, o pai de Guntran foi capturado pelos Aliados mas escapou.
Como muitos altos criminosos de guerra nazistas
ele fugiu para o porto seguro da América Latina,
para viver a vida como um homem livre na Argentina.
Lembro de ter visto algumas das declarações que ele fez depois da guerra
quando ele estava longe da Alemanha.
Uma das declarações foi:
"Havia algo no início da guerra mas não era muito".
30.000 pessoas mortas nesta região em três meses.
Não sei o que dizer a alguém que faz esse tipo de declaração.
Ah. Havia algo no início da guerra mas não era muito.
O papel do pai de Guntram na limpeza racial da Polônia
era parte de um plano para acomodar a nova raça dominante
na Europa Oriental, onde as crianças Lebensborn, como seu filho,
poderiam viver num Reich expandido.
Himmler disse: Se conseguirmos estabelecer essa raça nórdica
e desse canteiro produzirmos 200 milhões de arianos
então o mundo pertencerá a nós.
O abastecimento desse império de procriação
estava indo devagar demais para Himmler.
Ele então voltou-se para outros meios a fim de expandir a Lebensborn.
Ele disse: Pretendo conseguir sangue alemão onde quer que seja encontrado
e roubá-lo sempre que puder.
Himmler instruiu as cooperadoras Lebensborn
para sair e tirar de seus pais, crianças consideradas arianas,
nos territórios ocupados do Leste.
Folker Heinecke descobriu anos depois da guerra
que havia sido seqüestrado na Ucrânia e traficado para a Polônia
sendo forçado a entrar no programa Lebensborn.
Havia um Serviço Racial,
também criado por Himmler, onde as crianças eram medidas.
A cabeça tinha que ter a forma correta, o perfil, as orelhas...
tudo tinha que ser perfeito.
A aparência ariana, cabelo loiro, olhos azuis.
Tudo isto faz sentido se estiver criando uma geração de elite ariana,
tudo foi planejado assim.
As crianças deveriam ser arianas puras, preferencialmente nórdicas.
Foi isso que Heinrich Himmler decidiu,
Ele queria crianças que futuramente pudessem gerar mais crianças arianas.
As crianças como Folker foram germanizadas
e proibidas de falar sua própria língua.
Até o final da guerra mais de 200.000 crianças arianas
tinham sido roubadas somente na Polônia e na Rússia.
Construir uma raça dominante, numérica e fisicamente superior,
foi o cerne da ideologia nazista.
Hitler subverteu a lei da sobrevivência do mais forte, de Darwin,
para justificar sua noção de que uma raça forte
deve provar o direito de existir.
Sem remorso, a natureza faz uma rigorosa seleção.
As aves fracas viram presas dos gatos.
A lebre fraca é capturada pelo seu perseguidor.
Mesmo entre membros da mesma espécie, brigas acontecem
com o mais fraco caindo vítima da mais forte.
Mães aves, por puro instinto matam filhotes pouco desenvolvidos.
Mães aves, por puro instinto matam filhotes pouco desenvolvidos.
A idéia era que essa seria uma raça especial, a chamada Raça Nórdica.
Pessoas altas, loiras e de olhos azuis,
são a raça mais preciosa.
E também teriam um caráter melhor.
Era a idéia maníaca e louca de que a raça ariana deveria
por ser tão preciosa,
reinar sobre mundo. Essa era a idéia.
Heil Hitler!
Olhe com bastante atenção. Olhe-os de perto.
Muitos deles eram loucos.
E aconteceu de serem capazes
de estar no poder.
Sssumiram... se deram o direito
de moldar toda a Alemanha à sua própria imagem.
Esta nova ordem mundial não tinha espaço para a imperfeição
ou corrupção genética.
Afinal, por que os trabalhadores alemães
seriam sobrecarregados pelos impuros?
Nos últimos 70 anos, nossa população cresceu 50%.
Enquanto isso, o número de pessoas com doenças hereditárias
cresceu 450% no mesmo período.
Se isso continuar, em 50 anos, um de cada quatro pessoas,
sofrerá de algum tipo de doença hereditária.
Nós podemos cuidar deles, mas não podemos deixar que continuem a procriar.
Num futuro bem próximo, nossas crianças saudáveis
não terão mais que conviver com essas pobres e infelizes criaturas.
Enquanto a máquina de propaganda nazista ia espalhando ódio
Dorothea Buck era uma estudante que vivia perto da costa norte alemã.
Caracterizavam as deficiências como uma espécie de fardo
Uma carga pesada que tínhamos que carregar.
Eles os mostravam de uma forma tão repugnante, tão horrenda
que a nação começou a ser favorável à esterilização.
Basicamente deram a eles uma razão para degradarem as pessoas com deficiência.
Hitler sempre foi um defensor da esterilização forçada
argumentando a favor dessa idéia desde que chegou ao poder em 1.933.
Após um colapso nervoso em 1.936,
Dorothea, 19 anos de idade, descobriu com que rapidez a política de Hitler
tinha tornado atual essa prática médica.
Minha mãe tinha uma escolha
Ou ela aceitava que eu fosse esterilizada
ou então eu seria levada para uma instituição até os 45 anos.
Ela ficou totalmente chocada e disse que isso era pior ainda!
Como alguém poderia concordar com isso?
Quando estava sendo preparada para a operação, perguntei para que era aquilo.
Ao que a enfermeira respondeu: É apenas uma pequena intervenção cirúrgica.
Acordei em um pequeno quarto com quatro camas
Nem imaginava o que tinham feito comigo.
Foi quando uma companheira de quarto me disse que eu fora esterilizada.
Fiquei completamente perturbada e desesperada.
Dorothea foi uma das 400 mil pessoas esterilizadas à força
porque eram doentes mentais, cegas ou mesmo deprimidas.
A lógica da raça superior logo ditou
que a esterilização deveria progredir para o extermínio.
No outono de 1.939, quando Hitler
desencadeou a barbárie nazista na Polônia,
na Alemanha ele também sancionou um programa de eutanásia, em segredo.
Nos dois anos seguintes,
mais de 70.000 geneticamente indesejáveis foram assassinados.
Dezenas eram amontoados em pequenas câmaras de gás,
seus cérebros eram dissecados em mesas rústicas, para pesquisa genética.
Se os nazistas tinham conhecimento de todos os resultados científicos
das experiências genéticas, se soubessem o que sabemos hoje - meu Deus!
Houve momentos em que senti calafrios
e meu Deus!
Bem, temos de estar muito felizes por eles terem perdido a guerra.
Depois da derrota da Alemanha em 1.945,
o mundo começou a ver os todos os horrores do regime nazista.
Milhões foram sistematicamente eliminados.
A experiência nazista estava em frangalhos,
a Alemanha, envergonhada e em ruínas.
Apesar de Hitler e Himmler terem cometido suicídio,
ao longo dos próximos dois anos, os julgamentos de Nuremberg
levaram 200 dos arquitetos chave do regime, à justiça.
Este tribunal o condena a dez anos de prisão.
Líderes da Lebensborn escaparam da ação penal
alegando que o programa era uma rede social para órfãos e crianças ilegítimas
Depois de Nuremberg, muitas mães Lebensborn, ainda fiéis ao Reich,
continuaram mentindo para seus filhos sobre suas origens.
Eu sentia isso.
Sentia que havia alguma coisa...
Desde que era uma criança sentia que algo estava errado comigo.
Minha história é que nasci numa casa Lebensborn em Oslo.
Minha mãe era funcionária da Lebensborn
e ainda estava trabalhando em Oslo.
Então ela voltou com esse pequeno bebê.
Trouxe uma órfã da Noruega. Vocês não quiseram sempre uma menina?
Assim vivi meus primeiros três anos,
pensava que minha tia era minha mãe e meus primos eram meus irmãos.
Após a guerra,
o tio de Gisela, o homem que ela pensava ser seu pai,
foi libertado pelos Aliados e voltou para casa.
Eu tinha entre três e três anos e meio.
Os meninos, que eram alguns anos mais velhos, gritaram, "Papai chegou!"
Assim eu também disse "Meu pai está voltando!"
Então esse homem disse:
"O que essa bastarda da SS faz aqui na minha família?"
Este foi o maior choque da minha pequena vida.
Que era um bastarda da SS. Eu não conhecia a palavra, claro.
Então ele disse: "Essa menina não é minha filha". E fiquei confusa.
Quando a verdadeira mãe de Gisela veio até ela
contou uma outra história sobre as origens de sua filha.
Eles me disseram que meu pai morreu na Rússia
o que era normal para a minha geração.
Eu não tinha uma foto dele. Isso também foi...
Outras crianças cujos pais haviam sido mortos na guerra
tinham fotos, ela não tinha.
Ela disse que estava noiva.
Que não teve tempo antes dele ir para a guerra, e é claro,
se ele voltasse então é claro que eles teriam se casado.
Parei de perguntar porque sentia que esta é uma ferida em minha mãe.
Após da guerra, os adultos, obviamente, tentavam ficar fora da política.
Eles se recusavam a falar sobre o passado. Não elogiavam Hitler.
Não elogiavam o nacional-socialismo
mas defendiam muitas das coisas que aconteceram.
Mas à medida que os anos passavam, e os órfãos da guerra iam crescendo,
surgiam inúmeras histórias sobre a era nazista.
Gisela aprendeu sobre o Lebensborn num artigo na imprensa alemã.
Ele descrevia as casas como fazendas de criação anônima.
Meu Deus! Meu pai era um garanhão que tinha de produzir crianças.
Minha mãe era uma prostituta?
Foi assim que descobri que era uma criança Lebensborn.
Eles escreveram assim. Isso foi horrível!
Eu tinha que sobreviver acreditando que era o resultado de...
um... garanhão e uma prostituta.
E eu não queria perguntar à ela.
Ela também leu este artigo no jornal.
Nunca disse uma palavra sobre isso.
Eu disse, se ela não falar, talvez seja verdade, talvez não.
Nessa época, realmente pensei em suicídio.
Finalmente, sua mãe admitiu a verdade,
que sua filha era o produto de uma ligação casual
com um oficial da SS, casado.
Mas as dúvidas persistiram para Gisela.
O que eles queriam?
Queriam-me como uma criança?
Ou será que simplesmente queriam alguém
como uma personagem ideológica para o sistema?
Depois que Folker Heinecke foi seqüestrado na Ucrânia
e colocado no programa Lebensborn,
foi adotado por uma família rica que trabalhava com navegação em Hamburgo.
Lá, teve uma educação privilegiada com seus pais adotivos
até que um encontro inesperado mudou o seu mundo.
Era como um paraíso para mim. Materialmente, tinha uma vida ótima.
Sempre tivemos os melhores carros, jardineiros, criados, tudo.
Mas quando estava com sete anos, uma criança da vizinhança me disse,
quando ***ávamos na piscina, "Você não é filho dos seus pais!"
Foi um choque muito grande para mim.
Ouvir que não era filho dos meus pais...
Tive que conviver com essa dor por toda a minha vida.
É muito difícil explicar para qualquer pessoa o que se passa dentro de você.
Tudo ali era falso, era tudo mentira.
Como todos os pais que adotaram uma criança Lebensborn,
a mãe e o pai de Folker mantiveram seu voto de silêncio.
Eles o criaram como herdeiro da empresa de transporte marítimo da família.
Nunca falei com meus pais sobre isso. Nem perguntei nada sobre o assunto.
Sentia falta de afeto, perdi isso também.
Muitas vezes meus pais adotivos e eu nos sentamos à mesa
falando sobre os meios de subsistência dos armadores.
Estávamos sempre falando sobre navios e prosperidade. Essa foi minha vida.
Como todas as crianças Lebensborn, ele cresceu nos anos 50 e 60,
vendo uma Alemanha otimista começar a surgir dos escombros da guerra.
Foi quando começou o rock'n'roll.
Eu era uma apaixonada dançarina de rock'n'roll.
Acho que muitas das minhas,
"vulnerabilidades", minha raiva,
punha para fora quando dançava.
Talvez isso me salvou por um tempo.
Enquanto Gisela imergia neste mundo novo
Guntram Weber, que sabia que seu pai tinha sido colaborador de Himmler,
continuava a ser perseguido por dúvidas sobre seu passado.
Como eu poderia ter agido numa sociedade
que era consangüínea com a geração de 30 e 40 na Alemanha?
O que poderia ter feito?
Coloquei essa questão para mim mesmo inúmeras vezes. O que eu teria feito?
A posteriori, pode dizer a si mesmo:
"OK, teria matado Hitler".
Mas poderia ter feito isso naquelas circunstâncias?
Gostaria de poder dizer a mim mesmo
que teria me rebelado contra o sistema.
Não tenho certeza se teria.
Como o passar dos anos,
as crianças Lebensborn iam descobrindo mais e mais segredos sobre seus pais.
Gisela descobriu que sua mãe, Emmy, tinha sido uma agente entusiasmada,
trabalhando entre a Polônia e Munique, durante a guerra.
Assim, seu papel era crucial. Ela tinha sido chamada para depor em Nuremberg
sobre o sequestro organizado de crianças.
Li todos os seus arquivos.
Claro ela...
...falou muito, muito habilidosamente, como todos fizeram.
Claro que ela foi à Polônia para pegar algumas crianças órfãs de lá.
Eram todas reivindicadas como órfãs. Você nunca sabia de onde elas vieram.
Crianças que foram salvas e levadas para casas especiais,
onde tiveram que esquecer sua língua original.
Eles tinham que aprender alemão
e em seguida Lebensborn organizava os pais adotivos.
Foi só depois que seus pais morreram
que Folker se sentiu capaz de explorar o seu passado.
Ele descobriu que tinha sido usado como um exemplo do sequestro de crianças
no julgamento de Nuremberg.
Estava correndo perto da minha casa em Alnowa onde nasci
Então a SS veio com seus jeeps e disse:
"Loiro de olhos azuis... Aliás, extremamente loiro de olhos azuis".
Um ariano.
E levaram-me para longe da minha casa
O soldado da SS chutou minha mãe longe com suas botas
Ele me arrancou dos braços dela e me levou no veículo.
Era então dada a você uma certidão de nascimento falsa de um Lebensborn
Realmente confrontei minha mãe
com suas próprias palavras em Nuremberg.
Então ela lembrou-se de alguma coisa.
Mas ainda assim ela disse...
Eu disse, você deve ter-se perguntado por que você foi para a Polônia
e sobre as crianças que teve que trazer para a Alemanha.
De onde elas vinham?
Bem, elas eram órfãs.
Eu disse, você não pode acreditar nisso. Sei que eles foram roubados.
Nós não sabemos nada!
Eu não sabia, então eu não sei hoje.
Eles eram órfãos.
Ponto.
E eu disse, bem, você deve saber que...
Deve ter visto que aquelas crianças que trouxe de lá
eram apenas crianças loiras de olhos azuis.
Então ela disse, bem,
nós não levávamos todas.
Foi o que ela disse.
E isso era como, eu... Desabei...
Desabei a chorar
porque de repente, nessa sentença, entendi tudo.
Quando ela disse: Claro, nós não levamos todas.
Tudo era falso, todos os meus documentos.
Certidão de nascimento, local de nascimento,
até a data que deram, 17 de outubro, não é a correta.
Fui forçado à essa situação toda.
Me forçaram a ser alemão.
Gostaria de saber onde estão minhas raízes.
De onde eu vim, quem são meu pai minha mãe?
O que você diria a sua mãe se a visse agora?
Se a encontrasse talvez tivesse
que aprender a falar outra língua como ucraniano
Não posso descrever como seria. Haveria inundação de lágrimas.
Choraria e choraria de tanta felicidade
por ter finalmente achado meu lugar.
A questão toda é uma questão de identidade.
Nenhum de nós tem uma verdadeira identidade.
E nós perdemos mais do que imaginamos.
Todo mundo diz que sempre teve uma sensação...
como se a terra estivesse tremendo.
Nunca se sente como se existisse...
Como diz a psicologia, você precisa de raízes,
para ser alguém neste mundo.
Nós não tivemos raízes nos primeiros anos.
Então achamos que algo estava errado. O contexto histórico.
Assim torna-se cada vez pior.
A mãe de Guntram Weber morreu
antes que ele pudesse descobrir a verdade sobre seu passado.
Com o tempo, o legado de mentiras,
combinado com a compreensão do papel do pai na Alemanha nazista,
resultou num colapso iminente.
Não sabia...
para onde me dirigir.
Não tinha idéia do que fazer.
Acho que no fundo tinha medo de saber.
De saber sobre os segredos sombrios,
que presumi que estavam lá.
Ao mesmo tempo...
percebi que tinha que fazer alguma coisa.
Nos últimos seis anos,
numa tentativa de lançar mais luz sobre o seu passado Lebensborn,
Guntram vem tentando formar um quadro completo
do homem que nunca conheceu, mas que afetou sua vida,
seu pai, general da SS Ludolf Von Alvensleben.
Quero...
encontrar alguma maneira de...
assumir o controle da minha própria situação.
Sim. Eles se recusaram.
Minha mãe se recusou quando negou-me informações sobre meu pai,
sobre meus primeiros meses.
E eu quero. Quero algum controle sobre minha própria vida.
A viagem de Guntran à Polônia é sua tentativa de ficar face-a-face
com as atrocidades cometidas por seu pai contra o povo polonês
durante e depois da invasão alemã de 1.939.
No museu em Bydgoszcz, Guntram descobre cartas
de soldados alemães, descrevendo sua participação na "limpeza étnica".
Este é o documento número 27.
Deve ser de 1.939.
É para Kreisleiter Kampe
que estava encarregado desta área.
Nós queremos acrescentar...
que o moral elevado...
...poder de resistência
que encontramos entre o povo polonês
surge...
entre outras coisas, surge do fato
que...
quando eles estão sendo liquidados...
que quando eles estão sendo liquidados
mostram, na sua maioria...
um destemido, corajoso... comportamento.
Não posso. Não posso suportar isso.
Não sei, não há nenhuma palavra sobre os seres humanos.
Ou...
Estão apenas sendo elogiados por sua coragem.
Isso está além da minha... minha escala de compreensão.
Esse... esse meu pai,
ordenou essas coisas.
Ordenou essas execuções.
Nos massacres de 1.939,
em torno de 60.000 pessoas, a elite da sociedade polaca,
foram selecionados para pavimentar o caminho para a geração Lebensborn.
O Lebensborn estava fazendo nascer uma raça superior.
Sua cópia invertida, os campos de extermínio e o genocídio da raça judaica
e milhões de outros que seriam exterminados.
Acho que nunca vai haver
algo como compreensão ou o que quer que seja.
É apenas horror.
É apenas horror e terror.
Nessas noites, não durmo. Ainda tenho pesadelos.
Na minha consciência,
sempre sou a contra-parte daquelas pessoas que tinham que morrer.
Não é de admirar que me sinta culpada.
Se você é parte do outro lado.
E isso não ajuda muito para saber que não é sua culpa.
Muitas pessoas dizem, Por que se sente culpada?
Não foi você. Foram seus pais.
Ainda assim, eram meus pais.
E só posso dizer que acho que é muito importante
que não façamos o mesmo que nossos pais fizeram,
manter silêncio e não falar sobre isso.
A mãe de Gisela continuou a manter o silêncio.
Ela falou pouco sobre o que tinha feito
recusando-se a confrontar seu passado.
Ela tinha quase 89 anos.
Estava doente. No limite. Estava velha e não queria viver mais.
Quero morrer. Por que não posso morrer?
Tinha pesadelos horríveis. Ela me contou sobre alguns de seus pesadelos.
Eu disse: Mamãe, deve haver algo que está carregando com você.
Por que não me conta?
Disse isso de forma muito suave.
Eu disse: Acho que há algo pesando sobre a sua alma
e talvez possa livrar-se disso se...
Ela disse: Não. Não é nada.
Os pais de Guntram Weber morreram
antes que ele pudesse conhecer a verdade sobre suas origens.
Assim, sua viagem à Polônia é para confrontar,
não a seu pai, mas os crimes de seu pai.
Entre os massacrados por ordem de seu pai,
estava o diretor de escola, Zygmunt Polakowski.
Sua filha, Jadwiga, aos 91 anos, ainda vive em Bydgoszcz.
Bom dia.
Bom dia.
Bom dia, Pani Polakowska.
Bom dia. Bom dia.
Você fala um pouco de Inglês?
Um pouco. Só um pouco.
- Um pouco? - Só um pouco.
Quero dizer uma coisa
por mim próprio.
Eu sinto muito.
Obrigado. Obrigado.
- Entre por favor. - Obrigado.
Este é o meu pai.
Vi sua foto.
Este é o meu pai morto.
- Por ordem do seu pai. - Eu sei.
- Sim. - Eu sei.
Meu pai foi preso em 16 de Outubro de 1.939.
Meu pai foi preso em 16 de Outubro de 1.939.
A Gestapo chegou com seus uniformes pretos e seu belo carro.
A Gestapo chegou com seus uniformes pretos e seu belo carro.
Nós fomos muito dignos, não houve nenhuma lágrima.
Nós fomos muito dignos, não houve nenhuma lágrima.
Minha mãe pôs-se de pé como um pilar de sal.
Foi mais difícil para mim.
Era a favorita do meu pai, e o amava muito.
Decidi ser uma brava Polonesa e não mostrar meu desespero.
Decidi ser uma brava Polonesa e não mostrar meu desespero.
Ele tirou sua aliança do dedo...
e deu para minha mãe.
Ele percebeu que seria morto.
Mamãe e eu ficamos em frente à janela
Mamãe e eu ficamos em frente à janela
enquanto meu pai era levado para o carro.
E eles deixaram meu pai observar.
Ele tirou o chapéu e acenou um adeus.
Ele tirou o chapéu e acenou um adeus.
Quantos anos você tinha?
Muito jovem, 20 anos.
20 anos.
E toda a minha vida feliz...
Vida feliz.
- Foi esmagada. - Sim.
Esmagada.
Culpado.
Esta é realmente a palavra, é você se sentir culpado
por saber que fez parte dessa cena de horror
desde o início de sua vida.
Isso continua. O que está em meus genes
já que meu pai era um criminoso nazista?
É toda uma questão humana, com sombras em todo mundo.
E quais circunstâncias permitem que as pessoas
vivam mais parecidas com suas sombras?
Nos últimos anos Gisela tem partilhado
sua experiência como uma criação do Terceiro Reich
dando palestras para o público alemão
numa tentativa de os confrontar com a verdade.
Eu consegui,
quase, não totalmente, mas consegui
transferir o meu sentimento de culpa e vergonha
para a responsabilidade de falar sobre isso
e especialmente com os jovens.
Para a mãe de Gisela, foi apenas em seu leito de morte
que ela demonstrou reconhecer que a verdade precisava ser contada.
Passei a última noite com ela no hospital.
Ela morreu nos meus braços.
Não foi fácil.
Antigamente eu tinha uma resistência pessoal.
Não queria ser tocada por ela.
No final eu podia acariciá-la e, bem...
Ela disse que um dos... E isso eu também respeito.
Uma de suas últimas frases na noite antes de morrer...
Ela acordou. Antes eu não podia compreendê-la, e então ela disse:
foi bom que você colocou a verdade sobre a mesa.
Foi bom que fizemos as pazes entre nós.
Estas foram suas últimas frases,
por isso era uma espécie de "Tudo Bem. Está tudo bem mamãe".
Eu pelo menos tive a sorte de falar com minha mãe
coisa que muitas das outras crianças Lebensborn não puderam.
Pelo menos tive algumas respostas.
O Vale da Morte fica logo atrás da periferia de Bydgoszcz.
É um memorial permanente aos que foram assassinados sob as ordens
do pai de Guntram Weber, Ludolf Von Alvensleben.
Jadwiga Polakowska pediu para ser levada até lá
para contar a Guntram sobre o dia que ela fez uma terrível descoberta
seis anos depois que os alemães prenderam seu pai.
Eu tinha só 26 anos, então.
Mas estava parada próximo daqui.
Tinham cavado uma parte longa do fosso e
pode imaginar como o tiroteio foi levado a cabo com precisão alemã
A série de crânios estava sobressaindo do chão,
os crânios foram atirados a intervalos iguais.
Estavam como pérolas numa fieira.
Corpos não totalmente deteriorados.
Braços, pernas e cabeças permaneceram no lugar.
Só as faces estavam sujas de lama.
Nesse momento pude ver um corpo.
Estava embaixo dos de cima, e eu reconheci meu pai.
Estava embaixo dos de cima, e eu reconheci meu pai.
Eu o machuquei com a minha história?
Sim, foi direto ao meu coração.
Mas é verdade.
Não menti na minha história.
Contei da maneira que foi.
A culpa não foi sua.
Você só teve problemas com isso. E eu também.
Reconciliação, só reconciliação.
Meu pai foi um homem corajoso mesmo quando esperava para morrer.
Ele não pode estar orgulhoso do pai. Está muito triste.
Após a derrota do Terceiro Reich,
a experiência do Lebensborn terminou em fracasso, ficando para a história,
como uma perversão dos nazistas na ciência e na medicina.
O destino dessas crianças era ser parte de uma raça superior
que governaria por 1.000 anos.
Mas eles não cresceram como os fantoches loiros de olhos azuis
que Himmler imaginara.
Nossos pais sofreram lavagem cerebral o suficiente.
Depois da guerra eles poderiam dizer, "Nós não poderíamos ter mudado nada".
Mas para nós, sim, nós não pegamos
o gene de alguma lavagem cerebral!
Era como nós realmente adquiríssemos o oposto.
Temos o tipo de... de culpa.
De todas as ex-crianças Lebensborn eu sei, não há ninguém
que diz, "Bem, não foi bom? Olhe para mim!"
"Sou um lindo ariano! Não foi bom, de certo modo?"
Não conheço ninguém.
O programa de germanização ao qual Folker Heinecke foi forçado,
falhou ao apagar seu passado pré-Lebensborn.
Ele nunca desistiu de seu sonho,
de que suas verdadeiras relações de sangue estão vivas, em algum lugar.
Se você tem raízes, você é forte.
Mas se é tratado como um estranho...
Eu sempre tenho que...
Estou sempre conhecendo pessoas,
procurando algum parente, qualquer parente.
Acredito que tenho irmãos.
Quando fui à Kiev e peguei o trem para a Criméia
tive que ficar a noite toda olhando pela janela.
É impossível explicar aos outros o que se passa dentro de você.
É um mundo totalmente diferente, uma vida totalmente diferente.
Nasci lá e faço parte de lá, mas estou aqui.
Se nunca vir meus pais verdadeiros, se estiverem mortos e enterrados...
...palavras não poderão descrever como me sentirei.
As emoções seriam devastadoras.
Assim como Gisela e Folker, Guntram Weber também rejeitou
tudo o que o Lebensborn representava.
Ele agora está usando sua experiência na Polônia
para reparar os crimes de seu pai.
Criou seminários para ajudar a habilitar as pessoas de Bydgoszcz
a lidar com as feridas provocadas pelos nazistas.
Gisela Heindenreich tem escrito sobre suas experiências como filha de nazistas
e faz palestras em todo o mundo sobre os males do regime.
Estima-se que 16.000 crianças Lebensborn
nasceram nos territórios ocupados pelos nazistas, entre 1.935 e 1.945
40.000 sequestrados retornaram à Polônia depois da guerra.
Estima-se que 150.000 sequestrados permaneceram na Alemanha.
Muitos desconhecem totalmente suas verdadeiras origens.
LEGENDAS _rMonta_