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ORWELL SE REVIRA NO SEU TÚMULO
Um filme de:
"Eles podiam ser levados a aceitar"
"as mais flagrantes profanações da realidade..."
"e não estavam suficientemente interessados nos acontecimentos públicos"
"para repararem no que estava a acontecer." George Orwell, "1984"
Pensamos falsamente no nosso país como sendo uma democracia
Danny Schechter Antigo produtor da CNN e da ABC News Pensamos falsamente no nosso país como sendo uma democracia
Danny Schechter Antigo produtor da CNN e da ABC News quando esta evoluiu para uma "mídiacracia",
Danny Schechter Antigo produtor da CNN e da ABC News onde a imprensa, que supostamente devia controlar os abusos políticos,
fazem parte do abuso político.
Estas entidades comerciais
Mark Crispin Miller Prof. de Estudos de Comunicação Social Universidade de Nova Iorque Estas entidades comerciais
Mark Crispin Miller Prof. de Estudos de Comunicação Social Universidade de Nova Iorque rivalizam atualmente com o governo pelo controle sobre as nossas vidas,
Mark Crispin Miller Prof. de Estudos de Comunicação Social Universidade de Nova Iorque não são um contrapeso saudável para o governo,
são tão poderosas, ou mais poderosas que o governo,
e trabalham em estreita proximidade com o governo.
atualmente, o interesse paralelo mais poderoso em Washington é a imprensa,
Charles Lewis Antigo produtor do programa "60 Minutos" atualmente, o interesse paralelo mais poderoso em Washington é a imprensa,
Charles Lewis Antigo produtor do programa "60 Minutos" porque não só concedem dinheiro e favores
Charles Lewis Antigo produtor do programa "60 Minutos" e fazem todas as outras coisas que a indústria faz em Washington
assim como as empresas fazem,
mas obviamente controlam se um político leva os seus intentos a "bom porto",
bem, isso é poder, é o poder supremo,
e no mundo da política é controlar as percepções.
No romance de George Orwell "1984",
Winston Smith trabalhava no Ministério da Verdade,
mas o seu trabalho não era assegurar que a verdade era preservada,
bem pelo contrário,
o seu trabalho era alterar e transmitir novas histórias
para que a versão da verdade dada pela elite governante,
o Partido, nunca fosse refutada.
Se o Partido,
- que Orwell chama de "O Grande Irmão" -
mentisse ao povo,
uma rápida verificação aos registros alterados por Winston,
os únicos registros que existiam, iria provar que a mentira era verdade.
GUERRA É PAZ
Podem mentiras transformar-se em verdade?
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNORÂNCIA É FORÇA
Pode um sistema de informação,
controlado apenas por algumas corporações globais
com a capacidade de subjugar todas as vozes discordantes,
ser capaz de tornar mentiras em verdades?
Estas corporações não têm de responder ao povo.
Apenas os políticos as podem regulamentar.
As corporações compram possivelmente políticos
com contribuições para campanhas políticas,
contribuições tão vultosas
que os políticos permitiriam corporações desregulamentadas,
Ken Lay Presidente Executivo da Enron que os políticos permitiriam corporações desregulamentadas,
Ken Lay Presidente Executivo da Enron continuarem com o seu objetivo de eliminar as vozes com menos força
continuarem com o seu objetivo de eliminar as vozes com menos força
até que uma só voz subsista.
Uma verdade.
Este documentário começou efetivamente há vinte anos
quando eu era aluno da escola de cinema,
por volta da época da crise dos reféns.
Nessa altura, pareceu-me que estava a mudar o modo
como as notícias estavam a ser relatadas,
e isto era caracterizado pelo New York Post de Rupert Murdoch.
Então fui até lá e entrevistei em vídeo o editor do New York Post,
um vídeo bastante primitivo.
Acha que vocês por vezes aumentam o pânico público sobre as carências?
- É possível? - Sim,
acho que é onde o pânico começa, através da cobertura da mídia,
através da cobertura dos jornais e da televisão.
Acha que o New York Post está a contar a verdadeira história?
Bem...
por vezes não se pode medir independentemente...
Acho que o que criam... é que geram, suponho,
cria-se pânico, certo?
Nova York é uma cidade difícil,
consegue ser bastante abrasiva,
e eu não sou um grande perito em aumentar as ansiedades das pessoas.
Peter Mitchelmore foi bastante justo comigo naquele dia,
mais tarde descobri porquê.
Porque vai deixar o jornal?
Porque sou incompatível com o jornal.
O bebê está bem... está a vender bem, mas não é mais a minha empresa.
Nesse dia, em 1980,
falamos sobre os reféns
e sobre o novo fenômeno da "história interminável".
Foram finalmente libertados no dia em que Reagan tomou posse.
Na altura não dei particular importância a esta coincidência.
Vinte anos mais tarde,
ocorreu uma seqüência de acontecimentos extraordinários,
que para mim, forneceram uma janela.
Conseguia ver o vender da guerra no Iraque,
o tratamento dado pelos média das eleições de 2000,
e a decisão do Supremo Tribunal,
e uma nova luz.
A pergunta era:
será que havia um padrão no modo como as histórias eram relatadas
e depois abandonadas?
Ter-se-ia tornado mais fácil manipular propositadamente as notícias?
Não estariam a cobrir determinadas histórias de propósito?
Entretanto,
com o passar dos anos, desci até ao 3º mundo do cinema independente,
mas enquanto isso aconteceu,
mesmo ao lado da crítica ao meu filme,
estava uma crítica ao "O Informador",
um filme sobre o eliminar de uma notícia.
Tomei isto como um sinal.
Mas como chegar até à verdade?
Li sobre um homem chamado Charles Lewis,
um antigo produtor do "60 minutos",
que tinha criado uma organização noticiosa sem paralelo e independente.
O "The Center For Public Integrity",
revelou o escândalo "Lincoln Bedroom",
também efetuou um relatório sobre as violações de George W. Bush na SEC
por venda fraudulenta de ações.
Nos anos 1960,
três em cada quatro americanos confiavam no governo,
atualmente é um em quatro americanos que confiam no governo,
o nível de secretismo e a quantidade de dinheiro nos nossos procedimentos
é a mais elevada que alguma vez foi,
Archibald ***, o promotor público do caso Watergate
que entrevistei para um livro meu, "The Buying of the President 2000",
disse: "O nível de confiança"
"neste país é o mais baixo que assisti incluindo durante o "Watergate"".
As pessoas sentem, penso eu,
que as elites financeiras e políticas tornou-se a mesma
e que o povo não tem voz em Washington ou nas capitais estatais,
que estão de alguma forma a ser deixados para trás.
Quando pensamos em democracia nos Estados Unidos,
Prof. Robert W. McChesney Fundador do MediaReform.net Quando pensamos em democracia nos Estados Unidos,
Prof. Robert W. McChesney Fundador do MediaReform.net frequentemente,
Prof. Robert W. McChesney Fundador do MediaReform.net e penso que certamente na nossa cultura de informação e política,
Prof. Robert W. McChesney Fundador do MediaReform.net a suposição é que o tipo de democracia que temos nos Estados Unidos
Prof. Robert W. McChesney Fundador do MediaReform.net é a única forma de democracia que pode existir,
é a única forma de democracia que pode existir,
é o maior feito que a humanidade consegue realizar,
é o estilo americano de democracia,
mas na realidade, penso termos tanto na teoria
como de muitas formas na prática...
claramente o que se chama de "democracia débil",
em muitos casos temos uma democracia assustadoramente débil.
Há também um infeliz sentimento de impotência
Mark Lloyd Prof. de Comunicação Social no MIT Antigo repórter da NBC Há também um infeliz sentimento de impotência
Mark Lloyd Prof. de Comunicação Social no MIT Antigo repórter da NBC que não existe realmente muito que se possa fazer sobre o estado das coisas.
que não existe realmente muito que se possa fazer sobre o estado das coisas.
Não se podem ter 280 milhões de pessoas e dizer que dois partidos políticos
Michael Moore Realizador, Autor de "Stupid White Men" Não se podem ter 280 milhões de pessoas e dizer que dois partidos políticos
Michael Moore Realizador, Autor de "Stupid White Men" representam o pensamento de 280 milhões de pessoas.
Michael Moore Realizador, Autor de "Stupid White Men" Pensem nisso!
Pensem nisso!
Dêem um passo atrás e analisem isso.
O mais giro é que os antropólogos
daqui a umas centenas de anos irão desenterrar-nos
e não nos irão compreender, a sério!
E cometemos um enorme erro ao inventar o filme e a cassete de vídeo
porque estamos a deixar ficar um registro sobre nós.
Temos um estado atual em que...
uma parte significativa da população não vota,
não se preocupa com os assuntos,
está demasiadamente enfadada e cansada, é o que chamamos de "despolitizados",
na realidade, temos um nível de "despolitização" nos Estados Unidos
que deve fazer um tirano,
como na Indonésia, invejar-nos e perguntar:
"Como poderei eu ter uma população vegetal destas?"
O 1% que controla 90% da riqueza
teve dois partidos políticos a jogar por eles,
e os outros 99% não tiveram nenhum partido político a escrutínio...
que os representasse,
e nenhuma representação no Congresso que os representasse,
e ainda assim esses 99% andam às voltas a empunhar pequenas bandeiras
e a dizer: "Somos livres! Somos Livres!"
"Vivemos em democracia!"
Oh, vamos parecer idiotas!
A sério, minha gente!
Temos de deixar ficar um bilhete e explicar as nossas ações!
Temos mais fácil acesso a informação como consumidores e cidadãos
que alguma vez tivemos na história do país.
Isso não significa necessariamente que estejamos mais bem informados,
e essa é a fascinante ironia.
Há uma citação do Dr. Goebbels,
é um pouco explosivo evocar isso aqui, mas...
ele um dia disse,
e isto é exemplificativo do quão astuto era,
"O que se deseja num sistema de informação"...
estava-se a referir ao sistema de propaganda Nazi,
"é uma diversidade ostensiva que oculte uma real uniformidade."
A verdade nesta matéria é que...
Rep. Bernie Sanders Congressista dos EUA por Vermont A verdade nesta matéria é que...
Rep. Bernie Sanders Congressista dos EUA por Vermont de modo crescente,
Rep. Bernie Sanders Congressista dos EUA por Vermont o que vemos, o que ouvimos e o que lemos
o que vemos, o que ouvimos e o que lemos
está a ser controlado por cada vez menos
grandes corporações multinacionais.
As pessoas não gostam disto.
Nos últimos dias da União Soviética
havia dúzias de jornais, dúzias de revistas,
todo o tipo de estações de televisão e emissoras de rádio,
o único problema era que todos esses meios
eram controlados pelo Partido Comunista da União Soviética
ou pelo governo da União Soviética, nós estamos a caminhar nessa direção.
Existe uma ilusão de escolha que é sustentada
Aurora Wallace Prof. de Comunicação, Uni. Nova Iorque Existe uma ilusão de escolha que é sustentada
Aurora Wallace Prof. de Comunicação, Uni. Nova Iorque quando se pode ter cem canais na televisão por cabo,
e sabe...
quantos filmes lançam por ano os estúdios de cinema,
todos estes diferentes estúdios de cinema?
E a indústria musical com tantas editoras,
e as prateleiras de revistas com quantidades incomensuráveis de revistas,
bem, os donos são uma mão cheia de cinco ou seis companhias diferentes.
E este é um desenvolvimento muito perigoso
para os que de nós acreditam numa democracia americana vibrante.
Cada vez menos pessoas votam,
quando sondagens nos dizem...
que cada vez menos pessoas compreendem o processo político,
o que a imprensa fazem é trivializar aquilo que se passa,
sensacionalizando-o, tornando-o num espetáculo,
em vez de dizer, vejam:
"O papel da mídia é educar-vos para viver numa democracia,"
"o que é um assunto bem sério."
Temos um sistema de informação
que é basicamente um subsidiário da América corporativa,
é isso que é,
irá ter um sistema de informação que não irá cobrir histórias
com tremendo impacto público,
enquanto irá dar importância em demasia a histórias banais
que não têm qualquer substância.
Em termos do processo político, perguntam-se:
Quais são os assuntos mais importantes que o nosso país enfrenta?
Porque é que... - uma pergunta simples-
com todo o desenvolvimento da tecnologia,
com o admirável desenvolvimento da globalização e do comércio livre,
todas estas coisas, todas as melhorias na educação,
porque é que o comum americano trabalha mais horas por salários mais baixos
quando não era esse o caso há 25 anos atrás?
É uma questão simples.
Acha que vê esta questão na televisão frequentemente?
E a moralidade de 1% da população deter mais riqueza que 95%?
Não há!
No editorial do New York Times,
o economista de Princeton, Paul Krugman,
escreveu sobre um destes assuntos pouco divulgados.
De acordo com o independente "Gabinete de Orçamento" do Congresso,
entre 1979 e 1997,
o rendimento das famílias de classe média cresceu 9%,
o rendimento das famílias que fazem parte dos tais 1%, cresceu 140%.
Krugman registrou, cito:
"Sei por experiência própria que apenas mencionar a distribuição de rendimentos"
"leva a iradas acusações de guerra de classes."
Ele depois pergunta:
"Porque é que a resposta à crescente desigualdade"
"tenha sido um incentivo à redução dos impostos sobre os ricos?"
Boa pergunta.
De acordo com Joan Didion,
as notícias não são apenas relatadas, mas manipuladas,
de uma forma que prepara os seus desígnios
e dá forma ao seu conteúdo global.
Ter-se-ão a imprensa generalistas
transformado numa força antidemocrática nos Estados Unidos?
O que Joan diz é:
"Se tiver uma sociedade auto governamentada,"
"uma sociedade democrática,"
"o que necessita essa sociedade do seu jornalismo?"
"Quais são os atributos necessários que precisa ter do seu jornalismo"
"para que o sistema de informação produza,"
"para que efetivamente as pessoas possam governar as suas vidas?"
Penso haver duas ou três questões que saltam à vista,
caso se tenha estudado o tema, e que realmente não são discutidas,
primeira, é preciso um bom sistema de controle,
é necessário um jornalismo que fique de olho nas pessoas no poder
e nas pessoas que querem estar no poder.
Hitler diz no "Mein Kampf"
que o poder das pessoas para esquecer é enorme,
este é o caso com a sociedade em ***, certo?
Tem de se ter um sistema de informação saudável
de modo a agir contra essa tendência natural.
Tem de se ter isso,
porque depois as pessoas serão suficientemente incitadas
pela noção de terem de proteger os seus interesses
ao ponto de terem de prestar atenção,
ao invés, se for apenas um espetáculo,
se for apenas conversa da treta e entretenimento,
as pessoas irão naturalmente
esquecer-se disso num par de dias,
e é essa a "salada" em que os americanos tendem a estar.
Uma sondagem efetuada pela CNN em Março de 2003,
concluiu que 51% dos Americanos
pensavam que Saddam Hussein era pessoalmente responsável
pelos ataques de 11 de Setembro.
15 dos 19 seqüestradores eram oriundos da Arábia Saudita;
Porque pensavam assim?
os outros eram oriundos do Egito e do Kuwait.
Esqueçam o terem esquecido... eles não sabem!
Eles não sabem!
Hoje comprei o jornal local,
ontem foi discutida uma lei na Casa dos Representantes
que poderá conceder, que foi aprovada,
que poderá, se for promulgada como lei,
conceder uma redução de centenas de bilhões de dólares em impostos
a uma mão cheia de famílias neste país. Não foi mencionado no jornal.
O Imposto Sobre Patrimônio é considerado pela Administração Bush como o Imposto da Morte.
A revogação do Imposto Sobre o Patrimônio, O Imposto Sobre Patrimônio é considerado pela Administração Bush como o Imposto da Morte.
metade dos benefícios dessa revogação
irá para a décima parte mais rica de 1% da população,
todos os benefícios reverterão para os 2% das famílias mais ricas na América,
98% das famílias não pagam um centavo de Imposto Sobre o Patrimônio.
Há uns meses atrás um tipo chega ao pé de mim e diz:
"Bernie, estou mesmo chateado consigo!"
"Porque está chateado comigo?"
"Tenho 20.000 dólares no banco e quero deixar o meu dinheiro aos meus filhos"
"e porque é que me está a impedir de fazer isso?"
20.000 dólares?
Tipos como ele não vão pagar um centavo de Imposto Sobre o Patrimônio,
as pessoas não sabem isso.
Então o que fazem é realizar sondagens, têm sondagens muito boas,
e jogam com a ignorância da população, as pessoas não sabem muito,
o Imposto de Herança soa muito bem,
por cada pessoa que morre
tem de se pagar um enorme imposto ao governo federal,
não é verdade.
Colocamos o Imposto de Herança no caminho da extinção,
o Imposto de Herança é um mau imposto.
E ainda assim esses 99% andam às voltas a empunhar pequenas bandeiras
e a dizer: "Somos livres! Somos Livres!"
"Vivemos em democracia!"
O seu trabalho é, se trabalhar numa televisão, reportar o básico.
O básico significa que o governo,
todo o governo federal com milhões de empregados
é reduzido à Casa Branca e ao Capitólio.
Tem-se um jornalista em cada um destes locais e estão lá todas as noites,
e é esse o nível de cobertura jornalística ao governo federal,
é uma idiotice.
Chocante.
É chocante e é patético.
Pode ter um escândalo na S&L que poderá durar anos e ninguém dar por nada,
porque é uma agência obscura e já extinta,
chamada "Federal Home Loan Banks",
quantos jornalistas pensam que estão por lá a cobrir isso?
Provavelmente nenhum.
Se um membro do Congresso
fizer uma alocação de verbas no valor de 58.000 dólares
de modo a financiar uma casa ou algo, ou em algo da sua comunidade,
é susceptível que faça as parangonas dos jornais:
"O congressista Jones é apanhado a desperdiçar dinheiro!"
"58.000 dólares para este estúpido projeto!"
Parangonas.
Mas quando se gastam centenas de bilhões de dólares,
é mais provável que as centenas de bilhões não sejam investigadas
que os 58.000.
Como chegou a este ponto o jornalismo?
Para eliminar a controvérsia na escolha das histórias,
para que não os questionem
por terem colocado isto na primeira página e não terem relatado uma outra história,
gera-se uma tremenda confiança nas fontes oficiais
como base no jornalismo legítimo.
Isto é muito recente.
Se em 1875, o governador dissesse algo louco, o editor do jornal diria:
"Não vou relatar isso, isso é estúpido".
Os jornais não inventam histórias,
falam com pessoas, especialistas neste país,
e pedem a sua opinião sobre o que vai ou não acontecer.
Quer dizer que as pessoas no poder,
especialmente no poder político mas também dos negócios,
são como que os editores por direito do jornalismo,
o que querem falar vira notícia,
se combinam que não vão debater algo, como a CIA,
é virtualmente impossível para um jornalista
apresentar isso como uma história.
Se a imprensa tivesse realizado o seu trabalho
durante as eleições de 2000, por exemplo,
se tivessem noticiado o que realmente se estava a passar
e o noticiassem com a devida ênfase
e repetidamente,
se tivessem noticiado a história dia após dia,
não estou a falar das peças ocasionais na página dez do New York Times,
quero dizer uma cobertura apropriada, seguindo o escândalo,
se isso tivesse sucedido, Bush e Cheney não estariam agora na Casa Branca
porque não foram eleitos, eles roubaram a eleição.
O alcance da investigação por parte dos jornalistas
estava limitado apenas ao que as fontes oficiais diziam,
e neste caso, a campanha de Gore e a dos Republicanos, a campanha de Bush,
e basicamente o jornalismo...
o jornalismo credível flutuava entre estas duas posições.
O problema com isso é muito simples:
os dois lados estavam a jogar com regras muito diferentes,
com estratégias muito diferentes.
De um lado havia os Republicanos,
que estavam empenhados em ganhar essa eleição de qualquer maneira,
que se lixem os princípios,
iam assumir o poder, ponto final.
Isso marcou tudo o que fizeram.
Não havia qualquer compromisso de honestidade,
se num dia obtivessem a decisão desejada no Supremo Tribunal Estatal,
era claramente um assunto estatal,
se o veredicto, dois dias depois, fosse contra,
exatamente as mesmas pessoas diriam que era claramente um assunto federal,
não havia vergonha, o fato é que desejavam o poder,
ponto final!
Foi uma propaganda extraordinária da Direita
porque nem em Idaho conseguia-se encontrar
uma voz discordante dentro dos Republicanos,
todos adotavam exatamente o mesmo discurso todos os dias,
até Joseph Goebbels ficaria impressionado com o processo rígido e inflexível
em que a máquina republicana marchava
e a sua ânsia de assumir o poder e ganhar esta eleição.
O problema era para os que acham que quem obtiver mais votos
deve ganhar as eleições numas eleições livres,
o jornalismo não refletiu esse interesse,
era um prisioneiro desse debate limitado
e por isso levou a eleição diretamente para as mãos dos Republicanos.
A BBC noticiou
que cinco meses antes das eleições de 2000
o governador Jeb Bush mandou apagar 57.000 pessoas dos cadernos de voto,
supostamente ex-presidiários.
A grande história que foi revelada pelo inglês Greg Palast,
que é atualmente confirmada,
contava que Katherine Harris, pela primeira vez,
A Secretária do Estado da Florida, Katherine Harris, era a diretora de campanha de Bush. O Governador é irmão dele. tinha pedido a uma empresa privada
A Secretária do Estado da Florida, Katherine Harris, era a diretora de campanha de Bush. O Governador é irmão dele. para fazer uma lista de condenados a quem não seria permitido votar,
A Secretária do Estado da Florida, Katherine Harris, era a diretora de campanha de Bush. O Governador é irmão dele. que foi uma lista inacreditavelmente fraudulenta,
A Secretária do Estado da Florida, Katherine Harris, era a diretora de campanha de Bush. O Governador é irmão dele. milhares de pessoas foram impedidas de votar
milhares de pessoas foram impedidas de votar
quando deveriam ter tido esse direito.
De acordo com Palast,
uma empresa privada com ligações aos Republicanos,
a Database Technology,
assinou um contrato no valor de quatro milhões de dólares
para providenciar listas de ex-presidiários,
parte do trabalho era verificar a lista,
a qual a empresa reconheceu ser imprecisa.
O estado da Florida apresentou esta empresa republicana
Greg Palast Repórter de investigação da BBC O estado da Florida apresentou esta empresa republicana
Greg Palast Repórter de investigação da BBC sobre o pretexto de possuírem essas bases de dados
Greg Palast Repórter de investigação da BBC e quando a empresa disse:
Greg Palast Repórter de investigação da BBC "Vamos correr a base de dados em relação a estes 57.000 nomes",
há uma pequena informação escrita à mão que diz...
no escritório de Katherine Harris na lista verificada pela base de dados, diz:
"Não fiável".
Daremos...
o que disseram à Database Technology...
iremos dar-lhes o cheque
se não fizerem a verificação.
Quantos destes nomes estão errados?
Estatisticamente,
uma em cada vinte pessoas na lista pode ter cometido um crime.
Portanto, 95% das pessoas na lista,
95% das pessoas na lista,
são "como que" inocentes,
e quando digo "como que" inocentes,
54% das pessoas na lista são inequivocamente culpadas
de serem negras.
Façam vocês as contas, está bem?
95% de uma lista de 57.700 pessoas onde 54% são negras.
Katherine Harris certificou a eleição do Presidente dos Estados Unidos
no fundamento de uma paridade de 5.037 votos na Florida,
façam vocês as contas e digam-me
o que aconteceu nessa eleição.
Quando Palast noticiou isto,
a CBS News chamou-o, e a CBS News disse:
"Podemos querer avançar com isto",
e Palast disse: "Sim, podem avançar",
Nada aconteceu durante uns dias,
então Palast telefonou ao produtor da CBS,
e perguntou: "Porque não estão a cobrir isto?"
e o produtor disse e passo a citar:
"Bem, telefonamos para o escritório do Governador Jeb Bush"
"e ele disse que não era verdade, não se confirmou,"
"por isso não vamos avançar com ela."
A CBS News matou a história no fundamento da negação dada pelo Governador Jeb Bush,
ele que era o ALVO das alegações.
Não fizemos nenhuma investigação frontal e direta à mídia
durante mais de dez ou onze anos,
principalmente porque a informação que fornecemos,
com conferências de imprensa e ações semelhantes,
é disseminada através da mídia,
então seria...
estou a ser bastante honesto em relação a isto,
não tenho a obrigação de investigar regularmente a imprensa,
porque senão nenhuma desta informação seria relatada
e nunca mais ouviriam falar da minha organização,
e então...
eu não sou estúpido, reconheço esse fato,
mas cheguei a um tal ponto de frustração
que decidi que estava na altura de olharmos para a imprensa.
Tivemos meia-dúzia de pessoas a trabalharem durante seis meses
e investigamos e encontramos, obviamente,
que o interesse maior e mais poderoso atualmente em Washington, é a imprensa.
Associação Nacional de Imprensa
Corredores do Congresso
Lobistas contratam procuradores.
Estas pessoas formam uma fila logo pela manhã
por um lugar nas salas de audiência do conselho designadas ao público.
Uns minutos antes de se iniciarem as audições
chegam os lobistas.
Estes tipos têm centenas de lobistas,
têm quase trezentos lobistas, lobistas pagos,
e esbanjam dezenas de milhões de dólares de contribuições de campanha
e controlam o fato de um político ter ou não tempo de antena
e por toda a América. Isso é poder!
Ser bem-sucedido em fazer lobby na FCC ou no Congresso,
é tão importante como produzir um filme que é um sucesso,
é assim tão importante,
é ainda mais importante...
basicamente roubar coisas do governo, é a chave,
e é nisso que as empresas de média são extremamente bem-sucedidas,
porque elas, ao invés de outros lobbys corporativistas,
têm algo que os outros não têm,
eles controlam realmente os meios de como o público
pode ter conhecimento sobre estes debates.
A Excel adoraria ser dona da imprensa tal como a Phillip Morris,
para que qualquer debate sobre o tabaco tivesse de passar por eles.
Eles levaram membros do Congresso, por 350 vezes,
em viagens pagas por todo o mundo.
E depois há a FCC que regula as emissões
com 400 viagens financiadas por privados,
como poderá a FCC
regulamentar as emissoras de forma tenaz e agressiva
quando lhes são oferecidas viagens por eles por todo o mundo?
Bem, é óbvio que tal não irá acontecer,
e adivinhem, não está a acontecer.
Michael Powell Pres. Comissão Federal de Comunicações O problema nesta cidade é que muitos dos reguladores
que foram designados para proteger os interesses públicos
foram "capturados" pelas pessoas que eles próprios estão a regular,
e isso já se passa há três anos, não é de agora,
mas é escandaloso.
Os reguladores da Comissão Federal de Comunicações
quase sempre imediatamente após deixarem o cargo
vão trabalhar para as pessoas
que supostamente deveriam regular em nome do interesse público.
Abaixo da reportagem dos gananciosos executivos da Enron
há uma história sobre a influência do dinheiro
dos reguladores governamentais.
Isto foi o que aconteceu às empresas de média.
Retirado do "Triunfo dos Porcos" de George Orwell.
... e as ovelhas baliram "4 patas É BOM, 2 patas É MAU."
... e depois baliram "4 patas É BOM, 2 patas É MUITO MELHOR."
- Competição - É bom
- Desregulamentação - Melhor
Esquecer
Rupert Murdoch. Conhecem o Rupert?
Muito bem.
Rupert é uma das pessoas mais espertas e perigosas deste país.
Rupert Murdoch é o principal dono da News Corporation.
Nos Estados Unidos, é dono da rede de comunicações da Fox News.
Mas o império de Murdoch de média é global,
entre os seus muitos investimentos
encontra-se um serviço de televisão por satélite em parceria com os Chineses,
da mesma forma como cedeu o imenso negócio de livros a Newt Gingrich,
Murdoch deu um contrato de um livro à filha do líder supremo chinês
para escrever uma biografia sobre o seu pai.
Bem, se vou ter o meu livro publicado na vossa sociedade capitalista
tenho de encontrar um capitalista para publicá-lo,
sem me preocupar se é ou não uma das empresas do Sr. Murdoch.
A natureza do que normalmente era considerado um suborno,
transformou-se num "quid pro quo",
um pagamento indireto e legal.
quid pro quo (Latim): uma coisa pela outra.
Temos problemas enormes com aquilo a que chamo de "corrupção legal",
por toda a América, onde o sistema
foi negociado por interesses variados e poderosos
e é tudo público, claro, claro que ninguém o lê,
e a imprensa geralmente não os noticiam,
e então, este é um exercício de acenar afirmativamente
com corrupção fora de controle
e o povo americano como que, de um modo muito interessante,
compreende no âmago que as coisas estão corrompidas.
Fui produtor do "60 Minutos"
e trabalhei na televisão durante onze anos,
ABC, CBS, "60 Minutos",
e eu era um jornalista de investigação nesses trabalhos,
e um dia demiti-me, a minha história deixou de ir para o ar.
Demiti-me porque
a idéia de tudo ser simplificado aos bons e aos maus...
sabe, a fórmula de entretenimento,
estava a ficar um pouco gasta para mim.
Decidi que não queria ninguém a dizer-me o que investigar
e iria decidir o que investigar, e iria demorar o tempo que precisasse
e não duas semanas para resolver um assassinato
que estava por resolver há vinte anos.
atualmente, somos 35 pessoas.
Não é para dar azar e tem sido bastante excitante,
mas foi assim que aqui chegamos.
Há como que este contrato de ambição
daquilo que deverá ser coberto e o que o público tem direito de saber.
O preço do poder em Washington e quem realmente ganha dinheiro
e quem beneficia realmente das decisões.
O que passará a reportagem de investigação
é o que alguém antecipadamente conseguir obter de um relatório de algum comitê
que esteja prestes a ser revelado,
ou de um relatório de um inspetor-geral
que irá punir o secretário disto ou daquilo,
e então ofegantemente irá para o ar e dirá:
"A ABC teve conhecimento", ou qualquer seja a emissora
e estará ofegante, será tudo excitante,
estará a segurar um relatório
e parecerá que...
os servis sem face que fazem parte da estação,
lá fora centenas deles a vasculharem informação para si,
para servir o público,
é só conversa fiada, claro,
não está a acontecer isso.
Efeitos Políticos
O público nunca iria saber pela imprensa
que estes gastaram 11 milhões de dólares
para suprirem o tempo de antena grátis
em qualquer legislatura, com sucesso, por sinal.
Edward Fritz,
o Presidente da Associação Nacional de Emissoras,
intitulou o tempo de antena grátis para candidatos de
"inconstitucional e uma violação do direito"
"de liberdade de expressão das emissoras."
Atingimos o grau na política americana, e não estou a brincar consigo,
onde o assunto não é um debate sobre idéias,
você tem uma opinião e eu outra,
quem deverá aquela pessoa apoiar, é isso que é a democracia,
o assunto é se as idéias são de todo importantes.
Você aparenta ser uma boa pessoa.
Tem uma boa mulher? Tem filhos?
Tenho dois.
Porque não haveria eu de querer votar em si?
Uma das coisas mais estranhas sobre a imprensa
Tony Benn Antigo membro do Parlamento Britânico Uma das coisas mais estranhas sobre a imprensa
Tony Benn Antigo membro do Parlamento Britânico é que atualmente a política é apresentada
Tony Benn Antigo membro do Parlamento Britânico em termos de políticos e não de políticas,
Tony Benn Antigo membro do Parlamento Britânico não demonstram nenhum interesse em políticas,
Tony Benn Antigo membro do Parlamento Britânico estão interessados nos políticos,
o que é um assunto totalmente diferente.
As corporações de média deixaram de cobrir as notícias
quando estas se referem a políticas.
A cobertura noticiosa política em 2000
foi metade do que tinha sido coberto em 1996,
em 1996 foi metade do que tinha sido coberto em 1992.
atualmente a terceira maior fonte de receitas da imprensa,
da rádio e da televisão, são curiosamente os anúncios políticos.
Então se é um político,
a única maneira de se fazer ouvir é com anúncios.
Em 1981,
a imprensa recebeu 80 milhões de dólares de campanhas políticas, por anúncios,
atualmente, na última campanha, receberam mil milhões de dólares.
É por isso que tem de ter milhões de dólares para se candidatar como político,
ou é milionário,
ou é capaz de angariar somas vultosas de dinheiro
todos os dias, lutando por dólares,
e são esses que entram na política,
e se for complacente neste sistema não irá agitar o barco.
Sabem,
98% dos que se candidatam ao Congresso
Se candidatarão novamente,
serão eleitos,
serão reeleitos,
temos uma taxa de 98% de reeleição no Congresso.
Estão cientes disto?
Sabem,
se olharem para as estatísticas,
o antigo Parlamento Soviético tinha uma taxa de 92% de reeleição,
eles tinham efetivamente mais rotação
do que o que temos no Congresso Americano.
Não será esse um pensamento embaraçoso?
Porque fazemos isto?
Temos de alterar estas leis.
Atribuímos estes direitos de monopólio às televisões e às emissoras,
não pagam um centavo às pessoas por deterem
estes direitos de monopólio das freqüências de televisão
e depois viram-se e vendem tempo da propriedade pública
e ganham milhões de dólares e destroem o nosso sistema político,
enquanto pagam aos próprios políticos
para continuarem a obter estes direitos de monopólio.
A corrupção aqui é terrível.
O público está completamente perdido.
O que fazer exatamente em relação a isso?
Não tenho a certeza,
provavelmente, num mundo perfeito,
deveria haver um movimento civil sobre isto,
as pessoas deviam estar a manifestar-se nas ruas,
de certo modo, deveríamos estar tão irados
com o que aconteceu a nossa imprensa
como os russos deveriam estar com o que aconteceu a imprensa deles,
bem, isso seria visto como uma heresia dentro das emissoras:
"Como é que se atreve. Passamos a semana a cobrir histórias".
"Veja esta história. Veja aquela história".
Eles fariam um caso do que acabei de dizer.
E provavelmente chamar-lhe-iam anti-americano.
Chamar-me-iam antiamericano e bombista
e provavelmente, depois desta entrevista, não voltaria a estar nas suas emissões.
Há dez anos atrás,
cinqüenta companhias detinham a imprensa na América,
agora são apenas entre cinco a sete,
hoje, esta noite,
a caminho de cá, a NPR estava a noticiar decisões
em que a FCC,
sob o controle de Michael Powell, filho de Collin Powell,
a quem foi perguntado se havia uma injusta repartição digital no mundo
disse:
"Estou mais preocupado com a injusta repartição dos Mercedes,"
gostava de ter um mas não tenho dinheiro para o comprar",
este é o comissionário da FCC
que está prestes a levantar todas as barreiras de posse
das grandes companhias de média,
um assunto que não é coberto pela imprensa.
Michael Powell,
foi citado por dizer:
"... não faz idéia de qual é o interesse público."
"Aqui o opressor é a regulamentação."
Ele disse mesmo isto.
Michael Powell e os republicanos na FCC...
Estávamos à beira, com a nossa campanha,
de fazermos importantes alterações
às regras das obrigações no interesse público nas emissoras,
a Comissão Federal de Comunicações propôs regras
que nós promovemos nesta campanha,
que centenas de americanos em pequenas comunidades
e em grandes comunidades, promoveram,
iríamos ter regras que fariam as emissoras locais
muito mais responsabilizáveis aos interesses locais.
Essas regras foram propostas.
Assim que Bill Canard saiu da FCC e Michael Powell entrou
essas regras foram para uma gaveta, não chegaram a ser votadas.
Desde o tempo de Ronald Reagan,
o santo Graal da desregulamentação foi vendido ao público
e a Comunicação Social ignorou largamente estes resultados desastrosos.
Assim que a Administração Reagan acabou o mandato, havia mais regras,
mas chamaram a isso desregulamentação...
é como que este uso orweliano de linguagem
onde se criam novas regras
mas as regras mudam porque beneficiam a indústria
e dá-se-lhe o nome de desregulamentação,
e diz desregulamentação e as pessoas sentem que isso é bom,
porque as pessoas gostam da desregulamentação,
as pessoas gostam de menos regras,
gostam de depender de regras mais claras e simples
do tipo "Velho Oeste",
mas é um truque,
não é o que está realmente a acontecer.
Lembro-me que quando fui pela primeira vez à televisão
acreditava que as regras da FCC eram muito limitativas
sobre quantos canais de televisão uma emissora poderia deter,
acho que eram cinco,
e obviamente tinham de estar em mercados diferentes,
e agora,
sei que aqui em Nova Iorque estamos a falar de um "duopólio".
Esta é uma nova palavra.
Existe a probabilidade, é o que parece neste momento,
de as empresas noticiosas virem a ser as detentoras
do "The Post", "Channel 9" e do "Channel 5"
no mercado nova-iorquino.
Então, sim,
as regulamentações foram suavizadas de forma considerável,
a maneira como as coisas se processam, alterou-se,
e como é que isso afeta
as pessoas que vendem e compram diferentes estações
em diferentes mercados e qual o impacto disso no jornalismo?
Não sei.
Na minha opinião, há efeitos tremendos que são quase totalmente negativos,
não há quase nada de positivo nisso.
Primeiro, leva a que...
estas companhias são tão grandes
que o seu poder político aumenta exponencialmente.
É um assunto democrático.
Significa que um ponto de vista irá dominar na maior parte
das soluções que usamos para saber o que se passa no mundo.
Muitas pessoas não estão conscientes que quando se vê televisão
está a ver um programa produzido por uma enorme corporação multinacional
que tem enormes conflitos de interesse.
A General Electric e a NBC são um exemplo perfeito.
Como podemos ter a garantia que iremos ter
o tipo de informação que precisamos ter sobre a indústria nuclear,
sobre os contratos de defesa e todas essas coisas,
quando a NBC é pertença desta companhia?
Porque haveriam de noticiar sobre isso? É óbvio que não o fariam.
Porque haveria a ABC de noticiar o que se passa na Disney?
Não o fariam, não há lógica nisso,
e é precisamente por essa razão
que estas companhias querem deter estações de televisão,
para que assim consigam manter um controle sobre esse tipo de coisas.
A General Electric tomou uma decisão estratégia
de deslocar empregos dos Estados Unidos
para a China, para o México,
para qualquer lugar no mundo onde possam obter mão-de-obra barata.
Isto obviamente sugere que a General Electric está profundamente preocupada
com as nossas políticas de comércio.
Ao longo dos anos, a General Electric fez de tudo para não ter de pagar impostos,
ou pagar o menos que pudesse de impostos,
tomando partido de todo o tipo de benefícios e subsídios
e tentando encontrar formas de fugir aos impostos,
sugerindo fortemente que a General Electric
tem interesses nas políticas de impostos.
A General Electric é um grande poluidor,
por isso estão preocupados em enfraquecer as políticas ambientalistas,
obviamente não é só a General Electric,
passa-se o mesmo com a CBS, ou com a ABC,
os conflitos de interesse são enormes,
e o resultado é que determinados assuntos são falados
e outros assuntos não são falados.
Em onze... durante perto de onze anos
fizemos mais de cem relatórios.
São relatórios de investigações sobre funcionários públicos
que abusaram das suas competências,
ou abusos sistemáticos da confiança pública
por parte de pessoas em lugares governamentais,
são por norma investigados por nós,
fomos nós que expusemos o escândalo "Lincoln Bedroom"
sobre os favores de Clinton a contribuidores de campanha na Casa Branca,
investigamos muito deste tipo de informação.
Quando trabalhamos este tipo de histórias,
elas são relatadas, e a imprensa "saltam para cima delas",
realizamos conferências de imprensa e temos habitualmente
50 a 60 repórteres e 4 ou 5 câmaras...
Mas tenho de lhe dizer que quando investigamos corporações
por alguma razão não são relatadas.
Que mais posso dizer?
Saiu na Business Week uma capa, há pouco tempo,
que a maioria dos americanos acreditam que a América corporativa
é uma instituição corrupta que necessita ser limpa.
De certo modo,
os poderes corporativos são tratados, pelo nosso jornalismo,
um pouco como o comunismo era tratado pelo jornalismo soviético.
Na imprensa soviética,
o mau supervisor que não atingisse a quota de colheita
poderia ser enxovalhado nos média,
investigado ou pressionado e passar um mau bocado.
Mas o sistema do comunismo estava fora de alcance.
Em vários aspectos, os capitalistas afirmam que
a construção de um pneu com defeito ou de um cinto de segurança defeituoso
poderá ser evitada,
mas o sistema, como um todo, está sempre para lá dos limites.
Durante a toda a minha vida política,
nenhum jornalista chegou ao pé de mim e disse:
"Sabes, Bernie,"
"atualmente o trabalhador médio trabalha mais horas"
"por salários mais baixos do que há 25 anos atrás."
"O que é que estás a fazer acerca isso?"
"Porque têm as pessoas de trabalhar 50 a 60 horas por semana?"
"Bernie o que vais fazer sobre as fábricas"
"que estão a ser fechadas em Vermont,"
"em que as empresas se estão a deslocar para a China?"
"O que vais fazer sobre isso, Bernie?"
- Nunca me fizeram tais perguntas. - Porque não?
Porque essas são perguntas que os jornalistas
não estão autorizados a pensar.
Com o sentido de... as pessoas dizem:
"Bernie, acha que há aqui uma conspiração"
"que Jack Welch está ao telefone com todos os jornalistas da NBC"
"dizendo-lhes o que perguntar?"
Claro que não!
Mas o que se passa é uma estrutura de pensamento que lhe é permitido ter,
e vai daqui até ali.
É como se todos tivessem o mesmo modo de pensar.
Joe Klines Produtor Executivo - Fox News at 10 É como se todos tivessem o mesmo modo de pensar.
Joe Klines Produtor Executivo - Fox News at 10 Esta história é boa para pôr no ar, esta é boa para abrir porque tem ritmo...
Joe Klines Produtor Executivo - Fox News at 10 têm todos o mesmo tipo de aproximação.
têm todos o mesmo tipo de aproximação.
Auto censura
Si próprio
Censura
Sabedoria Convencional
Fontes Oficiais
Fontes Não Mencionadas
Informação Classificada
Secretismo
Todos conhecem o caso Enron
e como os sujeitos no topo conseguiram capitalizar,
de uma forma muito astuta,
impedindo os pensionistas
de levantarem o seu dinheiro no devido tempo
para assim evitarem a ruína total, a ruína financeira.
Bem, há uma história por detrás disto,
George Bush, que é um bom amigo de Kenneth Lay,
capitalizou exatamente da mesma forma,
como grande acionista da Harken.
De acordo com o Center for Public Integrity,
George Bush prestou serviço no Conselho de Energia da Harken
conseguindo assim capitalizar um vultuoso lucro de 848 mil dólares
vendendo as suas ações da corporação.
A Harken ocultou as suas perdas vendendo alguns dos bens da empresa
a membros privilegiados no interior da mesma
e declarando lucro.
Pouco depois de as ter vendido
o preço das ações caiu.
Ele reportou a venda à SEC
com 34 semanas de atraso.
Bush esteve sob alçada da Comissão de Auditoria
e da Comissão de Reestruturação.
Afirmou que nada sabia.
Proponho alguns novos e rigorosos padrões
para reformas corporativas.
Como todos vós, olhei e vi um problema,
e o problema é que temos alguns sujeitos
que tentaram falsificar os números,
tivemos algumas pessoas que decidiram
que não iriam contar a verdade
em relação aos seus bens e às suas obrigações.
A história sobre a venda interna na Harken
foi relatada pelo Center for Public Integrity
sete meses antes da eleição presidencial,
os média generalistas decidiram não noticiar a história.
Isto representa um tipo de negociação interna,
e que é obviamente epidêmica até ao topo.
Na campanha de 2000,
os médias generalistas sugeriram que Al Gore era um mentiroso.
Ao mesmo tempo,
a imprensa ignorou ou disfarçou questões pertinentes sobre George Bush.
Desde várias alegações de que tinha desertado,
até negócios obscuros.
Haverá uma ligação entre as políticas de Bush
para desregulamentar completamente a imprensa
e o "não vê nada de mal" da cobertura jornalística?
Chamem-lhe uma coincidência.
Sabe, eles relatarão o que bem lhes apetecer
e não irá até ao fundo da questão, e não custará muito dinheiro a produzir,
e geralmente não irá...
mexer com os poderes dos quais são parceiros primordiais,
e é nesse estado que estamos como país
e é realmente desgostoso de ver, é muito deprimente.
O Grupo Carlyle
Bush ganhou milhões de dólares como Governador do Texas,
e o seu pai está atualmente a ganhar milhões de dólares
trabalhando para a Carlyle,
ganhando milhões de dólares graças às políticas do seu filho.
O seu filho tem, à sua volta na Casa Branca,
um governo corrupto, todo o tipo de pessoas da Lockheed Martin,
e a Lockheed Martin está a lucrar imensamente
devido à guerra contra o terrorismo.
Este é um escândalo de tal magnitude
que se pensava que a imprensa estariam a agradecer "aos anjinhos"
que tenha acontecido no seu turno,
porque é uma história enorme.
Não! É grande demais para eles relatarem!
Dias depois do 11\9,
porque autorizou George Bush 140 cidadãos sauditas, incluindo membros da família Bin Laden,
de saírem do país de avião - colocando poucas ou nenhumas questões-
quando o espaço aéreo americano estava encerrado?
"Sabemos o que fazer a alguém que se apropria indevidamente de fundos,"
"mas quando confrontados com evidências"
"de uma tentativa sistemática de minar o próprio sistema político"
"recuamos numa falha generalizada de imaginação"
"e de coragem".
Outubro
Surpresa
Gary Sick, um diplomata americano,
escreveu um livro intitulado "The October Surprise"
em que argumentava que a equipa de Reagan
parecia ter...
basicamente "metido o nariz" na situação
para garantir que os reféns não eram libertados
antes do dia das eleições.
Gary Sick foi membro da Administração Carter
e fez parte do Conselho de Segurança Nacional,
de Agosto de 1976 até Abril de 1981.
De acordo com o testemunho ao Congresso do Sr. Sick,
e passo a citar:
"No decorrer de centenas de entrevistas,"
"nos Estados Unidos, Europa e Médio Oriente,"
"foi-me dito repetidamente"
"que indivíduos associados à campanha de Reagan\Bush de 1980"
"reuniram-se secretamente com representantes iranianos"
"para protelar a libertação dos reféns americanos"
"para até depois das eleições presidenciais."
"Por este favor,"
"o Irão foi recompensado com um substancial abastecimento de armamento"
"proveniente de Israel." Fim de citação.
De acordo com o Sr. Sick:
"Os operativos de baixa patente dos Serviços Secretos"
"e os negociantes de armas, não são meninos de coro."
Fim de citação.
"Os seus relatos não foram idênticos"
"mas eram extraordinariamente consistentes nos fatos fulcrais."
"Devido à minha anterior experiência governamental"
"sabia que certo tipo de eventos"
"não eram possíveis ser do conhecimento"
"da maior parte das fontes,"
"no entanto as suas histórias confirmaram estes fatos."
Citando novamente Gary Sick:
"De 15 de Outubro até 20 de Outubro de 1980,"
"foram tomadas decisões numa seqüência de reuniões em Paris".
"Os relatos destas reuniões variam,"
"mas há no entanto um largo consenso num grande número de fatos".
"Um:"
"William Casey,"
"o responsável de campanha de Reagan, foi participante chave."
"Dois:"
"Os representantes iranianos concordaram"
"que os reféns não seriam libertados antes da eleição presidencial"
"a 4 de Novembro."
"Três:"
"Como compensação,"
"Israel serviria como intermediário"
"para armas e peças sobressalentes para o Irão."
Citação:
"Pelo menos cinco das fontes que afirmaram ter estado em Paris"
"envolvidas nestas reuniões,"
"insistem que George Bush esteve presente pelo menos numa reunião."
"Três fontes afirmam tê-lo lá visto."
O antigo presidente George Bush nega ter estado em Paris.
De acordo com Sick:
"Imediatamente após as reuniões de Paris"
"as coisas começaram a acontecer."
"O Irão alterou publicamente a sua posição"
"e as negociações com a administração Carter,"
"recusando qualquer interesse em receber equipamento militar."
Novamente, de acordo com Sick:
"Entre 21 e 23 de Outubro,"
"Israel enviou de avião uma carga de pneus de caças F-4 para o Irão,"
"em transgressão ao boicote das Nações Unidas,"
"e sem informar Washington."
Acabou por haver uma investigação do Congresso a esta alegação,
foi repulsivamente inadequada, foi uma verdadeira ocultação,
muitas das perguntas nem sequer foram abordadas
quanto mais respondidas.
Em 1991,
um comitê do Congresso,
liderado pelo congressista democrata Lee Hamilton,
declarou que não havia provas credíveis
que ligassem a equipa de Reagan
com o atraso na libertação dos reféns.
Em dois artigos de revistas contemporâneas,
as acusações de um "Outubro Surpresa" foram descartadas.
De acordo com o Sr. Sick, e passo a citar:
"Depois de ouvir as provas,"
"um dos reféns com que falei"
"disse simplesmente: Não quero acreditar nisso,"
"é demasiadamente doloroso pensar nisso."
Seja qual for a verdade do "Outubro Surpresa",
o que é inegável é que a história é um cemitério de carreiras
para jornalistas que tentavam trabalhar para a imprensa generalista.
Se ler o que os próprios reféns mais tarde tinham a dizer
das suas várias reminiscências da experiência,
e se ler em profundidade algumas das notícias da imprensa,
irá descobrir que os iranianos que tinham os reféns em cativeiro
tinham os seus cronômetros a funcionar,
estavam à espera de um momento específico
para deixarem sair aqueles reféns na direção...
do campo de visão dos fotógrafos
que estavam lá à espera para tirarem a sua fotografia.
Concorda com a afirmação:
"O que é regularmente emitido é a definição do que é notícia"?
Ou tem outra definição?
Essa é uma boa pergunta porque...
quer dizer,
se acontecer mas se não se vier a saber de nada,
será que aconteceu?
"Se o partido pudesse meter as suas mãos no passado e dizer que este ou aquele evento nunca acontecera"
"isso seria evidentemente mais aterrorizador que mera tortura ou morte." George Orwell - "1984"
Mas na sua maioria, pelo menos na Direita,
média, e a preocupação com a imprensa, está no topo da lista.
Os Republicanos e a sua ala mais à Direita,
mobilizam, organizam,
treinam pessoas para trabalharem na imprensa,
fundações gastam dinheiro em programas de média,
financiam e subsidiam uma presença nos média
para criarem um ambiente
amigável aos pontos de vista de uma pequena minoria no nosso país,
por números reais.
Em 1971,
Louis Powell, um advogado corporativo,
estava a dois meses de ser nomeado
para o Supremo Tribunal pelo Presidente Nixon.
Escreveu um memorando expressando as suas preocupações
sobre como ativistas pro-consumidor e progressistas
estavam a infectar a população em geral
com preconceitos contra as corporações.
Este texto circulou entre alguns industriais bastante ricos.
Um deles foi Joseph Corrs,
que em 1972,
forneceu um financiamento inicial de 250 mil dólares
à fundação Heritage.
Assim começou o movimento neoconservador
para influenciar a imprensa.
O que temos assistido desde meados dos anos 1970,
é que todas as grandes fundações conservadoras
dedicaram quase todo o seu dinheiro à guerra ideológica.
Grande parte do jornalismo tende para o lado da fonte da história,
e assistimos à criação destas fundações ou institutos em Washington,
como o American Enterprise Institute, The Heritage Foundation,
The Cato Institute,
que basicamente são grupos extremamente bem financiados.
O solitário bilionário, Richard Mellon Scaife,
financia muitos dos grupos de discussão de extrema-direita.
Subscreveu também o Arkansas Project,
um esforço multimilionário de quatro anos
para investigar o Presidente Clinton.
O que aconteceu foi,
os sujeitos residentes nos grupos de discussão política
são pagos para criarem argumentos
para posições pré-determinadas, econômicas e políticas.
Muito parecido ao que era feito na antiga União Soviética.
A verdade do assunto
é que estão a ser gastos milhares de milhões de dólares
para convencer o público
que os seus interesses e os das corporações
são os mesmos.
Das primeiras vezes que eles utilizaram
um destes especialistas de extrema-direita,
diziam serem provenientes do conservador Instituto Americano,
ou do conservador Instituto Cato,
mas com o passar do tempo deixaram de dizer isso,
e pouco depois eram só do Instituto Cato,
e pouco tempo depois eram apenas analistas.
Se é uma fonte e tem algum peso na venda de ações,
nas nomeações para o Supremo Tribunal, nos impostos,
dar a sua perspectiva...
Se tem uma série de pessoas que parecem saber do que falam
por todo o tipo de ângulos,
pode conseguir realmente influenciar as notícias.
Powell apontou a televisão comercial e o sistema judicial
como áreas a influenciar.
A televisão porque molda a mente das pessoas.
O sistema judiciário
Sociedade Federalista O sistema judiciário
Sociedade Federalista porque muitas decisões cruciais são tomadas pelos tribunais.
porque muitas decisões cruciais são tomadas pelos tribunais.
Sempre tivemos uma imagem irrealista do nosso sistema judicial,
não colocamos os nossos juízes e o nosso sistema judicial em geral
nos mesmos patamares de informação
como fazemos ao nosso ramo legislativo ou executivo,
há uma menor cobertura.
Se o Supremo Tribunal tivesse feito por Al Gore
Vincent Bugliosi Professor de Direito - Responsável pela condenação de Charles Manson Se o Supremo Tribunal tivesse feito por Al Gore
Vincent Bugliosi Professor de Direito - Responsável pela condenação de Charles Manson o que fez por George Bush,
Vincent Bugliosi Professor de Direito - Responsável pela condenação de Charles Manson dou-lhe a garantia de 100% que teria escrito o mesmo livro,
"The Betrayal Of America".
Cinco membros do Supremo Tribunal Americano
cometeram na minha opinião,
e estou bastante convicto em relação a isto,
um dos maiores e mais graves crimes na história americana
quando impediram a recontagem na Florida
e retiraram a eleição do povo americano e a cederam a George Bush.
E num mundo justo e honesto,
estes cinco juízes deviam estar atrás das grades
tanto como qualquer outro criminoso de "colarinho branco" americano
que tenha vivido.
A mídia generalista
não querem mais falar sobre o que fez o Tribunal,
a sua posição é, e deixaram-na bastante clara:
"A eleição já terminou, agora vamos cobrir outras matérias."
Lembro-vos,
e isto não é para defender o Presidente Clinton,
mas este é o mesmo grupo, a mídia generalista,
que perseguiram Clinton,
não apenas dia após dia,
não apenas semana após semana,
não apenas mês após mês,
mas ano após ano!
Estes cinco juízes são federalistas fervorosos,
defensores dos direitos estatais,
e disseram vezes sem conta,
nós deixamos os tribunais estatais interpretar a lei estatal.
A 8 de Dezembro,
o Supremo Tribunal da Florida ordenou uma recontagem manual.
A recontagem começou na manhã seguinte,
um sábado, 9 de Dezembro, às oito da manhã,
por volta dessa altura,
Bush ia ligeiramente à frente de Gore com 154 votos.
Às duas da tarde, o Juiz Anthony Scalia entra na sala
com um mandato de emergência apoiado pelos outros quatros juízes,
ele disse:
"Temos de parar esta recontagem,"
"porque se continuar poderá" e passo a citar:
"causar danos irreparáveis a George Bush."
Fim de citação.
Então, mesmo que a eleição ainda não tenha sido decidida
o incrível Scalia estava a pressupor que Bush tinha ganho a eleição
e que qualquer recontagem que dissesse que Gore tinha vencido
traria danos irreparáveis a George Bush.
Bem, se isso não mostra que estes juízes
estavam a tentar roubar a eleição para George Bush
o que mais será preciso?
Somos levados a acreditar, como americanos, que todos os juízes
têm umas qualidades tipo "santinhos"
e que são totalmente apolíticos,
e que nem o podemos discutir.
A mulher do Juiz Clarence Thomas trabalha para a Fundação Heritage,
um grupo bastante conservador de pensadores sediado em Washington D.C.,
que assistiu o governador Bush na sua transição para o poder.
Não inspecionamos as suas posses financeiras,
não inspecionamos as viagens que fazem a conferências
financiadas por grupos ideológicos
que querem que eles governem de determinadas formas.
Na noite das eleições, 7 de Novembro,
Sandra Day O'Connor estava numa festa
em Washington com o seu marido, o advogado John.
Às oito da noite, Dan Rather aparece na televisão
e anuncia que aparentemente a Florida vai para Al Gore.
E aí, foge-lhe a boca para a verdade e diz:
"Isto é terrível!"
Estava irada, estava angustiada...
O Wall Street Journal encontrou três testemunhas que estiveram na festa
que confirmaram essa história,
a NewsWeek encontrou duas,
tanto o Wall Street Journal como a NewsWeek
tentaram obter o comentário de Sandra Day O'Connor sobre o caso
ao qual ela se recusou.
É Chamado Conflito de Interesses.
Depois da eleição de 2000,
George Bush nomeou o filho de Scalia, Eugene,
e a filha de Rehnquist, para ocuparem lugares na Administração.
Eugene Scalia é considerado...
amplamente considerado um dos advogados mais qualificados
nomeados para a posição.
Os laços que unem Scalia
e o advogado de Bush, Ted Olson,
que argumentou diante do Supremo Tribunal,
fundem-se na Federalist Society,
um grupo judicial
com ligações a grupos de pensadores financiados por corporações.
Membros da Society, como o Juiz Sentelle,
rejeitam internamente a regulamentação da imprensa.
Juízes conservadores decretaram:
"Que restringir o alcance das corporações de média"
"viola os seus direitos de liberdade de expressão."
Se ler a 1ª Emenda, não há dúvidas
que os direitos de liberdade de expressão são direitos que pertencem aos cidadãos,
são direitos individuais, são direitos nossos.
Nos anos 1970,
começamos a ter esta nova idéia da liberdade de expressão comercial,
esta é uma noção muito peculiar, "liberdade de expressão comercial",
porque o que faz é que molda as corporações,
entidades corporativas, como sendo pessoas,
o que não são!
Elas não são pessoas,
não se consegue encontrar as suas campas em lado nenhum,
infelizmente.
A 1ª Emenda foi distorcida
para que agora a compreendamos
como uma forma para essencialmente permitir às pessoas
que sejam donas da imprensa,
uma licença para fazerem o que lhes apetecer fazer
com a imprensa que detêm, com a propriedade que compraram.
A 1ª Emenda torna-se uma barreira
para compreendermos as nossas responsabilidades numa democracia.
A liberdade de expressão, quando falamos na imprensa,
é fundamentalmente um direito desproporcionado.
O meu discurso
é igual e tão livre como o da AOL Time Warner
quando eles têm
esta plataforma de acesso ao mundo que...?
Sabe, eu sou apenas uma pessoa.
Imprensa Noticiosa De alguma forma,
Imprensa Noticiosa a liberdade para informar o público
a liberdade para informar o público
Ministério da Verdade tornou-se no direito exclusivo das corporações de média.
Dar-lhes direitos de liberdade de expressão
foi uma jogada perversa,
e de fato era o tipo de coisa que os conservadores,
os piamente conservadores, tinham excluído,
tão recentemente como na década de 1940.
Durante a Administração Clinton, em 1996,
à porta fechada,
as regras de transmissão de rádio e televisão foram reescritas.
Na rádio,
toda a regulamentação foi literalmente jogada fora.
Foram compradas pequenas estações independentes.
O localismo desapareceu.
Companhias como a Clear Channel
passaram de deterem umas quantas estações
até serem detentoras de mais de onze mil
e dominarem todos os mercados.
Mas aconteceu outra coisa,
durante o período de Reagan,
em 1987, é eliminada a "Doutrina de Igualdade",
às estações de rádio e de televisão
deixou de ser exigida a difusão de pontos de vista opostos.
Isto é parcialmente responsável
pelo surgimento da rádio de extrema-direita.
"A toda a hora, de costa a costa".
O vice-presidente da Clear Channel é Tom Hicks.
Em 1998,
o Sr. Hicks comprou a equipa de basebol, Texas Rangers,
num negócio que fez do Presidente Bush um multimilionário.
A Clear Channel baniu as músicas dos Dixie Chicks,
porque o vocalista criticou o Presidente na preparação para a guerra.
Um famoso roqueiro de meia idade telefonou-me a semana passada
para me agradecer por me opor à guerra,
dizendo-me que ele não podia falar
porque temia sofrer represálias da Clear Channel,
"Eles promovem as nossas aparências em concerto", disse ele,
"Eles são donos da maior parte das rádios que tocam a nossa música."
"Não posso falar contra esta guerra."
Porque não soubemos mais sobre essa proposta de lei antes de ser aprovada?
Bem, porque,
quem é que a vai noticiar? A Imprensa?
De acordo com Bill Moyers, durante o debate no Senado,
o senador John McCain disse:
"Não irão ver esta história em nenhuma televisão"
"nem ouvi-la em nenhuma emissão de rádio."
No seu conjunto, os três maiores telejornais
emitiram uma soma total de apenas 19 minutos de cobertura
à Lei das Telecomunicações, no decorrer de NOVE MESES.
Quando um grupo de consumidores, chamado Consumer Federation of America,
obteve algum dinheiro das companhias telefônicas de longa distância
que estavam todas, pelas suas diferentes razões, contra a Lei,
eles tentaram comprar um espaço publicitário de 32 segundos na CNN
dizendo que esta concentração de poder nas mãos de poucas companhias
iria levar ao aumento dos preços da televisão por cabo
e ao aumento do preço das chamadas telefônicas,
e a CNN nem sequer aceitou o dinheiro deles.
Eles nem sequer iriam deixar um grupo de consumidores,
um grupo de oposição, comprar a sua entrada na história.
Todas as vezes em que emergiu uma nova tecnologia de comunicação,
houve um pequeno número de companhias
que tomou rapidamente o controle total sobre ela.
Irá isto acontecer com a Internet?
Bem, até agora a Internet foi gerida por um sistema que requer livre acesso.
O telefone, a rede,
em que se baseia a Internet por linha telefônica,
foi a transportadora comum, foi sempre aberta,
de modo que qualquer pessoa pode ter uma página na rede,
qualquer pessoa pode transmitir o que quiser,
e pode-se ter todo o tipo de companhias a competirem
para lhe fornecer o serviço de internet.
O livre acesso está a ser substituído por um sistema de acesso restrito.
Razões que serão dadas para o controle da Internet:
Terrorismo
Spam
Pornografia
Medo de roubo de identidade
Comodidade e segurança
Razões para se pensar duas vezes nisso:
Uma Internet onde o anonimato é banido e todos os tostões são contados
Todas as transações poderão ser taxadas
Tudo o que lê, vê, ouve ou comunica, incluindo onde está, é conhecido
"Por se sentar no canto do quarto..."
"Winston conseguia manter-se fora do alcance do ecrã da televisão,"
"tão longe quanto o raio de visão."
"Mas ainda o podiam ouvir, obviamente."
George Orwell - "1984"
Então, empresas como a AOL Time Warner,
a Comcast e a Paul Allen's Charter
opõem-se a qualquer regra de livre acesso,
eles dizem:
"Nós queremos controlar o serviço de internet."
"Os utilizadores de internet não saberão o que têm até o terem perdido."
Steve Levy, "Newsweek Internacional"
Digo-vos uma coisa de que me lembro do final dos anos 1970,
que havia todas estas pessoas que eram como:
"Os crentes na panacéia da televisão por cabo",
faz-me lembrar um pouco o:
"Oh, a Internet irá resolver todos os problemas,"
"teremos um campo de ação igualitário"
"onde a sua nova página de internet será capaz de competir com a Disney,"
"com Murdoch e com a nova página da Viacom." Não!
Michael Powell legislou
que as empresas por cabo não estão sujeitas às regras de livre acesso.
"A liberdade nem sempre é boa" que as empresas por cabo não estão sujeitas às regras de livre acesso.
Desregulamentação A futura liberdade da Internet está posta em causa.
Sabe, um dos mitos da nossa sociedade,
já ouviu falar disto provavelmente, é que esta é baseada na competição.
Já ouviu isso?
É com esse tipo de disparates com que nos alimentam.
A verdade da matéria, o topo do sistema,
a chave disto é esmagar a competição.
Então, o que temos assistido na imprensa e em todos os outros sectores
têm-se cada vez menos companhias,
as grandes companhias compram as menores
e tentam cada vez ser maiores
e assim tornam mais difícil o surgimento de novas companhias,
porque assim que se tem apenas uma mão cheia de companhias
a dominarem uma indústria
a capacidade para alguém conseguir entrar no meio é quase impossível.
Acho que há várias maneiras de se fazer as notícias mais rentáveis
e isso não quer dizer...
isso não faz melhorar as notícias.
Se perguntar a um jornalista se está interessado na verdade,
obviamente todos dirão "sim".
Se for a conferências jornalísticas, às quais vou muito,
estão todos à procura da verdade...
O problema é que os guardiões da verdade não são os jornalistas,
são os donos,
e os editores lacaios que trabalham para os donos,
e eles decidirão o que é aplicado e o que funciona
e o que cobre os custos em termos publicitários
e os números, eles estarão de olho nesses números,
e é bom que esses números sejam elevados
ou irão procurar um novo Diretor de Informação.
Aquilo em que baseamos a nossa cobertura:
"Está a ser um bom ou mau dia?" São os números.
Quem me dera que não tivéssemos de nos basear tanto nisso,
quem me dera que houvesse uma forma de podermos basear o nosso trabalho,
ou o nosso desempenho, em algo para além dos números.
Infelizmente esse não é o clima atualmente,
olha para os diretores de informação que são contratados...
porque esses foram os que realizaram grandes números.
Acho que o emprego deles é por norma mais inseguro
que o dos treinadores de basebol.
Isso não são notícias, é marketing,
isso é uma outra coisa qualquer,
nunca ouvi que se noticiasse com base em demografia,
apenas noticia-se,
chame-me doido mas é isso que se faz,
investiga algo porque precisa de ser investigado,
ou há alguém que está claramente a mentir,
ou há algum assunto do interesse público que precisa ser investigado,
não o faz por achar que determinada parte demográfica
irá gostar particularmente da história,
isso é de loucos.
É o tema fundamental de todas as grandes lamentações a que assistimos,
de todos os jornalistas que falaram consigo,
estão tão chocados
que o serviço público para o qual foram trabalhar
se tenha tornado puramente numa atividade comercial.
Um letrado é definido como sendo uma pessoa instruída.
De acordo com James Fallows no seu livro "Breaking The News":
"Celebridades letradas dizendo-nos o que pensar dos acontecimentos."
Howard Curtis,
o especialista de imprensa da CNN disse, e passo a citar:
"A cultura do jornalismo"
"fundiu-se com o mundo implacável e reluzente do entretenimento"
"produzindo uma enorme guerra de notícias emotivas e exageros."
Margaret Carlson da Time Magazine, disse:
"Os produtores querem pessoas que consigam aparentar ser instruídas"
"sem confundir a matéria com demasiado conhecimento."
"Eu sou perfeita para isso."
Jeff Greenfield da CNN, disse:
"Somos contratados como animadores."
"Sabemos pelo que estamos a ser pagos."
"Estamos a ser pagos para obter audiências."
O tempo de antena em televisão traduz-se em grandes salários.
De acordo com Brian Lamb da C-SPAN,
a mensagem proveniente de Washington nos últimos vinte anos
é que todos fazem tudo por dinheiro.
George Will disse:
"Se escolher a sua audiência cuidadosamente"
"poderá ler o mesmo discurso todas as vezes."
McLaughlin disse:
"É importante andar no terreno"
"onde se ouve toda a gama de pontos de vista da Trade Association."
Estes compromissos de leitura
são dados normalmente a Associações de Comércio
e pagas por corporações.
Eufemismo: A substituição de uma expressão agradável por uma que poderá sugerir algo desagradável.
atualmente, a essência para se vender alguma política regressiva,
como livrarem-se da Segurança Social ou de regulamentações ambientais,
é disfarçá-la com um nome que sugira o oposto.
Então, se vai tentar libertar-se das regulamentações ambientais
chamará ao seu grupo "Salvem o Ambiente"...
e será esse o nome do grupo que estará a tentar ver-se livre das regulamentações.
Quando Reagan revogou a "Doutrina de Igualdade", disse:
"Ser inconsistente com a tradição do jornalismo independente."
É o que Orwell chamaria de "a linguagem eufemística política"
que é utilizada por todos,
por políticos, mas também por jornalistas.
Vivemos atualmente numa era em que a imprensa
John Nichols Reporter do "The Nation" Vivemos atualmente numa era em que a imprensa
John Nichols Reporter do "The Nation" se habituaram tanto a aceitarem a inversão
John Nichols Reporter do "The Nation" e a aceitarem as estruturas que lhes são fornecidas,
e a aceitarem as estruturas que lhes são fornecidas,
que deixaram de cobrir as notícias.
Podem as mentiras passar por verdade?
Eleições Podem as mentiras passar por verdade?
Eleições Winston tinha um amigo no Ministério da Verdade chamado Sion
Winston tinha um amigo no Ministério da Verdade chamado Syme
Ministério da Verdade Winston tinha um amigo no Ministério da Verdade chamado Syme
Ministério da Verdade que tinha a certeza de que podiam.
Imprensa Noticiosa que tinha a certeza de que podiam.
Imprensa Noticiosa O seu trabalho era eliminar palavras.
O objetivo era estreitar o alcance do pensamento
controle do Debate O objetivo era estreitar o alcance do pensamento
controle do Debate eliminando palavras que tornassem o pensamento da realidade possível.
eliminando palavras que tornassem o pensamento da realidade possível.
Esquecer
Só haveria o bem e o mal. Esquecer
Tudo o que o "Big Brother" representava era bom.
Tudo o que se opunha ao "Big Brother" era o mal.
Tal como Syme explicou a Winston,
As Idéias Não Interessam Tal como Syme explicou a Winston,
As Idéias Não Interessam todo o espectro de pensamento seria diferente.
População Passiva Não haveria pensamento como o compreendemos hoje,
População Passiva ortodoxia significa não pensar.
ortodoxia significa não pensar.
Uniformidade Corporativa "Um destes dias", pensou Winston,
"Um destes dias", pensou Winston,
Democracia "Syme será vaporizado,"
Democracia "ele vê claramente demais,"
"fala francamente demais,"
"um dia destes desaparecerá."
Vocês ouviram que 175 mil votos não foram contados no Estado da Florida,
mas o que é importante não é se todos os votos foram contados da mesma forma,
o número de votos não contados
eram diretamente proporcionais de condado a condado,
com a população negra do condado.
Então, como é que é possível que em, por exemplo,
no Condado Gadsen, onde 52% da população é negra,
um em cada oito votos não foi contado,
um em cada oito,
enquanto em condados brancos como Citrus,
onde são quase todos brancos,
apenas um em cada duzentos votos foram invalidados.
Como é que isto aconteceu?
Quando fui até à Florida,
fui até ao Condado Lee...
e estávamos todos a olhar para os boletins,
os tipos a olharem para os boletins que tinham na mão,
faziam parecer ser uma coisa misteriosa estar a verificar a votação na Florida,
a maior parte da Florida vota por boletins de papel,
os quais são lidos por uma máquina...
já alguma vez fizeram os *** psicotécnicos
que são lidos por uma máquina,
é um leitor óptico...
então, tinham uma máquina para votação de ***
montada no escritório de um supervisor, em Tallahassee...
então votei,
peguei no meu boletim de voto de *** e votei para escolher o Mayor,
e votei no Buchanan,
e coloquei o meu boletim de voto na máquina de voto
e voltou para trás...
voltei a colocá-lo... e...
Então disse: "Ouçam,"
"estou a tentar votar e a máquina não aceita o meu voto"
e eles disseram: "Claro que não, assinalou em dois candidatos,"
"cometeu um erro,"
"não aceitará um erro de voto..."
e eu disse: "Que quer dizer com isso?"
"Todos aqueles votos que foram anulados em Gadsen,"
"o Condado de Leon é um condado branco,"
"uma das zonas de voto em Tallahasse fica ao lado de Gadsen..."
"Oh, bem, existe um comutador..."
e nos condados negros, como Gadsen,
as mesmas máquinas estavam preparadas para aceitar boletins com erros...
comete um erro no seu boletim,
é muito fácil cometer um erro num boletim de papel
onde tem de colocar uma cruz na opção...
o boletim de voto é aceite,
é anulado,
e o seu voto não conta,
e na maioria das áreas brancas estava programado para rejeitar
para que caso tivesse cometido um erro e votasse
era-lhe devolvido e recebia um boletim de voto novo e poderia votar novamente.
E a pouca consciência do povo americano,
seja qual for a sua visão política,
é que todos temos o direito de termos a pessoa que venceu a eleição
a assumir o poder,
todos temos o direito a uma contagem honesta.
Helen Thomas,
deã dos jornalistas da Casa Branca,
foi citada por dizer:
"Que Bush é o pior Presidente que ela alguma vez noticiou,"
"o pior Presidente de sempre."
Na conferência de imprensa de Bush de preparação para a guerra,
pela primeira vez em quarenta anos,
Helen Thomas não obteve permissão para fazer a sua pergunta.
Ela tinha desaparecido.
Um vento gélido está a soprar nesta nação,
está a ser enviada uma mensagem através da Casa Branca,
e pelos seus aliados na rádio, pela Clear Channel e pela Cooper Sound,
se se opuser a esta Administração poderá e haverá ramificações.
A 14 de Julho de 2003,
a mulher do Embaixador Joseph Wilson foi exposta como operativa da CIA,
através de uma fuga de informação para a imprensa generalistas.
Ele tinha exposto como falsas,
as declarações da Casa Branca sobre a existência de urânio no Iraque.
Nos últimos anos,
as corporações de média e os políticos fundiram-se numa nova forma.
Murdoch é um homem brilhante.
Aquilo que fez,
e que teve uma tremenda influência da pior maneira possível,
na cultura e nos média nos Estados Unidos e pelo mundo fora,
e o que ele faz, fá-lo em Inglaterra e fá-lo nos Estados Unidos...
O seu objetivo
é apelar às pessoas da classe média e levá-las para a Direita,
e ele faz isso através da violência,
faz isso através do super-patriotismo,
ele faz isso através do sensacionalismo.
Por isso, aquilo que agora temos, e tenho de lhe dar crédito por isso,
a televisão Fox é a primeira grande estação que não tem um pretexto,
a CBS ou a NBC têm um pretexto para com a objetividade.
A cadeia de televisão de Ruppert Murdoch, a Fox News,
é gerida por Roger Ailes.
Ailes foi o produtor executivo para televisão de Richard Nixon,
foi consultor de Ronald Reagan e de George Bush pai.
Tony Snow, o anfitrião,
foi o escritor dos discursos de Bush.
O apresentador, Brit Hume,
escreveu artigos para a revista ultra conservadora American Spectator.
A frase "Justo e Equilibrado" foi repetida incessantemente
como uma mantra.
"Justo e Equilibrado."
Goebbels disse:
"Se repetir uma mentira muitas vezes,"
"as pessoas irão acreditar nela."
Todos os seus programas de debate
são controlados por republicanos de extrema-direita,
é uma frente para a extrema-direita do Partido Republicano.
John Ellis,
o responsável da Fox pelas eleições,
é o primo de Jeb e de George W. Bush,
e é notável que na noite das eleições
a primeira estação a declarar que George W. Bush
tinha ganho a Presidência dos Estados Unidos
tenha sido a Fox!
E foi o John Ellis que fez os cálculos
e decidiu que deveriam tomar aquela decisão.
Mas não é apenas a Fox.
Na GE, a parede entre o jornalismo e a política também foi quebrada.
De acordo com o serviço noticioso da Reuters,
o antigo Presidente da General Electric, Jack Welch,
entrou no estúdio da NBC
e insistiu que a corrida fosse dada como ganha
pelo companheiro republicano George Bush.
Durante esse tempo, um sistema de gravação interno da NBC
estava nessa noite a gravar Welch no estúdio.
A NBC recusou entregar o vídeo
apesar dos pedidos insistentes do Congressista Henry Waxman.
O Presidente da NBC, Andrew Lack,
invocou que a entrega do vídeo
iria violar o processo editorial.
Waxman respondeu:
"O Sr. Welch não é um jornalista."
E sabemos agora, os estudos demonstram-no claramente,
que compreenderam que tinham perdido a votação,
que se tivesse havido uma votação honesta estariam fora do poder.
Dar a eleição dessa noite como ganha por George Bush,
estabeleceu o tom para qualquer cenário de recontagem.
Todo o tom da cobertura jornalística seguiu isso,
viu-se Chris Matthews, O'Reilly, Brian Williams,
Gwennie Gordon acabou por ceder,
outra medida desesperada contra Gore...
a assunção de que Bush tinha ganho...
e que Gore lutava para entrar por um qualquer buraco.
Polarização Liberal A ironia
Polarização Liberal é que a imprensa corporativos se tinham deslocado para a Direita.
Polarização Liberal As acusações de uma polarização liberal tornaram-se generalizadas,
As acusações de uma polarização liberal tornaram-se generalizadas,
esta impressão foi criada
porque os Republicanos têm um arsenal entre os seus eruditos
uma força que polariza a opinião
e ridiculariza todos os que discordam.
E podem confiar nos bens que Murdoch detém na mídia.
Roger Ailes Diretor da Fox News E podem confiar nos bens que Murdoch detém na mídia.
Algumas histórias desaparecem,
outras são repetidas interminavelmente.
Murdoch, por sua vez,
obtém a sua desregulamentação.
Um conservador erudito, Bill Sannon,
escreveu um livro sobre a tentativa de Al Gore roubar a eleição.
Eu descobri que a festa de lançamento do seu livro
iria estar cheia de lobistas e eruditos
e decidi ir filmá-los.
Ted Olson Advogado de Bush no Supremo Tribunal e inimigo de Clinton.
O engraçado é que...
estas pessoas que se movimentam nos bastidores
não gostam de ser filmadas.
Não lhe é permitido filmar o edifício sem ter uma autorização.
À medida que a Direita se foi "infiltrando"
na comunicação social em geral,
através dos esforços da Heritage, e da Fundação Hoover e outras,
esse mito tornou-se cada vez mais resistente,
podia assustar moderados, já para não falar nos liberais,
podia assustar os que fossem de Direita e que trabalhasse na imprensa,
atacando-os constantemente com acusações de preconceitos liberais.
Ou atacando-os sobre a sua falta de patriotismo.
Sou a Jeanine Jackson da Fair, o grupo de controle da imprensa.
Acho que gostariam de saber que a Fundação Heritage
anunciou que Jesus irá apoiar uma guerra no Iraque.
PAPA LANÇA UM FORTE APELO CONTRA A GUERRA
A justificação já não é que a comunicação social
é agressiva para com os Republicanos
e branda em relação a Teddy Kennedy e Ralph Nader,
essa não é a justificação,
essa justificação é tão ridícula
que nem chegava a passar pelo detector de gargalhadas...
Agora a justificação redefine totalmente a Direita e a Esquerda
de tal forma que elimina as diferenças de classes,
diferenças do poder corporativo.
A Imprensa não debate as crescentes injustiças entre pobres e ricos
e o desaparecimento da classe média.
Eu podia continuar eternamente a dar exemplos disto,
não há qualquer prova
para a afirmação de que existe parcialidade nos média,
é inteiramente baseada numa visão estereotipada dos próprios jornalistas,
muitos dos quais podem até ser liberais,
provavelmente atualmente já sejam Centristas,
mas a realidade é que as suas visões pessoais
nada têm a ver com o que chega à televisão.
Winston Smith trabalhava no Ministério da Verdade,
VERDADE o seu trabalho era alterar ou deixar passar notícias
o seu trabalho era alterar ou deixar passar notícias
COMUNICAÇÃO SOCIAL para que a versão da verdade dada pela elite reinante
para que versão da verdade dada pela elite reinante
nunca fosse contestada.
CONTAGEM DE VOTOS nunca fosse contestada.
CONTAGEM DE VOTOS Uma das coisas mais perturbadoras do tratamento dado pela imprensa
NEM SEMPRE É ACONSELHÁVEL da eleição de 2000,
NEM SEMPRE É ACONSELHÁVEL chegou um ano mais tarde.
Um consórcio de grandes organizações de imprensa
contratou o respeitado Conselho Nacional de Pesquisa de Opinião,
chamado NORC,
para inspecionar os 170 mil votos não contados.
O NORC não foi autorizado a caracterizar as suas descobertas,
foram as empresas de comunicação social que fizeram isso,
e aquilo que é perturbador é o fato de terem escondido a verdade,
quando distorceram a sentença do Tribunal Supremo da Florida,
que exigia que todos os votos,
em que a intenção do votante fosse clara, fossem contabilizados.
De acordo com Greg Pallast da BBC,
que assistiu pessoalmente à operação de contagem por parte do NORC,
houve um contador que disse, e passo a citar:
"Era por demais evidente."
"Se alguém tivesse assinalado Gore,"
"quem acha você que eles queriam como Presidente?"
O consórcio não comentou a exclusão de dezenas de milhares
de boletins de voto claramente assinalados,
que a informação do NORC demonstra.
Em vez disso,
o consórcio avançou com uma tortuosa análise
que mostrava que Bush teria mantido a vantagem
mesmo no método de contagem manual.
A 24 de Dezembro de 2000,
no "Meet the Press" da NBC,
o moderador, Tim Russert, disse o seguinte:
"Florida, Florida, Florida,"
"acabou."
"A comissão acabou o seu trabalho."
E esse foi basicamente o fim da cobertura da mídia na recontagem na Florida,
ESQUECIMENTO E esse foi basicamente o fim da cobertura da mídia na recontagem na Florida,
e da decisão do Supremo Tribunal de parar a contagem dos votos.
Se tivesse havido uma eleição deste tipo na Nicarágua
e os Sandinistas tivessem ganho,
as mesmas pessoas que venceram as eleições pelos Republicanos
teriam insistido que não só invadíssemos a Nicarágua
mas que todas as pessoas que tivessem arquitetado as eleições
fossem presas por crimes de guerra.
Eles sabem que não estão lá a servir por vontade do povo americano,
eles sabem que roubaram esta eleição e criaram esta fraude
ao manterem os afro-americanos longe das zonas de voto,
eles sabem isso.
E sabem que têm muito pouco tempo para executar a sua agenda
porque sabem que da próxima vez irão perder,
esqueçam o que a imprensa vos dizem,
este tipo não vai durar,
ele sabe isso, eles todos sabem isso,
mas se eles fizeram isto,
se baixaram a este nível para roubarem o nosso modo de vida,
que mais irão fazer?
Que mais serão capazes de fazer?
Que mais serão capazes de fazer? Eu quero saber.
O que aqui temos não é o brilho da democracia,
mas a negra e sinistra sombra do totalitarismo,
despotismo, fascismo.
"Um destes dias, pensou Winston, Syme será vaporizado,"
"ele vê claro demais e fala honestamente demais..."
George Orwell - "1984"
Numa curiosa nota de rodapé,
durante os dois anos seguintes,
o "Voter News Service",
que tinha anunciado a vitória de Al Gore na Florida,
afirmava ter de melhorar a sua eficiência para as eleições intercalares de 2002.
Subitamente, as sondagens tinham-se tornado pouco fiáveis.
Então, na noite das eleições de 2002
não foram utilizadas.
Houve relatos vagos deste fato na imprensa generalista.
Como se veio a verificar,
as grandes cadeias de televisão são donas do "Voter News Service".
O meu palpite é que o "Voter News Service"
acertou na noite das eleições, quando deu a Florida para Al Gore.
De acordo com um testemunho do Congresso,
o "Voter News Service" projetou a vitória de Gore na Florida
com uma margem de 7,3%,
o equivalente a mais de 300 mil votos.
Equipa de verificação de sondagens da CNN-CBS:
"Com a experiência de anos a examinar sondagens televisivas"
"não acreditamos que alguma vez tenha acontecido"
"uma liderança ter mudado durante uma eleição"
"quando havia tanta informação a partir de uma sondagem."
O "Voter News Service" era a prova.
Tinha de desaparecer.
Bem-vindos ao voto computadorizado,
a mais recente reviravolta no nosso processo de voto.
Diebold Máquinas Eletrônicas de Voto
Sem registros em papel.
Sem possibilidade de serem verificadas.
A Diebold afirma que o seu software,
as diretrizes que dizem ao computador como tabular votos,
é propriedade exclusiva da companhia, um "Segredo de Empresa".
Walden O'Dell, um grande financiador das campanhas de Bush
e administrador da Diebold, disse a 14 de Agosto de 2003:
"Estou empenhado em ajudar o Ohio a entregar no ano que vem"
"os seus votos eleitorais ao Presidente."
"Tudo o que lhes era exigido era um patriotismo primitivo."
George Orwell "1984"
... é do que todos se lembram, este "Big Brother",
é o clichê do "1984".
Deixem-me relembrar-vos de outra parte da história:
"O líder apercebeu-se que precisava da guerra permanente"
"para conseguir amedrontar o povo"
"de modo a este abdicar dos seus direitos."
O que acontece quando um grupo de pessoas
tem um poder incompreensível sobre a comunicação social
ESQUEÇAM O CASO ENRON tem um poder inexplicável sobre a comunicação social
e pode redefinir as regras sem ser questionado?
IRAQUE e pode redefinir as regras sem ser questionado?
e pode redefinir as regras sem ser questionado?
GUERRA É PAZ e pode redefinir as regras sem ser questionado?
A 25 de Setembro de 2002,
enquanto os Estados Unidos avançavam para a guerra,
familiares das vítimas do 11 de Setembro pronunciaram-se.
Esta conferência de imprensa não passou nos telejornais.
O meu irmão Jim Patori
Estações Televisivas Internacionais O meu irmão Jim Patori
trabalhava no 95º andar da torre norte do World Trade Center
e perdeu a sua vida a 11 de Setembro,
e uma das coisas mais difíceis que já tive de fazer
foi dizer aos meus pais que não voltariam a ver o seu filho mais velho.
Nenhuma vítima da violência da guerra
é mais ou menos importante que outra qualquer.
Então, o meu irmão que é visto como um tipo de dano colateral,
aos olhos de um fanático,
a sua morte não é nem mais nem menos importante
que os danos colaterais no Iraque ou no Afeganistão,
é uma forma de nivelar as mortes destas pessoas...
então, para as pessoas que estão a tomar as decisões
e a guiar-nos para este erro perigoso,
estão convidados a virem até minha casa, pela altura das festividades...
O aniversário do meu irmão é logo após o Natal,
eles podem ver o que é estar perto de uma família
que foi afetada pela guerra e pelo terrorismo.
Cremos que este ato agressor, esta ação unilateral,
só irá inflamar o anti-americanismo que já existe no Médio-Oriente,
entre as comunidades árabes,
e é um fator que leva fanáticos a cometerem crimes contra nós
como o 11 de Setembro.
Eles estão a dizer à América:
"Não utilizem isto como base para entrar em guerra."
Desta forma deixa de haver uma Democracia,
para passar a ter uma ditadura,
e é isso que as pessoas têm recebido da Casa Branca.
"A Oceânia está em guerra com a Lestásia,"
a Oceânia esteve sempre em guerra com a Lestásia."
No romance, obviamente,
a Oceânia não esteve sempre em guerra com a Lestásia,
de fato, a Oceânia e a Lestásia eram aliados contra a Eurásia,
mas satisfaz os propósitos do partido
fazer todos pensarem que a última situação foi sempre a realidade.
Qual é a diferença disto para a constante alusão de George W. Bush
ao terrível fato de Saddam Hussein ter gaseado o seu próprio povo,
em 1988, em Halabja?
Qual é a diferença, quando por volta dessa altura
os Estados Unidos tinham conhecimento que ele possuía armas químicas,
sabiam que ele tinha gaseado o seu povo e na altura não protestou?
Saddam Hussein foi um aliado das administrações Reagan e Bush.
A coisa que mais me surpreende
são as mentiras que atualmente são utilizadas.
Agora ensinamos, e eu não estou a inventar isto,
ensinamos o controle de informação e a manipulação de fatos,
lembro-me que neste país chamávamos à manipulação de fatos, mentir,
agora chamamos a isso manipulação de fatos e estudamo-la,
admiramo-la.
Como colocar uma data de falsidades a circular por mais de 24 horas
e depois cumprimentam-se porque conseguiram enganar o outro lado,
seja outro Partido, ou outro candidato,
ou outra empresa,
é uma empresa contra outra
com os seus relatórios anuais, lucros trimestrais ou isto ou aquilo.
OPERAÇÕES DE IMAGEM As relações públicas assumiram o domínio de toda a nossa sociedade,
agora é tudo uma questão de PR. (Relações Públicas)
"Tudo o que era necessário"
"era uma série interminável de vitórias sobre a tua própria memória."
George Orwell - "1984"
ORQUESTRANDO A COBERTURA DA MÍDIA
O DÉFICIT ORÇAMENTAL É MAU
O DÉFICIT ORÇAMENTAL É BOM
Procurado VIVO ou MORTO!
Esqueçam o Osama
É o Saddam
As Suas Armas Nucleares!!!
As Suas Armas Químicas!!
Onde Estão as Suas Armas?
"Não é Por Causa Disso, é Pela Democracia no Iraque."
Onde Está o Osama Bin Laden?
Onde Está Ken Lay?
Quem é que quer saber disso... É Por Causa da Martha Stewart!
O meu vizinho tem este autocolante no pára-choques da sua caminhonete.
"Guie-o como se o tivesse roubado!"
É Essa a Resposta!
Guie-o como se o tivesse roubado.
Conduzir esta Presidência como se tivesse sido roubada.
A 2 de Junho de 2003,
a FCC votou para aliviar as leis de propriedade.
Nas suas próprias palavras:
Comissário Copps.
Bom dia.
Discordo fortemente desta decisão
porque hoje a Comissão Federal de Comunicação
outorgou poder à elite americana de imprensa
com inaceitáveis níveis de influência sobre as idéias
e a informação da qual depende a nossa sociedade e a nossa democracia.
O assunto pelo qual algumas corporações
irão receber um aumento do poder de controle
sobre o diálogo civil no nosso país,
maior controle sobre o conteúdo da nossa música,
entretenimento e informação,
e poder de veto sobre o que a maioria das nossas famílias vê,
lê e ouve.
A desregulamentação da rádio forneceu-nos fortes e relevantes lições.
Quando o Congresso e a Comissão removeram
as proteções contra a concentração de rádios,
assistimos a conseqüências enormes e, em grande parte, inesperadas.
A diversidade de programas sofreu
uma uniformização da música e uma padronização de programação
que limitou o talento local e regional.
Os artistas locais tiveram cada vez mais dificuldade
em obterem tempo de antena.
A opinião editorial polarizou-se.
Em muitas cidades, a concorrência tornou-se inexistente,
quando um punhado de empresas
comprou virtualmente todas as estações no mercado.
Esta experiência deveria aterrorizar-nos
quando consideramos fazer à televisão e aos jornais o que infligimos à rádio.
Preocupações sobre a degradação do conteúdo de emissão
não justificam a manipulação governamental
da escolha do consumidor.
Degradação é apenas uma maneira elitista de se dizer:
"programação de que não se gosta".
A decisão permite que os gigantes da comunicação
comprem os restantes jornais locais
e exerçam uma influência massiva sobre uma comunidade
ao deterem três estações de televisão,
oito estações de rádio, o operador de cabo,
mais o já monopolizado mercado dos jornais.
A decisão permite ainda que as grandes cadeias de televisão
comprem ainda mais estações locais de televisão
para que possam controlar até uns inacreditáveis
80 ou 90% da audiência nacional de televisão.
Onde estão as bençãos do localismo, da diversidade e da concorrência?
Eu vejo centralização, não localismo.
Eu vejo uniformidade, não diversidade.
Eu vejo monopólio e oligopólio, não concorrência.
Seria um anátema à 1ª Emenda regulamentar a posse da imprensa
num esforço de dirigir os consumidores na direção de outra programação.
90% dos canais com mais audiência no cabo
são propriedade dos mesmos gigantes que são donos das cadeias de televisão
e dos sistemas por cabo.
Mais canais é excelente,
mas quando são todos propriedade da mesma pessoa,
o cabo não faz avançar o localismo,
a diversidade editorial e a concorrência.
E para aqueles que acreditam que a internet só por si
nos irá salvar deste destino
deviam compreender que as fontes de notícias dominantes na internet
são controladas pelos mesmos gigantes de comunicação
que controlam a rádio,
a televisão, os jornais e o cabo.
Recuso-me a participar numa construção que suporte uma estrutura
que dite ao povo americano o que deva ver,
ouvir ou pensar.
A reação pública contra as mudanças propostas
foi distinta de qualquer coisa que a FCC alguma vez presenciou,
dos quase três quartos de milhão de comentários que recebemos
quase todos se opunham ao aumento da consolidação da mídia,
mais de 99,9%.
O Voto
Os comissionários que votam a favor do parágrafo, anunciem dizendo "sim".
Sim!
O que se opõem anunciem...
Não!
O parágrafo é adotado. Obrigado.
Esta reunião está encerrada.
A proposta da FCC para facilitar as regras da posse de empresas de comunicação
é votada e aprovada pelas linhas partidárias em 3 para 2.
Desregulamentação em ***
da comunicação para as massas
é o fim da Democracia!
Desregulamentação em ***
da comunicação para as massas...
Mas não acabou por aí.
Houve uma revolta bipartidária sem precedentes no Senado.
A lista de pessoas e organizações conhecidas
que se opõem no seu total ou em parte às regras de posse da mídia da FCC
é uma das listas mais estranhas
composta pelas mais dispares personalidades que irão alguma vez ouvir.
A lista de oponentes inclui:
Walter Cronkite, William Saffire,
a Associação Nacional de Porte de Arma,
a Congregação Americana de Bispos Católicos,
a Associação Nacional Pelas Mulheres,
o Senador Jesse Helms...
Teoricamente, a desregulamentação é positiva,
mas nem sempre é o melhor caminho a seguir.
Pouco tempo depois do maior escândalo empresarial na história deste país
a coisa que menos precisamos
é ter reguladores limitados nas suas ações.
Acredito, e parece-me tão evidente,
que os interesses do grande capital foram aqui servidos
às custas do interesse público.
Não concordaria comigo
que os que hoje mais efusivamente celebram a sua decisão
são os interesses econômicos mais importantes televisivos neste país?
Não são eles que estão a celebrar a vossa decisão?
Não faço idéia de quem está a celebrar a nossa decisão.
A sério que não sabe? Está a brincar comigo?
Disse que eram mudanças subtis,
não são claramente mudanças subtis
quando em quase duzentas cidades
os jornais estão em posse das cadeias televisivas.
Diz que irá promover um aumento na concorrência.
Disparate!
As evidências sugerem que esse não será o caso.
Diz que haverá umas quantas fusões e aquisições,
claro que isso é absolutamente lógico.
E diz que o Tribunal os obrigou a tomar essa decisão,
o Tribunal não os obrigou.
Isto é a velha piada dos filmes:
"Em quem é que vai acreditar?"
"Em mim ou nos seus olhos?"
Comissária Abernathy,
disse que agia por medo irracional em vez de reais fatos,
no que concerne ao assunto da consolidação,
vê alguma evidência no que concerne à consolidação,
particularmente nos anos mais recentes em relação à rádio e também à televisão,
que sugira que temos um medo irracional da consolidação?
O que aqui temos de ponderar aqui,
é que temos de ponderar
os direitos da Primeira Emenda das licenças
em relação aos direitos de o público ter diversidade,
localismo e concorrência.
Em 16 de Setembro de 2003, num voto de 55 contra 40,
o Senado revogou todas as novas regras da FCC.
A luta continua
Os Fundadores não previram
as proteções da liberdade de expressão comercial que agora temos,
nem previram, essencialmente a distorção,
para o sentido que a Primeira Emenda tem levado,
que tem ocorrido, basicamente desde a década de 1970.
Se analisarmos o termo,
o que querem dizer? Do que falam?
Era impossível terem pensado
que deveriam haver direitos de liberdade de expressão
para corporações internacionais,
porque não havia nenhuma no séc. XVIII,
não existiam,
não estavam a pensar nisso,
estavam a pensar nos cidadãos de uma democracia.
Os cidadãos têm direitos de Primeira Emenda
com uma diversidade que pode ter leituras antagônicas.
A reforma da comunicação social é algo absolutamente crucial,
é o assunto principal,
é a coisa mais importante, nada é mais importante,
porque se não tivermos um sistema de imprensa
que possamos usar para fazer ouvir a nossa voz,
seja ela qual for...
Se não houver um sistema democrático de imprensa viável
para fazer passar essa voz,
esqueçam,
sabem, estamos lixados,
estamos completamente lixados...
Precisamos de ação contra monopólios,
e isso é uma coisa complicada
que requer que repensemos as bases da lei de monopólio
que atualmente são como que místicas,
temos de compreender que as verdadeiras razões do porquê de nós
precisarmos analisar particularmente o monopólio
no reino da indústria de comunicação social,
não é por razões comerciais, não é por razões econômicas,
mas porque o conteúdo, o conteúdo crucial das notícias
é completamente distorcido pelos grandes interesses comerciais.
Epílogo
À porta fechada,
o Congresso juntou subsequentemente um anexo a uma proposta orçamental
que não vinha na proposta inicialmente apresentada,
permitindo dessa forma que as cadeias de televisão
aumentassem o controle de mais canais de televisão
não obstante o protesto público.
As novas regras mais permissivas de posse entrecruzada
respeitante aos jornais, estão a receber recursos nos tribunais.
A GE-NBC comprou a Vivendi-Universal.
Murdoch detém agora a Televisão Direta por Satélite.
Lee Hamilton,
o responsável do Comitê sobre o "October Surprise" do Congresso Americano,
está na comissão do 11 de Setembro.
George Bush nomeou o Juiz Laurence Silberman
para co-presidir à comissão de serviços secretos para o Iraque,
o mesmo Silberman que foi assistente de campanha de Reagan,
e que admitiu ter-se encontrado com um representante iraniano no Outono de 1980.
Alguns jornalistas comparam George W. Bush a Ronald Reagan.
Refleti na antiga entrevista de 1980,
e sobre os reféns.
Quão frequentemente as grandes histórias noticiosas
são enterradas no buraco da memória pública,
enquanto as mentiras se tornam verdades?
"Se tiver de decidir se deveríamos ter um governo sem jornais,"
"ou jornais sem um governo,"
"não hesitaria um segundo e escolheria a última."
Thomas Jefferson, 1787
atualmente, existe uma janela de oportunidade,
pois a maioria dos governos, a maioria dos países,
ainda não descobriram como limitar o acesso à Internet,
e as companhias poderosas ainda não descobriram
como bloquear a informação que lhes é inconveniente,
ou pouco amigável, ou que não gostam,
fora da Internet,
pelo menos nesta pequena janela que temos
antes de todos eles descobrirem o que fazer.
Irá a história repetir-se?
Irá o público tomar conhecimentos dos perigos para a internet
antes que seja tarde demais?
"Não era difícil mantê-los sobre controle" George Orwell, "1984"
Isto não é totalmente claro,
isto não é uma jogada fácil em que podemos fazer tudo o que nos apetecer,
é complicada, mas é novidade,
e há algumas coisas que não conhecemos,
nem ninguém conhece,
e enquanto houver a mais pequena das incertezas,
ou o elemento do desconhecido,
é algo que vou explorar o máximo possível.
Tradução e legendagem: cab @ docsPT
Argumento, realização, filmagem e edição
Charles (Chuck) Lewis é um antigo jornalista de investigação
da ABC News e do "60 Minutos" da CBC.
É o Diretor Executivo e Fundador do "The Center For Public Integrety".
Chuck recebeu o prêmio "MacArthur Fellowship" em 1998.
Robert W. McChesney é Professor de Comunicação na Universidade de Illinois.
É autor de sete livros sobre a imprensa incluindo o "The Problem of the Media".
Mark Crispin Miller é Professor de Estudos de Comunicação Social
na Universidade de New York onde dirige o "Project on Media Ownership".
É o autor de "Cruel and Unusual - Bush/Cheeney New World Order".
O Congressista Bernie Sanders
é membro da Casa dos Representantes dos Estados Unidos,
um independente de Vermont.
Vincent Bugliosi é o antigo Advogado Jurisdicional de L.A.
que de forma bem-sucedida processou Charles Manson.
O seu livro "Helter Skelter", tornou-se líder de vendas,
assim como o seu recente livro "The Betrayal of America".
O Sr. Bugliosi ganhou 102 de 103 processos.
Grag Palast é um jornalista de investigação da BBC.
É o autor de "Best Democracy Money Can Buy".
Jeff Cohen é o fundador da FAIR (Justiça e Exatidão na Informação). É um antigo produtor da MSNBC.
Michael Moore é o realizador de "Roger and Me",
e autor dos campeões de vendas "Stupid White Men" e "Dude Where's My Country".
O seu mais recente filme é "Bowling For Columbine".
Danny Schecter é um produtor de televisão galardoado com um Emmy.
Trabalhou para a revista de notícias "20/20" da ABC.
Schechter é o fundador da Globalvision e o autor de "The More You Watch The Less You Know".
John Nichols escreve para o "The Nation".
É o autor do livro: "Jews For Buchanan" e co-autor do "It's Media, Stupid".
Aurora Wallace é Professora Assistente de Estudos de Comunicação
na Universidade de Nova Iorque.
Jeff Chester é o responsável do "Centro para a Democracia Digital",
um grupo de defesa do consumidor em relação à Internet.
Mark Lloyd foi jornalista na NBC e na CNN.
Fundou o "Civil Rights Forum" e trabalhou na Administração Clinton.
É presentemente professor no MIT.
GUERRA NÃO É PAZ LIBERDADE NÃO É ESCRAVIDÃO IGNORÂNCIA NÃO É FORÇA
Agradecimentos a George Orwell