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"Vou fazer-lhe uma oferta que não pode recusar"
A MENTALIDADE DO SUBORNO
Negligenciando e Desviando a Motivação Intrínseca
(canção) "ela vendeu seu amor a um homem moderno,
porque o dinheiro é difícil de amar"
E assim... a evidência... Quero dizer, não é nem de perto
em ciência comportamental que essas recompensas "se / então"
- se fizeres isto, então ganhas aquilo -
são terríveis, simplesmente não funcionam.
O sistema motivacional tipo persegue a cenoura
é como uma tecnologia ultrapassada.
Precisamos de o atualizar.
Tempo para motivação 3.0? Sim!
Ação intrinsecamente motivada ou coisas que fazemos por prazer
podem descrever-se como participação prazeirosa na vida.
Pense nas coisas da vida que faz por prazer.
Se respondeu "o trabalho" está em minoria.
Não encontrei estatísticas de quantas pessoas
dizem que de facto têm prazer com o trabalho,
mas encontrei sobre quantas estão insatisfeitas com o seu trabalho,
e são mais de metade.
Isso acontece até mesmo com quem
trabalha no que realmente gosta.
Porque com fatores de motivação extrínsecos, como dinheiro ou mesmo
elogios excessivos ou reforço positivo,
qualquer motivação intrínseca que existisse
fica comprometida pela perda de autoria, autenticidade e autonomia
sobre o que estavam a fazer, e têm de ser recompensados
pelo que antes teriam feito voluntariamente.
A motivação extrínseca excessiva é um fenómeno
comum no negócio do espetáculo
onde acusações de "vendido" ou "só o faz por dinheiro"
se ouvem quando um músico assina por uma grande editora
e a qualidade da música baixa,
ou um cineasta faz um filme caríssimo.
Não quer dizer que a qualidade diminui se a recompensa aumenta.
Muitas pessoas bem pagas mostram talentos extraordinários, não nego,
mas com a aceitação do "suborno", os interesses
auto-motivados muitas vezes desaparecem.
Suborno pode parecer uma palavra forte,
afinal "suborno" lembra policias corruptos ou a Máfia,
mas então porque me refiro a pagamentos voluntários
por ações consentidas como suborno?
O dicionário Websters define suborno como:
"Dinheiro ou favor dado ou prometido,
para influenciar o julgamento ou a conduta de alguém num cargo de confiança",
e como, citando Alfir Kohn "Uma das descobertas
mais fundamentadas em psicologia social
é que "quanto mais se recompensa alguém para fazer algo,
menos interesse a pessoa terá pelo que foi paga para fazer".
Não podemos ter recompensas sem que funcionem como suborno.
Mesmo sem intenção, recompensa é por definição
uma tentativa de manipulação do comportamento de outrém.
Falando de dinheiro,
- recompensa para a maioria das formas de participação social -
temos de perceber que a sua privação é uma ameaça à vida
e esse suborno para participar na sociedade é feito sob coação,
funcionando no pressuposto de que as pessoas são tão apáticas
ou tão inúteis que têm de ser ameaçadas com privação em ***,
tipo "estar teso" antes de poder contribuir para a sociedade.
É por esse pressuposto
que as pessoas têm sido condicionadas a agir dessa forma.
Subornados para agir, não participamos com alegria
nem ganhamos felicidade real do suborno em si.
Dinheiro não compra felicidade
e afectos sob condição só vão servir para os desvalorizar.
Assim, essas recompensas não nos fazem felizes.
Sim, todos seriam mais felizes com dinheiro suficiente
para viver confortavelmente. Ninguém diz o contrário.
Mas passado esse nível
recompensas maiores não significam pessoas mais felizes.
Está provado que mais posses afectam negativamente os níveis de stress.
O que faz sentido porque, a mentalidade de constante procura
de recompensas extrínsecas é estar sempre um passo atrás,
sempre insatisfeito com cada degrau que se sobe.
Então se não estivermos contentes ou realizados,
talvez as pessoas não gostem tanto ou não queiram tanto fazer,
mas as pessoas não são mais produtivas
quando perseguem recompensas?
Na verdade não. Em estudo após estudo,
os resultados dizem que depois de um nível razoavelmente baixo de retribuição,
mais recompensa não tem efeito
sobre a produtividade de pessoas cujo trabalho
requer um mínimo de capacidade mental.
Satisfeitas as necessidades básicas, as pessoas que recebem mais
não têm um desempenho melhor e em muitos casos até piora.
O dinheiro só é bom para motivar
trabalhos acéfalos, repetitivos, mecânicos
que seriam igualmente bem feitos por macacos.
Ou melhor por tecnologia robótica.
É um insulto para o progresso e história da Humanidade
permitirmos que os nossos irmãos e irmãs
continuem a ser submetidos desnecessáriamente
a este tipo de trabalho degradante,
quando temos tecnologia para ir além disso.
Isto não é dizer que não há trabalho a ser feito,
mas trabalhar para uma sociedade que realmente cuida dos seus habitantes
é algo em que todos conseguiríamos participar alegremente.
"Quando no meu trabalho peço a pessoas de todo o planeta, MARSHALL ROSENBERG - PSICÓLOGO
para pensar em algo que fizeram recentemente MARSHALL ROSENBERG - PSICÓLOGO
que tenha enriquecido a vida de alguém, CRIADOR: COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA
e todos podem pensar nisso CRIADOR: COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA
embora demore algum tempo, já que todos os dias fazemos tantas coisas desse tipo.
É-nos tão natural que nem pensamos nisso.
Saudamo-nos cordialmente para nos conectarmos com os outros.
Cozinhamos refeições para os outros.
Tocamo-los de maneiras que nutrem.
Então, muitas vezes as pessoas demoram para responder a esta questão,
mas depois lembram-se de algo que fizeram
por alguém nas últimas 24 horas,
então digo-lhes para se focarem em como pensam que enriqueceram as suas vidas.
Que necessidades deles foram atendidas?
Como acham que isso os fez sentir?
E quando imaginam isso,
conseguimos ver luz a irradiar do seu rosto, dos seus olhos.
Então digo, como se sente agora ao perceber que fez algo que teve impacto em alguém?
E as pessoas dizem: Sinto-me bem, sinto-me feliz.
Então pergunto-lhes: "Alguém conhece alguma coisa mais gratificante do que isso?
Usar o poder que temos de contribuir para o bem-estar de outros?"
Tenho perguntado isto por todo o planeta
e nunca ninguém me disse que receber um Lexus seria melhor,
ou que seriam melhores essas recompensas culturalmente induzidas. Não.
As pessoas dizem que o mais gratificante é contribuir para o bem-estar dos outros.
Isso é um jogo então, é o jogo mais agradável em que nós,
seres humanos, nos podemos envolver.
Contribuir para o bem-estar dos outros.
Mas por vezes esse jogo pode envolver trabalho duro,
Eu posso trabalhar muito duro para fazer algo
que contribui para o bem-estar das pessoas. Às vezes faço longas viagens pelo mundo
para oferecer às pessoas algo que enriqueceu a minha vida.
Mas é jogo quando o meu foco é sobre o porquê eu estou fazendo isso.
Não o faço por dinheiro. Não o faço para o currículo.
Faço-o porque me dá satisfação
e é agradável partilhar isso com os outros. É um jogo divertido.
É o jogo mais divertido que já encontrei,
Contribuir para o bem-estar das pessoas.
Acredito que é o jogo mais gratificante que jamais encontraremos.
Contribuir para a sociedade deve ser livre e espontâneo,
se nós como civilização quisermos atingir o pico do nosso potencial,
trabalhando para garantir a sua integridade para todas as pessoas
e não só para os que têm a riqueza monetária.
Criamos um ambiente que vai realmente cuidar
as qualidades inquiridoras, produtivas e solidárias presentes em todas as pessoas.
Devemos deixar de competir por prémios que não nos realizam
e criar uma nova cultura de evolução colaborativa e automotivada.
A vontade para elevar a sociedade ao próximo nível existe na população
Não vamos sufocar e insultar essa vontade
assumindo que está condicionada
por recompensas supérfluas.
Os seres humanos querem ajudar, vamos deixá-los!
UMA ECÓNOMIA BASEADA EM RECURSOS NÃO USA DINHEIRO
ASSENTA NA MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA
ACABANDO COM A PRÓPRIA RAZÃO DE SER DA GANÂNCIA E DA CORRUPÇÃO
PERMITINDO-NOS CUIDAR UNS DOS OUTROS E DO PLANETA
NÃO PODEMOS RESOLVER PROBLEMAS COM A MESMA MENTALIDADE QUE OS CAUSOU
PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ECONOMIA BASEADA EM RECURSOS
GOOGLA MOVIMENTO ZEITGEIST OU PROJECTO VENUS
OBRIGADO POR ASSISTIR!
Tradução e legendagem Pt - ZéM www.ZeitgeistPortugal.org