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Ernest Becker, que ganhou o Pulitzer Prêmio em 1973 para seu livro, "A Negação da Morte",
fala sobre três ilusões de que a humanidade desenvolveu para lidar com o medo da morte.
O primeiro ele chama de solução religiosa. Na solução religiosa, podemos viver para sempre.
Estamos absolvido da nossa... da nossa mortalidade.
Todos os nossos entes queridos estarão conosco no céu e assim por diante e assim por diante.
Mas à medida que a humanidade tornou-se mais avançada, com o surgimento
do método científico, etc, etc fez o impulso religioso ou a solução religiosa
menos... menos... ela não funciona, basicamente.
Em seguida, ele fala sobre a solução romântica que é onde nós endeusamos nossos amantes.
Fazemos deles nossos salvadores, entende? Ela é como o vento.
Ela é como o sol. Ela é a minha salvação,
mas inevitavelmente quando nossos amantes revelam seus pés de barro,
somos lembrados de nossas próprias fragilidades e de nossas próprias mortalidades
e é por isso que relacionamentos acabam falhando.
E em seguida, a terceira solução para o problema da morte, de acordo com Becker,
é a solução criativa. A solução criativa, é claro, tem que ver com a criar
trabalho transcendente, criar arte transcendente. Algo que vai viver além de você, obviamente.
A estátua, o legado, música transcendente, arquitetura transcendente, etc, etc...
E este é provavelmente o esforço mais nobre que podemos empreender.
A solução criativa pelo menos deixa algo de valor,
embora no final das contas não seja solução para o problema da morte.
Você ainda é em úItima instância o alimento para vermes.
E o que acontece se depois dessas três soluções para o problema da morte
que Ernest Becker fala, houvesse essa quarta solução que é
usar a tecnologia e criatividade para realmente transcender nossos limites,
não metaforicamente, mas de verdade.
Que epifania que isso é?