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PROJETO UNIDADE GLOBAL
O Universo como um Sistema Vivo
Sabe, uma das noções chaves que nesta conversa mudará fundamentalmente,
o pensamento das pessoas é,
e isto remonta a questão do universo considerado como morto ou vivo.
E muito frequentemente, quando falo com as pessoas que querem ser realistas:
devemos ser práticos, vamos ser realistas,
basicamente elas estão dizendo: bem, nós vivemos em um universo morto,
e essencialmente, não existe nada mais acontecendo, exceto para alguns
poucos seres vivos, como nós mesmos.
Então vamos explorar o morto em nome dos vivos, e nós mesmos.
Então, isto estimula, isto cria uma mentalidade exploradora.
Logo que olhamos para o universo como morto, a primeira reação é:
vamos explorá-lo para aqueles que estão vivos.
E, por outro lado, se dissermos: bem veja, é um sistema vivo do qual somos uma parte,
bem, então você quer cuidar dele, você quer se conectar com ele, você quer ser parte desta
dança de vida.
Isso muda fundamentalmente toda a equação daquilo que pensamos sobre quem nós somos,
e o que nós estamos fazendo aqui.
Então...
Eu penso que na medida em que os meios de comunicação de *** e
e o tipo de liderança cultural da nossa sociedade,
seguem juntos com essa inconsciente suposição implícita: que a coisa está morta na sua base,
é apenas matéria morta, espaço vazio...
Enquanto permanecermos com esta mentalidade, nós iremos explorar outras pessoas,
explorar uns aos outros, explorar a terra... desconsiderando o universo.
É fundamental.
Então, portanto se é morto se explora; se é vivo o reverencia, toma conta dele.
E...
então eu penso que uma das mais profundas mudanças que somos desafiados a fazer,
e se você olhar as sociedades caçadoras-coletoras
e outras ao redor do mundo, que tenham ritos de passagem, momentos de iniciação,
de ir da adolescência para a vida adulta...
Existem três coisas que acontecem nestes ritos de passagem:
as pessoas chegam a um novo sentido de sua conexão com a Terra,
e querem tomar conta da Terra;
um novo sentido de um para com o outro, querendo cuidar um do outro, como parte da teia da vida;
e em terceiro, um novo sentido de estar em um Universo sagrado, e possuir um sentido dos ancestrais,
e um sentido de futuro, e ter um sentido de relacionamento sagrado com tudo isso.
E então...
Enquanto nós pensarmos que vivemos num universo morto,
nós não vamos ter este relacionamento sagrado com o que quer que seja.
E mesmo que isso seja muito sutil,
toda grande transformação que ocorreu no planeta: de caçadores-coletores a agricultores,
aos industrialistas e agora até a nossa atual,
envolveram esta sutil, quase invisível, mudança de percepção.
E...
O que somos convidados a fazer agora é: olharmos para a vida sutil
da textura do Universo...
o tecido sutil dos relacionamentos e a nossa conexão íntima com outros,
e ver que está vivo. Está vivo.