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Ofereço a vocês uma visão abrangente de como todos os nossos problemas na realidade se relacionam
and need to be viewed as such or solutions will continue to elude us.
Vamos rever as tendências chaves,
que parecem estar convergindo em uma janela muito estreita do futuro.
Começamos com uma compreensão do dinheiro e o fato do nosso dinheiro ser criado via empréstimos
com juros, e disto provocar pressões poderosas para se manter a quantidade de crédito, ou dinheiro,
em constante crescimento a uma certa taxa cada ano.
Esta é própria definição de crescimento exponencial,
que podemos ver muito bem em nosso dinheiro e, claro, nos gráficos inflacionários.
Mantendo esta dinâmica em mente, descobrimos os dados sobre a dívida,
que é na realidade uma demanda sobre o futuro,
excedendo em muito todas as marcas históricas.
O outro lado do problema, mas uma tendência significativa sociológica por si mesma,
é a erosão constante da poupança observada no mesmo período de tempo.
Temos, ao mesmo tempo, os maiores níveis de dívida
e os menores níveis de poupança jamais registrados. E vimos que nosso fracasso para economizar ocorre
em todos os níveis da sociedade, e inclui uma tremenda falta de investimentos em nossa infraestrutura.
Depois, vimos como os ativos, principalmente a habitação, estavam numa bolha sustentada
que está arrebentando e levará muitos anos para se esgotar.
Quando as bolhas de crédito arrebentam, resultam num pânico financeiro que acaba
destruindo muito capital. Na realidade, não é bem correto. Esta citação diz isso melhor:
“O pânico não destroi o capital, apenas revela a extensão pela qual
ele foi destruído por sua traição ao se tornar um trabalho improdutivo”.”
John Stuart Mill, Economista Político (1806-1873)
Assim, aprendemos que uma bolha que arrebenta não é algo facilmente consertável pelas autoridades
porque suas tentativas de limitar danos extras são mal colocadas.
O dano já foi feito. Ele se encontra em um número demasiado de casas e áreas comerciais
vendidas a um preço altíssimo, e em muitos bens importados e comprados a crédito.
Tudo isto está feito. Tudo o que sobra é tentar descobrir quem fica com o problema
e, hoje, estes caras trabalham intensamente para assegurar que sejam vocês.
Aprendemos, depois, que o mais profundo déficit financeiro dos Estados Unidos
resulta de um problema demográfico que não pode ser corrigido por qualquer medida política
ou legal, ou nível de otimismo. É um fato simples. Um fato circunstancial inconveniente,
assim como a gravidade às vezes, mas um fato assim mesmo.
Mais do que isto, aprendemos que os ativos que os boomers usam para descrever sua riqueza
(ações, títulos e casas) têm que ser vendidos a alguém em algum momento
para que o seu valor seja realizado. E fizemos a observação preocupante de que há
claramente menos pessoas depois dos boomers para quem estes ativos podem ser vendidos.
Quando vendedores excedem compradores, os valores caem.
Durante todo esse período, os dados econômicos foram sistematicamente apresentados ao país sem uma base real
até não mais refletirem a realidade. Se falsos dados nos levam a más decisões,
não é de se espantar que nos encontremos nos apuros atuais.
Só retornando a uma auto avaliação honesta podemos desenhar um curso estratégico
e significativo para o futuro. Em seguida, aprendemos que a energia é a fonte de toda atividade econômica
e que o petróleo é, de longe, a fonte mais importante de energia.
A configuração de toda nossa economia assenta sobre a suposição de um crescimento ilimitado
nas ofertas de energia, mas esta é uma proposição facilmente refutável.
Campos petrolíferos individuais e vários deles atingem o pico.
O Pico do Petróleo não é tanto uma teoria, mas uma
observação da exaustão dos campos petrolíferos.
Exploramos depois a tensão que obviamente existe entre um sistema monetário que enfatiza
o crescimento exponencial e o fato da nossa fonte primordial de energia já ter chegado ao pico ou o fará em breve.
Mas os Estados Unidos nem começaram a investir em um futuro sem petróleo barato.
Não temos um plano B.
Finalmente, notamos que o meio ambiente, isto é, os recursos e sistemas naturais mundiais
de que dependemos estão exibindo claros sinais de que nossa população exponencial
impele a exploração exponencial dos recursos, acelerando sua exaustão final
e altera os ecossistemas a taxas alarmantes.
Aprendemos que até pequenas mudanças nos sistemas de que dependemos,
como padrões de chuva, podem criar custos enormes, em geral não planejados,
que terão prioridade sobre outras necessidades. Sim, confrontamos problemas antes,
e confrontaremos estes também.
A preocupação vem de vê-los todos ao mesmo tempo.
Posto em linha de tempo, vemos que uma bolha habitacional estourando já acontece
justo quando a primeira leva dos boomers se aposenta. Juntamente, a demanda por petróleo
ultrapassará a oferta, forçando um ajustamento enormemente caro mesmo quando
custos desconhecidos associados ao esgotamento de recursos e um clima mutável espreitam
num futuro não muito distante.
E sobre isto, limitando nossas opções, estará nossa incapacidade nacional de economizar e investir
e níveis de dívida sem precedentes históricos.
Esta linha de tempo, que se alonga daqui a 2020, revela um conjunto enorme de desafios,
convergindo em uma janela excepcionalmente pequena de tempo. A questão é: “De onde virá
o dinheiro para ser aplicado a cada um desses desafios,
se a nossa poupança está exaurida e nosso endividamento já é incontrolável?”
Qualquer um desses eventos será um peso difícil sobre a nossa economia nacional,
enquanto dois poderia ser disruptivo. Se três ou mais ocorrerem ao mesmo tempo?
Não é difícil prever a destruição econômica de nosso país como resultado,
ou talvez o dólar totalmente arruinado como reserva de valor.
Quantos trilhões serão precisos para pagar a aposentadoria dos boomers?
Quantos trilhões para reformar a infra-estrutura de transporte acomodando o Pico do Petróleo?
De onde virão as dezenas de trilhões para
completar os déficits nas aposentadorias e noutros benefícios garantidos?
Como garantimos as aposentadorias e outros benefícios quando estamos corroídos
por um endividamento nunca visto? De onde vem o dinheiro para limpar as conseqüências
de uma bolha de ativos que arrebenta?
Quão mais caros serão os alimentos e os minerais no futuro, quando o petróleo tiver atingido
o pico, mas muito mais pessoas estarão buscando recursos crescentemente marginais?
Cada uma destas tendências chaves ou desafios levará anos, se não décadas, para tratar
e, entretanto, as encontramos todas estacionadas na nossa frente, sem uma discussão
nacional séria ou planejamento. A cada dia que passa desperdiçamos um tempo precioso,
enquanto os problemas se tornam maiores e mais custosos, se não totalmente intratáveis.
Adiar não é uma estratégia e provará ser uma tática desastrosa.
Um adulto maduro é alguém que administra complexidades e planeja para o futuro.
Minha opinião é de que, com poucas exceções, a atual liderança política e corporativa
deste país não faz nada disto.
Precisamos mudar isto.
Já passou de há muito a hora de desistir da noção adolescente de que podemos chupar cana
e assoviar e pedir empréstimos quando terminar.
É hora, simplesmente, de voltarmos a viver dos orçamentos naturais e econômicos.
Precisamos priorizar, fazer um orçamento e aderir a ambos.
E vocês? Se ainda não o fizeram, precisam começar a abraçar a possibilidade
de que o caminho para o futuro pode não ser reto. Pode ter idas e vindas
e terminar em algum ponto inesperado.
Vocês vivem em um dos momentos mais interessantes da história humana,
época em que uma grande mudança pode ocorrer.
Isso pode ser apavorante ou estimulante; a escolha é sua.
Então, o que fazer sobre tudo isto?
O que você pode fazer e que passos deveria estar considerando agora?
Vamos para o capítulo final do Crash Course.
Obrigado por sua atenção�