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No ano 1968, uma idade de gelo cobriu a Terra.
A economia mundial estagnou e governos caíram, deixando civilizações inteiras em ruínas.
Nos anos que se seguiram, de frio sem misericórdia, morreram milhões.
Mas a Humanidade preserverou.
Mas a Humanidade preserverou. Os seres humanos evoluíram, os corpos das pessoas adaptaram-se.
As suas mentes não.
As suas mentes não. O Homem permaneceu um animal selvagem.
Capítulo 1: Haverá Sangue.
Dá-me água, Jack.
Para quê?
Em menos de uma hora, desfazem-te em cinza.
E - acredita - nada vai impedir que a tua boca seque.
Estás a exaltar-te, Jack. - Nem por isso.
Vejo escumalha vulgar como tu todos os dias.
- É por isso que me vigias pessoalmente?
O que é que queres - água? - Sim.
Estão prontos.
- Afasta-te. Afasta-te bem!
Cuidado, rapaz.
Anda! Mexe-te!
Homens! Hoje dou-vos o prazer de transformar este
bandido nojento
num pedaço de carne. No seu tempo, um grande pistoleiro,
foi derrotado por uma pêga, uma puta ordinária.
Tens últimas palavras de sabedoria que queiras partilhar connosco?
Sim. Se tiveres oportunidade de alvejar alguém - dispara e não fales.
Homens!
Armas prontas!
Apontem!
D - - - - Não disparem!
Baixem as armas. - O quê?!?
Baixem as armas.
O senhor Young agora está connosco. - Estás louco?
Vou denunciar-te ao governador! Estás à vontade para te juntares a nós lá em cima.
O governador está aqui?
Entre, senhor Young.
Quem é que te convidou para a festa?
Só estou aqui para lhe oferecer um pequeno presente de despedida.
("Amnistia") - Parece mais um presente de "boas-vindas".
Quem é que tenho de matar?
Matthew Saberneck. - Ele é mesmo demais para todos os teus rapazolas?
A minha organização não depende de meros recursos humanos.
A minha maior arma é informação.
Ao combinar lógica com dados consistentes
o resultado de tudo pode ser previsto.
O facto de estar agora aqui à minha frente prova os meus métodos.
Uh-huh.
Parece-me que a morte de Saberneck vale um pouco mais do que só a minha vida.
Tenho que confessar que o que vi até agora não me convence do seu estatuto lendário.
Desculpe testá-lo, senhor Young.
Mas uma lenda não é um facto validado.
É fabricada de mitos, boca-a-boca e exageros.
Por isso é que vim aqui hoje - preciso de factos válidos para gerir a minha organização.
Sobre as suas preocupações com a vida do senhor Saberneck,
Talvez um tanto de prata cubra a diferença?
500 agora e 5000 quando tiver concluído o trabalho.
Pensei que ele trabalhasse para ti. - Trabalhava.
Não resultou, é?
Parece-me que o Jack precisa de água.
O rancho dele fica por trás de uma vila chamada China.
Basta que conduza até Liberty e siga para sudoeste.
Encontra-lo ali mesmo atrás de umas termas.
E senhor Young, Parece-me que precisará disto.
E não se esqueça, senhor Young: A minha gente está em todo o lado.
Estarei no teu escritório, em Liberty, dentro de três dias.
Tem o meu dinheiro pronto.
Não disse nada sobre ela.
Clayton Young não é um dos teus homens, Marshal.
Ele nunca mataria uma mulher.
Capítulo 2: Senhora da Água
Matthew Saberneck vive por aqui?
Quem quer saber? - O meu nome é Clayton Young.
Sou um velho amigo. - É seguir a estrada.
Matthew Saberneck? - Avance.
Já chega.
Mãos ao alto, senhor Young!
Agora, saia da mota.
Tire a arma.
Não tiro a minha arma por ninguém. Tira-a ou trato-te do pescoço!
Com a outra mão.
Largue isso.
Agora venha para aqui para o poder ver.
É bem cuidadoso. - Sim.
Como sabe quem sou? - O que faz por estas bandas?
Estou só de passagem.
Já posso baixar as mãos?
(grunts).
Sítio simpático. - O que é que quer?
Na verdade, vou-me embora daqui de vez.
E queria ver o último dos grandes pistoleiros em pessoa, antes de ir.
Quer dizer que vou voltar a ser o número um?
Está bem.
Anda, vamos refrescar a garganta!
Sabes, eu matava qualquer outro que me tirasse as armas. - Eu sei.
Capítulo 3: A boca do lobo
Pois, sabes, um dos meus maiores erros foi deixar que o Charles Renardo puxasse primeiro da arma.
Raios, nem sequer me lembro sobre que é que estávamos a discutir.
Olha. Quando é que deste conta do teu interesse pela agricultura?
Agricultura? Eu?
Agricultura? Eu? Bom, na realidade, não estou assim tão interessado em agricultura...
Olá! Estava mesmo a pensar em ti.
Esta é a Naina, a minha mulher.
Este é Clayton Young. O Clayton vai ficar para o jantar.
Um velho amigo teu.
Um velho amigo teu. Não, na verdade acabámos de conhecer-nos.
Estou a ver.
Prazer em conhecê-lo.
Sabes, foi um bocado por causa dela
que mudei completamente de vida.
E ela ainda não está feliz.
Está sempre a falar da família, que está para Este.
E tu? - Estava a pensar ir até às areias do Sul.
Vais juntar-te à procura pelo paraíso.
Olha, boa sorte. Matt?
Se o senhor vai ficar para jantar, queres matar um coelho?
Sim, claro.
Queres refrescar-te?
Queres refrescar-te? - Sim.
É silencioso por aqui.
É silencioso por aqui. - É, já tive excitação suficiente para uma vida.
Só me falta mais uma luta.
Só me falta mais uma luta - Com quem?
O governador está convencido que o roubei.
É a primeira vez que ouço chamarem-te ladrão.
Isto é realmente acerca de quê?
Vens para a cama, Matthew? - Vai para casa, mulher!
Não tens vergonha?
Ela está habituada a estar aqui sempre sozinha comigo.
Ouve, desculpa, só tenho o celeiro para te oferecer.
O celeiro é melhor do que o que tive no último par de dias.
O celeiro é melhor do que o que tive no último par de dias. - Está bom.
Sim, foi uma noite bem agradável. Gostei da tua companhia.
Tem uma boa noite. Boa noite.
Boa noite e até amanhã.
Quem é o sr. Young?
É um pistoleiro.
Provavelmente, o melhor que há.
Provavelmente, o melhor que há. Ainda melhor que tu?
Ele veio para me matar, Naina.
Foi enviado pelo governador.
Foi enviado pelo governador. - Então, porque o deixas ficar?
Porque, se ele estiver pronto, não faz sentido esconder-me.
Amanhã, levo-o até à mata para descobrir.
Bom dia! Dormiste bem?
Que nem uma pedra.
Desculpa, parece que estou a tornar-me assustadiço com a idade.
Ainda és bastante rápido.
Nunca fui muito bom com um revólver.
Nunca fui muito bom com um revólver. Anda, arranjei pequeno-almoço para nós.
Arranjo-me e vou já.
Capítulo 4: Caçador perseguido
Estás bem calmo sabendo que o governador vem atrás de ti.
Não cheguei a aprender a fugir.
Além disso, esta terra é minha.
Não me vou mexer por causa dele.
E ela? Ele não a vai matar também?
Não. Ele está é atrás dela.
Mas não vou tornar as coisas fáceis para ele.
Eu trabalhei para aquele cabrão.
Há uns cinco anos, tive que matar uma família inteira.
Até os cães e gatos e galinhas.
Parece que agora é a minha vez.
Tratas mesmo bem desse canhão.
Tratas mesmo bem desse canhão. - Sim.
Tem sido uma bela arma para mim...
Esta porcaria rebenta um braço a um quilómetro de distância.
Agora percebo porque é que te sentes mais caçador do que perseguido.
Sim.
Bom. Vamos arranjar jantar.
Acho que me cheira a coelho.
Desce por ali e encaminha-o para mim. Eu espero ali.
Não preciso de ter uma arma, certo?
És esperto. Agora, mexe-te.
Pára aí!
Pára aí! Matt! Apanhei o cabrão!
Dá-me a arma antes que te rebente a cabeça!
Este é o Virgil, sr. Young... Um dos meus antigos alunos.
E este... Este é o Duke.
Isto não é o que parece.
Isto não é o que parece. Isso é que é.
Se tiveres que disparar contra alguém sr. Young, dispara contra mim.
Ele é um dos do governador.
Tinha-o perdido de vista por um segundo.
Calma aí, rapazes!
Porque é que não disseste nada sobre esta arma?
Como te disse,
Como te disse, teria de matar qualquer homem que me tirasse as armas.
Pois disse.
Capítulo 5: Quebra-corações
Anda, Clayton. Quero que conheças o resto da minha pequena família.
Este é o Johnny.
Este é o Johnny. Você é o Clayton Young?
Podes crer que é!
Esta rapariga aqui é a Barbara... Não há ninguém melhor com uma lâmina.
Prazer em conhecê-los.
E este aqui... é o Virgil Junior.
Como é que um homem sabe o que está dentro da barriga de uma mulher, nunca vou perceber.
É simples. Foi ele que o pôs lá dentro!
É simples. Foi ele que o pôs lá dentro! Ei, rapaz, guarda esses comentários para ti.
Certo. Como se tu soubesses alguma coisa sobre isso.
Vocês dois, esperem um minuto e não comecem com isso. Anda, Clayton. Vamos beber uma bebida.
Senta-te.
Então ensinaste aqueles miúdos?
A parte da cantoria, não.
Sim. Barbara.
O governador queria que eu criasse a minha própria unidade.
Então, mandou matar os pais deles e trouxe-os até mim.
Então, mandou matar os pais deles e trouxe-os até mim. Não consegui deixá-los.
Passa-se alguma coisa?
Passa-se alguma coisa? - Não.
Só estou a preparar-me.
Vou-me embora de manhã.
O que te fez mudar de ideias?
Conheci-te melhor.
Bom. O que fazemos agora?
Eu vou-me embora e tu tomas cuidado.
O que é que te vai acontecer?
Quem é que eles iam mandar para me apanhar? Tu?
Não. Provavelmente, só um homem vulgar...
Cuja moral não o impedisse de te alvejar pelas costas.
Merda! Mais uma vez. - Pronto, pronto.
Partida, largada, fugida!
Raios! Vês? Acertei!
Certo. Desta vez, vou acertar no da esquerda!
Eu poli-a um pouco.
Percebo que não gostas de ferrugem.
É para disparares mais a direito.
Ah. A propósito.
Sim?
Foi uma bela festa.
Lá isso foi.
Uma agradável despedida para o Clayton.
Despedida? - Sim.
Ele vai-se embora logo de manhã.
Capítulo 6: Atracção Fatal
Parece que já estivemos aqui.
Atira-me as minhas calças.
Não consigo fazer com que esta coisa velha funcione.
Não consigo fazer com que esta coisa velha funcione. Claro que consegues.
Vou arranjar pequeno-almoço para nós.
Vamos voltar para a cama.
Estiveste com ele, não estiveste?
Estiveste com ele, não estiveste? Estiveste com ele, não estiveste?
Ele não teve culpa.
Ele está a fugir! Ele está a fugir!
Capítulo 7: O Problema com as Mulheres
Matei o meu marido.
Matei o meu marido. Ele descobriu tudo sobre nós e começou a bater-me.
Ele queria vir atrás de ti.
Ele queria vir atrás de ti. Eu não tinha intenção de matá-lo.
A vida de um homem por um momento de fraqueza de outro homem?
Não me parece uma troca justa.
O que é que eu vou fazer?
O que é que eu vou fazer? Tu é que sabes.
Suponho que não podes ficar aqui.
Levas-me até Liberty? Lá posso apanhar uma camioneta.
Tens dinheiro?
Tenho a espingarda dele.
Ele uma vez disse-me que vale cem pratas.
Está bem, eu fico com ela.
Está bem, eu fico com ela. - E ficas comigo.
Já pressentia que trouxesses problemas.
Eu disse, não pode confiar naquele maldito Clayton Young.
Persegui-o de distrito em distrito durante um ano e ainda lhe dá as armas de volta.
Estás a insinuar que não confias no meu discernimento, xerife?
Bom, ele matou dois dos meus batedores, até agora.
E já te ocorreu que talvez, mas só talvez, ele não goste dos teus homens?
E para dizer a verdade, não o poderia censurar.
Governador! Senhor!
Não pode continuar a contratar forasteiros. Enfraquece o ânimo dos homens.
Obrigado pela tua avaliação, Marshal.
O Clayton Young não é um forasteiro, é um criminoso!
O Clayton Young não é um forasteiro, é um criminoso! - Eu disse "obrigado" como se fosse "desaparece".
A morte do nosso batedor prova uma coisa: Clayton Young está a caminho daqui.
Eu conheci este homem e ele não vai conseguir resistir a pôr as mãos em cinco mil pratas.
Está suficientemente claro?
Esta reunião ainda não acabou!
Esta reunião ainda não acabou! Como é que era?
"Desaparece", não era?
Bom, se as minhas técnicas de recruta não são do teu agrado,
talvez possamos integrar o teu filho no nosso Programa Espartano, Jack.
Sabias que ele foi pai de um rapaz há catorze anos e "esqueceu-se" de me informar?
Bom, nada escapa ao meu conhecimento. Já devias sabê-lo, Jack!
Sr. Lafort... Por favor... Por favor, não.
A tua mulher que entregue o rapaz ao quartel dentro de quinze dias.
Ou mandarei alguns da unidade do Marshal obrigá-la.
E quanto àquele Matthew Saberneck,
aposto que já está morto.
Capítulo 8: Amor em fuga
Esta é a última paragem antes de Liberty. Conhecem-te aqui?
O Matthew vinha sempre com os rapazes buscar mantimentos. Nunca me traziam.
Óptimo.
Só preciso de descansar algumas horas.
Depois podemos ir.
Vamos fazer uma refeição e tomar um banho. Depois, vamos embora.
Não quero incomodar.
Tarde demais para isso.
Alô?
Está alguém aqui?
Desculpe, o meu marido deve estar a descansar. Posso ajudar?
Sim. Preciso de um quarto para mim e...
Para a sua esposa.
Por aqui.
O quarto custa três pratas antecipadas.
Meia prata extra pelo banho.
O jantar é às oito. Uma prata cada.
Fique com dez.
Fique com dez. E esqueça que nos viu.
Eu já te vi.
É por isso que continuas a fixar-me?
Vem cá.
Para quê?
Para quê? - Esta é a suite lua-de-mel.
Capítulo 9: Apanhados em flagrante
Lá se foi o descanso curto.
És o único homem com quem estive para além do meu marido.
Então e o governador?
Quando soube de mim, veio para Este.
Separou-me dos meus pais.
Guardou-me como se fosse uma espécie de troféu.
Ele "ouviu falar" de ti?
São estas coisas estúpidas de que falam por causa dos meus olhos.
Uma rapariga indiana de olhos azuis é uma espécie de artigo de coleccionador.
Sou uma num bilião.
Diz-se que o homem por quem me apaixonar tornar-se-á invencível.
Agora percebo.
Agora percebo. - Exactamente.
O governador nunca me tocou para que eu me apaixonasse por ele.
Não, não é isso.
Agora percebo quão verdadeiramente louco é aquele gajo!
Obrigada.
Bom dia, Virgil! - Bom dia.
Em que posso ajudar? - Levo dez daquelas tochas químicas, por favor.
Sim. São cinco pratas, então.
O teu marido arranjou pequeno-almoço? - Sim, agora mesmo.
Levo ovos e café.
Come o teu pequeno-almoço.
Come o teu pequeno-almoço. - Sr. Young!
Já de volta à estrada.
Bom dia.
Onde está o Matt?
Em casa dele. Nós estamos só a passear um bocadinho.
Eu matei-o! Foi um acidente.
Se é esse o caso, levo-te de volta.
Lamento. Ela vem comigo.
Isto não é contigo, senhor!
Ou a levo comigo ou terei que puxar da minha arma.
Eu não o faria.
Tens mulher e um bebé a caminho.
Eles precisam muito mais de ti do que o Matt precisa dela agora.
É suicídio, rapaz.
É suicídio, rapaz. Não posso evitá-lo.
Chega, rapaz!
Vamos.
Tão depressa não, fala-barato!
Cuidado!
Capítulo 10: Primeiro sangue
Estupidez.
Vai ver o que é.
É o médico-legista da estação China!
Ele não tinha hipótese.
É o Virgil!
Quem foi?
Quem foi? - Clayton Young.
Que vá tudo para o Inferno!
Vamos, pessoal!
Matt!
Ainda não acabaste.
Ainda não acabaste. Ele não vai a lado nenhum.
Desculpa.
Que escolhas tenho?
Podias dar aulas numa escola.
Ou então, conheço um bordel onde podes trabalhar.
Ou podia casar outra vez.
Acho que é melhor não depender de pessoas ou coisas que podes perder.
Nunca precisaste de ninguém?
Não. E prefiro que assim se mantenha.
Então estás a dizer-me que não precisas de mim esta noite?
Bom... As noites tornam-se frias por estas bandas.
Parece que se foram embora.
Sim, mas não sem antes se terem conhecido mesmo bem.
Tem calma com ele, está bem? Nunca o tinha visto tão perturbado assim.
Podem já estar em Liberty.
É melhor se não nos virem juntos. Vai para o hotel.
A pé?
Bom passeio!
Não te disse que não queria ser...
Sr. Young!
A sua pontualidade equivale à sua reputação.
A sua pontualidade equivale à sua reputação. O Saberneck está morto. Onde está o meu dinheiro?
Como matou o meu batedor, preciso de provas.
Tenho a espingarda dele.
Tenho a espingarda dele. - Não é suficiente.
A rapariga?
Ela não fazia parte do acordo.
Vou mandar alguém ver do Saberneck. Volte cá amanhã.
É bom que tenhas o meu dinheiro pronto.
Capítulo 11: Um morto a caminhar
Raio de coisa! - Raios!
Encosta junto ao lago! Duke! Encosta junto ao lago!
Dá-me a garrafa de água.
Não vais poupar as balas para aquela puta?
Tudo bem?
Tudo bem? Ele enlouqueceu.
Sim, provavelmente.
Espalhem-se. Cuidado que pode ser uma armadilha.
O que é que estás a fazer? O vento vem de Este!
Estás a dizer que a devia ter cheirado?
Estás a dizer que a devia ter cheirado? Eu cheirei.
Espero que não te importes. Escolhi por ti.
Então... Onde vamos amanhã?
Capítulo 12: Caminhos de honra
A tua camioneta parte de manhã.
A tua camioneta parte de manhã. - Mas quero ir contigo.
Não ia resultar.
Não ia resultar. Porque não?
Porque finalmente apercebi-me de como as coisas realmente são.
Como são as coisas?
Eu sou pistoleiro.
Todas as pessoas de quem gosto morrem.
Todas as pessoas de quem gosto morrem. Isso é mentira! Podias desistir.
Como o Matt?
Vamos para algum sítio onde não te conheçam.
Vives da maneira que vives porque queres.
Tens medo de gostar seja do que for.
Sabes... O meu pai não tinha dinheiro.
Os pais da minha mãe tinham imenso dinheiro, mas não lhe davam nenhum.
Então, a minha mãe tomou veneno para os assustar.
Percebes? Ela não queria morrer, mas morreu à mesma.
O meu pai foi-se embora. Eu fiquei com os meus avós, até que o meu pai voltou para se vingar.
Quando o tiroteio parou, só restava eu.
Por isso, tirei as armas e munições dos seus corpos e fui para o mais longe que pude.
Mas isso é o passado!
Mas isso é o passado! Estamos aqui juntos, agora.
Olha para mim. Olha para mim!
Amas-me?
Amas-me? - Sim.
Então não vou deixar que desperdices a nossa única oportunidade.
Ali! Ali está ele!
Ali! Ali está ele! Apanhem-no!
Disparem à vontade!
Concentrem-se no Saberneck!
Concentrem-se no Saberneck! - Parece-me que ele já não vai pagar.
Dêem-lhe cobertura!
Cobertura, pessoal!
Que raio estás a fazer? Pensei que me desses cobertura!
Que raio estás a fazer? Pensei que me desses cobertura! - Meu, pensei que eras suposto dar-me cobertura a mim!
Temos que ir!
Temos que ir! - O que é que se passa lá fora?
É o Matt.
O pessoal do Matt está aqui e está atrás de nós, por isso, temos que ir!
Agora!
Vou buscar a mota.
Volta para trás. Não é seguro.
Clayton! Ainda estás comigo?
Sim.
Acertaste neles!
Matt?
Matt? Matthew!
O que... O que vamos fazer agora?
Enterramos o Virgil... Se conseguirmos sair daqui vivos.
Capítulo 13: Um quarto para a morte
Só um homem vulgar cuja moral não o impedisse de te alvejar pelas costas.
Lá morto está.
Lá morto está. Agora só preciso daquele maldito Clayton Young.
Manda batedores atrás deles!
Manda batedores atrás deles! - Sim, senhor. Eles não vão saber que estão a ser vigiados.
Cinzas a cinzas, seu traidor.
Agora, nada me pode parar. Ela é toda minha.
O caraças é que é!
Não passas de um cão.
Fiz de ti um cão de guerra.
Ficaste-te pela tua terra como um cão de guarda teimoso.
Também te abato como se fosses um cão!
Matt!
Para onde vamos agora?
Para onde vamos agora? - Vamos para Sul.
Para as areias? Nunca ninguém passou as montanhas.
E sem o dinheiro, vai ser ainda mais difícil.
E sem o dinheiro, vai ser ainda mais difícil. - Que dinheiro?
Que dinheiro?
Que dinheiro? Pára a mota! Pára a mota!
É verdade!
Fizeste um acordo com o governador?
Vieste para matar o meu marido.
Ouve.
Eu só ia ficar com o dinheiro que teríamos ganho - Porque o mataste, lembras-te?
Eu não tinha intenção de matá-lo.
Eu amava-o.
Tens uma maneira engraçada de o mostrar.
Eu só ia ficar com o dinheiro para conseguirmos fugir juntos, percebes?
Há um esconderijo de contrabandistas em Carpenter Valley.
Há lá caminhos que levam a todas as direcções.
E há combustível.
Sempre quis voltar a Este, de volta à minha gente.
Ias gostar dos seus costumes.
Não gosto dos costumes de ninguém a não ser dos meus.
Vamos.
Temos que levar-te a um médico.
Eu fico bem.
Foste alvejado.
Foste alvejado. Sim, bom...
Não te lembras daquele tipo mexicano? Acho que o nome dele era Tequila?
Sim? Pois bem, ele foi alvejado de maneira muito pior que esta.
Ele não morreu?
Sim, mas eu não tenho tempo para morrer.
Já fui alvejado neste mesmo sítio antes, deve ter apanhado só tecido cicatricial.
Por isso, continua em frente e segue caminho.
Vai.
Capítulo 14: Acto de vingança
Temos confirmação de que se dirijem à base de Carpenter's Valley.
Governador.
Avançamos com as tropas?
Tens a certeza da identidade do nosso prisioneiro.
Definitivamente. Pela aparência.
Não vamos precisar de tropas, então.
Não vamos precisar de tropas, então. - Senhor?
Faz-me a vontade.
Bem-vinda de volta à pocilga, Barbara.
Imaginava que te tivesses tornado mais senhoril.
Já passou algum tempo. Ainda sei tudo sobre ti.
Não sabes mais que a merda que és.
Tenho que admitir que me senti um pai orgulhoso
quando soube que tu e o Virgil estavam noivos.
E ainda mais quando soube que estavas grávida.
Este maldito bebé não me interessa nada.
Este maldito bebé não me interessa nada. - Não me provoques, Barbara.
E não há necessidade de praguejar.
Contas com a minha total compaixão.
Eu só quero saber o que aconteceu aos meus entes queridos, tal como tu.
Os meus entes queridos?
Queres dizer os meus pais, que tu mataste, e o meu irmão, que largaste sabe Deus onde?
Então é assim que te recordas disso?
Então é assim que te recordas disso? - De que é que estás a falar?
Eu não tive que matar os teus pais para te conseguir; eles venderam-te.
Não.
Eu paguei aos teus pais e vinha-me embora, mas eles ficaram surpreendidos.
Pensavam que a quantia que lhes tinha dado era por ambos os seus filhos.
Mas infelizmente o teu irmão simplesmente não tinha os teus olhos.
Então tu...
...levaste-o para...
...levaste-o para...
Pensas que isto é fácil para mim?
Eu não tiro prazer das minhas acções.
São precisos sacrifícios para manter o nosso povo vivo.
Mas, como prova das minhas boas intenções,
deixa-me esclarecer o resto da história da tua família.
Marshal!
Esta é a gerente da pensão China.
Por favor conte a esta rapariga tudo o que testemunhou.
O seu marido veio comprar umas tochas químicas, ao mesmo tempo que o sr. Young acabava o pequeno-almoço.
Quando reconheceu o Virgil, alvejou-o sem aviso.
Continue, minha senhora.
Continue, minha senhora. Conte a esta pobre rapariga toda a triste história.
O primeiro tiro só acertou na barriga. Gemendo de dor, o Virgil escorregou para o chão.
O sr. Young só se ria dele e depois deu-lhe um tiro na mão.
A mulher que estava com ele gritou para que ele parasse,
mas ele continuou.
Alvejou-o nos pés, num braço...
... e...
... até o alvejou nos...
Páre!
Imagino que gostarias de matar aquele sr. Young.
Capítulo 15: Em terra mortífera
Passa-me a espingarda.
Está tudo livre.
Onde está o meu grampo?
Não te mexas!
Este sítio está todo armadilhado!
O quê? Com minas?
Sim, com minas.
Porque é que não me disseste? Clayton!
Tenta descansar um bocado.
Vou regressar pelo caminho para apagar os nossos vestígios e reabastecer a mota.
O sol vai nascer daqui a pouco.
Sim, não temos muito tempo. Aproveita!
O que foi? É só o teu marido.
Capítulo 16: Marcado para a morte
Merda!
Raios.
Raios. Vou avançar.
Barb?
Barbara, o que é que estás a fazer?
Vou matar aquele cabrão!
Pára!
Que se lixe!
Barbara! Não!
Cessem fogo!
Cessem fogo! - Canalha!!!
Estou bem. Vai!
Não, cabra. Não vais a lado nenhum.
Afasta-te, puta!
Afasta-te, puta! - Johnny?
Isto é tudo por seres puta!
Mas o Matt já alvejou o teu campeão no braço e agora vai acabar com ele.
Sim. Porquê as lágrimas? Estou aqui!
Espera, Duke!
Vem aí um nevão.
Queres dizer que não o vamos encontrar ali dentro?
Ele não se vai encontrar a ele próprio ali dentro.
Vai cegar com a neve.
Anda.
O que é que se passa aqui?
Sai de cima dela!
É para isto que as putas são feitas.
É para isto que as putas são feitas. ! O quê?
Matt! Estás a matá-lo!
Estás bem?
Estás bem? - Não vai estar por muito tempo.
Arruma as tuas coisas. Vamos para casa.
Capítulo 17: O grande frio
Provavelmente, apenas um homem vulgar cuja moral não o impeça de te alvejar pelas costas.
És um cobarde!
Tens medo de sentir afeição por seja o que for.
Do que vi até agora, estou longe de convencido do seu estatuto de lenda, sr. Young.
Vais morrer sozinho, como viveste sozinho.
Capítulo 18: Há quem goste quente
E tiras a minha espada. Certifica-te que desta vez não fazes asneira.
Senhor! O Clayton Young desfez aquela senhora grávida em bocados. Ele estava ferido e desapareceu num nevão.
E o Saberneck foi-se embora com a mulher dele.
A sua mulher! Eu queria dizer "a sua mulher", senhor!
É exactamente o que previa.
Matthew Saberneck é escravo dos seus princípios. Vai regressar à terra dele.
Mas desta vez, eu vou estar à espera dele.
Quer dizer que quer vir connosco nesta missão?
Claro. Quero estar perto quando acabarmos com eles.
Vamos matá-los a todos?
Não, imbecil!
E por cada ferida dela, perdes um membro!
Permissão para falar, senhor.
Permissão para falar, senhor. - Fala o que quiseres, Marshal.
Permissão para falar à vontade, senhor.
Escondes-te sempre atrás dessa máscara de disparates militares, não é Philipp?
Tornei-me nessa máscara, senhor. Permitiu-me fazer tudo o que me pediu, senhor.
E depois de todas essas mortes, de toda essa matança, de repente, tens medo do Saberneck?
Tudo o que posso dizer, senhor, é que você deveria ter medo.
Vamos enviar três unidades.
Vamos enviar três unidades. E, Jack, tu entretanto trata daquele maldito Clayton Young.
Bom, e como é que é suposto encontrá-lo? Ele não é, definitivamente, escravo de princípios.
Não, mas é escravo do hábito. Por isso, só há um sítio onde vai estar.
Pela frente, cowboy!
Kassie, abre a porta.
Clayton! Ouvimos dizer que estavas morto.
Entra.
Não leves a mal, Chili. Não me parece que tenha disposição.
Ouvi dizer que rebentaste meia cidade por causa de uma miúda.
Sim, parece que sim.
Deve ser uma miúda bem sortuda. Não me ligues.
Rapaz, espera.
O que é que tinhas dito?
Se posso disparar, disparo... e não falo.
Então, enganaste a morte outra vez.
Vêem aí. Enviamos as tropas?
Mantenham-nas escondidas.
Mantenham-nas escondidas. Ninguém dispara um tiro enquanto eles não estiverem a pé.
Capítulo 19: Inimigo às portas
Estamos quase a chegar a casa.
Não é a minha casa. Já não é.
Quero que esqueças isso.
Mulher.
Nunca quis magoar-te.
Pois, mas quase me mataste.
Realmente, só fiz disparates.
Espera! Espera!
Um atirador.
Tem que ser aquele maldito Clayton Young.
Estamos a perder demasiados homens.
Estamos a perder demasiados homens. - Então, vamos perder mais uns quantos.
Enviem a próxima unidade!
Merda!
Que raio de boas-vindas.
Dêem-me um desconto.
Pacifica-te, pequeno.
Eu estou tranquilo. E tu?
Estou pronto.
Raios! Estamos fora.
Isto não resultou bem.
Isto não resultou bem. Nem consigo ver aquele cabrão.
Por favor, vai matá-los.
Matthew Saberneck!
Não dispares. Ganhaste, velhote. Só resto eu.
Vires cá fora assim é de doidos.
Não alvejarias um homem desarmado.
Bom.
Parece que não.
Mas eu, sim.
Eu mataria um raptor de crianças assassino em qualquer oportunidade.
Eu vim cá... por ti.
Eu esperei por ti todo este tempo.
Capítulo 20: Desejo de morte
Aprecio toda a tua ajuda.
Mas nada vai mudar a realidade das coisas.
Não tem que ser assim.
O caraças é que não tem!
Há o Virgil.
Há o Virgil. e todos os outros que morreram à tua conta.
Nada vai mudar isso.
E nada vai mudar isto!
Decide, velhote. Não!
Estás satisfeito agora?
Tem cuidado contigo, rapaz. Não existe no mundo um pistoleiro de coração mole.
Já podes ir com ele, se quiseres.
Fui eu que te alvejei pelas costas.
Bom, parece-me que tudo é justo no amor e na guerra.
Não percebes?
Já foste morto duas vezes e ainda está aí em pé.
O verdadeiro amor da rapariga dos olhos azuis
és tu.
E esta!
Para onde vais?
Para Sul. Como disse, vou-me embora de vez.
E tu?
Bom, penso que está na hora de arrumar as coisas e
ir para Este.
Está bem. Para que lado é Este?
Subtitles translated by Patrícia Marques dos Santos ;D