Tip:
Highlight text to annotate it
X
Foram uma série de coisas diferentes que tentámos explorar com o Jak and Daxter
Foi algo que achámos realmente desafiante
Pois pensámos como iríamos agarrar nestas personagens mais cartoon e meter num motor de jogo mais realista.
Na altura...
Foi mais ao estilo, "Qual a história que vamos contar?"
Mesmo em Uncharted, o importante sempre foi explorar as relações entre personagens.
Estes são temas centrais para nós como humanos, como pessoas que veem filmes e jogam jogos.
Por isso queríamos explorar isso ainda mais.
Tínhamos várias ideias da direção que íamos tomar, mas para nós...
Queríamos ter a oportunidade de criar algo mais ***, temas mais maduros e ver o mundo de forma diferente
Quando comparado com o que foi feito.
Contamos uma história de como os seres humanos agem quando são levados a sobreviver e quando estão desesperados.
Ao por pessoas sobre essa pressão, cria muitas oportunidades para as pessoas fazerem escolhas
E são essas escolhas que estamos interessados em explorar.
Tínhamos de encontrar uma situação em que as coisas são tão terríveis e os seres humanos estão tão desesperados
Tem de tomar decisões para sobreviver e o certo ou errado já não existe.
Então tivemos de criar uma ameaça externa para a civilização e sobreviventes que os leve a fazer o que fazem.
E para isso temos os Infectados.
Os Infectados não são os inimigos principais ou sequer os mais interessantes do jogo. São os outros humanos.
É como estes conseguem colaborar movidos por esta infeção que se apodera do corpo.
Conseguem colaborar e criar opções ofensivas e defensivas em combate.
São decisões que escolhem para sobreviver. Podem encontrar humanos que estão dispostos a matar-te por causa dos teus sapatos
Ou por mais roupa das pessoas que se atravessam no caminho.
Existem humanos que escolhem cooperar para reconstruir a sociedade e pensam de forma diferente.
A ideia era construir esta pressão externa e tinha de ser tão ameaçador e presente que levasse os humanos a fazer isso.
Pensámos que estes humanos infectados era a forma certa de o fazer.
Acho que isso é um elogio, pois a banda desenhada do The Walking Dead, a série de televisão e até o jogo da Telltale
Fazem um bom trabalho em explorar relações entre personagens.
Explorar uma narrativa assente em personagens, como elas interagem e as escolhas que fazem.
Não existe nada de errado, existe muita estilo de média que recorre a isso.
É lisonjeador que muitas pessoas sintam que a nossa performance, personagens e emoções que passamos ao jogador, estão ao nível de outros estilos de média.
Curiosamente existe uma terceira parte que começou em Uncharted 2
Com Nathan Drake e o Tenzin em que tinham de percorrer as cavernas geladas e confiar um no outro
Embora não falassem a mesma língua, por isso havia uma barreira entre eles.
Tiveram de aprender a confiar ao longo do tempo, de forma a passar estes obstáculos e não morrer lá.
Foi daí que surgiu a nossa ideia para o Joel e a Ellie, queríamos explorar essa falta de confiança
Como as pessoas podem crescer e aprender a confiar, especialmente com duas visões distintas do mundo.
O que é necessário reter é que isto decorre vinte anos depois da pandemia que destruiu a civilização.
As pessoas estão dispostas a matar para sobreviver e isso significa que é necessário crescer bastante depressa.
As pessoas têm coisas importantes que diferem entre si e essa é uma marca de quem a Ellie é.
O que escolheu fazer para ter esta atitude dura no exterior, porque precisa de sobreviver neste mundo.
É assim que lida com o estado horrível em que o mundo ficou.
Acho que sempre tivemos ideias interessantes para o multijogador
Porque aqui tentamos novos estilos de jogabilidade que é a acção e sobrevivência.
Para nós foi a entrada neste espaço multijogador com algo diferente, pois desenvolvemos esta jogabilidade até esse ponto.
A única razão pela qual ainda não falámos do multijogador, foi para estabelecer o cenário para a campanha.
Este jogo é um novo IP, temos de levar as pessoas a investir neste mundo, história e personagens principais.
Daí podemos avançar para o multijogador.
Com aquilo que conseguimos fazer e com o tempo utilizado, consegumos criar algo que integra bastante bem este mundo.
Por isso, quando começarmos a falar dele em breve, vão conseguir ver isso mesmo.
Bem, nós fomos adquiridos pela Sony, por isso nunca poderíamos criar algo multiplataforma.
Sempre tivemos uma excelente parceria com a Sony e eles permitem que exploremos o que quisermos.
Somos reconhecidos por criar produtos com bastante qualidade e isso tem bastante valor artístico e comercial.
Assim foi possível criar a série Uncharted, o que nos permitiu criar o The Last of Us.
De momento não estamos a pensar em nada, pois estamos a trabalhar neste jogo para PS3.
Provavelmente vamos pensar em breve. É empolgante pensar na próxima geração
Pois é mais uma ferramenta para contar as nossas histórias e existe muito potencial.
E qual é a vossa opinião sobre a PS4?
Sei tanto quanto vocês sabem.
No fim de contas, quando olhamos, é um hardware mais poderoso. É mais uma ferramenta para podermos explorar.
É difícil perceber pelas primeiras impressões, pois se virem o que conseguimos fazer
Desde o Uncharted Drake's Fortune, até ao Uncharted 3 e agora com o The Last of Us.
Foi uma grande aposta e tivemos que fazer muito com a tecnologia
Por isso é difícil para nós dizer o que conseguimos fazer com a nova consola.
O melhor da indústria neste momento, é que existem várias consolas, géneros e métodos de distribuição.
Existem várias oportunidades para contar histórias diferentes e encontrar a audiência para as mesmas.
De jogos simples a jogos sofisticados, de jogos multijogador até gratuitos e jogos para um jogador.
Podem sempre explorar o que quiserem e encontrar uma audiência.