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Somos constantemente questionados sobre nossas opiniões.
Qual time você acha que vencerá a 'Super Bowl'?
Quem se apresentou melhor no tapete vermelho?
Em quem você vai votar para prefeito?
Pesquisas de opinião pública estão por todo lugar.
Pessoas importantes que tomam decisões no governo americano
há muito confiam em pesquisas de opinião pública
em eleições e atos legislativos importantes.
O problema é que a opinião pública não é fácil de acompanhar
e, muitas vezes, nem mesmo está certa.
Em 1948, o Chicago Daily Tribune publicou uma manchete que ficou famosa:
"Dewey Derrota Truman".
Gritaram as letras grandes, largas e pretas.
O problema é
que Dewey não derrotou Truman.
O Tribune confiou nas pesquisas para chegar à conclusão.
Opa!
Isto acontece o tempo todo porque pesquisas de opinião pública
são imprecisas ou mal conduzidas.
Então, por que elas estão erradas?
E por que continuamos a usá-las?
Primeiro, vamos começar com um termo importante:
amostra.
Uma amostra é um grupo de pessoas
que responde perguntas durante uma pesquisa de opinião pública.
A qualidade da pesquisa depende amplamente da amostra,
e uma amostra pode ser ruim em alguns pontos fundamentais.
Ela pode ser pequena demais,
estreita demais
ou a pesquisa em si pode ser difícil demais.
Pesquisas que são muito pequenas são ruins por razões óbvias.
E, mesmo que você não possa perguntar
a cada pessoa nos E.U.A. sua opinião,
quanto mais pessoas você inquirir,
mais exata será sua previsão.
Pesquisas que são muito estreitas,
que fazem uma pergunta a apenas um certo tipo de pessoa,
são ruins também.
Considere uma pesquisa sobre
se a batata é o melhor legume dos E.U.A.
Se você só perguntou às pessoas em Idaho,
onde a comida do estado é a batata,
há chances de que você obtenha uma resposta muito diferente
do que se você perguntasse às pessoas do estado do Novo México,
onde predomina o feijão.
Ter o tipo correto de diversidade em sua amostra
significa ter certeza de que sua amostra tem uma variedade
de idades,
raças,
gêneros
e regiões geográficas,
apenas para citar alguns itens.
Finalmente, pesquisas que são muito difíceis não lhe dizem muito também.
Se você está perguntando às pessoas a opinião delas sobre coisas
das quais elas não têm conhecimento prévio,
os resultados serão sem sentido.
É melhor você chacoalhar a mágica bola 8 do bilhar.
Entretanto, não são apenas as pessoas a quem você está questionando
que podem causar tendenciosidade.
A pessoa elaborando as questões é parte do problema também.
Isso é chamado de tendenciosidade do entrevistador.
A tendenciosidade do entrevistador tem a ver com o efeito
que a pessoa que está fazendo as perguntas
tem na amostra.
Os humanos geralmente não gostam de confrontações.
As pessoas temem que suas respostas possam deixá-las em uma posição ruim.
Assim sendo, descobrimos que as pessoas tendem a dar
respostas socialmente desejáveis,
não necessariamente sua opinião honesta,
porque elas não querem aparecer
como cruéis,
racistas
ou fanáticas.
E a maneira como formulamos nossas perguntas também importa.
Quando as pesquisas propositadamente oscilam entre um lado ou outro,
são chamadas de pesquisas forçadas,
porque forçam as pessoas a responder de certa maneira.
"Você votaria para o candidato Smith?"
é uma questão perfeitamente normal.
"Você votaria no candidato Smith
se soubesse que ele assalta idosos?"
é uma pesquisa forçada.
Então, se as pesquisas são abertas
a todos os tipos de manipulações e imprecisões,
por que elas ainda são tão dominantes?
Apesar de suas falhas, pesquisas de opinião pública nos fornecem
alguma ideia sobre os pensamentos e humores
de grandes grupos de pessoas.
Elas oferecem aos políticos a chance de aprovar leis
que eles acham que a maioria dos americanos apoiarão.
Elas ajudam os 'fashionistas' na TV
a saber qual estrela apresentou melhor o vestido no tapete vermelho.
Por fim, elas fazem com que nós,
as pessoas que são pesquisadas,
achemos que nossa voz foi ouvida.
Portanto, da próxima vez que você receber um telefonema perguntando sua opinião,
ou vir uma pesquisa 'online',
questione-se sobre quem está perguntando
e por que estão perguntando.
Então, observe a pesquisa, e seus resultados,
com uma pitada de desconfiança
ou uma batata.