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Fala pessoal, eu sou o Hagazo e no vídeo de hoje a gente vai fazer um Review do game
Metal Gear Solid V : The Phantom Pain. Demorou um pouquinho mas chegamos lá, afinal, como
diz o ditado, antes tarde do que mais tarde.
Bom você já deve saber que o game é já que é só o que se fala, mas por quê? Será
que é um game perfeito? Será que é um game pra você? Será que ele cumpre com sua proposta
de fechar o buraco na grande história de Metal Gear? Será que o jogo foi afetado pela
polêmica confusão entre Hideo Kojima e Konami? A versão do game para a velha geração ficou
bacana ou tá uma droga? Vamos falar sobre estes e outros temas neste vídeo, então
assiste até o final, beleza? Lembrando que aqui a gente faz uma análise bem detalhada,
então senta que lá vem vídeo longo!
Antes de começarmos, quero lembrar a vocês que temos vários vídeos de Metal Gear Solid
V aqui no canal, recomendo fortemente que vocês cliquem no link na descrição para
poderem ver a playlist. Inclusive, se você quiser um resumão com TODA a história da
franquia, a gente tem também e tá bem bacana. Vai te ajudar a entender perfeitamente tudo
o que você precisa entender pra jogar o The Phantom Pain. Então assiste lá! Agora sim,
bora começar!
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é um game do gênero ação e aventura, em mundo
aberto, produzido pela Kojima Productions e distribuído pela Konami, lançado no dia
1 de Setembro de 2015 para PC, PS4, XBOX ONE, PS3 e Xbox 360.
Primeiramente, já começamos falando sobre o game na velha geração. Muita gente, e
eu inclusive, estava cética com o lançamento de Metal Gear 5 para PS3 e Xbox 360. Com o
cancelamento de vários jogos anunciados para a velha geração, dentre eles Mad Max, que
fizemos análise recentemente por aqui, e com o que o jogo havia mostrado, não seria
surpresa se fosse cancelado.
No entanto, o game não só não foi cancelado como também teve boas versões na velha geração.
Ele sofre um pouquinho em alguns aspectos gráficos, o próprio gráfico do game, de
maneira geral, possui menos detalhes e é bem mais borrado do que se comparado com a
nova geração e principalmente a versão de PC, mas o jogo ainda assim consegue ser
bonito e surpreendeu bem na velha geração. O borrado ali é para poder disfarçar o que
ele não vai conseguir processar.
Um fato interessante é que as vendas de Metal Gear V para a velha geração foram pouco
expressivas, se comparada com as vendas para a nova geração e PC, o que é um fator importante
de ser analisado: ele mostra que a indústria de games está com os dois pés na nova geração.
Quando se tem um game lançado nas duas gerações e as vendas da geração anterior superam
as da nova geração, a gente percebe que ainda não houve a migração da maioria para
o novo, mas quando ocorre uma situação como a de Metal Gear, em que apenas cerca de 5%
das vendas do game foram para a velha geração, já é possível ver mais um indício de que
a Nova Geração promete bastante, e que as pessoas já estão migrando fortemente para
ela. De qualquer forma, este foi só mais um dado interessante que resolvi trazer para
vocês, nem se preocupem tanto com isto se tiverem consoles da velha geração, só se
preocupem com o fato de que terão uma experiência satisfatória com Metal Gear Solid 5, mesmo
no PS3 e Xbox 360.
Vamos agora falar sobre os gráficos do jogo. Metal Gear Solid V : The Phantom Pain traz
um visual de ponta e extremamente belo nas duas gerações. Claro, na geração anterior
o nível gráfico é claramente inferior, mas ainda assim consegue ser um dos games
mais bonitos do PS3 e Xbox 360. Na nova geração e principalmente nos PC's, o jogo tá bonito
demais. Os cenários são lindos, as texturas, a vegetação, o brilho, a luz, a sombra,
o ciclo de dia e noite, o detalhamento, enfim, Metal Gear Solid V é um dos jogos mais bonitos
também da nova geração, fazendo um excelente trabalho com relação aos gráficos.
A ambientação do jogo é um pouco restrita: você terá duas grandes áreas a serem exploradas
e cada área terá peculiaridades, como fauna, flora, tipo do relevo, estilo da construção
das casas, etc. É bacana, mas como você vai andar bastante pelas regiões, você acaba
se acostumando rapidamente com o visual dos lugares e o jogo para de te impressionar com
relação a novos ambientes. O game é construído em cima da Fox Engine, uma Engine própria
que permite alterações climáticas com um nível bacana de realismo e que influenciam
na sua gameplay. Em uma das regiões, por exemplo, você se deparará com tempestades
de areia, que te deixarão sem visibilidade alguma. Porém, elas geralmente te ajudarão,
porque seus inimigos também terão pouquíssima visibilidade, facilitando seus movimentos
e infiltrações stealth. Na outra região você terá chuvas torrenciais, que além
de lavar o seu personagem, ajudam a camuflar sua presença, uma vez que o barulho dos trovões
e da própria água caindo fica mais alto do que os seus passos, te ajudando um bocado.
Aproveitando que estamos falando de gráficos, Metal Gear Solid V é um jogo que surpreende
também no nível de detalhamento. Os caras tiveram muito cuidado com bastante coisa que,
quando você começa a reparar, você se surpreende. Por exemplo: se começa a chover, é comum
ver que os soldados começam a ir para áreas cobertas para se abrigar da chuva. Se você
nocautear ou colocar para dormir um soldado e ele cair de rosto virado para o chão, e
no lugar que ele cair tiver uma poça mais funda ou um rio, ele vai se afogar e morrer
depois de algum tempo caído ali. Você pode usar a famosa caixa de papelão no game, e
se começar a chover, ela vai se deteriorando por conta da água. Caras, é muita coisa.
Se vocês quiserem saber mais detalhes interessantes, tem 2 vídeos aqui no canal com coisas que
você pode fazer no game que vão te deixar com queixo caído e, se quiserem ainda mais,
um site americano fez uma lista grande, que eu traduzi e coloquei no site do canal, hagazo.com.br,
tem link na descrição pro post e recomendo que vocês deem uma olhada.
Vamos falar sobre a parte sonora de Metal Gear Solid V : The Phantom Pain. O jogo, como
costume, homenageia músicas de bandas dos anos 80, além de ter sua própria trilha
sonora com músicas originais ou que foram feitas para outros games da franquia. No quesito
trilha sonora, o game é sensacional. É MUITO legal andar a cavalo ouvindo clássicos como
The Final Countdown ou The Mand who sold the World, e fazer missões ouvindo as músicas
te dá uma motivação extra bem bacana.
A dublagem do jogo também tá muito boa. O game vem todo legendado e traduzido para
o português, porém, manteve a dublagem original, em inglês, deixando as legendas em nosso
idioma. Ficou muito bom assim, porque temos a chance de entender as coisas e desfrutar
de mais um excelente trabalho de Troy Baker, agora na pele de Ocelot, bem como de todos
os outros grandes nomes envolvidos no projeto. Desta vez, felizmente para alguns e infelizmente
para outros, a voz de Snake, assim como foi em Ground Zeroes, saiu das mãos do icônico
David Hayter e foi dada a Kiefer Sutherland, ator conhecido por muitos trabalhos, mas principalmente
o personagem Jack Bauer de 24 horas. Provavelmente uma questão de marketing, já que o nome
de Kiefer chama muito mais atenção. Kiefer faz um trabalho sólido, mas como Big Boss
não é lá um sujeito de ficar falando muito, são os outros dubladores que acabam brilhando.
As vozes continuam impactantes como sempre foram na série, e grudam na cabeça. Você
termina de jogar Metal Gear no final do dia e vai dormir ouvindo "Boss... Boss.... Boss...".
Além disto, um outro detalhe fantástico é o fato de o game ter mantido outros idiomas
em suas línguas padrões. Você verá soldados que não falam inglês, e só conseguirá
se comunicar com eles ao conseguir soldados que são intérpretes, permitindo que se traduza
o que está sendo dito. Só aí será possível interrogar os inimigos.
Temos também que chamar a atenção para os efeitos sonoros de Metal Gear, a bala ricocheteando,
acertando uma superfície metálica, os tiros das snipers, os tiros de silenciadores, as
explosões, o barulho do helicóptero, e tantos outros sons foram feitos com muito cuidado
e contribuíram muito para dar mais realismo para o game e suas batalhas épicas. As conversas
extras entre os soldados, a interação deles, tá tudo muito legal, inclusive com alguns
diálogos engraçados causados por algumas situações engraçadas. Por exemplo: você
tá usando sua caixa, e às vezes um soldado vai te ver se mexendo e vai reportar pro superior
dele: "Senhor, vi uma caixa se mexendo". O superior vai ter hora que vai mandar verificar,
mas tem momentos em que ele manda o soldado se tratar, porque ele deve estar drogado de
falar que viu uma caixa se mexer. Mais momentos onde os detalhes do game brilham e chegam
a espantar. Você fica meio bobo, sabe? Pensando "caraca, os caras pensaram nisso.. que foda!".
Agora é a hora de falarmos sobre a história de Metal Gear Solid V : The Phantom Pain.
Calma, não se preocupa, este vídeo não terá NENHUM spoiler da história, assim como
todo vídeo de análise aqui do canal. Sempre que faço vídeos com spoilers eu faço questão,
em respeito a vocês, de avisar logo no começo, então vamos lá.
O jogo veio com a proposta de ser o último da franquia, pelo menos escrito por seu criador,
Hideo Kojima. Kojima trabalhou por mais de 25 anos na franquia Metal Gear, escreveu e
dirigiu praticamente todos os jogos considerados parte do enredo oficial da série e quando
anunciaram The Phantom Pain, prometeram esclarecer um buraco de alguns anos que havia na história
de todos os jogos. Queriam também mostrar toda a trajetória de Big Boss que justificaria
o fato de ele ter sido um herói no passado e se tornado o grande vilão de alguns jogos
que se passam no futuro. Pelo menos, foi o que prometeram.
Metal Gear Solid V : The Phantom Pain se passa 9 anos após os acontecimentos de Metal Gear
Solid Ground Zeroes, game que foi lançado em 2014 que trazia o prólogo da história.
Lá, algo grande acontece e Big Boss entra em coma por 9 anos, despertando exatamente
no começo de Metal Gear Solid : The Phantom Pain. Phantom Pain continua daí, mostrando
tudo o que Big Boss fez em 1985 para reerguer seu nome, seus soldados e continuar na cola
da Cipher, uma organização que havia crescido e, à esta altura, já buscava a dominação
mundial através de várias formas. Falamos mais da Cipher no vídeo em que fazemos o
resumo da história de Metal Gear.
Você acorda ainda no hospital, e tem que jogar uma missão que dura cerca de 1 hora
onde basicamente você só assiste e mexe alguns botões. Isto pode te deixar com um
certo ar de desconfiança ou estranhando muito a gameplay, mas o jogo de verdade começa
depois disto. Digo isto para que você fique tranquilo.
Metal Gear Solid V tropeça aqui: em sua história. Infelizmente, o jogo não cumpre nenhuma das
duas promessas que fez: nem tampa o buraco deixado na história e nem mostra como ou
porquê Big Boss se tornou um grande vilão, malvado, assassino, que não mede as consequências
em busca da dominação mundial. Em Metal Gear 1 e Metal Gear 2, Big Boss é o vilão
e ele é mal de verdade. Em Phantom Pain, supostamente, deveríamos saber o que aconteceu
com ele para que ele se tornasse esse cara, e isto não acontece. Não posso falar mais
sobre isto, infelizmente, porque seria bastante spoiler. Tenho pensado na possibilidade de
fazer um vídeo extra só contando a história de The Phantom Pain, pra complementar o vídeo
em que falamos de toda a história da franquia, e lá a gente discute mais, porque aí é
um vídeo com spoilers pra quem realmente quer assistir. Se você está assistindo a
este vídeo no futuro, dá uma olhada nos links para a playlist de Metal Gear na descrição
pra ver se eu realmente fiz este vídeo, beleza?
Um outro problema sério de Metal Gear Solid V : The Phantom Pain é que os personagens
estão estranhos e vazios, a história não é tão envolvente como costuma ser nos outros
jogos, você não liga tanto para nenhum destes personagens, com exceção de alguns pequenos
momentos, existem várias inconsistências e perguntas que são levantadas e que não
tem resposta, e o mais complicado de tudo: o jogo tem três finais, você vai jogar todos
eles, e ainda assim, o jogo não tem final. Ficam muitas pontas soltas, infelizmente.
A sensação é de ter jogado um game incrível, mas que, para a franquia como um todo, não
responde as perguntas que se propôs a responder.
No início desta review eu levantei a pergunta: será que o game foi afetado pela confusão
entre Kojima e Konami? E a resposta é: infelizmente, aparentemente sim. Pra quem não sabe, desde
o início do ano começaram a vir a tona a existência de problemas entre Hideo Kojima
e a Konami. Os dois são conhecidos pela parceria de longos anos, e ela aparentemente chegou
ao fim com o lançamento de Metal Gear 5. Não se sabe muito sobre quais são os problemas
ou que lado está com a razão porque nem Kojima nem Konami confirmaram ou deram detalhes
sobre absolutamente nada. A empresa removeu o nome de Kojima da capa dos jogos, as pessoas
piraram e muita coisa foi sendo publicada. Alguns dizem que poderia ser marketing, mas
duvido fortemente que a empresa faria um marketing negativo assim. Metal Gear 5 levou 5 anos
para ser produzido, e ainda assim, parece incompleto.
E não falo isto só por falar não, o jogo é, de fato, incompleto. Existe uma missão
extra que foi toda planejada e, por razões que não sabemos, não foi colocada no game.
Esta missão daria mais um final ao jogo, e talvez, quem sabe, um final digno, mas como
não aconteceu, o jogo acaba sem acabar. Se você já terminou Metal Gear V, manjar de
inglês e quiser saber mais sobre esta missão, acessa o link pro site do canal onde eu coloco
o vídeo que mostra como ela seria, inclusive com artes conceituais e com as cutscenes 30%
concluídas, pra vocês poderem ver um final satisfatório, que nunca aconteceu. Aí fica
a pergunta: será que esta missão tem a possibilidade de ser finalizada e incluída no game no futuro,
via patch ou dlc? Vai saber. Inclusive as vozes dos personagens foram gravadas pelos
dubladores oficiais.
O game tem 50 missões de história, e dois capítulos. O primeiro é muito legal, divertido,
bacana, mesmo com os personagens não tendo profundidade e agindo muitas vezes de maneiras
estranhas, de acordo com quem eles são em outros jogos da franquia. O segundo capítulo
é terrível. O jogo utiliza um esquema em homenagem a episódios de séries de TV, então
toda missão começa com créditos, falando quem tá participando, e termina com créditos,
inclusive algumas termina no clímax e um "Continua" aparece na tela, continuando na
próxima missão. Com isto, quando você zera o primeiro capítulo, rola os créditos do
jogo e aparece uma cena tipo "No próximo capítulo" e um monte de cutscene foda, pra
te instigar a continuar jogando. E aí você descobre que o próximo capítulo começa
em seguida. Nessa hora você fica felizão, boladão, pilhado pra ver o que vai rolar
porque tudo parece épico demais.
Se no primeiro capítulo você tinha várias missões com razões para existir e que instigavam
você a visitar novos lugares, explorar, aprender mais sobre o game e ir aperfeiçoando as técnicas
stealth e concluindo seus objetivos, o segundo capítulo pareceu uma situação onde a história
ainda tinha que continuar, mas os caras já estavam ultrapassando muito o orçamento do
jogo. Sabe-se que parte da confusão entre Kojima e Konami tenha a ver com dinheiro.
Enquanto Kojima queria fazer sua última obra prima com o melhor que pudesse, mesmo que
gastasse uma grana absurda, a Konami ia barrando os altos custos da produção. Quando Kojima
afirma veementemente que Metal Gear Solid V é o melhor que pôde ser, ele não só
está elogiando os que trabalharam no projeto, mas também cutucando a Konami por conta disto.
É o melhor que pôde ser, mas poderia ter sido ainda mais. Esta é a mensagem subliminar
na fala dele.
Por isto talvez, e isto sou eu que digo buscando uma justificativa, o segundo capítulo tenha
sido a bagunça que foi. Nele, você visita os mesmos lugares do primeiro, em missões
principais ou paralelas, no intuito de cumprir outras missões, extremamente repetitivas,
e à medida que vai completando um número de missões ou ouvindo as fitas que fazem
parte da história, e são indicadas por uma bolinha amarela, vai abrindo cutscenes e uma
ou outra missão relevante para a história. A maior parte das missões principais passam
a ser as mesmas missões anteriores, em nível de dificuldade maior ou com algum desafio
extra, tipo ir em full stealth ou ir sem itens e pegar os itens que encontrar ao render soldados
na área da missão.
Aí eu pergunto: porque diabos estes extras não foram adicionados como opções das missões?
Ao invés de, por exemplo, e chutando números aleatórios aqui, você ter a missão 20,
e depois ter a 41 que é igualzinha a missão 20, só que na dificuldade extrema, porque
não colocar a missão 20 e, depois que você a termina, te dar a opção de escolher a
dificuldade extrema? Isso eu não entendi. O segundo capítulo poderia muito bem ter
sido feito com 3 ou 4 missões realmente diferentes e relevantes, e o resto apenas as cutscenes,
deixando a repetitividade como algo opcional para o jogador, e não obrigatório e forçado
para aumentar as horas de gameplay.
Um outro fator ruim é a numeração: tanto as missões principais como algumas paralelas
te permitem ir avançando na história, ao ponto de que às vezes você é obrigado a
fazer determinada side mission pra continuar. Aí você tem a missão 1, depois a 2, depois
a 3, e vão contando certinho até você chegar na 20 e poucos e ter que fazer a 148, pra
depois fazer a 25. De novo aqui, chutando números aleatórios pra vocês entenderem.
Isto confunde um pouco, e tem hora que você não vai ter nenhuma missão principal acontecendo
até que faça 3 ou 4 sides pra poder habilitar algum evento e abrir mais missões obrigatórias.
É meio estranho esta escolha que fizeram, porque você como jogador fica perdido.
Vamos agora falar da jogabilidade de Metal Gear Solid V : The Phantom Pain.
O jogo te permite fazer uma série de movimentos para conseguir adaptar seu padrão Stealth
em um mundo aberto. E faz isto MUITO BEM. Além de te dar uma série de armas, itens
e equipamentos pra te ajudar, você tem certa liberdade para fazer as missões como quiser.
Se não quiser ir em full stealth, pode ir que nem o rambo metendo bala em todo mundo
e ainda assim vai completar a maioria das missões. Uma ou outra te obrigarão a ir
em stealth, mas no geral é bem livre.
São 50 missões principais e mais de 150 paralelas, e as paralelas conseguem ser bem
amplas, apesar de muitas serem repetitivas. Por exemplo, existem missões de extrair soldados
habilidosos, aí você tem a missão de extrair soldados habilidosos 1, 2, 3, 4, 5 e por aí
vai. Todas elas com a mesma ideia: ir até o local x, encontrar o soldado, que ora vai
ser soldado mesmo, ora vai ser prisioneiro, e extraí-lo do lugar, são e salvo, para
ser interrogado ou te servir.
Aliás, toda a lógica de Metal Gear Solid V é esta: TODAS as missões do jogo, tirando
uma ou outra exceção, serão no mesmo esquema: vá até o local marcado no mapa e faça tal
coisa, sendo esta coisa encontrar alguém, fazer contato com a pessoa e extraí-la, encontrar
documentos que o ajudem a entender o que tá acontecendo ou o que acontece a seguir, infiltrar
e pegar algum objeto, projeto, pessoa, animal, item, ou o que for.
Apesar de, teoricamente, parecer repetitivo, Metal Gear Solid V faz um trabalho espetacular
em sua gameplay. As coisas fluem tão bem e é tão legal você ter a liberdade de traçar
sua própria estratégia que você não sente a repetitividade do game. É divertido fazer
as missões, mesmo elas consistindo basicamente na mesma coisa. Cada nova missão ou tentativa
será uma aventura e uma experiência diferentes, e você vai aproveitar muito.
Mais detalhes interessantes que contribuem aqui na jogabilidade: o jogo conta com um
sistema de passagem de tempo, e isto interfere em praticamente tudo. Às 6 da manhã, ou
durante a noite, os soldados mudam o turno, e você pode se aproveitar disto para encontrar
brechas para infiltrar sem ser visto. Além disto, dependendo do horário do dia ou da
noite, o comportamento dos soldados e o número deles também é diferente. Você vai tirando
proveito das situações, usando trajes específicos para te ajudar a infiltrar, camuflar, e com
isto vai completando as missões. Existe a opção de matar o inimigo, muito embora o
jogo te premia se matar a menor quantidade possível deles e optar sempre por fazê-los
dormir ou os nocautear. Um outro detalhe bacana é com relação ao "chifre" na cabeça de
Big Boss: suas atitudes influenciam o crescimento do chifre. Se você for violento e brutal,
matar muita gente sempre que puder, o chifre vai crescendo até um ponto em que parece
realmente um ser maligno e o sangue na sua cara não mais pode ser lavado. Legal, né?
Além de todas as missões e interações em mundo aberto que você poderá fazer, terá
que gerenciar a Mother Base, sua base central de operações. Você vai construindo as plataformas
e vai notando, sempre que volta lá, o progresso e o crescimento. Você se sente muito foda
conforme vai crescendo, porque ver o tamanho do que está sendo construído é recompensador.
Fora que, se você estiver se sentindo mal, ir até a Mother Base elevará sua auto-estima,
já que os soldados pagam um pau nervoso pro Big Boss e pra você, jogador.
Pra gerir a Mother Base você terá os PMB, dinheiro do game, e terá que usar os recursos
de maneira que não fique no vermelho. Terá que pesquisar o desenvolvimento de armas e
itens e conseguirá recrutar soldados nos campos de batalha através do dispositivo
Fulton, um balão que você consegue usar em pessoas, e, posteriormente, em veículos,
containers, e crianças para que elas sejam elevadas até os céus e, de lá, capturadas
pelos helicópteros e enviadas à Mother Base. É possível extrair animais selvagens ou
exóticos também, e você costuma ser recompensado por isto. Quer mais um detalhe legal? Se você
progredir na história, eventualmente construirá na Mother Base um local dedicado para os animais,
e poderá visitar para ver todos que foram extraídos por você. Maneiro, né?
Mais um detalhe fantástico: o jogo se adapta ao seu estilo de gameplay e vai dificultando
sua vida. Por exemplo: se você acerta muitos headshots nos inimigos, vai notar que eles
vão começar a aparecer com capacete, e se você acertar o capacete, faz um barulho que
alerta a todos que estão perto. Porém, e aqui mais um detalhe legal, é possível mirar
nos espaços abertos e matar ou fazer dormir o inimigo, mesmo com ele de capacete. Se você
consegue ver o rosto dele e atira na cara, o capacete não vai proteger. Se consegue
ver uma brecha na armadura e atira, provavelmente vai causar dano ou até matar, dependendo
da brecha. Se você começar a acertar muitos tiros no peito dos inimigos, eles começaram
a usar colete. Se a maioria das suas infiltrações forem durante à noite, vai notar os inimigos
usando dispositivos de visão noturna com frequência. Se usar muito a sniper, os inimigos
terão mais binóculos, e assim vai.
Uma dica que dou é ficar sempre esperto com as chamadas missões de expedição. Este
é um tipo de missão que você não participa, mas pode enviar seus soldados para tentarem
cumprir objetivos. Recomendo que vocês sempre enviem soldados para cumprir as missões,
ficando de olho no percentual de chance de conseguirem: quanto mais habilidosos, maior
o percentual. Uma dica boa que dou a vocês agora: em Metal Gear V, por alguma razão,
qualquer coisa com chance menor que 90%, entenda que vai fracassar. Simples assim. Você vai
extrair um cara e tem lá 70% de chance? Nem perde tempo. Vai enviar um time e tem menos
de 90% de chance? Cuidado. É claro que vai ter chance de dar certo, mas por alguma razão,
o que for menos de 90% fracassa na maioria das vezes.
Agora voltando aqui, as missões de expedição te ajudam, principalmente, a reduzir os problemas
que o jogo tenta causar na sua gameplay. Se os soldados começarem a aparecer com colete,
capacete, traje Riot e shotgun, uma combinação que os deixa MUITO resistentes, comece a mandar
missões de expedição onde seus soldados atacam locais do inimigo que interrompem,
por um tempo, o envio de determinado material para os soldados. Se você é bem sucedido
em uma missão de expedição que interrompa o envio de capacetes para os inimigos, eles
pararão de aparecer com capacete por determinado tempo, e você se dá bem, afinal de contas,
os caras não conseguiram entregar os capacetes para eles.
O jogo também te permite jogar com parceiros, personagens que te ajudarão com alguma habilidade
especial. Pra não spoilar nada, vamos falar apenas do D-Horse, seu cavalo, já que é
o primeiro parceiro e você começa com ele: D-Horse, além de cavalo, pode ser usado como
stealth, já que você pode se agachar nele e os inimigos pensarão que é apenas um cavalo.
Quanto mais missões você realiza com um parceiro, o nível de afinidade de Big Boss
com eles aumenta e novas habilidades surgem. D-horse pode fazer cocô, isto mesmo, fazer
cocô quando você quiser. O cocô dele pode ser usado nas estradas para carros inimigos
passarem em cima e derraparem. Você também pode pedir que ele fique parado em um lugar,
e os veículos inimigos também pararão ao verem o cavalo no meio da estrada. Em cima
do D-Horse, é possível correr à toda velocidade na direção do inimigo e, ao bater nele,
ele será instantaneamente nocauteado, e por aí vai. Notem que os parceiros servem para
te ajudar na gameplay e fazer uso das habilidades únicas que cada um tem, no momento certo,
te dará bastante vantagem.
Outra dica importante é, no começo, extrair o máximo de pessoas que conseguir. Depois
você pode começar a ser seletivo, mas é fundamental ter gente trabalhando na Mother
Base. Além disto, tente construir o maior número de plataformas que você conseguir,
e principalmente no começo, tenta evoluir o Fulton sempre, pra poder começar a extrair
os containers e ter mais material o quanto antes. Aliás, materiais e plantas são essenciais,
então colete o máximo que der.
As missões de Metal Gear Solid V possuem vários objetivos e podem ser concluídas
de maneiras diferentes, inclusive diferentes do objetivo traçado. Por exemplo: seu objetivo
é encontrar e eliminar o fulano de tal, comandante do exército da região tal. Você pode encontrar
o sujeito e, ao invés de matá-lo, porque geralmente esses caras são bem habilidosos,
pode optar por tentar fazê-lo dormir e extraí-lo para trabalhar pra você na Mother Base, isto
conta como eliminação também, uma vez que o cara será convencido depois de uma leve
tortura a ser seu seguidor. Um fator legal é que somente o objetivo principal da missão
é revelado a você, os outros você precisa descobrir, através da exploração, ou o
jogo te fala depois que você conclui a missão pela primeira vez, pra te incentivar a voltar
e buscar o Rank S, melhor rank disponível para a missão, e ser conhecido como lenda
e elogiado por Ocelot e Miller.
Metal Gear Solid V : The Phantom Pain, também tem um modo online. Existe a promessa de que,
em breve, pelo menos no PS4 e XBOX ONE, o modo de combate multiplayer seja adicionado
ao jogo, permitindo que os jogadores combatam entre si em mapas prontos. No entanto, para
o PC, este modo só chega em 2016. Como o modo ainda não foi disponibilizado, não
faremos avaliação dele aqui.
O que se tem de online atualmente em The Phantom Pain é um modo mais passivo, onde você constroi
sua própria base e vai trazendo soldados e equipamentos para defendê-la, e outros
jogadores podem tentar invadir. Se eles conseguirem chegar até o ponto central, eles conquistam
sua base e podem roubar soldados, equipamentos e recursos que você tiver. Porém, este modo
é meio complicado porque no início é até divertido, mas se o cara termina de desenvolver
todas as plataformas e defesas da base dele, é quase impossível de ser invadido.
De qualquer forma, o modo single player de Metal Gear é bem mais completo e a gameplay
é tão bacana, que esse multiplayer nem faz falta. É mais um plus, pra quem realmente
quiser testar.
Metal Gear Solid V : The Phantom Pain é, de maneira geral, uma experiência memorável.
A gameplay do jogo é espetacular, o nível de liberdade que você tem para realizar as
missões é incrível e você é recompensado - ou não - pela maneira que joga e pelas
escolhas que toma na hora de invadir os lugares. Quer ser full stealth, inclusive não nocauteando
nem fazendo ninguém dormir? É possível. Quer jogar na base da bazuca, explodindo mais
coisas do que os filmes do Michael Bay? Também é possível. Quer jogar no meio termo? Pode.
O game foi muito aclamado pela crítica e não é àtoa: é incrível. Os detalhes enriquecem
ainda mais a sua experiência e você simplesmente vai jogando, jogando, jogando, e não quer
mais parar. Demorei 58 horas para zerar, e ainda assim fiz apenas 50% do jogo, apesar
de ter completado a história principal e visto o final verdadeiro. Se você quiser
continuar jogando, completando todas as missões e ir upando ainda mais a Mother Base, vai
passar de 100 horas fácil.
Metal Gear Solid V com certeza é forte concorrente a game of the year, e se preparem para vê-lo
disputando muitos prêmios, porque realmente é grandioso, em todos os aspectos. A liberdade
dada com a chegada do elemento Mundo Aberto caiu como uma luva e funcionou perfeitamente
com a ideia de espionagem tática. É um daqueles jogos que você recomenda pra todo mundo,
porque não tem como não curtir.
Infelizmente, o game peca na sua história, principalmente no seu segundo capítulo e
termina sem ter um final para ela. E não é porque o Kojima quis assim não, foi falha
mesmo. Uma pena que ele e a Konami tenham se desentendido e que, pelo menos pra mim,
isto tenha influenciado para que o jogo fique com este gosto de incompleto e te force a
fazer missões praticamente iguais para continuar a história. Infelizmente também, para o
fã da franquia, o game deixa a desejar, uma vez que não cumpre nenhuma das duas promessas
que fez: nem mostra como Big Boss se tornou vilão e nem preenche o buraco existente na
história da franquia. Por quê? Você vai ter que jogar e pensar pra entender, senão
eu vou estar spoilando.
No entanto, a gameplay do jogo compensa o fator diversão, mas a repetitividade das
missões pode incomodar algumas pessoas que buscam ser surpreendidas por novos elementos
enquanto vai avançando na história.
Se você é fã de jogo de stealth, precisa jogar Metal Gear. Se é fã de jogo de ação,
também vai curtir. Nos outros jogos da série Metal Gear, você precisava necessariamente
curtir Stealth para conseguir gostar de jogar, em Phantom Pain, não é necessário, e isto
faz com que este seja, sem dúvidas, o jogo que consegue agradar a praticamente todo mundo.
Bom pessoal, vou parando por aqui, espero que tenham gostado do vídeo, se você chegou
até aqui, comenta aí a hashtag #PoKojima, pra eu saber que você assistiu até o final!
Além disto, comenta aí sobre o game, sobre o vídeo, deixa sua opinião sobre o jogo
pra ajudar a galera que tá procurando informações pra decidir se vai comprar ou não, beleza?
Muito obrigado por assistirem, me sigam nas redes sociais, elas estão aparecendo aí
pra vocês enquanto vou falando, pra você ter um contato mais direto com o canal, visita
também o site do canal, Hagazo.com.br, tem muita coisa legal lá! E se você é novo
no canal, se inscreve pra não perder outros vídeos! Veja mais vídeos de Metal Gear na
descrição, lembrando, pela última vez, que temos um vídeo falando de maneira bem
resumida, mas completinha, tudo o que você precisa saber sobre TODA a história de TODOS
os jogos da franquia Metal Gear, assistam lá! Até o próximo vídeo e tchau!