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Hoje quero apresentar-vos, meus irmãos,
especialmente aos doentes, jovens ou idosos,
o grande testemunho de dor e de doença de uma jovem:
BENEDITA BIANCHI PORRO
FOI UMA MENINA, FALECIDA HÁ QUASE 75 ANOS,
MAS QUE ESPALHA AINDA HOJE, GRAÇAS A DEUS, EM TODO O MUNDO,
UMA MENSAGEM DE FÉ, DE ALEGRIA E DE ESPERANÇA
PARA TODOS AQUELES QUE SOFREM, QUE LUTAM E QUE DESANIMAM!
A SANTA SÉ JÁ A DECLAROU “ VENERÁVEL” em 1994! BENEDITA
UMA FUTURA SANTA PARA A HUMANIDADE DE HOJE.
BENEDITA nascera na Itália no dia 8 de Agosto de 1936.
Ainda novinha tinha sido atingida pela poliomielite,
que Lhe causou um grande defeito a uma perna.
Mas isto não lhe impedia de amar apaixonadamente a vida,
de gozar das alegrias e de inebriar-se das belezas.
Segue estudando e chega até ao último exame de medicina
“Tinha sempre sonhado de ser médica!” Dizia ela:
“ Eu quero viver e lutar por todos os homens”.
Mas, infelizmente, este último passo do exame,
que a separa deste seu ideal, nunca poderá dá-lo.
Também alguém parara diante dela, a esbarrar-lhe o caminho,
E era Cristo que a esperava mesmo lá para a tomar pela mão
e levá-la para um outro caminho, diferente,
mais difícil mas não menos inebriante, não menos exigente,
mas muito mais cheio, o caminho do sofrimento, o caminho do amor.
E Benedita meteu-se no caminho,..sem saber para aonde o Senhor a levaria.
Descobri-lo-á pouco a pouco.
Benedita diagnosticou por ela mesma o terrível mal que a minava;
os médicos não entendiam nada;
tratava-se de uma neuro fibromatose espalhada
que lhe consumia as faculdades sensitivas até à completa atrofia:
de facto, perde progressivamente o olfacto, o gosto, o tacto, o ouvido, a vista
(nunca mais verá, excepto em três breves circunstancias particulares).
Extraíram-lhe quase todos os dentes.
É submetida a uma série de operações até ficar praticamente paralisada.
Pode comunicar com o mundo exterior somente com a sua mão,
o único meio de percepção que lhe ficou.
Mas será mesmo da sua cama onde sofre, numa vivenda de Sirmione, terra dela,
que Nosso Senhor a levará para os mais altos píncaros da paz, da alegria e da santidade.
A sua vida terrena terminou no dia 23 de Janeiro de 1964, aos 28 anos.
Pouco antes de expirar, um passarinho se tinha pousado no parapeito da sua janela,
depois voou sobre uma planta de rosas, onde tinha florescido uma rosa branca.
A mãe com a mão comunica à Benedita este particular.
Então Benedita, cheia de doçura, começou a cantar, muito baixinho, uma antiga canção:
“Andorinha peregrina, Andorinha peregrina...”.
E depois, interrompendo o canto, disse à mãe:
”Mãe, para aqueles que crêem, tudo é sinal”!
Um dia Benedita dizia a uma amiga:
“São tristes as trevas, mas eu sei que não estou sozinha.
No meu silêncio, no meu deserto, Deus está comigo e anima-me
a oferecer-Lhe sempre algum acto de amor”.
Uma revista italiana ‘Época’ contava esta história de Benedita.
Um jovem, que a leu, escreveu assim ao Director da mesma revista:
“Agradeço-lhe o artigo sobre a Benedita.
Tenho 20 anos. Estou a morrer já...à 3 anos
e, daqui a pouco, todos os meus sofrimentos acabarão..,
talvez daqui a poucos dias...!
Na minha vida desesperei tantas vezes.
Um dia li o vosso artigo sobre a Benedita e agora o meu coração está em paz!
Sinto agora a certeza de que os meus sofrimentos não foram inúteis,
antes, sei que, por caminhos misteriosos, farão melhor o mundo...
Não sei o que aconteceu em mim!...
Ninguém, até agora, tinha conseguido consolar-me.
Os meus pais, os colegas de escola estavam sempre ao pé da minha cama;
não me deixavam faltar boas palavras, sorrisos, presentes...
Mas o meu desespero aumentava cada vez mais.
Veio o vosso artigo...
Falava de uma rapariga desconhecida: Benedita.
Senti em mim uma transformação...
Esta tarde, pela primeira vez, disse que queria ouvir um bocado de música;
pedi um disco...Agora sei que a minha juventude não acaba comigo,
não morre comigo, irá animar a Juventude, a boa vontade de tantos outros.
Sinto que do meu sofrimento nascerá no coração de todos os homens,
os que me acompanharam na minha doença,
alguma coisa de grande que, doutra maneira, nunca teria nascido.
Jovens, esta é certamente a última carta que escrevo na minha vida.
Teria uma alegria imensa se esta vos trouxesse algo de bem.
Não me lastimem, rapazes; coube a mim...!
E agora já não fico mais triste.
Agora compreendi coisas que nem sei explicar.
Já disse: o meu sofrimento é água
que lavará alguém para torná-lo mais novo, mais generoso.
Queria explicar-vos melhor o que sinto,
mas o médico recomenda-me de não me concentrar e, ainda por cima, tenho terríveis dores de cabeça.
Mas, vós jovens, compreendeis-me...
Faria 20 anos no próximo mês de Outubro, mas...”
Caros DOENTES, que me ouvis,
nós somos homens e mulheres de FÉ!
Por isso, atrás da nossa doença, devemos sempre ver ALGUÉM, com LETRA GRANDE,
que tudo permite e quer o nosso bem.
Sabeis como se chama este Alguém?
Chama-se: NOSSO PAI!
Se quisermos ter no nosso coração a paz e comunicá-la aos amigos que sofrem como nós,
lembremos o que a Benedita disse à mãe:
”para aqueles que crêem, tudo é sinal”!
Irmãos doentes: Jesus precisa de vós,
sim de vós que vos sentis muitas vezes inúteis e pesados para os outros.
Precisa de vós:
- para salvar muitas almas...
-para reparar tantos pecados do mundo.
-para converter tantos pobres pecadores.
Ele precisa do nosso sofrimento para nos purificar das tantas penas que merecemos
com os nossos numerosos e grandes pecados...
-Precisa da nossa doença para fazer-nos entender o valor dos bens eternos...
-Precisa da nossa doença para dar-nos uma vida Eterna ainda mais gloriosa.
Eu sei, caros doentes, que se vós me pudésseis falar, me diríeis:
«mas, Padre, que méritos ganho eu, que tanto me queixo nos meus sofrimentos?»
Ó filho, ó filha, escuta.
E Jesus não se queixou também Ele com o Pai? Não Lhe disse:
“Ó Pai, se é possível, passe de Mim este Cálice?”
O importante é que tenhamos no coração a mesma disposição interior
que nos leve a dizer sempre com Jesus:
“Porém, ó Pai, não se faça a minha vontade, mas sim a Vossa vontade.” REZEMOS ENTÃO:
Ò JESUS, VÓS QUE CONHECESTES TÃO PROFUNDAMENTE A DOR E O SOFRIMENTO,
DAI-NOS O ESPIRITO DE ABANDONO À VONTADE DO PAI
E A GENEROSIDADE DE NOS IMOLARMOS CONVOSCO
PARA A GLÓRIA DO PAI E A SALVAÇÃO DE TANTAS ALMAS!
- Ámen.